Encarnou o apelido

Deus sabe o quanto me dói escrever uma crítica sobre Max. Sou fã do Homem de Pedra. Sou fã da sua entrega, da sua garra, da sua determinação. Mas há alguns jogos, Max têm mostrado outra atuação em campo. E olha que não me refiro a gols!

Max parece ter encarnado um outro sentido da alcunha que lhe foi direcionada e passou a ser um atacante paradão. Nada de perturbar a saída de bola da zaga como antes. Em 90% das bolas recebidas (número não científico), Max será o ponto final da jogada, especialmente se for um contra-ataque. Na Copa do Nordeste deste ano, por exemplo, Max tinha uma mobilidade impressionante, tendo marcado um gol numa bonita jogada contra o Serrano lá na Bahia. Driblou 3 ou 4 partindo quase do meio campo. Atualmente, receber uma bola na área já nem é mais tão mortal.

É certo que o América tem avançado pouco pelas laterais, tem cruzado menos bolas ainda e isso prejudica o desempenho de Max. Adriano Pardal, por exemplo, tem funcionado mais como pivô do que como cruzador. Acrescente-se que Max virou o melhor zagueiro do América nas bolas de escanteio sobre sua área. Atravessar o campo inteiro a cada escanteio adversário para quem já não tem tanta mobilidade pode ter influência também. E para piorar tudo, ele agora entrou numa onda de ser expulso e só jogar 1,5 jogo a cada 3 partidas.

Para mim, Max e Bob precisam repensar a atuação do artilheiro. Talvez seja o momento de colocá-lo no jogo apenas com o andamento da partida. Talvez seja preciso repensar o modo de jogar do time. Não sei. Só sei que Max anda muito abaixo do seu desempenho (eu reforço que não me refiro a gols marcados) e chega a prejudicar a equipe em algumas partidas, especialmente quando expulso.

Para ser justa, ele vinha até fazendo sua parte contra o Botafogo, mas achou de dar uma cotovelada no seu marcador, o que demonstra um certo desequilíbrio emocional. Prejuízo na mesma partida e na seguinte.

Por tudo isso, mesmo fã de Max, aplico a ele um dos conceitos que formei no futebol: fase ruim se cura no banco. Tenho certeza de que voltará a ser rapidinho o que dele se espera.