terça-feira, 28 de julho de 2020

Today's headlines (7/28)

The headline for good: John Lewis, lying in State, is honored as part of a 'pantheon of patriots'.

The others: Tailors know New Yorkers' pandemic secret: 'Everybody got fat!, A possible weapon against the pandmic: printing human tissue, and Poland considers leaving treaty on domestic violence, spurring outcry.

Good morning.

Source: The New York Times

segunda-feira, 27 de julho de 2020

"Roberto vem ajustando bem a equipe"

O zagueiro Edson foi o entrevistado de hoje no CT do América.
(Imagem: Canindé Pereira, América)

Volta dos campeonatos
Eu estou me sentindo bem, feliz pela volta, feliz também pelas coisas estarem se normalizando. Espero que a gente possa aproveitar bem esse tempo agora, esses 15 dias que temos para o início do campeonato, para se preparar bem porque nós temos grandes desafios pela frente e eu espero que a gente possa atingir a nossa meta, que é sermos campeões. (...) Acho que nós temos um tempo grande para trabalhar, para nos organizar. E temos que tirar como proveito aquele primeiro tempo que nós fizemos contra o Fortaleza, ajustar o segundo tempo, que eu acho que faltou um pouco de ritmo ali no final Eu acho também que é normal. 4 meses sem estar atuando... Mas eu acho que Roberto vem ajustando bem a equipe e vamos chegar bem preparados para enfrentar o Globo.

Preparação
A gente tem trabalhado. Algumas peças estão chegando. A gente vem evoluindo. Tenho muito a melhorar ainda, mas certamente dentro desses 15 dias as coisas vão estar ajustadas. 

Cobrança do treinador
Tem que estar tranquilo porque a cobrança do Roberto é grande e é valiosa também. Eu acho que, quando você é cobrado, você tende a dar mais, e sempre mais. Assim vai ajudar muito o clube. 

Jogo sem torcida
É uma situação difícil. Eu acho que a torcida incentiva bastante. Chega um momento em que o corpo cansa, mas a torcida está ali cantando, levando o time para a frente e ajuda muito. Mas temos que nos adaptar. Não tem como fugir disso. O mundo todo vive uma crise agora e nós temos que nos adaptar também.

Primoroso

Evento longo com muitos palestrantes e muitos inscritos (mais de 100 mil pessoas), o I Congresso Digital Covid-19 realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil tinha tudo para dar errado, mas deu super certo. Talvez por ser a advocacia a classe que mais cumpre prazos neste país, as palestras começaram na hora. Além disso, a tecnologia empregada não deixou ninguém na mão como tem sido tão comum nestes tempos de pandemia, home office e muita comunicação digital.

Só hoje foram disponibilizados quase 30 painéis de discussão sobre as repercussões jurídicas e sociais da pandemia de Covid-19 no Brasil. Obviamente não dava para acompanhar tudo porque muitas aconteceram ao mesmo tempo. Entretanto, quem se organizou direitinho conseguiu selecionar os temas que mais lhe interessavam dentre muita coisa disponibilizada, desde política até procedimentos do Poder Judiciário.

Na abertura, tivemos o presidente da OAB Felipe Santa Cruz falando, dentre outras coisas, da frustração que a reforma tributária apresentada pelo governo federal representou ao trazer aumento da carga tributária para o setor de serviços (um pulo de 3,5% para 12% sem qualquer prazo de carência), justamente o setor mais atingido pela crise, como os números de encerramento de negócios apurados pelo IBGE apontam, ao passo em que aliviou a carga para o setor bancário, que não sabe o que é crise há muito tempo.

Tanto o presidente da OAB como o presidente do Supremo Tribunal Federal e Conselho Nacional de Justiça Dias Toffoli falaram a respeito de um projeto denominado Escritório Digital para facilitar a vida de advogadas e advogados Brasil afora na hora de movimentar processos, trazendo um só sistema abarcando as variedades hoje existentes, o que representa grande notícia para a classe.

Mais à frente, o Ministro do STF Luiz Fux falou sobre as repercussões jurídicas da pandemia, destacando a cláusula rebus sic stantibus usada como princípio norteador na atual situação e também exaltando a decisão que reconheceu a autonomia de municípios e estados  nas questões de saúde deste momento e a que mitigou a necessidade da presença dos sindicatos nos acordos de relações de trabalho na atual crise.

Depois foi a vez da Ministra do STF Carmem Lúcia abordar a liberdade de expressão numa realidade de fakes news. Ela fez boas considerações a respeito da garantia da liberdade de se expressar, não da expressão de ódio em si, ressaltando que uma das formas de solapar uma democracia nos dias que correm é o uso da desinformação, que sempre cumpre outros interesses. É preciso ponderar a limitação das fake news para nem termos censura, nem um ambiente em que crimes estejam liberados para destruir a própria democracia e a liberdade do outro.

Já à tarde (o evento começou às 10h e se estendeu para depois das 20h), o Ministro do STF Luiz Roberto Barroso falou sobre o destaque normalmente dado às decisões da corte que contrariam o governo, embora elas sejam em menor número em relação às favoráveis ao governo. Disse da importância da questão da autonomia de municípios e estados na luta contra a pandemia, ante realidades às vezes distintas até entre cidades vizinhas. Lembrou também do impedimento à campanha "O Brasil não pode parar" que o governo federal ensaiava pôr na rua em total contrariedade às orientações de todas as autoridades sanitárias do Brasil e do mundo. Ele ainda reconheceu que, mesmo sendo um admirador de um Estado menor, o investimento em ciência não pode ficar apenas com o setor privado. Citou como exemplo do valor da ciência o fato de que as maiores empresas atualmente lidam com investimento em ciência e conhecimento (Apple, Google, Microsoft, Amazon, Facebook). O Estado precisa entrar no setor de forma maciça. Falou também da necessidade de investimento na educação básica, que só se universalizou no Brasil em 1990, 100 anos depois dos EUA, um indicativo de nosso atraso atual. O Ministro fechou sua palestra afirmando que, sem qualquer moralismo, o Brasil precisa de pessoas competentes e corretas nos cargos certos.

Nos painéis, muitos debates e eu não teria como trazer nem um pedaço do que foi muito bem discutido em cada um deles. Contaram com minha participação discussões sobre inconstitucionalidades da legislação, virtualização de processos e prerrogativas, seguros, garantias processuais e comunicação de atos, funcionamento do Judiciário, saneamento básico e recursos hídricos, superendividamento, telemedicina e o dever de renegociar contratos.

No encerramento, escolhi um excelente painel sobre semipresidencialismo (um parlamentarismo com um pouco mais de destaque para a figura presidencial, como ocorre em Portugal e na França) como opção para as crises recorrentes do Brasil, que contou com a participação dos reconhecidos constitucionalistas Gilmar Mendes, Ministro do STF, e Michel Temer, ex-presidente da República, além do próprio presidente da OAB Felipe Santa Cruz.

Enfim, um evento grandioso - maior do mundo digital - e sem defeitos, algo para orgulhar os tão feridos habitantes desta terra que tinha palmeiras onde cantavam sabiás. Melhor: acompanhado de dentro de casa, sem o desconforto de tantas horas num assento de plateia, e com comida saudável para ser consumida nas horas certas. Nem de longe senti a maratona. Espero que essa seja a experiência dos 4 dias seguintes.

Na mesma linha

Seguindo a mesma linha de pensamento, eis a manifestação do presidente do Bahia no Twitter: 


Pelo fim do amadorismo

Depois de quartas de final de um nível muito chocho, a Copa do Nordeste terá suas semifinais na terça-feira e na quarta-feira, respectivamente, Fortaleza x Ceará e Bahia x Confiança.

Não vi os jogos de Ceará e Confiança, mas Fortaleza e Bahia apresentaram uma queda de rendimento bem preocupante. O Bahia até mostrou recuperação na parte final do jogo, mas o Fortaleza conseguiu jogar menos do que havia jogado na última rodada da fase de grupos. Isso contra um Sport que não ficou nem entre os 8 melhores do Campeonato Pernambucano. 

Por falar no Pernambucano, que lástima foi Retrô 0x1 Afogados, gol de Júnior Mandacaru, que foi um dia (2016) indicado por Diá, hoje treinador do ABC, para jogar no América! Goleiros assustados, jogadores desconectados e desleais, esquemas inexistentes, o jogo mais pareceu um festival de horrores com muitas cenas de vale tudo e sem expulsão alguma. Depois de ver um jogo desse valendo vaga nas semifinais, tenho a certeza de que o buraco de baixo nível em que o futebol brasileiro se meteu deixa poucos estados de fora.

Talvez seja a hora de se reconhecer o desserviço que os estaduais representam tanto para os olhos como para os bolsos da torcida e dos clubes. Um negócio que só piora a cada ano que passa já está pedindo mesmo que alguém tenha coragem de finalizar o que clama por extinção.

Transformar os estaduais em torneios seletivos para a Série D pode ser uma luz rumo ao profissionalismo tão desejado do futebol brasileiro. Só disputa quem está de fora do Brasileiro. As vagas de Copa do Brasil e Copa do Nordeste poderiam ser distribuídas pelos clubes que estivessem no Campeonato Brasileiro de forma decrescente (de A a D). Se todos estivessem na mesma série, caso atual no RN, valeria o ranking para desempate. 

Esse seria um passo muito bem dado para diminuir muito o amadorismo que ronda o futebol brasileiro. E as federações ficariam até com mais ligas amadoras para administrar, como campeonatos de bairro, matutões e assemelhados, além do seletivo que substituiria o estadual. Isso poderia enfim impulsionar as bases para termos campeonatos mais longos e mais disputados.

Só não dá para ficar na pasmaceira atual e achar que está tudo certo ou que vai melhorar por si só, um caminho que o basquete brasileiro, antes campeão de audiência, tomou e nunca mais se recuperou.

Manchetes do dia (27/7)

A manchete do bem: Grupo cria bancada do livro para concorrer a vereador no Rio.

As outras: Na crise, leitos de internação no SUS crescem após 10 anos, Grileiros convertem castanhais em pasto e cercam extrativistas e Dificuldades e filas marcam os 111 dias de auxílio emergencial.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (7/27)

The headline for good: Selma helped define John Lewis's life. In death, he returned one last time.

The others: A liberal town built around Confederate generals rethinks its identity, Cities in bind as turmoil spreads far beyond Portland, and Volunteer confesses to starting fire at Nantes cathedral.

Good morning.

Source: NY Times

domingo, 26 de julho de 2020

Escolhas e consequências

A vida é feita de escolhas. Pode parecer clichê, mas dia após dias somos instados a ter que escolher atitudes, coisas, pessoas...

A vida também é feita de lidar com as consequências dessas escolhas, outra realidade inegável. Não dá para transferir responsabilidades: quem decide precisa entender as consequências daí advindas.

Digo isto porque a pandemia de Covid-19 parece ter dividido os seres humanos em dois grupos: os que entendem e os que não entendem o balanço escolhas-consequências. Isso é assim no mundo inteiro. Vemos pessoas preocupadas em seguir as recomendações das autoridades sanitárias e vemos outras com comportamento absolutamente desleixado, irresponsável mesmo.

As imagens de Ponta Negra na semana passada e Pipa nesta semana despertam um misto de horror e raiva na parte majoritária da população - a que segue as recomendações para que esta pandemia passe mais rápido. Em mim despertam pena. Porque essas pessoas que aglomeram ou têm consciência absoluta do que estão fazendo, e aí seriam algo muito próximo de suicidas, ou não têm consciência do que estão fazendo, mas as consequências serão as mesmas.

Tenho pena também dos que trabalham nestes locais, obrigados que são a estarem no meio da aglomeração. E aí nem se pode falar muito em escolha...

Temo mais ainda pela saúde mental dos que sentem muita raiva disso tudo. Gostaria muito que percebessem que não podemos interferir nas escolhas dos outros. Podemos tentar conscientizar, alertar, mas enfim a iluminação é própria. Se a pessoa não foi obrigada a aglomerar, não há porque destempero. A vida é feita de escolhas e de consequências dessas escolhas. Precisamos dar aos outros a plenitude de lidar com suas decisões. Concentremo-nos mais no que nós estamos fazendo e deixemos que os outros atinjam por si mesmos esse estágio de consciência, sem alimentar revanchismos. Afinal, a mágoa e o rancor fazem muito mal a quem os sente e prejudicam até a imunidade.

Fulano não usa máscara? Que pena, mas eu não abro mão da minha quando boto o pé fora de casa. Fulana vive na academia? Eu prefiro fazer minhas caminhadas em casa mesmo, mas essa é a minha realidade. Sei lá a motivação de quem está lá na academia... O vizinho faz festa? Prefiro ver minha família de dentro do carro mesmo porque acredito que verei todos bem mais à frente.

Não posso sofrer por quem conscientemente resolveu tomar o caminho da negação. Sofro pela incerteza, mas me apego na realidade do dia de hoje, quando sei que estamos bem na medida do possível, que superamos mais um dia sem a contaminação temida, que temos casa e comida para seguirmos. 

Obviamente gostaria que essa minha visão de mundo fosse compartilhada por todos. Não é. Nada tenho a fazer a mais do que tenho feito. Apenas torço para que aqueles que seguem as recomendações sofram menos ante a realidade irresponsável da minoria (pesquisas afirmam). Cada qual lide com suas escolhas e consequências. 

Cobremos mais responsabilidade das autoridades, em boa parte também mais dedicadas à irresponsabilidade de remédios estilo garrafadas vendidas porta a porta no passado e que só faltavam levantar defunto do que à tomada das difíceis decisões que podem nos salvar em maior número. Mas aqui também lidamos com as consequências de nossas escolhas, especificamente nas eleições. 

Enfim, o que quero dizer é que sofrimento deve existir pelo que vale a pena. Sofrer pelos outros é uma carga elevada demais para nós, especialmente no meio de tantas incertezas do ambiente novo atual. Fiquemos nos clichês da vida. 

Podcast: Vantagem que some

Os dados do futebol jogam luz no mistério da vantagem do mandante.






Listen to "Vantagem que some - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Manchetes do dia (26/7)

A manchete do bem: Maioria das empresas vai manter mudanças adotadas na pandemia.

As outras: Apuração da conduta de juízes trava em órgãos; CNJ pune menos de 1%, Executivo relatou ameaça da Lava Jato e pressionou empresa e Produtores de cinema e TV já encaram o custo Covid, que deixa filmes 40% mais caros.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo