A rotina macabra do Brasil.
domingo, 20 de junho de 2021
Podcast: Vale a tranquilidade
O primeiro clássico do RN na Série D.
Manchetes do dia (20/6)
A manchete do bem: Ajuda trilionária do governo Biden e vacinas turbinam retomada dos EUA.
As outras: Florianópolis se vende como gay-friendly, mas é marcada por violência contra LGBTs, Trabalhador essencial e 'invisível' é maior vítima da pandemia no Brasil e Superpedido de impeachment tem mais de 20 acusações de crimes atribuídos a Bolsonaro.
Bom dia.
Fonte: Folha de S.Paulo
Today's headlines (6/20)
The headline for good: Five pioneering black ballerinas: 'We have to have a voice'.
The others: Brazil, besieged by Covid, now faces a severe drought, As money launderers buy Dalís, U.S. looks at lifting the veil on art sales, and Police shoot driver who struck cyclists at Arizona bike race.
Good morning.
Source: The New York Times
sábado, 19 de junho de 2021
Manchetes do dia (19/6)
A manchete do bem: Assembleia Geral da Onu aprova resolução condenando o golpe em Mianmar.
As outras: EUA flexibilizam sanções contra Maduro para combate à Covid-19 na Venezuela, Mulheres afegãs conquistam 27% do Parlamento após décadas de guerra e PSOL pede que Ministério Público investigue criação de 'tribunal ideológico' do Enem.
Bom dia.
Fonte: Folha de S.Paulo
Today's headlines (6/19)
The headline for good: Shell gets greener, even as climate advocates say, 'Go faster'.
The others: The European Union recommends opening to Americans to rescue the summer, Israeli-Palestinian vaccine deal collapses amid expiry date dispute, and Stocks drop as Wall Street's unease stretches to a fourth day.
Good morning.
Source: The New York Times
sexta-feira, 18 de junho de 2021
O inferno da espera
Não sei se existe alguém que gosta de esperar. Esperar sem ter a hora exata de quando vai chegar eu tenho a impressão que é ruim até se o que se espera é bom.
Esperar médica(o) então é um saco! Tenho pavor das(os) que marcam consultas por ordem de chegada. São sumariamente riscados da minha lista. Já não basta ter que esperar uma data lá na frente para a consulta, correndo o risco de nem lembrar mais os sintomas (plano de saúde agora é assim), ainda ter que desistir de um dia da vida para receber um atendimento agendado é o fim da picada! A única exceção ainda é o oftalmologista porque dificilmente espero muito por ele e o considero um profissional acima da média. E só.
Se tudo isso sempre foi ruim, agora piorou. Além do receio de contaminação em salas de espera entupidas de gente, ainda temos que aguentar 1.500 pacientes com seus celulares e vídeos e áudios do WhatsApp sem headphones/earphones. É tudo ali mesmo, para todo mundo ouvir. Todos ao mesmo tempo, numa poluição sonora inadmissível, além do desrespeito a quem está próximo, totalmente inaceitável.
Falta educação nos tempos atuais. Conceitos básicos do que é público, do que é privado, de quando um direito acaba para começar o da pessoa semelhante.
A espera hoje é uma verdadeira sucursal do inferno, certamente uma amostra do que será a vida após a morte (?) para quem acredita em dívida de alma a ser paga nos domínios de Belzebu e companhia.
De minha parte, pelo acontecido por aqui desde aquela estória de fim do mundo em 2012, eu começo a acreditar que quem ficou resistiu (não morreu) foi na verdade a galera que não subiu (paraíso, céu, evolução espiritual e assemelhados), então o inferno somos nós mesmos que fazemos. Agora com esse acréscimo do áudio/vídeo pessoal tornado coletivo num grupo em que cada pessoa é torturadora e torturada ao menos tempo. Tudo isso até que um(a) médica(o) se disponha a lhe atender...
É ou não é infernal?
Refúgio
Perdi as contas de quantas pessoas me indicaram ao longo dos anos a série da Netflix Anne with an E. E eu, como sempre, empurrando mais uma indicação para a minha interminável lista de obras para assistir.
Agora não mais. Nesta pandemia eu consegui dar andamento a essa lista e na semana passada eu terminei as 3 temporadas dessa série que é um absoluto refúgio da mente para tempos em que as relações pessoais eram baseadas apenas em amor pela pessoa próxima.
A obra é de época, passada no fim do Século 19 no Canadá, mas não deixa de abordar fatos que ocorreram à epoca, como o sequestro pelo Estado de crianças indígenas, e temas atuais, como o direito das mulheres de serem pessoas completas, sem as amarras que a visão machista ainda insiste em atar, dentre outras questões tão importantes discutidas com muita sensibilidade ao longo dos 30 episódios que acompanham as aventuras da órfã Anne que usa seu amor pelos livros e sua imaginação sem limites para lidar com as agruras da vida.
É impossível não se apaixonar por Anne e por todas as relações que ela constroi a partir da sua adoção pelos irmãos já idosos Marilla e Mathew.
Sempre que a carga do mundo real estava mais pesada do que o normal, Anne with an E me ofereceu aconchego. Uma pena que a série tenha sido interrompida com apenas 3 temporadas. Até hoje fãs choram por essa descontinuidade. E com razão.
Sempre vale a pena
Levei muitos anos para concluir a leitura de Les Misérables, de Victor Hugo. Tenho impressão de que já contei isso em outra postagem.
Gosto de ler no original, ciente de que as obras sofrem na tradução. Dizem que Dom Casmurro, obra em português mais traduzida (ainda é?) para outras línguas no mundo, sofre muito com isso, com a pessoa que traduz sempre se posicionando sobre a traição de Capitu.
O problema é que meu francês é ridiculamente parco, somente aguentando algumas passagens em obras de Direito, muito longe de uma leitura fluente como naturalmente ocorre para mim em português e inglês.
A primeira vez que a obra chegou às minha mãos - acho que foi há uns 10 anos - chegou em inglês. Li muito entusiasmada. Que decepção ao chegar ao final do livro e descobrir que se tratava apenas de parte da estória, que fora dividida em volumes. Foram mais de 500 páginas para terminar com tudo sem solução.
Muitos anos depois tive a sorte de ser presenteada com o volume completo. De novo, sem minha interferência, a obra veio em inglês, o que me deixou muito a par das diferenças que cada pessoa que traduz impõe à obra. A primeira era marcada por longas notas de rodapé explicando a escolha pela tradução de determinado termo do francês para o inglês, línguas não oriundas da mesma fonte. A segunda resolveu até alterar a ordem de capítulos e suprimir algumas passagens consideradas supérfluas para um volume único de mais de 1.200 páginas. Ou seja, elas são a prova cabal da necessidade de ler as obras no original imaginado por quem a escreveu.
De todo jeito, é preciso preparação para enfrentar Les Misérables. A estória é interrompida muitas vezes, sem cerimônia, para fazer enormes flashbacks de personagens nem sempre tão importantes para a trama ou mesmo para explicar determinadas características da paisagem de Paris ou da França em geral.
Além da jornada de Jean Valjean e dos que lhe cruzam o caminho, teremos belos retratos da movimentação política na França antes, durante e após a Revolução Francesa, detalhes da Batalha de Waterloo, muito fatos reais, retratos quase fotográficos do sistema de esgoto de Paris, manifestos sobre sociedade, política, filosofia, religião... Enfim, Victor Hugo quase transformou sua obra numa pequena enciclopédia de uma sociedade em particular no Século 19, mas que tão bem reflete os desafios que nos assolam em pleno Século 21.
Em português, a obra ganhou um título traduzido ao pé da letra - Os Miseráveis - assim como filmes e musicais, que são apenas uma pontinha do iceberg que Victor Hugo pôs no mundo. Se nunca leu, é melhor se organizar para abrir essa porteira para um outro tempo. Principalmente para quem não gosta de História, Victor Hugo deixou quase um diagnóstico do mundo de hoje como reflexo de outras épocas. Indispensável.
Manchetes do dia (18/6)
A manchete do bem: Câmara dos EUA aprova fim de autorização dada aos presidentes para declarações de guerra.
As outras: De 'Bob Esponja' a 'Scooby Doo', gays estão saindo do armário em desenhos na TV, Desmatamento e mudança climática agravam crise hídrica, dizem especialistas e PF aposta em cooperação com Canadá para avançar em investigação sobre bolsonarista.
Bom dia.
Fonte: Folha de S.Paulo
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