Quem viveu os anos 80/90 viu e ouviu Renato Russo e sua Legião Urbana criarem e cantarem músicas com a incrível característica de colocar o dedo na ferida, fosse ela uma ferida existencial, uma dor de cotovelo ou ferida social ou geopolítica. Não é à toa que essas músicas não perdem sua atualidade.
Este é o (triste) caso de A Canção do Senhor da Guerra, lançada no maravilhoso disco duplo (uma espécie de coletânea) Música p/ Acampamentos de 1992, que faz parte da minha preciosa (para mim, claro) coleção de CDs.
Fez sucesso como tudo que a banda lançou, mas nada como os hits Eduardo e Mônica, Tempo Perdido, Índios, etc.
Infelizmente o momento atual ainda pede reflexão sobre a tristeza de guerras que nunca nos abandonam e o porquê delas nunca nos abandonarem, venham de onde vierem.
Para reflexão em pleno ano 22 do Século 21, deixo abaixo a letra e dois vídeos - um com a gravação original (mais potente, na minha opinião) e outro que vale pela raridade de uma apresentação ao vivo em rádio e que traz no começo o próprio Renato Russo falando sobre a eterna atualidade da música.
A exemplo do 1.° turno, quando venceu o clássico e se engasgou no jogo seguinte, o América tropeçou no 2.° turno. No 1.° turno, o cansaço era visível no jogo seguinte, disputado numa quarta-feira, e que acabou em 0x0. No 2.° turno, o jogo foi uma semana depois e terminou em derrota por 2x1. Nas duas partidas, gramados abaixo do esperado, embora o do Nazarenão esteja mil vezes pior do que o do Barrettão.
Só que desta feita o América deu sorte. Seu principal adversário está envolvido na Copa do Brasil e resolveu poupar alguns jogadores para a partida em Mossoró e terminou amargando uma derrota. Ou seja, em termos de liderança, o América segue sem problemas.
O jogo contra o Globo comprovou para mim que a equipe sente muito a ausência de Allef. Os outros volantes não marcam nem perto do que marcam quando ele está em campo. Além disso, William Marcílio também ocupa um espaço para a puxada de contra-ataques que ficou às moscas em Ceará-Mirim.
Acho melhor nem citar os desfalques importantes por contusão.
O mais grave é que o América parece ter desaprendido que jogar marcando não é simplesmente se encolher e ficar admirando a troca de passes do adversário. Mais: precisa sim jogar marcando, pois está longe de ser um super time tecnicamente falando.
O time até criou umas chances, mas as falhas de marcação foram se acumulando e dando ao Globo a certeza de que a vitória era mesmo uma questão de tempo, isso tendo ele que virar o placar.
Se a falta de dedicação à marcação contra um time qualquer já seria inadmissível, imaginem contra um adversário que eliminou o Internacional pela Copa do Brasil.
Esse tipo de vacilo é o que mata numa competição como a Série D e que precisa ser corrigido o quanto antes. Tem desfalques? A marcação precisa ser ainda mais firme. Em competição eliminatória, tomar um gol por marcação frouxa em determinado confronto pode ser o detalhe que separa de uma desejada classificação, como aliás vem acontecendo na maioria destas temporadas vividas na Série D.
No mais, deu sorte. Sem maiores prejuízos, que fique a lição para o objetivo maior da temporada, que é o acesso no Campeonato Brasileiro.
Sempre, sempre tomo um susto quando confiro as estatísticas do Só Futebol? Não! O susto tem duas origens: a primeira é que eu demoro horrores para conferir essas estatísticas, num claro sinal de desprendimento ou leseira mesmo; a segunda é que, de fato, há muito mais acessos do que eu espero aos textos que publico aqui.
O último susto é marcante: o Só Futebol? Não! atingiu a marca de mais de um milhão de acessos. 1.063.960 para ser mais precisa quando da última conferência. Isso para um blog que começou como uma forma de acompanhar um bolão de copa do mundo entre amigos e depois passou a ser o meu despejo diário de pensamentos, sejam escritos, sejam falados, sobre futebol (especialmente o América) ou não e até manchetes nacionais e mundiais que chamam minha atenção num mundo cada vez mais difícil de entender é especial.
Escrevo e falo porque gosto. Entendo que esta seja a explicação para conseguir tantas amizades com boas discussões iniciadas por textos no blog e que seguem tanto virtualmente como pessoalmente. Gosto de discutir. Ideias contrapostas forçam-se ao questionamento e encaminham para o verdadeiro conhecimento ou iluminação, e isso merece um respeito danado.
Esse número gigantesco de acessos é construído a muitas mãos, muitos olhos e muitas mentes que se juntam às minhas mãos, aos meus olhos e à minha mente neste respeitoso debate. Muito obrigada por tudo isso e parabéns a cada uma dessas pessoas que fizeram e fazem parte deste fluxo de ideias.