Depois de o mundo inteiro descobrir o português com o "Ai se eu te pego" de Michel Teló, agora é o coreano Psy que contagia as mentes com Gangnam Style. Dizem os mais entendidos que o clipe faz pequena crítica ao estilo de vida demonstrado, mas quem se importa? O que vale é o seu bom humor e a música altamente hipnotizante. Se você ainda não conferiu, não fique para trás e confira o que todo mundo já conhece.
domingo, 30 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Chega a primavera e...
Gripe! Resfriado! Alergia! Que pragas! Uma época tão romanticamente bonita. Flores desabrochando, pássaros cantando e muita gente fungando. Ô decepção!
Se bem que não dá para dizer muita coisa da primavera aqui em Natal. Muito próxima da linha do Equador, a bela capital potiguar só sabe mesmo o que é verão e muita chuva. De uns tempos para cá é que nós conseguimos entender um pouco mais o que é inverno. Mesmo assim, esse é completamente misturado ao outono. Quanta confusão!
Primavera aqui sempre foi sinônimo de "Prepare-se. Aí vem o verão." O termômetro começa a subir. Mas neste ano tenho a impressão de que a umidade do ar caiu. Logo aqui, uma cidade tão tipicamente litorânea. O primeiro sinal é o cabelo - bem mais rebelde. E alérgicos bem sabe que o clima seco não agrada nada, nada aos nossos narizes. O jeito é aguentar o funga-funga.
Fazer o quê? Muita vitamina C e esperar o corpo reagir um bucadinho para voltar à tão necessária atividade física. A primavera definitivamente chegou. E o verão já está ali na esquina.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Causa e efeito?
A vida é mesmo um mistério. Não sabemos de onde viemos e nem para onde vamos. Se de fato existe vida pós-morte. Qual o objetivo de nascermos, criarmos laços afetivos, buscarmos incessantemente a felicidade e morrermos? Quem não se afligir com estas dúvidas é porque ainda não parou de verdade para pensar nelas.
Gosto de pensar que vivemos sob este ditado em inglês: what goes around comes around. O que vai volta. Ou o que aqui se faz, aqui se paga. Se você fizer o bem, receberá o bem. Se fizer o mal, é isto o que receberá. Mesmo não tendo certeza da veracidade de tal máxima, pelo menos, ela serve para que as pessoas se coloquem mais no lugar das outras e só façam a estas o que gostariam de receber de volta. Verdadeira lei da causa e do efeito. O mundo gira...
No entanto, não é preciso observar muito para perceber a quantidade de pessoas ao nosso redor que só importam com seus próprios benefícios, mesmo que passageiros, e esquecem as consequências que seus atos têm em relação aos outros. No trânsito, nas filas, no trabalho, na escola... em todo lugar. Até no futebol.
Eu vejo o caso de Max e sinto uma pena enorme. Jogador com jeitão de sangue bom, de origem humilde, tão ligado ao América, xodó de muitos torcedores (eu me incluo aqui). Fenômeno em 2006, quando saía do banco para ser decisivo em muitas partidas, ele foi autor dos gols finais que colocaram o Mecão de volta à elite do futebol brasileiro em 2007.
Tudo pronto para a temporada de 2007. A expectativa era de quanto dinheiro o América e o próprio jogador fariam com o seu potencial na primeira divisão. Mas eis que Max se envolve numa polêmica de 2 contratos, alega que não assinou com o América e apunhala o clube que o projetou. Preferiu os empresários do Corinthians-AL. De lá foi para o Palmeiras e nunca mais foi o mesmo Max.
Em 2008 retornou ao América. Mágoas para trás. Apesar de não demonstrar mais o mesmo potencial, Max, o homem de pedra, ainda conseguia ser decisivo, especialmente no clube que agora afirmava gostar. Fez 4 gols numa partida memorável contra o super Vila Nova de então na Série B. Xodó é xodó.
De 2006 para cá, salvo engano, Max só não esteve aqui em 2007 e 2010, dois tristes anos de rebaixamento do América. Andou pelo Rio de Janeiro, antro da perdição no futebol para almas inocentes, Minas Gerais, Pernambuco e sei lá onde mais.
Voltou em 2011, sempre predestinado a ter seu nome marcado na história do América em conquistas. Colocou o Mecão na Série B. Mais uma partida, mais um retorno, dessa vez em 2012, já no campeonato da Série B. De novo, sai do banco para marcar seus gols decisivos.
Mas eis que o homem de pedra caiu quando menos se esperava. Foi pego no anti-doping. Cocaína. Contraprova ratificou o resultado. Max pode ser suspenso por até dois anos. Alegou que não era sua a assinatura do exame da contraprova. Jura que é inocente. "What goes around comes around", penso. O América até pode lhe dispensar por justa causa. Mas o clube que lhe estendeu a mão em 2006, sofreu o golpe de 2007, agora lhe estende mais uma vez a mão em busca de sua recuperação, independente de ele ter mesmo consumido cocaína ou não. A vida dá ou não dá voltas?
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Desfalques que fizeram bem ao América
Parece um paradoxo, mas os muitos e importantes desfalques do elenco americano fizeram bem na última rodada. Primeiro, porque fizeram Roberto Fernandes ter que pensar em novas possibilidades para montar a equipe e nela mexer. Segundo, porque deram gás aos que entraram no time principal, como Michel, Bruno e até mesmo Norberto, que entrou no meio de campo. Terceiro, porque impediram Roberto Fernandes de enfiar 4 atacantes no time no segundo tempo.
Não mudei meu pensamento a respeito de Norberto no meio de campo. Ele já se mostrou um ótimo jogador por ali com Dado Cavalcanti. Mas há praticamente dois anos, o baiano só joga na ala direita. É querer demais dele que se adapte à nova velha posição em apenas dois jogos. Nem preciso dizer o quanto foi sofrível o primeiro tempo do Mecão...
Mas no segundo tempo Roberto Fernandes voltou a ser "o" Roberto Fernandes. Aquele que faz uma substituição aparentemente equivocada, mas que muda o panorama do jogo completamente. Quem assistia ao jogo e não conhecia o elenco do América certamente pensaria que a saída de um volante para a entrada de um zagueiro deixaria o time mais defensivo. É o lugar comum dos pensamentos. Mas não o Rodrigão. Todas as vezes que o bom zagueiro entrou, talvez por seu bom passe, talvez por tranquilizar o lado esquerdo do time, ponto fraco da marcação americana, ele sempre tornou o time mais ofensivo. Não foi diferente contra o Asa. O América enfim voltara a ser aquele time de troca envolvente e fulminante de passes.
Até o árbitro nos ajudou! Ao dar cartão amarelo a Soares, o juizão impediu que Roberto Fernandes tivesse qualquer ideia mirabolante de enfiar 4 atacantes no time. Não que ele pretendesse fracassar nesse quesito mais uma vez, mas foi um alívio saber que essa terrível estratégia não seria repetida.
E assim, Lúcio, que estava muito mal no primeiro tempo, acertou duas assistências primordiais e o América venceu com gols do irrepreensível Thiaguinho (que jogador!) e de Norberto, em raro momento em que chutou de primeira. Detalhe que Norberto começou a cair mais pela ala (não é meia) e o onipresente Thiaguinho começou a jogar onde bem quis (na direita, no meio, na esquerda). Thiaguinho desde o primeiro jogo mostra um futebol de primeira (azar do Sport que o liberou para o América!), mas contra o Asa ele foi monstruoso. Marcou muito e mostrou muita habilidade. Um jogador perfeito, se é que isso é possível.
Thiago Schmidt apenas provou que é mesmo o dono da camisa 1. Calmo e decisivo. Seu único defeito é o tiro de meta. Mas, cá entre nós, isso é um defeito pequeno, não é mesmo? E todo mundo tem os seus defeitos.
Assim, o América e Roberto Fernandes venceram e convenceram em Alagoas. Contra o Guarani, o Mecão quase não terá desfalques e ainda terá mais uma semana de treinamentos. Ótima oportunidade para Roberto Fernandes mostrar que arejou mesmo a cabeça e permitiu que bons pensamentos voltassem a iluminar sua mente.
Se vencer o Guarani, outro jogo dificílimo, o América passa a enxergar o G4 bem ali e vai chamar sua torcida com força para o jogo contra o Crb. E isso é tudo de que o clube mais precisa no momento.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Quando se perde a razão
Existe uma máxima que diz que, quando não há mais argumentos, parte-se para a violência. Essa máxima, infelizmente, resume bem 99% das agressões ou atos violentos dos seres humanos. O fim dos argumentos empurra aquele que se vê encurralado a buscar novas armas, nem que seja literalmente. Um salto em direção aos instintos mais primitivos.
Antes de continuar a leitura, é preciso que você se pergunte se os fins justificam os meios, como defendia Nicolau Maquiavel em seu "O Príncipe". É possível que você responde sem pestanejar. É até provável. Mas é bom saber que tudo tem que ser contextualizado, sob pena de vivermos amarrados a princípios absolutos cuja aplicação poderia nos levar a um caos maior do que o que se tenta resolver. Era o que propunha Recaséns Siches: não podemos aplicar o direito se a sua aplicação vai causar um caos ainda maior.
Agora vamos ao ponto: o caos do transporte público natalense. Caríssimo, ineficiente, degradante nos horários de pico. Tão ruim que empurra a todos para o sonho/sacrifício de comprar e manter um carro ou até mesmo uma motocicleta. Nada preciso dizer mais a respeito desse péssimo serviço, vez que já é de pleno conhecimento de todos.
Aí surgem os protestos. Protesto faz parte do direito de se manifestar livremente, protegido pela Constituição. Mas nem menos nem mais protegido que outros direitos básicos como o direito à vida, a ir e vir, ao patrimônio. Protestar faz bem; alivia a alma. Até nos faz crer que estamos em busca do que almejamos. Cada protesto, um novo passo rumo ao objetivo.
Aqui em Natal, tudo começou com a insatisfação com o governo de Micarla. Depois, passou para o aumento da tarifa em época de eleição - prato cheio para que fossem produzidas imagens marcantes para a mudança de rumo dos eleitores. Os vereadores derrubam, de forma inédita, o aumento da tarifa. Seturn diz que não vai mais conceder o direito de passe livre de 60 minutos. Assim, do nada. Ministério Público e Prefeitura demoram a agir. Novo protesto. E o que era direito passou a configurar abuso de direito e uma verdadeira guinada rumo à violência.
A quem interessa impedir que trabalhadores cansados cheguem a seu destino após a jornada de lavor diária? A quem interessa incendiar ônibus, destruindo um bem que serve ao povo e pondo em risco a integridade das pessoas? A quem interessa radicalizar um mero protesto de estudantes para que seja necessária a intervenção da Polícia de Choque e os prováveis confrontos que daí advirão? A quem interessa se vangloriar de feridos que mais parecem troféus exibidos em redes sociais? A quem interessa agredir equipes de jornalistas para impedir a liberdade de imprensa?
De que lado mesmo estão os estudantes? Dos que querem um serviço público melhor ou dos que são adeptos do "quanto pior, melhor" numa eleição? Tão inteligentes e politizados, vão mesmo servir inocentemente de bucha de canhão para quem quer mudar os votos de uma democracia na marra?
Não votei em Micarla. Não votei em Rosalba. Não votei em Dilma.Não me sinto culpada por nada que aí está. Até porque nem anulei meu voto, nem votei em branco. Mas fico perplexa como os que dizem defender a democracia e um mundo melhor não conseguem respeitar a maioria.
E assim, quando os argumentos acabam, quando se perde a razão, vamos à violência. Fuja do maniqueísmo, estudante! Como Sócrates bem dizia, a virtude está no meio.
domingo, 16 de setembro de 2012
Para quem, como eu, não entende de vinhos...
Só sei dizer se gosto ou não de um vinho. No máximo, entendo se é suave ou seco. Ao tomar um vinho de uvas passas da Cantina Tonet (RS) e comentar no Twitter que era uma delícia, ante as respostas, lembrei-me de um texto (A língua do vinho) engraçadíssimo de Zuenir Ventura (O Globo) republicado por Woden Madruga em sua coluna na Tribuna do Norte que circulou na terça-feira, 11/09. Divirta-se:
“Gosto muito de vinho, mas não sou capaz de diferenciar um Malbec de um Pinot Noir, um Carménère de um Cabernet Sauvignon ou um Syrah de um Merlot. Como não eduquei meu paladar, quando quero saber se gostei ou se devo elogiar uma safra, recorro ao Veríssimo, meu personal winer, como diz o Ancelmo.
Descobri, porém, que mais difícil do que entender de vinho é compreender o que se diz dele. Como o que já ouvi de sommeliers ou de autênticos e pseudoentendidos, ou li em cartas e guias sofisticadas, acho que se poderia construir um discurso digno de figurar na mesa de cabeceira de Baco. Diante de minha perplexa ignorância já desfilaram diálogos como os que transcrevo aqui com ligeiras adaptações para que as autorias não sejam reconhecidas:
- Prova esse branco de cor palha com tons verdosos. Ele é dominado no olfato pelo limão e flor de acácia, pela fruta exótica e pelo mineral esfumaçado. É de um elegante ataque gustativo, marcado pela notável densidade frutada e o arrojado frescor. De longo final.
- Ou então esse outro de estonteante buquê de ameixas em calda, amêndoas, baunilha e madeira defumada. Muito equilibrado, revela estilo, concentração e acidez vivaz. Longo fim de boca.
- Ah, prefere um tinto? Então degusta esse de coloração rubi, de média intensidade. É expansivo no olfato com fruta tropical, pêssegos, folha de limão e leve tom floral. O impacto na boca é volumoso, dotado de deliciosa mineralidade, fresco, com longa persistência.
- Experimenta este: macio, com algum acídulo e uma marcante estrutura, onde se revela toda a complexidade entre as características varietais e maturação. Potentes taninos, embora suaves à degustação. É bem equilibrado e de forte persistência.
- E esse aqui, com taninos sedosos, é para deixar respirar antes de servir. De um rubi luminoso, possui aromas envolventes e elegantes. Na boca, ondas cheias de estilo deságuam em notas minerais e florais, com toques de frutos vermelhos confitados, tabaco e couro.
- Para arrematar, um Madeira com notas de tabaco e frutos secos, que se comporta como um vinho doce, limpo e harmonioso. Acidez e corpo bem conjugados com a doçura e taninos.
Não vejo a hora de reencontrar meu amigo na mesa de um restaurante para lhe dizer do vinho recomendado, depois de rodar a bebida no copo, levá-lo ao nariz e sorver um gole: ‘É de boa estrutura, vigoroso no aroma, com predominância das notas florais, mas eu preferiria que tivesse um final mais longo e persistente’. Quero ver o que ele vai dizer.”
Descobri, porém, que mais difícil do que entender de vinho é compreender o que se diz dele. Como o que já ouvi de sommeliers ou de autênticos e pseudoentendidos, ou li em cartas e guias sofisticadas, acho que se poderia construir um discurso digno de figurar na mesa de cabeceira de Baco. Diante de minha perplexa ignorância já desfilaram diálogos como os que transcrevo aqui com ligeiras adaptações para que as autorias não sejam reconhecidas:
- Prova esse branco de cor palha com tons verdosos. Ele é dominado no olfato pelo limão e flor de acácia, pela fruta exótica e pelo mineral esfumaçado. É de um elegante ataque gustativo, marcado pela notável densidade frutada e o arrojado frescor. De longo final.
- Ou então esse outro de estonteante buquê de ameixas em calda, amêndoas, baunilha e madeira defumada. Muito equilibrado, revela estilo, concentração e acidez vivaz. Longo fim de boca.
- Ah, prefere um tinto? Então degusta esse de coloração rubi, de média intensidade. É expansivo no olfato com fruta tropical, pêssegos, folha de limão e leve tom floral. O impacto na boca é volumoso, dotado de deliciosa mineralidade, fresco, com longa persistência.
- Experimenta este: macio, com algum acídulo e uma marcante estrutura, onde se revela toda a complexidade entre as características varietais e maturação. Potentes taninos, embora suaves à degustação. É bem equilibrado e de forte persistência.
- E esse aqui, com taninos sedosos, é para deixar respirar antes de servir. De um rubi luminoso, possui aromas envolventes e elegantes. Na boca, ondas cheias de estilo deságuam em notas minerais e florais, com toques de frutos vermelhos confitados, tabaco e couro.
- Para arrematar, um Madeira com notas de tabaco e frutos secos, que se comporta como um vinho doce, limpo e harmonioso. Acidez e corpo bem conjugados com a doçura e taninos.
Não vejo a hora de reencontrar meu amigo na mesa de um restaurante para lhe dizer do vinho recomendado, depois de rodar a bebida no copo, levá-lo ao nariz e sorver um gole: ‘É de boa estrutura, vigoroso no aroma, com predominância das notas florais, mas eu preferiria que tivesse um final mais longo e persistente’. Quero ver o que ele vai dizer.”
Roberto Fernandes precisa virar esse jogo
O que houve com Roberto Fernandes? Estaria com algum problema pessoal, ou mesmo profissional, entalado na garganta, que o impede de ser "o" Roberto Fernandes da qual sou fã? Aqui de fora, parece que o pernambucano boa praça, inteligente e ótimo profissional perdeu a alegria de trabalhar e, especialmente de dar entrevistas. Isso é sim muito preocupante.
Não é de hoje que reclamo do teor das entrevistas de Roberto. Mas a frequência de problemas em relação a elas aumentou, especialmente quando os resultados do América passaram a ser mais corriqueiramente adversos.
O pobre do Dida já foi tema central dessas entrevistas algumas vezes, sempre após as derrotas. A última foi de matar. Roberto Fernandes deixou claro que havia mostrado ao jovem goleiro vídeos sobre as cobranças do Bragantino, mas Dida teria insistido em não se posicionar na parte fora da barreira. Nas palavras de RF, "se ele tivesse batido por cima da barreira, o mérito seria todo dele." Ou seja, como ele não bateu por cima da barreira, o "mérito" é de Dida.
Há quanto tempo Dida falha? Thiago Schmidt até já virara titular, tendo saído apenas por contusão, mas não foi alçado ao gol imediatamente após reunir condição de jogo porque Roberto Fernandes não quis. Mas nesse jogo contra o Bragantino, a falha de Dida não pode de jeito algum ser tomada como responsável pelo resultado. Uma mera análise das circunstâncias do jogo prova isso. O Bragantino só tinha uma vitória em casa e vinha bem a oito jogos sem vencer. Dida tomou o gol aos 5 minutos do 1.º tempo. O Bragantino teve um jogador expulso nos primeiros 15 minutos do 2.º tempo. E o América não conseguiu fazer uma jogada sequer que levasse perigo de verdade ao gol de Gilvan em 90 minutos de partida.
Pior: Roberto Fernandes errou na escalação e nada fez que pudesse alterar seu erro. Isac e Max juntos desde o início de jogo tornou o time lento demais. E o treinador não moveu uma única palha para sacar um dos dois, mesmo Isac já mostrando meio palmo de língua para fora no 2.º tempo, como sempre ocorre.
Contra o São Caetano, os erros de Roberto Fernandes tornaram-se mais gritantes. Escalou muito bem o time, tanto que o América jogava bem como não acontecia há muitos 1.ºs tempos. Mas duas coisas muito ruins aconteceram. Primeiro, Netinho se contundiu e é fato de que não há substituto com suas características no elenco americano. Mas a escolha de Roberto Fernandes por Norberto me encheu de desgosto. Ora, antes do início da partida, Roberto dera entrevista afirmando que Norberto não seria titular porque da última vez em que o jogador saíra do DM e fora imediatamente alçado ao jogo, a contusão voltara. Portanto, dessa vez, não haveria precipitações e Norberto entraria aos poucos. Isso, minha gente, se referindo à posição de ala!
Aí Netinho se contunde e Roberto Fernandes inventa de colocar um jogador que acabou de sair do DM improvisado no meio de campo. Improvisado sim porque há muito tempo Norberto não joga por ali. Mesmo tendo Thiago Galhardo, que daria mais velocidade ao time, ele preferiu inventar. A partir daí, nem preciso dizer que deu pena de Norberto. Totalmente perdido em campo, sem a menor noção de onde deveria se posicionar. E o meio de campo do time desapareceu!
Como gosta de dizer o treinador, o castigo vem a cavalo. A defesa americana, sempre tão invencível na bola aérea, errou o posicionamento e deixou Danielzinho (imagine o tamanho tendo o nome no diminutivo) abrir o placar de cabeça.
Chega o segundo tempo, e Norberto passa a ficar cada vez mais perdido, pior do que cego em tiroteio. Lá vem a 1.ª substituição. "Vai tirar Norberto, que nem está na melhor condição física", eu imagino. Que nada! Sobe a placa com o número 8, Alan Bahia. Detalhe: Max iria entrar. Mais um atacante num time que não tinha mais meio de campo. Primeiros ensaios de vaias e "burro, burro" do meu lado da arquibancada. A placa desce e troca o número de Alan Bahia pelo 5 de Ricardo Baiano. "Jesus", pensei, "agora o América vai perder de vez o meio de campo". Depois soube que o leão Baiano saíra por contusão, mas não consegui engolir a entrada de Max (sou fã do Pedra) num time sem qualquer domínio do meio de campo. De novo, o castigo veio a cavalo. São Caetano 2x0 América.
Mais uma substituição. "Agora ele vai corrigir a besteira que fez e tirar Norberto para colocar alguém no meio de campo", penso. Que nada! Sai Thiaguinho, que arrebentou no jogo, para a entrada de... mais um atacante, Soares! Dessa feita, ele mandou Norberto para a ala direita, mas o estrago já estava feito em relação ao jogador. Se perguntarem, talvez ele diga que foi uma de suas piores partidas. Talvez.
O fato é que Roberto Fernandes errou ao colocar Norberto e, para mascarar seu erro, tirou o ótimo Thiaguinho para jogar Norberto para a ala. Não conseguiu ver que o meio de campo do América sumiu. Meteu de novo 4 atacantes no time, repetindo a bisonha atuação contra o Bragantino, desta vez em casa.
Roberto Fernandes precisa recuperar sua capacidade de ver o jogo. Ultimamente, das duas uma: ou ele escala mal, ou mata o time com as substituições. A exceção foi o jogo do Guaratinguetá. E só. Além disso, ele faz com que alguns jogadores sumam até da lembrança do torcedor, como é o caso de Thiago Galhardo, o próprio Ewerton, que voltou depois de uns 20 jogos, Michel. Aliás, este último já deveria estar no lugar de Fabinho até que este reencontrasse seu ótimo futebol entrando no 2.º tempo.
Essa péssima fase de Roberto Fernandes precisa acabar, pois já se reflete no time há muito tempo e definitivamente chegou à arquibancada, que outrora vivia uma lua de mel com o pernambucano. Em 6 rodadas do 2.º turno, o América só tem 5 pontos - aproveitamento de time rebaixado. O primeiro passo é acabar com as entrevistas. Ficar entregando jogador aos lobos não faz bem ao grupo. E também se não consegue sair da ladainha de que o time de mais recursos tem que ganhar - contra o São Caetano, ao ser entrevistado por Chico Inácio da 96 FM, Roberto chegou a dizer que o América não tinha a obrigação de vencer em casa!!! - é melhor dar um tempo longe dos microfones.
O passo seguinte, e talvez o mais definitivo, é acabar com as preferências. Se tem reserva melhor que o titular, é hora de mudança, nem que seja no 2.º tempo. Assim, ele não perde a cabeça do reserva e bota fogo no titular, que vai querer recuperar a posição.
Outra coisa, Roberto: todo mundo já sabe que você é um treinador ofensivo. E dos bons. Não precisa transformar o América em time pequeno metendo 4 atacantes para deixar isso claro, não. Até porque quem entende um pouquinho de futebol sabe que bola alçada feito balão para a área não é sinal de ofensividade, mas de desespero. E o América, apesar do pífio aproveitamento do 2º turno, ainda não chegou lá, não é mesmo?
O fato é que Roberto Fernandes errou ao colocar Norberto e, para mascarar seu erro, tirou o ótimo Thiaguinho para jogar Norberto para a ala. Não conseguiu ver que o meio de campo do América sumiu. Meteu de novo 4 atacantes no time, repetindo a bisonha atuação contra o Bragantino, desta vez em casa.
Roberto Fernandes precisa recuperar sua capacidade de ver o jogo. Ultimamente, das duas uma: ou ele escala mal, ou mata o time com as substituições. A exceção foi o jogo do Guaratinguetá. E só. Além disso, ele faz com que alguns jogadores sumam até da lembrança do torcedor, como é o caso de Thiago Galhardo, o próprio Ewerton, que voltou depois de uns 20 jogos, Michel. Aliás, este último já deveria estar no lugar de Fabinho até que este reencontrasse seu ótimo futebol entrando no 2.º tempo.
Essa péssima fase de Roberto Fernandes precisa acabar, pois já se reflete no time há muito tempo e definitivamente chegou à arquibancada, que outrora vivia uma lua de mel com o pernambucano. Em 6 rodadas do 2.º turno, o América só tem 5 pontos - aproveitamento de time rebaixado. O primeiro passo é acabar com as entrevistas. Ficar entregando jogador aos lobos não faz bem ao grupo. E também se não consegue sair da ladainha de que o time de mais recursos tem que ganhar - contra o São Caetano, ao ser entrevistado por Chico Inácio da 96 FM, Roberto chegou a dizer que o América não tinha a obrigação de vencer em casa!!! - é melhor dar um tempo longe dos microfones.
O passo seguinte, e talvez o mais definitivo, é acabar com as preferências. Se tem reserva melhor que o titular, é hora de mudança, nem que seja no 2.º tempo. Assim, ele não perde a cabeça do reserva e bota fogo no titular, que vai querer recuperar a posição.
Outra coisa, Roberto: todo mundo já sabe que você é um treinador ofensivo. E dos bons. Não precisa transformar o América em time pequeno metendo 4 atacantes para deixar isso claro, não. Até porque quem entende um pouquinho de futebol sabe que bola alçada feito balão para a área não é sinal de ofensividade, mas de desespero. E o América, apesar do pífio aproveitamento do 2º turno, ainda não chegou lá, não é mesmo?
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
De quem é a culpa pelos buracos de Natal?
Falar mal da administração (?) de Micarla é chover no molhado. Difícil é encontrar alguém para defendê-la atualmente. Atualmente, porque há 4 anos, a realidade era outra.
Há 4 anos, Micarla fazia campanha dizendo que faria questão de levar seu sucessor a um dos postos de saúde da capital para mostrar seu bom funcionamento.Faltam menos de 110 dias para o fim do seu mandato e ela só conseguirá cumprir essa promessa se promover uma verdadeira revolução nos serviços de saúde do município, o que, convenhamos, não vai acontecer.
Além dessa baboseira, há 4 anos, Micarla repetia um mantra em cada aparição pública: "eu sou mulher, eu sou mãe". Taí a grande proposta: ser mulher e ser mãe. Todo mundo entendia bem o recado. Ela tentava impingir que os outros candidatos, especialmente a do PT (Fátima Bezerra), não teria tais qualidades. Faria mesmo tanto diferença assim ser mulher e ser mãe para governar Natal?
A maior parte dos eleitores desta cidade achou que sim, faria. Era melhor ter uma mulher-mãe do que uma, coitada, que não tinha muitos dotes para a televisão e que as más línguas da cidade insistiam em ressaltar um possível homossexualismo. Faria mesmo diferença saber sobre as preferências sexuais de cada um?
Faria. Tanto que Micarla foi eleita logo no primeiro turno. Sem qualquer proposta concreta. Apenas um sotaque falso, um sorriso próprio de quem trabalhou por muitos anos na TV, e a grande proposta de ser mãe e mulher.
Agora, essa mesma Micarla é dona de um dos piores índices de rejeição. Postos de saúde não funcionam e as ruas (?) de Natal estão entregues aos buracos e ao lixo. E não se encontra mais uma só pessoa que votou na dita cuja. E aí? De quem é mesmo a culpa pelos buracos de Natal?
E o seu candidato nesta eleição? Tem proposta ou você vai escolhê-lo porque é bonito, charmoso, pai, tem um sotaque bonito ou seus adversários são feios ou talvez homossexuais? Será que isso faz diferença? Veremos daqui a 4 anos.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Mais uma de Roberto Fernandes
Alguém sabe explicar o que danado Roberto Fernandes queria com a escalação de Max e Isac juntinhos no ataque? Eu não sei e tenho até medo de saber. Certamente, a intenção deve ter sido boa, mas...
E a manutenção de Dida? Calma, não vou dizer que perdemos por causa dele. O que me intriga é que jogo, sim, jogo não, Roberto Fernandes mete pressão no jogador pela imprensa e... tchan, tchan, tchan, mantém o jogador com a camisa 1! Ontem, parece ter havido uma falha de Dida, muito mais de posicionamento. Mas será que isso esconde o fato de que o América perdeu para uma equipe que só tinha uma vitória em casa, que esteve o 2.º tempo inteiro com um jogador a menos e que vinha de 8 jogos sem vencer?
Não entendi. Se a escalação deu errado, que tal mudar no segundo tempo? Não, Bob está sempre pronto a mostrar que não errou. Mesmo que tenha que enfiar 4 atacantes no time e que Isac já estivesse com meio palmo de língua para fora. Foi duro ver o América deseperadamente alçando bolas na área, como se não houvesse lateral.
É duro acompanhar Fabinho como titular atuando num típico 3x4 (acerta 3 coisas, mas erra 4). É duro ver Wanderson errando numa proporção ainda pior. É duro ver Thiaguinho sair para que Fabinho mate de vez a lateral. É duro ver que Michel não entra mais, mesmo tendo excelentes atuações anteriores. É duro ver que Soares não joga como titular mesmo com a saída de Lúcio. É duro ver Pingo perdido. É duro...
Pior é ouvir a lamentação de Roberto Fernandes como se tudo fosse culpa de Dida e da falta de coragem dos jogadores fora de casa. Para que existem as substituições? Para que insistir com quem ele repreende publicamente?
Não entendo mais nada. Só sei que o América, apesar de não brigar mais por vaga à Série A, está de parabéns por tudo que fez neste ano, apesar dos terríveis prognósticos. E só.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O poder da segunda-feira
Acho que a segunda-feira é a antítese do domingo. Todo mundo quer que o domingo chegue logo, mas que a segunda-feira passe depressa. Em compensação, o domingo tem um quê de depressão, fim da folga, da alegria... A segunda vai engrenando, engrenando e ninguém pensa mais nela.
A segunda-feira tem um poder: o poder do recomeço. Algo semelhante, mas em menor escala, é claro, ao reveillon. Tudo vai mudar no novo dia, ou no novo ano. As academias de ginástica, por exemplo, tem o seu "prime time" na segunda. Lotadas! Todo mundo jurando que agora a malhação vai. Aliás, a segunda-feira é o dia mundial da dieta. Vamos todos emagrecer na segunda, embora o compromisso normalmente caia lá pela quarta, quinta-feira. Na verdade, a sexta é o dia mundial da falta à academia. E assim vamos levando de "dia mundial" em "dia mundial".
Como eu ia dizendo, há o poder da segunda-feira. Dia dos compromissos inadiáveis: na segunda, eu resolvo! É neste dia também que recobramos a consciência de que nem tudo é festa. É dia da retomada da normalidade. Chega de passar da hora de acordar! Chega de petiscar e bebericar o dia inteiro! É o dia da seriedade, das roupas formais. Dia de recordar com nostalgia a praia, o churrasco, a turma reunida...
Eu gosto da segunda-feira. É que gosto dessa ideia de recomeçar, tentar de novo, buscar o acerto mais uma vez. É o único dia da semana em que as coisas normalmente andam como eu quero. Nos outros, sou mera espectadora dos compromissos extraordinários. Não na segunda! Nesta, normalmente eu decido. E adoro ter o comando das coisas. Quem não gosta?
Mas será que tenho mesmo?
Mas será que tenho mesmo?
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