terça-feira, 15 de junho de 2021

Quadrado na roda

Como o Direito anda a ser discutido em cada esquina das redes virtuais, embora, infelizmente, defendam-se interpretações sabidamente incabíveis em algumas situações e que cairiam por terra com algum estudo a respeito, acho que vale a pena lembrar uma passagem do Curso de Direito Constitucional  de Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, 9.ª edição, ainda de 2014, época em que ninguém imaginava que teríamos que voltar a provar que a Terra é plana.

Em nota de rodapé de número 188, coincidemente na página também de número 188, há uma citação de decisão do STF de 2004 - 10 anos antes da edição, portanto - sobre a falsa dicotomia discurso de ódio x liberdade de expressão, a saber: 

O STF decidiu que o discurso de ódio não se inclui no âmbito de proteção da liberdade de expressão. No HC 82.424, Rel. para o acórdão Min. Maurício Corrêa, DJ de 19-3-2004, foi dito: "O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal.

E aqui estamos, 17 anos depois tentando encaixar o quadrado na roda...

A vingança do pai

Para quem acha que brigas de pai e mãe por nome de filhas(os) não chegam ao Poder Judiciário.


Estômago revirado

Ontem, precisei dar uma passadinha no Nordestão Ponta Negra para comprar um produto essencial que esqueci nas compras da semana passada. Fui num horário tranquilíssimo para uma segunda-feira, o meio da tarde.

Vagas em profusão no estacionamento. Assim que descemos do carro e caminhávamos para o hall de entrada, chegou um Hyundai Creta preto e estacionou na vaga destinada a pessoas deficientes. Isso já me chamou a atenção ante a ruma de vagas disponíveis que não aquela.

Do carro desceram 3 pessoas com o milagre instântaneo de voltarem a andar: um homem, uma mulher e um menino. Se bem que a vaga poderia ser utilizada com apenas uma daquelas pessoas sendo deficiente. Quem dirigia o carro era o homem. Ninguém aparentava o menor constrangimento com aquela óbvia invasão do direito alheio. 

Passei pela porta do hall do Nordestão já com o estômago embrulhado com aquela cena que ocorria lá no estacionamento. Não demorou e os 3 passaram pela mesma porta. A mulher e o menino usavam máscara adequadamente. O homem se orgulhava de levar a sua cobrindo apenas o queixo. Subiu a esteira rolante em plena felicidade por exibir sua imbecilidade: tirou a vaga de um cadeirante no estacionamento e seguia serelepe se expondo e expondo os outros, principalmente a mulher e o menino que lhe acompanhavam (pareciam ser uma família). Achou pouco, entrou numa pequena loja e foi atendido com a mesma explícita quebra de regra sanitária. Sobre isso, caberia às vendedoras exigirem que ele posicionasse a máscara adequadamente para que lhe atendessem, como vi um gerente da Caixa fazer quando de um recebimento de alvará, mas imagino que a pessoa que tem a propriedade da loja e/ou as próprias vendedoras consideram um absurdo perder uma potencial venda em troca de livrar o mundo de um comportamento de risco. E assim vamos seguindo sem arrefecimento na transmissão da Covid-19.
 
Mais um pouco e a turma se aproximou de nós no supermercado. Segurei imediatamente o braço de Janaina para pararmos e deixarmos aqueles riscos ambulantes se distanciarem de nós. 

Presenciar uma demonstração dessa de atos ilegais em sequência sempre me faz questionar se aquele homem não é o mesmo que reclama que este país não tem jeito, que todos os políticos são ladrões, e toda aquela ladainha de quem jura que tem uma alma pura e seguidora de todas as regras do mundo civilizado. É por gente assim, que não começa a ser a mudança que deseja ver nos outros, que o Brasil virou a pocilga onde o Sars-Cov-2 se refestela livremente. Quantos milhares de cidadãos de bem não seguem a mesma rotina Brasil afora? Meu estômago segue revirado até agora.

Manchetes do dia (15/6)

A manchete do bem: Com avanço da vacinação, uso de máscara em local fechado deixa de ser obrigatório em Israel.

As outras: Sob pressão da variante delta, Inglaterra adia fim das restrições, Copa América já registra 41 casos de Covid-19 confirmados, diz Ministério da Saúde e Seleção feminina empata com Canadá em último teste antes da Olimpíada.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/15)

The headline for good: Haaland wants to restore environmental safeguards for three national monuments.

The others: Shifting focus, NATO views China as a global security challenge, Christian Eriksen's teammates question call to resume play, and World basketball chief steps aside amid sexual abuse investigation.

Good morning.

Source: The New York Times

segunda-feira, 14 de junho de 2021

"Nós temos que saber o nosso nível"

Ainda ontem, o técnico Daniel Neri deu entrevista coletiva no estádio Amigão.

Campinense 3x0 América
Um jogo péssimo e um resultado pior ainda. É tirar daqui as lições que nós temos que tirar. Não está bom. Temos que trabalhar mais e melhor. Os jogadores sabem que é uma competição difícil, que os adversários têm qualidade, que os adversários estão todos eles querendo lutar pela competição, não é aquela competição que chega gente toda quebrada. Não é isso, não; é uma competição nacional. Então a gente tem que subir o nosso nível. Foi um jogo muito abaixo, um primeiro tempo muito abaixo. Sabíamos que eles eram perigosos quando chegam junto da área. E eles jogam muito em cima da última linha, da linha defensiva. E fizeram. Não fomos bem em defender. Perdemos no primeiro gol e no segundo bolas que em zona nós não podemos perder, temos que ter mais qualidade na saída, coisas que temos que buscar rapidamente já no próximo jogo. Também se formos ver, continuamos com 3 pontos, estamos todos ali na luta, no posicionamento. Agora temos que tirar as lições, os jogos vão dando recados. Quando não estava indo, não estava indo, não podemos aliviar, não. Não estava indo, não estava indo. Temos que ir buscar aquilo que está menos bem, há várias coisas que podemos trabalhar e já para o próximo jogo, pode ser um jogo muito difícil. Com o ABC, temos que fazer um jogo mais consolidado, um jogo mais forte, mais dividido, com mais capacidade. É isso que temos que fazer. Não só de lutar pelas bolas dentro de campo, mas de lutar pelo resultado. Não podemos deixar o adversário abrir 3 gols assim tão rápido e para depois no segundo tempo e ir atrás de alguma coisa. Então é um trabalho que temos que focar no dia a dia, no entrosamento, na força do coletivo, levantar a cabeça, ser um time mais "brigão" e tentar buscar esses pontos do resultado contra o ABC.

Falta de reação mesmo com as substituições
É isso que você acabou de dizer, não posso falar mais do que isso. Não conseguiu, não conseguiu. Troquei os jogadores, eram os jogadores que tinha, jogador para o meio campo, jogador para o ataque. Não conseguimos. Nós temos que saber o nosso nível. (...) Era tentar ir atrás do resultado. Não conseguimos, não tivemos capacidade. Está aquém? Está aquém. Temos que trabalhar e temos que ir para dentro de campo brigar, ser mais competitivos. A gente vai atrás disso e vai conseguir. Esses resultados são bons para abrir o olho e ver que não está bom. Não é ir andando, andando, andando e achar que está mais ou menos. Não está bom. Então temos que ir atrás de jogo mais competitivo e capacidade de lutar pelo resultado. É isso que nós vamos fazer contra o ABC.

Manchetes do dia (14/6)

A manchete do bem: Gilberto Gil e Juliette do BBB cantam 'Esperando na Janela' e 'Asa Branca' em live junina.

As outras: Governo não paga auxílio a mais de 400 mil na fila do Bolsa Família, Operadora da Bolsa brasileira lança curso gratuito sobre ESG com XP e BlackRock e Tratamento contra Alzheimer evoluiu de sanar sintomas a evitar progressão da doença.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/14)

The headline for good: Companies desperate to reopen ask: What's your vaccination status? 

The others: G7 nations take aggressive climate action but hold back on coal, Netanyahu ousted as Israeli Parliament votes in new government, and Met Museum announces return of two Benin bronzes to Nigeria.

Good morning.

Source: The New York Times

domingo, 13 de junho de 2021

Sem alma

Resultado chateia, placar chateia, mas o que se viu dos jogadores do América na partida contra o Campinense é a melhor representação da falta de vontade, de compromisso, de alma. 

Não quero nem vou discutir esquema tático ou mesmo qualidade técnica dos jogadores do América. A minha observação fica mesmo é para aquela fagulha que todo mundo que disputa algum esporte querendo vencer demonstra durante a disputa. Isso não existiu nem por um segundo entre os que vestiram a camisa do Orgulho do RN em Campinense 3x0 América.

Ressalto que não estou desmerecendo a bela vitória do Campinense. Time totalmente desfalcado pela Covid-19 para um jogo cujo placar não fez jus ao que os comandados de Ranielle Ribeiro criaram. Até pênalti que foi o árbitro não deu. Pelas minhas contas, um 6x0 representaria melhor o que se viu em campo.

Da parte do América, nada de marcação, algo que até mostrava no estadual/seletiva para a Série D 2022. Nenhuma vontade de retomar a bola nem de impedir o time adversário de ameaçar o gol defendido por Samuel Pires. Pelo contrário, havia uma disputa de quem presenteava mais o adversário com saídas e botes errados, além de grande, enorme, inacreditável espaço para uma movimentação mais à vontade de cada jogador do time paraibano. 

Sobre essa disputa acirrada entre os jogadores do América, considerando que até colocar uma mão na bola na área Flávio Boaventura fez, acho que ele se saiu campeão, especialmente dentre os que têm como primeira função marcar.

Ofensivamente, vi um lance criado por Elvinho ser desperdiçado por Max na frente do gol. 

Fosse o futebol um esporte levado a sério, com atletas que se envergonhassem de desleixo, displicência, falta de vontade de vencer, hoje teríamos uma ruma de gente pensando em pendurar as chuteiras durante a viagem Campina Grande-Natal. Mas se futebol não pode ser levado a sério nem na Europa, onde um jogador morre em campo, é ressuscitado com choque e massagem cardíaca para todo mundo ver e o jogo é retomado, como esperar destino diferente num país que cultua quem manda às favas leis e regras?

Os jogadores do América hoje fizeram número em campo. Burocraticamente. Só para não dar muito na cara perder por W.O. 

Acho que agora não dá mais para empurrar a balela de que queriam/querem derrubar o treinador. Um clube sem alma é só mais uma passagem para o currículo de todo mundo. Pena que isso não seja só uma passagem para a torcida... Essa tem alma, embora completamente despedaçada nos últimos tempos.




Top 10 da Netflix

 Eis as obras disponíveis na Netflix mais assistidas no Brasil hoje.
  1. Sweet Tooth (Série, 2021, 14 anos, 8 episódios)
  2. Lupin (Série, 2021, 16 anos, 2 partes)
  3. Awake (Filme, 2021, 16 anos, 1h37)
  4. Din e o Dragão Genial (Filme, 2021, 10 anos, 1h42)
  5. Lucifer (Série, 2016, 16 anos, 5 temporadas)
  6. Máquinas Mortais (Filme, 2018, 14 anos, 2h08)
  7. Chiquititas (Série, 2013, Livre, 545 episódios)
  8. Minha Mãe é Uma Peça (Filme, 2013, 12 anos, 1h24)
  9. As Aventuras de Poliana (Série, 2018, 10 anos, 564 episódios)
  10. Carnaval (Filme, 2021, 14 anos, 1h35)