segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Today's headlines (8/30)

The headline for good: 
  • Kathy Hochul wants to make one thing clear: She is not Cuomo
The others: 
  • Hurricane Ida, a powerful category 4 storm, batters Louisiana
  • E.U. set to propose travel restrictions on U.S. visitor
  • 98 countries pledge to accept Afghans after U.S. military departs
Good morning.

Source: The New York Times

domingo, 29 de agosto de 2021

Nada de flores


Dizer que a polonesa Marie Curie descobriu os elementos rádio e polônio e a radioatividade não dá a mais vaga ideia das lutas que ela travou para tanto e o que tudo isso lhe custou.

Dizer que não queriam lhe dar o Nobel (mulher, né?), mas deram, apesar de que apenas o marido fez discurso e que depois lhe deram outro Nobel, mas não queriam que ela, viúva há alguns anos, comparecesse à cerimônia, pode ajudar a entender um pouco. Dizer também que ela morreu como consequência de suas descobertas dá uma medida de como a vida pode ser magnânima e cruel ao mesmo tempo.

Seu brilhantismo é inegável. Sua força interior talvez não seja tão conhecida. Para isso, a Netflix tem a solução: Radioatividade, filme com a ótima Rosamund Pike como a cientista que não levava desaforo para casa sobre seu trabalho e não parecia se incomodar com a opinião dos outros sobre sua vida pessoal.

A narrativa nem sempre é linear e às vezes avança para eventos ocorridos após a morte de Marie Curie. São mais de 2 horas que poderiam ter sido encaixadas em menos tempo. Nada disso apaga a necessidade de um filme que revela um cérebro e uma alma tão marcantes que passaram longe de uma vida florida.

Cuidado com o que deseja



Longe, bem longe de ser uma comédia romântica, ou mesmo uma comédia, Duas Por Uma, disponível na Netflix, fica mais adequado como um drama com algumas (pouquíssimas) pitadas de suspense e de comédia, uma espécie de releitura do clássico O Príncipe e o Mendigo.

Drew Barrimore interpreta Candy Black, uma atriz afundada na depressão e no alcoolismo pela total insatisfação com sua vida e com sua carreira e também a atriz sem fama e sem dinheiro que funciona como uma dublê dela. Um incidente num set de filmagem praticamente encerra a carreira da primeira e, por tabela, a da segunda.

Prestes a conhecer o homem com que se relaciona à distância e que não sabe de sua versão famosa, Candy decide contratar sua substituta para se internar na clínica de reabilitação em seu lugar para que seu namoro não seja prejudicado. A substituta aceita com a condição dela voltar a trabalhar nos filmes, reavivando a carreira das duas.

A partir daí, a estória tem um desenrolar com algumas poucas surpresas no caminho, servindo o título deste texto como melhor mote para o que acontece com ambas as personagens.

Não é um filme magnífico. Longe disso. Vale muito mais pelo esforço de Drew Barrimore de interpretar papeis diferentes nas mesmas cenas. Vale também como passatempo com algumas boas sacadas. E só Jesus sabe quem foi que cismou de que isso seria uma comédia romântica...


Podcast: Melhores filmes de todos os tempos

Os 10 melhores filmes de todos os tempos.







Podcast: O de sempre

A mesmice impera.







Manchetes do dia (29/8)

A manchete do bem: 
  • 'Passaporte da vacina' será obrigatório em eventos com mais de 500 em SP
As outras: 
  • Empresas se comprometem com descarbonização por conta própria
  • Balneário Camboriú triplica faixa de areia engolida por construções à beira-mar
  • Covid-19 fez pessoas reconhecerem problema global pela primeira vez, diz Jared Diamond
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (8/29)

The headline for good: 
  • A digital Dunkirk: Veterans online scramble to get people out of Afghanistan
The others: 
  • Hurricane Ida could be a storm of historical proportions, Louisiana's governor says.
  • 40 million people rely on the Colorado river. It's drying up fast.
  • When police lie, the innocent pay. Some are fighting back.
Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 28 de agosto de 2021

Por que será?

Acho que meu prazo de validade como torcedora que se mete a comentar futebol, especialmente no que se refere ao América, está se esgotando. Não sei se são os muitos anos acompanhando os mesmos vícios de sempre, ou se a idade tem um peso maior na falta de paciência, mas o fato é que tem sido agoniante ver o samba de uma nota só que envolve o futebol do América nas últimas temporadas.

2021 tem sido de arrebentar a boca do balão. 4 técnicos já passaram por aqui. Paulinho Kobayashi, encerrando a temporada infindável de 2020, Evaristo Piza, vindo do Botafogo-PB, Daniel Neri, vindo do Sampaio Corrêa, Renatinho Potiguar, vindo do Santa Cruz-RN. Nem lembro se Leandro Sena, da casa, atuou em alguma partida. 

Em todos os nomes, as mesmas reclamações. Time não evolui, os outros times, que são muito inferiores tecnicamente, dão nó tático, jogadores não saem/entram no tempo adequado. Se puxarmos a memória, essa reclamação vai chegar a qualquer um dos nomes anteriores aos deste ano por pelo menos 5 anos, para não ser injusta com os demais por esquecimento.

Todos também chegaram com pompa e circunstância. Aplausos muitos para os primeiros resultados. "Não disse que era o treinador o problema?" Até que o encanto passa. Começa com uma reclamaçãozinha aqui sobre um jogador mal escalado, outra ali sobre um jogador que não deveria estar no banco e, de repente, ninguém mais sabe como o incompetente e burro que responde pelo time chegou ali se não sabe montar, escalar e nem mexer na equipe.

Outra coisa curiosa é que todos esses nomes eram objeto de desejo quando técnicos de outras equipes. Grandes nomes, todos com grandes trabalhos dentro de campo que cairiam como uma luva no Orgulho do RN, segundo imprensa, dirigentes e torcida. 

A mágica acontece quando os desejados recebem o cargo no América. Se o América acertou com X, perdeu a chance de ter Y, que arrebentou no ABC, no Globo, no Botafogo, no Sampaio ou até onde Judas perdeu as botas.

A escolha, então, vira piada de mau gosto, com ninguém entendendo como o clube foi em busca de um técnico tão despreparado como aquele, um verdadeiro entregador de camisas.

Melhor ainda é ninguém conseguir enxergar como os adversários podem jogar mais do que o América. Há uma soberba generalizada dentre dirigentes, imprensa e torcida. Ninguém enxerga o tempo de trabalho dos outros técnicos e até de seus elencos. Ninguém enxerga que o América vive de trocar técnicos a cada 5-6 rodadas, uma roda viva, diga-se de passagem, aplaudida e muito incentivada por sua torcida, que atua como aquela pessoa drogada/alcoolista que anseia pela próxima dose, que anima, mas é devastadora e apenas precipita sua derrocada.

E assim o América começou a atual competição com um técnico que durou 3 rodadas e a torcida já pede a cabeça do treinador que ousa durar 10 partidas, mesmo que ele tenha apenas 1 derrota. E aqui faço questão de deixar claro que nunca achei Renatinho Potiguar o nome adequado para a situação, ao contrário de dirigentes, imprensa e torcida em geral, o que me deixa ainda mais à vontade para este texto.

Os outros clubes seguem com seus técnicos. Sou capaz de apostar que Juazeirense, Imperatriz, Jacuipense e Floresta tinham técnicos com mais tempo de casa do que os do América em cada época. Nem precisa ter tanto tempo assim, já que a batata esquenta por aqui com 5-6 rodadas. 

No caso do jogo de hoje, também acredito que Ranielle Ribeiro tem mais tempo à frente do Campinense do que Renatinho tem à frente do América. Melhor esquecer isso e pensar que o América não evolui e que os outros também não têm esse direito.

Vejam que estou puxando apenas o fio do trabalho técnico. Se for falar de contratações (estilo colcha de retalhos ou não) ou da verdadeira panela em que muitos mexem que é o América fora de campo (com reflexos inclusive na atuação dos atletas), aí é capaz de não ter mais nem paciência para terminar este texto.

Eu não consigo compreender que não se enxergue uma realidade tão na cara como a que produz o declínio sofrido do Orgulho do RN e se jogue tudo na conta de um técnico que nunca monta uma equipe e, quando participa de alguma forma da montagem do elenco, é descartado no meio de uma competição, até se ela for um torneio fajuto como o estadual. Ainda assim, há quem jure que a prioridade seja o acesso. 

Na verdade, eu nem sei se quero entender a motivação para tanto. Corro o risco de enlouquecer de vez. Não vale a pena.

O poder do sócio oculto


Até onde uma pessoa está disposta a ir para ser aceita? Essa me parece uma melhor premissa para o filme O Sócio, com a comediante que tem a cara dos anos 1990 Whoopi Goldberg.

Whoopi é Laurel, uma especialista de investimentos afiadíssima, mas que é passada para trás na hora de ser promovida numa empresa de Wall Street e decide partir para montar sua própria empresa.

O problema é que os investidores de Wall Street não andam muito interessados em fazer negócio com uma empresa dirigida exclusivamente por uma mulher, o que termina levando Laurel, uma mulher negra, a inventar um sócio homem branco para levar o crédito de todas as suas análises, e assim ela conseguir sobreviver no mercado.

Claro que a confusão aumenta a cada novo passo que Laurel tem que dar como Robert Cutty. Saber que o filme é de 1996 também traz um grande alento quanto ao roteiro porque é possível se surpreender quanto aos caminhos traçados até o fim da estória, algo que anda em falta nos filmes atuais de comédia.

Não é para morrer de rir, mas além de ser uma estória bem interessante, algumas cenas arrancam risadas. 

Com 1h53, O Sócio traz ainda Dianne Wiest (a curatelada do filme Eu Me Importo) e Tim Daly (que esteve na série The Sopranos) e está disponível na Netflix.

Manchetes do dia (28/8)

A manchete do bem: 
  • Futuro da frota é híbrido elétrico com etanol, diz presidente da Volks
As outras: 
  • China lança maior mercado de carbono do mundo, e Brasil fica para trás
  • Afegãos nos EUA se unem para ajudar refugiados e facilitar adoção de crianças
  • BC anuncia limite de transferências no Pix a R$ 1.000 à noite para evitar roubos
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo