Esperei para ver e vi. O América de Renatinho Potiguar tem uma postura em campo, acima de questões técnicas e mesmo de esquema tático, de encher os olhos. Hoje o América briga pela posse de bola desde o momento em que a perde no ataque.
Isso é o mínino que se espera de um time em qualquer esporte: vontade de disputar, de se impor, de ganhar. Não apenas um amontoado que torce para que o tempo passe logo e uma bola lhe seja favorável.
Há muitos defeitos em alguns jogadores, especialmente na defesa. Muitos. Melhor nem nominar. Mas já não temos mais um técnico tirando carta de garantia porque joga com uma das laterais totalmente desfalcada.
Há um detalhe que me deixa absolutamente encantada: o América agora chuta de fora da área. Nem lembra mais aquele time de tantas temporadas em sequência que mais parecia disputar mirim, com chutes à queima-roupa. E o que é melhor: vem acertando o gol com frequência. Já são duas partidas em que sobram gols. Aliás, gols, não, golaços, né?
Se já expliquei o encantamento, talvez nem precise explicar o motivo de estar ressabiada. Toda a torcida americana sabe bem. Cansamos de nos encantar para depois descobrirmos que tudo não passava de ilusão na hora da onça beber água.
A favor do time de Renatinho Potiguar aparecem essa postura, esses chutes e até as falhas defensivas com os desfalques que não têm sido empecilho a bons jogos. Mas convém não abusar disso nas próximas fases se a classificação se confirmar. Não consigo confiar 100% em Samuel Pires, Raniery nem no buraco da lateral direita, principalmente. Há tempo para crescimento deles, para a volta de alguém para a direita e até para possíveis reforços, mas só se for gente que aguente o tranco mesmo. Para somar apenas, o elenco já está completo; não convém gastar mais para nada.
Segue a luta.
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