sexta-feira, 7 de junho de 2013

Prepara!

Se não ouviu ainda falar em Anitta, é melhor ir se acostumando. A moça está em todo lugar. A música Show das Poderosas é mais grudenta do que Amor de Chocolate de Naldo. É a nova versão do Funk brasileiro, mais light e na linha do pop americano. Não ouviu ainda? Então, prepara!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Piche no carro

Lembrei-me de Sandra Annenberg: que desagradável! Foi logo o que me veio à cabeça quando vi que meu carro, além dos sujos habituais, estava todo manchado de piche. Fazer o que para tirar as manchas horrorosas?

Bem, devido à minha crônica falta de tempo e de vontade de lavar o carro, algo só foi feito nesta segunda-feira (as manchas surgiram na quarta-feira da semana passada). Mandei lavar no Via Direta. Paguei até para lavarem embaixo do carro. Uma hora e 30 minutos depois, carro limpinho, mas ainda todo manchado. 

Claro que reclamei! Mas ouvi atentamente a explicação a respeito de como a água não remove piche, etc., etc.. Recebi a informação de que teria que procurar o lava-jato do Shopping Cidade Jardim, já que este teria o produto adequado para a remoção do piche. Hmpf! Depois dos R$ 30, gastar com outra lavagem? No way!

Procurei o tal produto no pai dos burros da atualidade: o Google. Descobri um teste de qualidade da Quatro Rodas que indicava um produto da Starret (M1). Nota dez do especialista e da usuária. Mas onde achar o produto aqui em Natal? Talvez Extra ou Carrefour...

Mas não sou mulher de ficar rodando sem ter certeza de para onde vou. Logo, fui ao pai dos burros novamente em busca do procedimento em si para remover o piche. Eis que descubro que o velho querosene cairia como uma luva.

Hoje, quarta-feira, no finzinho da tarde para que o sol não causasse manchas piores na pintura, muni-me de um pano velho e macio, uma garrafa de querosene e disposição para o esfrega-esfrega. Que alegria ver as manchas sumirem à medida que esfregava o querosene nelas! Passei mais um paninho com água depois para retirar os restos do querosene e pronto! Xô, piche!

Então, se você também sofre com o respingo de piche proveniente das chuvas e do recapeamento asfáltico em Natal, saiba que o querosene é o seu melhor amigo.

P.S.: o querosene também remove aquela cola nojenta que adesivos velhos deixam no carro.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Frases de Dilma em Natal

"Rosalba tem sido uma grande parceira."
Sobre Rosalba Cialirni (DEM), governadora do Rio Grande do Norte

"O presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves foi um incansável em defesa do RN."
Sobre o deputado do PMDB.

"Garibaldi, um grande ministro."
Sobre o Ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho (PMDB).

*Agora durma-se com um barulho desses!

domingo, 2 de junho de 2013

Felipão fala aos brasileiros

Muito bom o projeto Abril na Copa da Editora Abril. Nesta semana, a revista Veja trouxe a 6.ª edição especial da revista com 26 grandes brasileiros falando sobre futebol e a Copa no Brasil. É daquelas edições que você lê de um fôlego só. A revista já começa (páginas 6 e 7) com uma carta aberta de Felipão, técnico da seleção brasileira de futebol, a todos os brasileiros. Com o título "Você está convocado!", reproduzo abaixo as palavras do gaúcho do penta:

"Em 2001, quando assumi a seleção brasileira pela primeira vez, também havia uma desconfiança muito grande. A campanha nas Eliminatórias não ajudava e o torcedor não acreditava no título. Alguns duvidavam até da classificação para a Copa. Mas ela veio com a participação dos torcedores nos três jogos em casa. Durante a Copa na Coreia e no Japão, recebi imagens dos torcedores no Brasil assistindo e acompanhando a os jogos, que ocorreram de madrugada no horário brasileiro. Foi muito importante para nós, que estávamos do outro lado do planeta disputando uma Copa do Mundo. Foi muito bom ver que nas capitais, no interior e até os índios estavam vendo e apoiando a seleção naqueles horários fora do habitual. Nós, da comissão técnica, ficamos emocionados com essa torcida. E também os jogadores, pois utilizei essas imagens e as mostrei em algumas preleções. Elas nos ajudaram a conquistar o título de pentacampeão.

Agora estou de volta à seleção brasileira, que anda distante do torcedor. Desta vez não vamos jogar do outro lado do planeta. Vamos jogar em nossa casa. Aqui no Brasil! Sei que o Brasil tem jogado muitas partidas fora do nosso país. Sei que ainda não estamos jogando aquilo que o torcedor deseja ver. Mas até a Copa, no ano que vem, a equipe estará pronta e jogando em busca de mais um título. Para isso, a participação dos torcedores de todo o Brasil deve ser grande. Vibrando e cantando pela seleção brasileira. Vestindo a camisa do Brasil, estarão jogadores brasileiros e não de clubes ou do exterior. Quem vestir a camisa, quem for escalado e quem ficar no banco, todos nós estaremos representando nosso país. Queremos novamente seu apoio. Você está convocado para nossa seleção."



sábado, 1 de junho de 2013

Tempo de Ontem: jazz dos bons

Responda rápido: qual foi a última vez que você viu um show de jazz aqui em Natal? Não me surpreenderia se a resposta fosse nunca. E se acrescentarmos o adjetivo bom ao show?  E se eliminarmos a possibilidade de um show de jazz só instrumental? Difícil...

Nem tanto. Descobri por acaso um talento do jazz aqui em Natal: Dudu Galvão, integrante dos Clowns de Shakespeare. O seu show Tempo de Ontem tem todos os elementos de um verdadeiro espetáculo: cenário intimista e sofisticado e grandes pitadas de interpretação de um verdadeiro ator. Junte-se a isso um impressionante potencial vocal. Pronto! Eis um show para ficar na memória.

Passeando entre clássicos como Georgia on my Mind, músicas autorais como Tempo de Ontem, que dá nome ao show, e releituras de sucessos da MPB e do pop internacional, como Just The Way You Are (Bruno Mars), Dudu Galvão proporciona uma demonstração de puro talento e de apurado rigor nos aspectos cênicos. Perfeito nos mínimos detalhes.

E não se preocupe com as finanças! Você pode averiguar tudo isso in loco por apenas R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia). 

Vá neste domingo, 20h, ao Barracão dos Clowns, na Av. Amintas Barros e comprove. Vendas antecipadas no Pittsburg Prudente. Imperdível!


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Falhas evidentes

Entrosamento tem que melhorar. Essa é a falha número um. Mas Roberto Fernandes também pode deixar de lado um pouco de sua insistência com quem não vem dando certo há muito tempo. Renatinho é um deles. Há um certo tempo escrevi por aqui que o jogador não é mais ala, e sim meia. Qualquer leigo percebe isso. 

Renatinho não se apresenta uma única vez pela lateral esquerda como opção. Sempre busca o meio de campo. Cruzamento? Só se for de bola parada. Partir para o ataque pela ala? Nem com muita promessa da torcida. 

Índio é mais um. Fez mais partidas ruins do que boas. Inexplicavelmente permanece como titular. Roberto Fernandes foi extremamente corajoso para escalar um menino na zaga (Thiago), mas recuou quanto a retirar Índio do time. Índio é um bom reserva e olhe lá.

E o mistério do gol... No ano passado, o América ficou 14 rodadas no G4 tendo Dida como titular. Aí Dida falhou contra o Crb e Roberto Fernandes deu uma entrevista reprovável dizendo que tinha chegado a hora de Gallato jogar. Botou pressão no jovem goleiro, que desandou a falhar, mas que foi mantido no time. Criou uma cisma da torcida com o goleiro e depois teve que se render a ele.

Neste ano, Dida fez um estadual excelente. Falhou num único lance - o que custou o título. Roberto Fernandes deu entrevista e disse que o jovem goleiro não merecia aquilo. De novo, falou uma coisa e fez outra. Por causa de uma falha, sacou Dida e colocou Rodrigão. O que acontecerá agora, já que Rodrigão já falhou duas vezes, o que custou pelo menos 3 pontos ao América?

Nem vou falar de Fabinho, cujo futebol anda desaparecido. Sem laterais que funcionem como opção, o meio de campo fica sobrecarregado e tudo estoura no ataque.

Ontem, pelo pouco que vi, a entrada de Arnaldo já deu um alento de que o time vai voltar a buscar jogo pela direita, o que até já trouxe uma melhora a Fabinho. Mas pela esquerda é preciso que Roberto Fernandes escale o tal Pedro Henrique, porque Renatinho é meia, não ala, sob pena de o time se manter capenga, como ocorre desde o início do ano.

Que tal Dida, Arnaldo, Zé Antonio, Edvânio, Pedro Henrique; Ricardo Baiano, Márcio Passos, Fabinho, Cascata; Kattê e Júnior Negão? Aí no segundo tempo, Bob, você mexe no que der errado ou substitui os cansados. Só não dá para insistir no que não vem dando certo há muito tempo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Figueirense 3x2 América: defeitos e esperança

Não vi o jogo todo. Liguei o rádio e ouvi o placar marcando Figueirense 0x1 América. Nem deu tempo de me animar: o Figueirense empatou. Cheguei em casa e corri para ligar a TV. Em poucos minutos, outra decepção: o Figueirense virou. 

Nem vou mais dizer o resto. Vou analisar pelo que vi. O América parecia desorientado em campo. Também pudera! Foram seis alterações no time titular (Dida, Norberto, Edson Rocha, Ricardo Baiano, Índio Oliveira e Tiago Adam) - mais da metade do time. Mas também deu esperança de que pode melhorar. Vamos à análise!

Rodrigão - não passou um pingo de segurança, coitado. Talvez por ser estreia, talvez por estar há algum tempo sem jogar. Além de ter falhado num dos gols, houve um lance no fim do 1.º tempo em que ele e um dos zagueiros quase entregam de vez o jogo por falta de comunicação. A bola passou raspando. Na minha modesta opinião, Dida não merecia ter sido sacado por uma ÚNICA falha. 

Ruy Cabeção - como lateral, é um bom volante ou meia. É esforçado, mas sem velocidade fica difícil.

Índio - por que continua titular após tantas e seguidas falhas? É essa falta de critério de Roberto Fernandes que me irrita. Dida falha uma vez e sai. Índio é responsável por vários gols tomados nos últimos jogos e continua como titular.

Thiago - do pouco que vi, tremeu, mas pareceu melhor no segundo tempo. Tem futuro.

Renatinho - quando será sacado da ala esquerda? Nem marca, nem ataca, e permite muitas roubadas de bola do time adversário. Só cruza em bolas paradas. Deve ser deslocado para o meio e aguardar sua vez na escalação.

Márcio Passos - quando foi deslocado para a zaga mostrou o futebol encantador do ano passado.

Fabinho - oscila muito, talvez pela ausência da tradicional jogada com Norberto.

Daniel - apenas regular.

Cascata - é imoral como este é um jogador próprio da Série B. Pode dar 10 passes errados, mas num lance, define o jogo, seja deixando alguém na cara do gol, seja ele mesmo marcando, como neste jogo.

Kattê - marcou muito e só.

Júnior Negão - gosto de seu estilo, mas, sem alas, torna-se um peso morto no time.

Vaninho - entrou bem. Movimentou-se e chamou a responsabilidade.

Ebinho - foi fundamental no gol de Cascata e mostrou exatamente neste lance que entende do riscado, vez que rolou para o camisa 10 e imediatamente correu para o lado, tanto para abrir espaço para o chute, como para se tornar opção de passe para Cascata e/ou aproveitar um rebote do goleiro.

Índio Oliveira - estilo Fabinho, ainda oscila muito.

Marcar dois gols fora de casa e contra o Figueirense, apesar da derrota, é um bom indício de que as coisas podem melhorar e muito no América. É esperar que Roberto Fernandes ajeite a escalação e a marcação, especialmente pelas alas. Hora de ver Arnaldo e Pedro Henrique, ainda que Norberto seja titular contra o Icasa se o DM deixar.

P.S.: Andrey seria sim uma ótima contratação.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Conselho define futuro

O Conselho Deliberativo do América tem em suas mãos nesta quinta-feira à noite o futuro do clube. Será votada proposta de contrato para utilização da Arena das Dunas durante 5 anos, segundo divulgado por Paulinho Freire em entrevista à Rádio Globo Natal.

Quantos conselheiros são advogados? Ninguém sabe. Os que não são, conforme visto nas redes sociais, criaram um tal complexo da casca de banana, certos que estão de que o contrato com a Oas só trará prejuízos ao América. Já afirmei desde o primeiro contato América-Oas que a minuta apresentada pela empresa era apenas o pontapé para negociações mais aprofundadas, sem a menor necessidade de que conselheiros encarnassem profetas anunciadores do caos do América e transformassem a Oas é uma empresa malévola, talvez até pertencente ao diabo.

Contratos trazem sim vantagens e desvantagens a ambas as partes. Afinal, a cada obrigação corresponde um direito. Compra e venda, por exemplo, um entra com o dinheiro (desvantagem) e recebe um bem (vantagem); o outro entra com o bem (desvantagem) e recebe dinheiro (vantagem). Dá mesmo para ter essa visão de que um é explorado e o outro o terrível explorador?

A negociação entre América e Oas, conduzida por advogados de ambos os lados, trará vantagens e desvantagens a ambos. Mas só será concluída se a balança ficar equilibrada e ambos ficarem satisfeitos em perder algo para ganhar algo. Não há motivo para teorias de fim do mundo. Advogados estudam muito durante 5 anos, sabiam? Aliás, esta é a única profissão que ainda tem que se submeter a um exame (dificílimo) do órgão de classe para seu exercício. Por que "tocar o terror" se os advogados do América, além de muito bem preparados, são conselheiros/torcedores do América e, portanto, querem o melhor para o clube rubro?

Pior é ter que ouvir o fundamentalismo de quem resume a situação do América entre escolher a Arena América ou a Arena das Dunas. Santa inocência, Batman! A Arena América depende de um fator fundamental para abrir suas portas: dinheiro. Não terá capacidade para 10 mil torcedores tão cedo! Ou alguém acha que dinheiro se encontra na esquina? E se o clube chegar à Série A (de onde, aliás, pode tirar bom dinheiro para concluir seu belo estádio)? Vai jogar onde se NENHUM estádio do RN tem capacidade para 20 mil?

Jogar na Arena das Dunas é tirar o América e sua fiel torcida do suplício de rodar por estádios do interior. É abrir as portas para novos patrocínios por devolver ao clube bons públicos por jogar em Natal, o que é fundamental na análise das empresas sobre onde investir. Em Natal, quando esteve muito ruim, como em 2007, o América tinha média de 3.000 torcedores. Hoje tem média de 1.000. Em 2010, em jogo de rebaixamento, colocou 28.000 no Machadão. 

Logo, trazer a torcida de volta é permitir a atração de patrocinadores, o que aumenta as chances de o América formar bons times e voltar à Série A, cujo dinheiro é fundamental para a conclusão de seu estádio, sonho de 100% dos conselheiros, diretores e torcedores.

Então, conselheiros, vocês hoje têm o futuro do América em suas mãos. Permitam que o nosso sonho se torne realidade. Tragam o América de volta à Natal, para o seio de sua torcida, num estádio que já traz marketing por si só por ser de Copa do Mundo e vamos todos juntos em busca da Arena América. Não deixem o cavalo passar selado à nossa porta porque o destino não perdoa os que não aproveitam as oportunidades.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

À torcida do Mecão, boa música para relaxar!

A repetição de 2007

6 anos depois a história se repete. Ou, como diria Karl Marx, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa. Mais uma vez o América, com a melhor campanha, chega como grande favorito a um título estadual. Vamos relembrar?

Em 2007,  o América tinha mais de 10 pontos de vantagem sobre o 2.º colocado ao fim da fase de classificação. Naquele ano, a melhor campanha trazia de vantagem ao seu dono o mando de campo no 2.º jogo decisivo e o fato de jogar por dois empates. Também naquele ano, o América estava sem o Machadão por causa de reformas. Passou o ano jogando entre Mossoró e Parnamirim, no terrível campo do Potiguar. Aí o Abc ofereceu o Frasqueirão para os jogos finais com a promessa de dividir a renda, apesar de só disponibilizar em torno de 4.000 ingressos para a torcida do América. Ou seja, o América abriu mão de jogar com o mando de campo a seu favor por duas rendas divididas ao meio. O castigo veio a cavalo: 5x2 para o adversário, com a ajuda de Estevam Soares, que resolveu escalar o lado direito da defesa com jogadores que vinham há 60 dias parados (Eduardo Arroz e Fernando Lombardi). Tragédia.

Deveria ter ficado a lição. Deveria, mas não ficou. E como diria Marx, a primeira é tragédia, a segunda é farsa. 

Em 2013, o América também chega com não sei quantos pontos de vantagem sobre o 2.º colocado ao fim da segunda fase. E isto apenas lhe dá o direito de fazer o 2.º jogo decisivo em sua casa. De novo, o América não joga no Machadão por reformas. No entanto, já tinha um canto para chamar de seu: o Nazarenão em Goianinha. Mas eis que surge Marconi Barreto, empresário matreiro que aplicou um belo canto de sereia na torcida do América. A "Arena" Barretão seria moderna, teria grandes públicos em virtude do pessoal da região estar ávido por futebol, e o acesso seria facilitado com trem a 50 centavos e ônibus para o estádio a 1 real. Hordas e hordas de americanos, alguns até notórios, defendendo a ida do América para essa Arena que caiu do céu. Ou seja, mais uma vez o América abriu mão de sua vantagem. E de novo o castigo veio a cavalo: perdeu mais um título "ganho".

E a super Arena Barretão? Moderna? Sim. Tão moderna que nem a sua construção acabou. Estacionamento caro (R$ 5) e num charco. Lama dentro e fora do estádio. Não havia banheiros físicos para a torcida, só químicos, típicos de festa de rua. O novíssimo alambrado não aguentou nem o 1.º tempo da final. Um torcedor gastou 40 minutos para comprar um ingresso porque a impressora não tinha tinta. Várias quedas de energia no estádio atrapalharam o trabalho da imprensa.

E o acesso? Dá para ir a Goianinha e voltar de lá só no tempo que se gasta para chegar no super bem localizado estádio (ou seria Arena?) de Marconi Barreto. A volta é um caos. Agora muitos se perguntam: onde está o trem de 50 centavos e o ônibus de 1 real para chegar à Arena (ou campo mesmo?)? Ninguém fala mais no assunto. Por que eu, que sempre fui contra, iria falar, né?

Para resumir, os públicos dos jogos contra Atlético-PR e Potiguar não justificam a modificação para Ceará-Mirim. Jogos decisivos que eram e que não superaram a capacidade de 5.400 lugares do Nazarenão. Sei que o custo das arquibancadas móveis é o grande empecilho de Goianinha. Mas não havia necessidade de tirar do América a única vantagem que ele tinha na final do estadual. As arquibancadas não seriam necessárias, tanto porque não havia exigência da Cbf nem da Fnf (Copa do Brasil e estadual), como porque os públicos de ambas as partidas não atingiram a capacidade máxima do Nazarenão.

Mais uma vez, o América abriu mão da vantagem do mando de campo iludido por um canto de sereia. Até quando?

De minha parte, sócia que sou e apaixonada pelo América que faz de tudo para não perder um jogo apesar dos terríveis horários da Cbf, já havia decidido diante dos transtornos no jogo da Copa do Brasil que este ano só acompanharia o América pelo rádio e pela tv. Ontem, com o acúmulo e aumento dos problemas, muitos outros decidiram o mesmo. Afinal, a volta de um jogo em Ceará-Mirim é muito perigosa ante a realidade de violência entre as torcidas. Velocidade de funeral, só uma faixa com quase nenhum acostamento, engarrafamento e todos por um único caminho. Some-se a isso os que bebem e dirigem (só eu escapei de 2 batidas na volta do jogo da Copa do Brasil). Se eu reclamava de 3 horas gastas por jogo em Goianinha, 6 horas em Ceará-Mirim são muita coisa numa época de corrida contra o relógio. Daí a realidade de esperar ansiosamente a volta do América a Natal para poder acompanhar um jogo no estádio. Acostumar-se é que será fogo! 

De fato, a história se repete como tragédia e, na segunda vez, como farsa.