sábado, 12 de janeiro de 2019
RN em campo
O Visão Celeste, único representante do RN a avançar na Copa São Paulo Júnior 2019, entra em campo hoje, às 10h, no horário daqui, para enfrentar o Fortaleza em busca de mais um avanço na competição.
O jogaço tem transmissão ao vivo da FPF TV.
Manchetes do dia (12/1)
A manchete do bem: Inflação oficial, medida pelo IPCA, fechou 2018 em 3,75%.
As outras: Presídio de Mossoró recebe mais 15 presos do Ceará, Flávio Bolsonaro diz não controlar Fabrício Queiroz e Dívida com previdência reduz repasse para 35 cidades do RN.
Bom dia, minha gente!
Fonte: Tribuna do Norte
Today's headlines (1/12)
The headline for good: Saudi women, tired of restraints, find ways to flee.
The others: F.B.I opened inquiry into whether Trump was secretly working on behalf of Russia, Trump pulls back from declaring a national emergency to fund a wall, and Jayme Closs, missing Wisconsin girl, is found; man is accused in kidnapping.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
The others: F.B.I opened inquiry into whether Trump was secretly working on behalf of Russia, Trump pulls back from declaring a national emergency to fund a wall, and Jayme Closs, missing Wisconsin girl, is found; man is accused in kidnapping.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
"O América vive sob uma pressão"
Analisando a estreia do Mecão no estadual, a entrevista coletiva do técnico Luizinho Lopes terminou revelando a pressão a que seu time esteve submetido, inclusive no vestiário.
Primeiro jogo oficial
A estreia, ela é sempre tensa. A gente percebe que o clima entre o torcedor, a própria diretoria, o ambiente ali do vestiário estava um pouquinho emotivo. O América vive sob uma pressão. Os torcedores estão ávidos por uma vitória, por conquistas. Eu acho que passou. Nós precisávamos vencer. E nós vencemos. Com relação ao jogo, achei o 1.º tempo onde a gente teve o melhor desempenho. No 2.º tempo eu precisei criar algumas improvisações ali, algumas substituições inesperadas. Como eu falei, o jogo de estreia muito tenso, alguns jogadores chegaram a sentir cãibra. Infelizmente o Alison sentiu também. O nosso elenco ainda está muito enxutinho. Chegaram 4 jogadores aí nessa última semana e não estavam à disposição ainda. [Precisei] fazer algumas improvisações que nós não esperávamos. O desempenho no 1.º tempo eu achei melhor. No segundo tempo eu acho que a gente caiu um pouquinho.
Amistosos x estreia
Deu uma pegada de campeonato. Eu acho que a gente iniciou com uma intensidade muito boa, mas faltou ali a penúltima e a última bola. A gente conseguiu articular muito bem ali, sobretudo com Pardal, Fabinho e Hiltinho. Precisou Max se conectar um pouquinho mais com eles, mas vai chegar. [Max] é um jogador muito brioso, que não desiste nunca. Eu acho que a pegada de campeonato, a intensidade do 1.º tempo foi bem favorável. Acho que da metade para o final do 2.º tempo caiu um pouquinho, mas esses amistosos serviram para isso: para a gente entrar aceso, entrar com intensidade boa e interessante. Eu acho que se a gente tivesse conseguido fazer um golzinho ali 1.º tempo, o jogo era outro. No final, ficou ali um pouquinho emocionado o jogo. A gente chegou a sofrer em algumas oportunidades, mas hoje o que importava era a vitória. Passada essa emoção do 1.º jogo, nós vamos agora ter mais tranquilidade, ter um pouquinho mais de tranquilidade para ter mais controle nos jogos.
Irritação com troca de passes na defesa no 2.º tempo
Tudo é encaixe. A gente iniciou o jogo fazendo uma saída de 4 e a gente tem hoje uma variação de uma saída de 3, colocar um volante entre os 2 zagueiros [para] dar profundidade com 7, e o objetivo daquele ali é você circular a bola com velocidade para largar a segunda linha do adversário para gente começar a achar passe ali por dentro no Fabinho, no Hiltinho e no Pardal. O objetivo era esse. E aí, antes da gente girar essa bola, a gente já está fazendo ligação direta e perde o controle do jogo. A gente entrou no jogo deles. A irritação era por isso. Mas é encaixe. Não é tão fácil você em um jogo só criar tantas variações, mas a gente está tentando ver se o América tem um futebol vistoso.
Preocupação com a zaga
A gente está sendo muito cauteloso nas contratações. Infelizmente a gente tinha várias situações para acertar com um zagueiro e acabaram que não deram certo. Mas está para chegar um zagueiro na semana. Realmente a gente ainda está precisando de 2 defensores para compor elenco. É uma situação que preocupa. Mas vamos lá. A gente tem alguns atletas que improvisam bem ali também.
Alison como desfalque
É cedo ainda. A gente vai aguardar amanhã [hoje] na reapresentação para ver o que realmente houve com ele.
Jadson e Judson em campo
É um objetivo nosso ver se a gente encontra aí alguns garotos do clube. O América tradicionalmente sempre tem jovens da base atuando na equipe principal e a gente está deixando um espaço ali para que, quando for preciso, eles realmente tenham uma oportunidade. E se a gente começar a contratar muito ali naquele setor, fatalmente, de repente, a disputa vai ser maior, e eles não serão oportunizados. Então, o elenco foi montado de uma forma que tenha brecha para eles participarem porque eles têm muito potencial.
Recuo do América no 2.º tempo
Na verdade, às vezes o jogo foge um pouquinho das nossas mãos. O objetivo não era baixar tanto. Era compactar, mas a segunda linha estar um pouquinho mais alta, mais ou menos ali na linha média do gramado, para que a gente tivesse também um jogo mais reativo, ganhasse um pouquinho mais de espaço, para que a gente tivesse um contra-ataque rápido. Tem jogadores de velocidade - Hiltinho, Fabinho, Pardal. A gente até encaixou uma situação ou outra, mas a gente não pediu para baixar, não. A gente está querendo trazer uma equipe agressiva. Eu acho que naturalmente pegou um pouquinho a questão do primeiro jogo da pré-temporada, aquela questão emocional que eu falei. Alguns jogadores sentiram um pouquinho no 2.º tempo. Eu credito mais a isso, não que a gente baixou com medo de perder o jogo. Questão que realmente às vezes foge um pouquinho do nosso controle, mas, em contrapartida, a gente tinha a possibilidade do contra-ataque, que é uma situação que a gente trabalha também.
Time para enfrentar o Potiguar
A gente está tentando encontrar o melhor dessa equipe. A gente está trabalhando duro. É uma equipe muito heterogênea, é um grande desafio, talvez o maior da minha carreira porque nos clubes em que eu trabalhei, eu sempre tinha uma base. No Globo, eu tinha uma base quase que 100%. No Confiança, eu cheguei e tinha um time pronto. No América, não. É uma criação, é um grupo totalmente heterogêneo e aí vai ser através dos jogos. No momento, a gente precisa vencer para ter tranquilidade para trabalhar. E aí diariamente eu tô tentando encontrar a nossa melhor forma de jogar, agora tentando trazer um futebol vistoso, um futebol envolvente, mas eu acho que hoje era o resultado. Nós precisávamos vencer. Do 1.º tempo eu gostei. Acho que a gente teve uma intensidade bacana para o 1.º jogo. No 2.º tempo, ficou um pouquinho confuso, a gente fez muitos improvisos ali, mas está valendo. Hoje nós tínhamos que vencer e nós vencemos.
Amistosos x estreia
Deu uma pegada de campeonato. Eu acho que a gente iniciou com uma intensidade muito boa, mas faltou ali a penúltima e a última bola. A gente conseguiu articular muito bem ali, sobretudo com Pardal, Fabinho e Hiltinho. Precisou Max se conectar um pouquinho mais com eles, mas vai chegar. [Max] é um jogador muito brioso, que não desiste nunca. Eu acho que a pegada de campeonato, a intensidade do 1.º tempo foi bem favorável. Acho que da metade para o final do 2.º tempo caiu um pouquinho, mas esses amistosos serviram para isso: para a gente entrar aceso, entrar com intensidade boa e interessante. Eu acho que se a gente tivesse conseguido fazer um golzinho ali 1.º tempo, o jogo era outro. No final, ficou ali um pouquinho emocionado o jogo. A gente chegou a sofrer em algumas oportunidades, mas hoje o que importava era a vitória. Passada essa emoção do 1.º jogo, nós vamos agora ter mais tranquilidade, ter um pouquinho mais de tranquilidade para ter mais controle nos jogos.
Irritação com troca de passes na defesa no 2.º tempo
Tudo é encaixe. A gente iniciou o jogo fazendo uma saída de 4 e a gente tem hoje uma variação de uma saída de 3, colocar um volante entre os 2 zagueiros [para] dar profundidade com 7, e o objetivo daquele ali é você circular a bola com velocidade para largar a segunda linha do adversário para gente começar a achar passe ali por dentro no Fabinho, no Hiltinho e no Pardal. O objetivo era esse. E aí, antes da gente girar essa bola, a gente já está fazendo ligação direta e perde o controle do jogo. A gente entrou no jogo deles. A irritação era por isso. Mas é encaixe. Não é tão fácil você em um jogo só criar tantas variações, mas a gente está tentando ver se o América tem um futebol vistoso.
Preocupação com a zaga
A gente está sendo muito cauteloso nas contratações. Infelizmente a gente tinha várias situações para acertar com um zagueiro e acabaram que não deram certo. Mas está para chegar um zagueiro na semana. Realmente a gente ainda está precisando de 2 defensores para compor elenco. É uma situação que preocupa. Mas vamos lá. A gente tem alguns atletas que improvisam bem ali também.
Alison como desfalque
É cedo ainda. A gente vai aguardar amanhã [hoje] na reapresentação para ver o que realmente houve com ele.
Jadson e Judson em campo
É um objetivo nosso ver se a gente encontra aí alguns garotos do clube. O América tradicionalmente sempre tem jovens da base atuando na equipe principal e a gente está deixando um espaço ali para que, quando for preciso, eles realmente tenham uma oportunidade. E se a gente começar a contratar muito ali naquele setor, fatalmente, de repente, a disputa vai ser maior, e eles não serão oportunizados. Então, o elenco foi montado de uma forma que tenha brecha para eles participarem porque eles têm muito potencial.
Recuo do América no 2.º tempo
Na verdade, às vezes o jogo foge um pouquinho das nossas mãos. O objetivo não era baixar tanto. Era compactar, mas a segunda linha estar um pouquinho mais alta, mais ou menos ali na linha média do gramado, para que a gente tivesse também um jogo mais reativo, ganhasse um pouquinho mais de espaço, para que a gente tivesse um contra-ataque rápido. Tem jogadores de velocidade - Hiltinho, Fabinho, Pardal. A gente até encaixou uma situação ou outra, mas a gente não pediu para baixar, não. A gente está querendo trazer uma equipe agressiva. Eu acho que naturalmente pegou um pouquinho a questão do primeiro jogo da pré-temporada, aquela questão emocional que eu falei. Alguns jogadores sentiram um pouquinho no 2.º tempo. Eu credito mais a isso, não que a gente baixou com medo de perder o jogo. Questão que realmente às vezes foge um pouquinho do nosso controle, mas, em contrapartida, a gente tinha a possibilidade do contra-ataque, que é uma situação que a gente trabalha também.
Time para enfrentar o Potiguar
A gente está tentando encontrar o melhor dessa equipe. A gente está trabalhando duro. É uma equipe muito heterogênea, é um grande desafio, talvez o maior da minha carreira porque nos clubes em que eu trabalhei, eu sempre tinha uma base. No Globo, eu tinha uma base quase que 100%. No Confiança, eu cheguei e tinha um time pronto. No América, não. É uma criação, é um grupo totalmente heterogêneo e aí vai ser através dos jogos. No momento, a gente precisa vencer para ter tranquilidade para trabalhar. E aí diariamente eu tô tentando encontrar a nossa melhor forma de jogar, agora tentando trazer um futebol vistoso, um futebol envolvente, mas eu acho que hoje era o resultado. Nós precisávamos vencer. Do 1.º tempo eu gostei. Acho que a gente teve uma intensidade bacana para o 1.º jogo. No 2.º tempo, ficou um pouquinho confuso, a gente fez muitos improvisos ali, mas está valendo. Hoje nós tínhamos que vencer e nós vencemos.
Falta paciência
Vou começar pelo fim para explicar melhor a falta de paciência. A Arena das Dunas está prestes a completar 5 anos e continua expondo a torcida do América a uma saída imprensada, perigosa, ilógica.
Abrindo apenas um portão externo para a saída de mais de 3 mil pessoas - portão esse que fica tapado por vários ambulantes com equipamentos quentes - a Arena parece disposta a dificultar a vida de quem se propõe a assistir a um jogo no Setor Leste. E olha que ontem este foi praticamente o ÚNICO setor que abriu para receber os espectadores.
Confesso que me falta paciência para tamanhos desrespeito e irresponsabilidade. As autoridades deste estado estão esperando uma tragédia para enquadrar a administração da Arena?
Sobre o jogo, começo pela arquibancada. Também falta paciência para o público do Setor Leste. Mais uma vez, tive o azar de sentar na frente de um grupo de rapazes que eram verdadeiras matracas. Não bastasse não entenderem nada de futebol e até da escalação do América, quando finalmente pararam de falar do time, engrenaram em abobrinhas irritantes, como o fato do pai de um deles não ter bunda ou da promessa de outro de espancar um terceiro porque este havia afirmado que - desculpem o termo, mas não há como expor a dimensão da intelectualidade sem grafar com exatidão - comera sua mulher. Dose para leão!
Eu quando vou a um jogo nem bebo, nem fico pendurada no celular, nem conversando. Eu vou VER o jogo. Abobrinhas e celular eu deixo para antes do início do jogo ou no seu intervalo. Mas desconfio que a idade anda diminuindo exponencialmente a conta da minha paciência... Menos mal que ontem não precisei lidar com fumantes que desafiam a proibição que a Arena não está nem aí para fiscalizar.
Eu quando vou a um jogo nem bebo, nem fico pendurada no celular, nem conversando. Eu vou VER o jogo. Abobrinhas e celular eu deixo para antes do início do jogo ou no seu intervalo. Mas desconfio que a idade anda diminuindo exponencialmente a conta da minha paciência... Menos mal que ontem não precisei lidar com fumantes que desafiam a proibição que a Arena não está nem aí para fiscalizar.
Sobre o conjunto da torcida em si, a paciência não durou nem um tempo. Mas não a minha. 7 meses sem ver o América jogar em casa, aproximadamente aos 30 minutos, surgiram umas tímidas vaias na arquibancada. Isso para uma equipe totalmente reformulada, sem o entrosamento ideal, mas que dominou as ações no 1.º tempo. Alguns outros torcedores esgotavam o fôlego a gritar sobre o que determinados jogadores deveriam fazer e uma ruma de impropérios para acompanhar, ainda que não tivessem a menor ideia das qualidades de cada atleta e da função tática que estavam a desempenhar em campo. Porém, graças a Deus, não eram a maioria. Ô povo chato!
Só para ilustrar, houve um que quase infartou à minha frente porque Gledson segurou a bola para enfim repô-la em jogo, com o que parecia ser um chutão, em vez de seguir a orientação do técnico da arquibancada para abrir com Vinícius. Esse torcedor e muitos outros não sabem que Gledson é um goleiro que sabe jogar com a bola no pé. Na verdade, não sabiam, porque Gledson não deu um chutão, e sim lançou uma bola com açúcar e com afeto para Adriano Pardal, disparadamente o melhor em campo, desperdiçar uma chance clara de gol chutando fraco para as mãos do goleiro Pedro, do Santa Cruz.
Agora sobre o jogo, aí não faltou paciência. O América de Luizinho Lopes é uma equipe extremamente bem postada e que sabe exatamente o que quer. Sabem aquelas atuações do América quando pegava uma retranca de uma equipe considerada menor e os jogadores alvirrubros ficavam com uma postura do tipo "como você não vai fazer gol, eu vou esperar você perder a bola" e que é a fórmula do caos? Podem esquecer. O time de Luizinho mostrou logo ao Santa Cruz que não ia esperar mesmo ele se desfazer da bola. A pegada imprensou o mandante dentro de seu próprio campo e até uma mísera cobrança de lateral perto da bandeira de escanteio era motivo de uma pressão quase insuportável da marcação americana, marcação esta que é feita com afinco por todos, embora, claro, nem todos tenham a mesma eficiência.
Lógico que isso proporcionou ao Santa Cruz alguns perigosos contra-ataques. Era um risco a que o time de Luizinho precisava se expor, de forma calculada, para espantar o tabu do América nunca ter vencido o mandante do jogo. No entanto, o Santa Cruz assustou mesmo em duas oportunidades no 1.º tempo: numa bela cobrança de falta que proporcionou uma defesa monstro de Gledson e num contra-ataque pela esquerda em que, pelo lado esquerdo, salvo engano, o lateral ou o meia chegou dentro da área do América, assustou-se com a chance de chutar com a perna esquerda e resolver passar para quem vinha atrás. Houvesse chutado, só um milagre de Gledson manteria o gol americano intacto.
O primeiro jogo oficial também confirmou a minha impressão de que o América é um time que engatilha rapidamente a transição para contra-ataques, o que transforma num verdadeiro inferno para o adversário um erro na saída de bola.
Outra coisa são as jogadas perigosíssimas de bola parada. Até cobrança de lateral vira escanteio e há um revezamento de quem desvia primeiro a bola para uma sobra mortal de frente para o gol. Ontem, o desvio foi de Galiardo e a sobra foi de Adriano Pardal. Houve jornalista falando no Twitter em falha da defesa do Santa Cruz. Certamente nunca observou de verdade um time de Luizinho Lopes e nem acompanhou os treinamentos do América.
E as cobranças de falta? Artilharia pesada de todos os lados porque muita gente sabe cobrar. Há todos os estilos: rasteira, colocada, forte... Que saudade disso no América!
E, claro, o primeiro jogo oficial de um time pressionado como o América pesa para todo mundo. Até para o experiente Alison. Como a camisa do América pesa, minha gente! O zagueirão deu duas pixotadas logo de cara, armando contra-ataques. Nada que a experiência não resolvesse e assim ele se recuperou na sequência. Só que uma mulher na minha frente cismou de que ele era o pior jogador do América por isso e não o perdoou mais. A caninga só parou quando Alison foi substituído por contusão. Mais uma dose para leão...
Gostei de todos em campo, exceto, para variar, Breno. Já vi dois jogos dessa criatura e não consegui ainda enxergar uma única qualidade que tenha justificado sua permanência no elenco. Nem defesa, nem passe, nem cruzamento. Como é um jogador jovem, talvez esteja pesando a chegada ao profissional. Mas basta olhar as atuações de Jadson e Judson para desconfiar dessa ideia.
Max apresentou uma irritante dificuldade em dominar a bola num campo que mais parecia um tapete. Um trabalho específico deve resolver o problema - espero.
Também vi gente reclamar de que Adenilson não parece um camisa 10. Hello!!! Não há mais camisa 10 estilo Souza no futebol brasileiro. Aliás, talento em geral anda em falta no pobre futebol brasileiro, imaginem no RN! Adenilson sabe ver o jogo, sabe cobrar faltas, conseguiu boas enfiadas ontem e mostra disposição para marcar, características que, juntas, fizeram falta ao América nos últimos anos e podem fazer grande diferença num elenco formado para a Série D (sim, o América não vai disputar a Série A em 2019).
Já citei que Adriano Pardal foi o melhor em campo? O atacante esteve à vontade aparecendo no meio, nas pontas, como centroavante e ainda com grande disposição para marcar. Foi premiado com o gol, mas merecia ter feito pelo menos mais um.
Do Santa Cruz, chamaram minha atenção Júlio Brasília e, principalmente, Dyorgenes, camisas 10 e 11, respectivamente. Mas o time mostrou bom entrosamento dentro da proposta de Fernando Tonet.
A falta de paciência voltou a dar as caras para mim quando, num cochilo de Judson, uma saída de bola do América já no fim do jogo virou uma perigosa falta para o Santa Cruz. Nessa hora, todo o pesadelo dos anos anteriores assustou a torcida americana. De novo dominar um jogo e perder no fim? Não dessa vez. Fim de jogo, fim do tabu.
Se há ainda muito espaço para uma atuação mais vistosa, isso é ótimo. Em anos anteriores, o América começava a mil por hora e via seu desempenho ir murchando. Agora não. O América ainda não mostrou tudo o que sabe, mas há um grande potencial que, bem lapidado na hora dos reforços pontuais ao longo da temporada, pode por fim a anos de sofrimento. E o time mostrou a mesma entrega dos dois amistosos contra o Botafogo-PB, uma coisa que me enche os olhos, já que ninguém dá menos do que 110% em campo.
A primeira batalha foi vencida, diria até com louvor. Pelo menos o Santa Cruz não tira mais o América da disputa do título estadual como nos anos anteriores. Agora é cuidar para que o Potiguar não seja o estraga-prazeres deste ano.
O primeiro jogo oficial também confirmou a minha impressão de que o América é um time que engatilha rapidamente a transição para contra-ataques, o que transforma num verdadeiro inferno para o adversário um erro na saída de bola.
Outra coisa são as jogadas perigosíssimas de bola parada. Até cobrança de lateral vira escanteio e há um revezamento de quem desvia primeiro a bola para uma sobra mortal de frente para o gol. Ontem, o desvio foi de Galiardo e a sobra foi de Adriano Pardal. Houve jornalista falando no Twitter em falha da defesa do Santa Cruz. Certamente nunca observou de verdade um time de Luizinho Lopes e nem acompanhou os treinamentos do América.
E as cobranças de falta? Artilharia pesada de todos os lados porque muita gente sabe cobrar. Há todos os estilos: rasteira, colocada, forte... Que saudade disso no América!
E, claro, o primeiro jogo oficial de um time pressionado como o América pesa para todo mundo. Até para o experiente Alison. Como a camisa do América pesa, minha gente! O zagueirão deu duas pixotadas logo de cara, armando contra-ataques. Nada que a experiência não resolvesse e assim ele se recuperou na sequência. Só que uma mulher na minha frente cismou de que ele era o pior jogador do América por isso e não o perdoou mais. A caninga só parou quando Alison foi substituído por contusão. Mais uma dose para leão...
Gostei de todos em campo, exceto, para variar, Breno. Já vi dois jogos dessa criatura e não consegui ainda enxergar uma única qualidade que tenha justificado sua permanência no elenco. Nem defesa, nem passe, nem cruzamento. Como é um jogador jovem, talvez esteja pesando a chegada ao profissional. Mas basta olhar as atuações de Jadson e Judson para desconfiar dessa ideia.
Max apresentou uma irritante dificuldade em dominar a bola num campo que mais parecia um tapete. Um trabalho específico deve resolver o problema - espero.
Também vi gente reclamar de que Adenilson não parece um camisa 10. Hello!!! Não há mais camisa 10 estilo Souza no futebol brasileiro. Aliás, talento em geral anda em falta no pobre futebol brasileiro, imaginem no RN! Adenilson sabe ver o jogo, sabe cobrar faltas, conseguiu boas enfiadas ontem e mostra disposição para marcar, características que, juntas, fizeram falta ao América nos últimos anos e podem fazer grande diferença num elenco formado para a Série D (sim, o América não vai disputar a Série A em 2019).
Já citei que Adriano Pardal foi o melhor em campo? O atacante esteve à vontade aparecendo no meio, nas pontas, como centroavante e ainda com grande disposição para marcar. Foi premiado com o gol, mas merecia ter feito pelo menos mais um.
Do Santa Cruz, chamaram minha atenção Júlio Brasília e, principalmente, Dyorgenes, camisas 10 e 11, respectivamente. Mas o time mostrou bom entrosamento dentro da proposta de Fernando Tonet.
A falta de paciência voltou a dar as caras para mim quando, num cochilo de Judson, uma saída de bola do América já no fim do jogo virou uma perigosa falta para o Santa Cruz. Nessa hora, todo o pesadelo dos anos anteriores assustou a torcida americana. De novo dominar um jogo e perder no fim? Não dessa vez. Fim de jogo, fim do tabu.
Se há ainda muito espaço para uma atuação mais vistosa, isso é ótimo. Em anos anteriores, o América começava a mil por hora e via seu desempenho ir murchando. Agora não. O América ainda não mostrou tudo o que sabe, mas há um grande potencial que, bem lapidado na hora dos reforços pontuais ao longo da temporada, pode por fim a anos de sofrimento. E o time mostrou a mesma entrega dos dois amistosos contra o Botafogo-PB, uma coisa que me enche os olhos, já que ninguém dá menos do que 110% em campo.
A primeira batalha foi vencida, diria até com louvor. Pelo menos o Santa Cruz não tira mais o América da disputa do título estadual como nos anos anteriores. Agora é cuidar para que o Potiguar não seja o estraga-prazeres deste ano.
Manchetes do dia (11/1)
A manchete do bem: Município do RN tem a gasolina mais barata do Brasil.
As outras: Piso do Magistério sobe 4,17% e fica em R$ 2.557,74, Flávio Bolsonaro não comparece para depor e Governo só terá royalties após negociar dívida de consignados.
Bom dia, minha gente!
Fonte: Tribuna do Norte
Today's headlines (1/11)
The headline for good: Female economists push their field toward a #MeToo reckoning.
The others: Fiat Chrysler's diesel era ends in a cost settlement, Cristiano Ronaldo's DNA sought by Las Vegas police in rape investigation, and Andy Murray, citing pain, says he will retire after Wimbledon.
Good morning, everyone!
Source: The New York Times
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
Esfacelando-se
É certo que o povo brasileiro não andava nada satisfeito com a situação do país. Crise financeira, crise ética, crise até existencial. Daí à eleição de um "anti" - aquele que é contra tudo que está aí - era um pulo. Afinal, é fácil de se identificar com o discurso do "anti". Desemprego? "Sou contra". Corrupção? "Sou contra". Criminalidade? "Sou contra". Junte-se a isso um discurso saudosista (ah, a memória que só se agarra aos bons momentos e apaga os ruins...) e está pronta a receita do retrocesso.
Temos 10 dias de governo Bolsonaro. São 10 dias de desencontros, disse-me-disse e voltar atrás no que fora anunciado.
15 ministérios viraram 22. Isso nem seria um cavalo de batalha não houvesse a terrível mensagem da extinção do Ministério do Trabalho numa época de tamanho desemprego, algo que nem a ditadura teve coragem de fazer.
Aí vêm ministros envolvidos em investigações, como o do Meio Ambiente, que é réu em ação ambiental, num verdadeiro escárnio aos princípios constitucionais.
Há também a ministra que quer impedir que os jovens façam faculdade onde bem entenderem.
Se nas relações exteriores, os governos petistas tinham uma aproximação vergonhosa com ditaduras, o governo Bolsonaro agora se propõe a nos fazer passar vergonha perante o mundo nos retirando, só para começar, de um pacto de migração. Logo o Brasil, destino número um dos imigrantes na América do Sul e também com milhões de seus nacionais espalhados mundo afora.
Nossa política internacional agora é seguir as loucuras de Donald Trump, um presidente cuja sanidade é seriamente questionada em seu próprio país. Nem tamanho para isso temos.
Sobre a educação, o empenho parece mesmo ser para destruir o que nos resta a respeito. Além de livros com erros e sem respaldo em fontes bibliográficas, Bolsonaro escolheu como coordenador do Enem um economista (?) que plagiou trabalho de um autor americano sobre a Escola de Frankfurt. Plágio é crime. Fake news na educação é quase uma bomba atômica para o futuro do país.
Bolsonaro recuou na questão dos livros. Ufa! Mas não é assustador que o líder da nação trate a educação desse jeito? Sem a atenção da imprensa - talvez daí venha a implicância do presidente com o jornalismo - uma atrocidade como essa passaria incólume e teríamos uma educação fake news com a chancela do MEC.
Não pretendo passar em revista todas as áreas de um governo com apenas 10 dias. Mas não posso deixar de apontar os casos Queiroz e do filho do vice. Para quem prometia ser a régua ética anticorrupção (lembram do PT na primeira campanha de Lula?), os indícios do assessor/motorista com movimentação milionária sem explicação lógica, convincente, e da descoberta de que o filho do vice merece triplicar o salário e uma indenização robusta quando deixar a nova função no BB justamente poucos dias após ascensão do pai como o segundo homem da República mostram claramente que as velhas práticas políticas não acabaram, apenas trocaram de mentor.
Se com apenas 10 dias o governo Bolsonaro já está se esfacelando desse jeito, é bom ficar de olho para que ele não arraste o país junto. Afinal, a lua de mel do mercado financeiro com novos governos não é eterna. E com a economia americana soluçando, é preciso cuidar do pouco que nos resta. Uma volta ao Brasil dos anos 80-início dos anos 90, com exceção das artes, é pesadelo que ninguém gosta nem de cogitar.
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