quarta-feira, 25 de abril de 2018

"Eu estou muito confiante"

Imagem: Canindé Pereira/América

O técnico do América Ney da Matta falou sobre a decisão contra o Confiança e o trabalho neste início de Série D.

Nova formação
Mas eu acho que não é uma formação diferente, não. Qual que é diferente? Nós vamos repetir o mesmo time que jogou contra o jogo da nossa estreia contra o Confiança lá. Não vamos mexer em nada. A gente só fez a mexida lá contra o Imperatriz porque alguns jogadores estavam cansados. Tinha que poupar alguns jogadores, inclusive Hudson nem participou do treino. E a gente sentiu que o Cascata mais o Wandinho, a gente tinha a necessidade de deixar eles mais para esse jogo aqui agora, na decisão da gente. Mas a ideia é sempre de não mexer muita na estrutura do time, sempre dando confiança e credibilidade para eles para a gente poder jogar, e sempre fazendo o melhor.

Mais ofensivo em casa
Eu nunca gostei de jogar assim com 4 por dentro. Eu sempre joguei, por todo lugar onde eu já passei, nós sempre jogamos com 3 jogadores de frente - 2 de beirada e 1 centralizado. Aqui a gente está se conhecendo ainda, os jogadores estão se soltando ainda. É uma pena que nós estamos fazendo 20 e poucos dias que nós estamos no comando do clube e essa sequência de jogos, ela acaba atrapalhando naquilo que você pretende. E os jogadores estão ritmando dentro da competição. Nós tivemos pouco tempo de pré-temporada e a gente sabe disso. Então a gente espera que a gente consiga manter isso aí. Wandinho é um jogador inteligente, jogou comigo já. Um jogador que flutua bem, um jogador que está identificando muito com os jogadores. Tomara que a gente consiga fazer um grande jogo amanhã e buscar essa classificação porque ela é importante para nós.

Correções em campo
O primeiro jogo nós fizemos contra o Confiança e prevaleceu muito a vontade e a determinação dos jogadores. Os jogadores tiveram esse ponto positivo. E tiveram erros naturais de quem está começando, quem está iniciando uma competição. A gente não fez uma pré-temporada longa. Trocaram-se os jogadores, chegaram outros, tem que ajustar dentro da competição. Agora, é um time que, se continuar trabalhando como operário, se for um time operário, as coisas vão dificultar para o adversário. Se os jogadores se juntarem, se abraçarem, como estão fazendo, e forem obedientes na parte tática, a gente muda muito o sistema de jogo dentro do jogo mesmo. Os jogadores estão entendendo isso. Tomara que as coisas deem certo. Agora, foi um desgaste muito grande das viagens. As viagens que nós fizemos foram muito grandes, desgastaram muito. Além do jogo de semana, tem que viajar de madrugada. Mas agora sim a gente procurou segurar algumas coisas, ajustar algumas coisas para que os jogadores cheguem amanhã e possam realmente dar alegria para o torcedor, que é importante para nós.

Adversário
Ah, um time que tem um desenho interessante. Faz 2 linhas de 4. Eles realmente são inteligentes, o treinador inteligente, os jogadores que jogam têm essa inteligência. Nós temos que saber jogar aqui amanhã. Tem que saber ter paciência para esperar. Não ficar defendendo porque não é a característica nossa, não por estar jogando dentro de casa, mas o adversário é que consegue trazer a gente para o campo dele para poder usar o contra-ataque. Ele tem jogadores com essa característica. Se a gente for obediente taticamente amanhã, a gente tem grandes chances de fazer um grande jogo e buscar a classificação. 

Competição diferente, mesma postura
Eu acho que a gente não pode mudar a postura nossa. Eu acho que é uma competição diferente, mas a postura tem que ser a mesma que o futebol pede. Agora, nós estamos cientes, conscientes da responsabilidade do jogo, não só de amanhã, mas principalmente amanhã, porque a gente sabe que ajuda muito os cofres do clube, ajuda muito a dar sequência nesse trabalho também. Mas o adversário também tem o mesmo objetivo da gente. O adversário vem aqui para poder buscar a vitória, também a classificação. Mas eu confio muito. Eu estou muito confiante, estou muito satisfeito com o trabalho que está sendo realizado. Tenho certeza de que Deus está com a mão sobre nós. Se continuar pavimentando esse caminho, a gente tem tudo para ter sucesso aqui.

Pênaltis: sorte ou competência
Eu acho que é competência, cara. Pena que é jogado numa bola só. Mas eu acho que é competência. Você tem que trabalhar para isso. Muito se fala de sorte. Eu acho que a sorte é aliada de quem trabalha. Se trabalha, as coisas dão certo. 

"É uma maluquice"

E hoje Eduardo Rocha também foi entrevistado coletivamente na Arena das Dunas.

América x Confiança
É um jogo que nos dará tecnicamente uma condição de caminhar bem, com tranquilidade, na Série D, financeiramente, nos dará uma quantia boa no mês de dezembro, janeiro e fevereiro do próximo ano. o que poderá fazer com que, pelas receitas que são pequenas, que a gente possa até antecipar, estou dizendo de uma forma muito bem franca, alguma parte. Óbvio que ninguém vai antecipar tudo porque a gente tem o próximo ano; o clube não vai se acabar nesse ano. E não vai se acabar nunca, para tristeza de alguns e alegria da maioria porque a torcida do América é a maior do estado. Nós vamos ter a condição de termos uma certa tranquilidade, até para o jogo do dia 1.º, já na Série D. Mas amanhã é que é o jogo. É o jogo do ano. Depois teremos outro jogo do ano, que é quando a gente for subir da Série D para a Série C. Eu espero que o torcedor compareça numa arena de Copa do Mundo, no centro da cidade, num horário fantástico, 19h15. Aquele que está trabalhando pode sair do trabalho e vir direto pro estádio. Ele pode adquirir a polêmica das casadinhas que eu não entendi até hoje por quê. Porque ela é o mesmo preço do ano passado, os mesmos R$ 30, sem inflação e sem absolutamente nada mais. Ela poderá ser comprada dividida em 3 vezes, quem quiser comprar o pacote. Quem não quiser não está obrigado a comprar o pacote. O estudante vai lá e compra pelos mesmos R$ 30 até as 15h do dia do jogo. Venderemos casadinhas aqui para aquele que não queira comprar também na hora do jogo o ingresso mais caro, como em todo show e todo espetáculo, na hora ele é mais caro. Esse não precisa desembolsar só para aquele jogo, ele também poderá ter a opção de comprar a casadinha dividida em 3 vezes. Nós queremos que ele pague só R$ 30. Depende só dele. Aquele que diz que não tem dinheiro paga no cartão de crédito, pro vencimento.

Público zero
Primeiro, a gente vive numa democracia e cada um tem uma opinião, mesmo errada como essa. Porque é uma opinião que se monta numa premissa inexistente que houve aumento de ingresso, quando não houve. Então se está sendo desleal nos argumentos. Está se sendo antiético nos argumentos porque não houve aumento nem inflacionário. R$ 30 foi o ano passado, R$ 30 está sendo esse ano. Quem não pode pagar ou não quer pagar, porque tem quem não queira também, pode e não quer, os 4 jogos, ele paga só 1. O estudante, por exemplo, vai pagar os mesmos R$ 30 até as 15h, torno a repetir. Depois ele poderá comprar a casadinha por R$ 30 também, desde que ele compre a casadinha e divida em 3 vezes. Então é idêntico ao que aconteceu no ano passado. Eu não entendi a grita desse ano. Eu acho que isso é um fogo amigo. Graças a Deus é de uma minoria muito pequena, que deverá reunir poucas pessoas, porque é um argumento falacioso. Além de ser falacioso, que destrói o que ele diz que ama, que é o clube, porque tira a receita de quem já não tem. Porque, como todos sabem, Série D nem cota televisiva e os patrocínios são menores porque a exibição na Série D é menor. Nós só temos garantido em casa pela Série D 3 jogos. Vamos ter 4 garantidos porque 1 é da Pré-Copa. A posteriori, dependerá do América continuar na competição pelos seus resultados em campo. E queira Deus continue, como foi no ano passado, sem ter o revés do ano passado, que no último mata-mata ele torne a subir. Eu faço um apelo a esse torcedor que compre porque o que não comprar baseado em informações falaciosas vai se revoltar com quem disse a ele que não comprasse. Esses vão pagar muito caro para os outros, para o América não. Porque a cobrança em cima deles vai ser tremenda. "Mas, rapaz, você não deixou comprar a R$ 30? Agora é R$ 60 ou R$ 40 na hora do jogo. E agora?" Talvez ele vá ficar revoltado com quem está com essa maluquice, porque é uma maluquice."

Max e os ingressos

Em entrevista exclusiva a Marcos Lopes, o presidente do América Eduardo Rocha falou sobre Max e os preços dos ingressos. Seguem os trechos.

Marcos Lopes - Quando se falou na possibilidade do Max voltar para o América e acabou se apresentando ao Globo nessa quarta-feira, você disse na Rádio Globo que o América tinha um outro atacante que você preferia não declinar o nome e ficou um suspense no ar. Tem esse atacante já fechado? O América espera com Flávio Carioca neste momento?
Eduardo Rocha - Não. Há uma tendência realmente de que a gente, um pouco mais à frente, coisa de daqui a 10, 15 dias, em observando o mercado e vendo as possibilidades, trazer alguém que rivalize no bom sentido com Flávio Carioca, que acho que vem se saindo bem nos 2 jogos. Fez 1 gol no 1.° jogo, é um jogador que se movimenta bem, jogador de bom porte físico, ajuda defensivamente, quem observou. Futebol hoje é coletivo; não se analisa só pelo desempenho de frente. De frente, fez algumas boas jogadas e quem sabe não deslanche no jogo de amanhã contra o Confiança. Nós tínhamos um jogador. Vou declinar para você: era Val Barreto, que em determinado momento viria. O Moto Club, que tem ele lá como ídolo, renovou. Soube inclusive que num valor bem maior do que a gente tinha praticamente acertado. Veja como o futebol está louco. Que também imagino deva lutar com as mesmas dificuldades do América o Moto Club. Mas em leilão o América nunca se meteu, até porque não tem condição de participar de leilão e nem vai se meter. Acho que era um jogador que viria para fazer uma boa rivalidade com Flávio Carioca. Mas nós estamos observando, Marcos. E talvez com esses recursos... por isso que esse jogo, em vez de ser público zero, deveria ser público dez mil para que a gente tenha a renda do jogo e tenha, de outra banda, esse dinheiro que você falou, esse um milhão e pouco, que vai dar uma tranquilidade à administração e ao próprio clube para que a gente suba. Eu acho que esse é o objetivo da torcida. Eu faço aqui um apelo ao torcedor. Óbvio que o América não quer brigar com torcedor nenhum, independente de ser único, de ser de facção organizada ou desorganizada. A torcida é a razão maior do clube existir. O clube não é meu. Não é deles também. O clube é de todos. O clube é da família americana, assim dizendo. Então eu faço um apelo para que a gente acabe com isso e venha ao estádio. Pague os R$ 30. Se não tiver com dinheiro na mão, que dinheiro está difícil, eu reconheço, pague no cartão de crédito. Se não tiver o cartão de crédito, peça a um amigo para passar o cartão de crédito. Mas não deixe de ir para o jogo. Chame um outro. Já outra coisa que nos anima é que vamos ter lá o Esquenta Mecão, que foi muito bom no ano passado, e vamos ter espontaneamente mais duas charangas puxadas por grupos de torcedores. Isso nos anima realmente. 

Marcos Lopes - Eduardo, então repetindo: até a hora do jogo, o jogo nesta quinta-feira às 19h15 na Arena, até a hora do jogo, pode comprar o ingresso a R$ 30.
Eduardo Rocha - Não, não é isso. O estudante vai comprar a R$ 30 até as 15h do dia do jogo em qualquer ponto. Na verdade, vamos dizer 15h, mas eu acho que é até 15h30. Mas mande ele chegar lá de 15h. No dia do jogo, um jogo que é de 19h. Ele passa na sede e compra. Ele passa no Pittsburg e compra. Não sei se eu posso falar nos patrocinadores, que são importantes. Passa na ERK na Prudente de Morais, que é aquela ali de material esportivo, compra. Então, não sei o que é que ele está esperando. Vai agora na sede. "Ah, não tenho dinheiro. Quero comprar só 1 ingresso", compra no cartão de crédito. Ou paga em dinheiro se tiver o dinheiro. "Não tenho dinheiro, mas tenho meu cartão de crédito", usa o cartão de crédito ou de débito, que dá na mesma coisa. E vamos vender, Marcos... O que eu quero dizer é o seguinte: aí você tem razã, eu retifico. Vai se vender a casadinha na hora. Eu quero comprar a R$ 30. Aí lá vai ter que ser a casadinha. Ele vai adquirir os 4 espetáculos pagando dividido em 3 vezes. Se ele comprar 2, para ele e para a namorada, ele pode pagar até em 4 vezes. 

Faz falta

De vez em quando, entro numa vibe saudosista. Agora mesmo vi um e-mail de um amigo enviado a outro e entrei em sintonia com a nostalgia.

Adorava receber e enviar cartas na infância e na pré-adolescência. Ver um envelope com meu nome trazia um sentimento de importância, de pertencer a algo mais elevado do que uma possível inadimplência com as únicas correspondências que chegam atualmente: faturas e mais faturas.

Já escrevi por aqui sobre cartões de Natal. As cartas, por sua vez, eram essencialmente manuscritas. Os mais rebuscados, como o meu pai, preferiam datilografar usando uma máquina de escrever. Lembro que vi uma como relíquia ao botar os pés pela primeira vez nos Estados Unidos e me assustei. Como assim, relíquia? Sim, relíquia por lá, onde computadores já davam as cartas (sem trocadilho intencional) há muito tempo. Por aqui, só no fim dos anos 90.

A folha normalmente era pautada. Evitava linhas tortas. Aliás, muitos anos depois foi que entendi o tal do "Deus escreve certo por linhas tortas"...

Nessa época, sabíamos o endereço (CEP e tudo) das pessoas. Sabíamos nome e sobrenome. Sabíamos o número do telefone de cor. Hoje até o próprio número é desnecessário decorar.

Lembro das lindas coleções de papel de carta que as minhas colegas de Escola Doméstica faziam ainda no tempo de primário, já chamado 1.° grau menor. Será que ainda existem? 

Com a chegada do computador pessoal por aqui, veio o fabuloso e-mail. Quantos não escrevi e recebi em caráter pessoal? Hoje, só profissionalmente e olhe lá. Também nessa época era legal abrir o correio eletrônico e descobrir as boas novas. Atualmente, é abrir para apagar as inúmeras propagandas indesejadas.

O e-mail já aposentara as cartas. O WhatsApp enterrou tudo de uma vez - cartas, e-mails, SMS. Nenhuma emoção. Nenhuma personalidade. O mesmo traço e os mesmos emoticons ou emojis para todos. Nada de caligrafia. Nem mesmo o endereço escolhido de e-mail. Só o número de telefone ao qual nem damos a devida atenção. Registramos na agenda e nos concentramos no nome com que batizamos o nosso "contato". Sim, viramos contatos no mundo virtual, onde dificilmente há algum contato físico, na melhor acepção da palavra.

Sinto falta do e-mail dos amigos. Sinto falta das notícias sem pressa das cartas. Sem tracinhos azuis para confirmar o recebimento e a leitura. Só mesmo a boa educação de responder imediatamente, naqueles tempos em que imediatamente nem era assim tão imediatamente.

A tecnologia certamente vai seguir seu rumo em busca de novas praticidades. Mas aquele toque pessoal parece cada vez mais fadado ao completo desaparecimento. Uma pena.

Manchetes do dia (25/04)

A manchete do bem: Nordeste lidera crescimento nas vendas de bens duráveis.

As outras: Caixa reduz juros para as pequenas e as micro empresas, Corpo de Yasmin estava a 74 passos da casa dela e Via Costeira já registra 29 acidentes em 2018.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (04/25)

The headline for good: F.D.A. cracks down on 'juuling' among teenagers.

The others: Trump signals openness to a 'new deal' to constrain Iran, Toronto van attack suspect expressed anger at women and Finland has second thoughts about giving free money to jobless people.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 24 de abril de 2018

DM esvaziando

A informação abaixo é do assessor de imprensa do América Canindé Pereira.

"DE OLHO NO DM! A tarde foi de novidade no Campo 1 do Centro de Treinamento do Dr. Abílio Medeiros, em Parnamirim. Liberados pelo Departamento Médico, o zagueiro Jadson, o lateral esquerdo Mayk e o volante Robson voltaram a treinar com bola ao lado do, também lateral esquerdo, Danilo (foto) que havia sido liberado no último dia 13. O zagueiro Tiago Sala segue em trabalho de transição aprimorando a parte física."

Imagem: Canindé Pereira/América

"O torcedor é o 12.° jogador"

O lateral Gilton, já em Natal, falou com a imprensa sobre o confronto decisivo da Pré-Copa do Nordeste.

Empate no 1.° jogo
Foi um jogo difícil. Eu mesmo, particularmente, nunca tinha jogado lá. Fui surpreendido pelo tamanho do campo, pelo tamanho do gramado. Então, o jogo deu 3x3 lá, nós temos que tirar as coisas boas que nós fizemos lá para trazer para cá e sair com um bom resultado aqui.

Analisando o Confiança
Um adversário que muda muito as posições dele. Os atletas mudam muito de posição. Então, a gente sabendo neutralizar os pontos fortes deles e sabendo contra-atacá-los, a gente vai sair com um grande resultado aqui.

Possibilidade de pênaltis
No que depender de nós, jogadores, nós estamos com a confiança muito grande em encerrar esse jogo logo no 1.° tempo para que nós não venhamos a ser surpreendidos. Então, nós temos que matar já esse jogo no 1.° tempo para não levar para os pênaltis ou coisas piores depois. 

Apoio da torcida
O torcedor é o 12.° jogador. Então a gente se sente muito seguro com os torcedores. Então que venham colaborar com a gente, comparecer ao estádio para que nós possamos dar essa vitória para nós todos. 

Importância de voltar à Copa do Nordeste
Os jogadores estão bem cientes disso também. Mas a gente não pensa nisso. A gente pensa no Confiança primeiro, em passar do Confiança para que ano que vem possamos entrar em definitivo nessa Copa do Nordeste. Então não é pensando nesses motivos. Nós vamos com a cabeça tranquila, com os pés no chão, respeitando a equipe deles, mas nós temos que nos impor e, com certeza, buscar o resultado, que é a vitória.

"Acho que foi um jogo legal"

O técnico do América Ney da Matta falou ainda no estádio Frei Epifânio sobre Imperatriz 0x0 América.

Empate na estreia
Nessa competição, você tem que pontuar, cara. Você jogar aqui com esse adversário, que é um adversário difícil, jogadores com muita qualidade, treinador que perdeu apenas um jogo aqui, na decisão contra o Moto. Então, assim, jogar aqui não é fácil. A torcida empurra o time. E a gente está em formação ainda, tem 20 dias que nós estamos trabalhando. Mas, graças a Deus, Deus está dando a oportunidade de a gente poder ir trabalhando, ir pontuando e uma hora as coisas vão ajeitar, se ajustar para a gente poder continuar firme nessa competição.

2 tempos diferentes
Acho que é até a própria decisão do adversário. Ele teve que sair também para jogar, empatar em casa não é um resultado legal para ele. Mas aí também nós passamos a jogar. Acho que foi um jogo legal. 1.° tempo procurando um pouquinho mais trabalhando a bola, os jogadores dos times se estudando ainda, mas na verdade foi um jogo legal aqui. Agradecer a Deus pela oportunidade de pontuar fora de casa porque essa competição exige isso, é uma dificuldade e não vai ser fácil arrancar ponto desse time aqui dentro, não, porque ele tem muita competência. 

Equilíbrio na primeira rodada
A Série D é uma competição diferente. Nós fomos campeões brasileiros em 2016 e 2017 na Série C. E a D tem outra situação para você poder jogar. Infelizmente aqui, se você não tiver força e velocidade, você acaba surpreendido. Então, se continuar com esse caminho aí, Deus vai pavimentando o caminho para a gente poder ter sucesso aqui nessa competição. (...) Vai ser equilibrado até o fim. Não tem adversário fácil. Mesmo jogando em casa, não vai achar que o adversário é presa fácil porque não é. Tem que saber jogar essa competição para você não ser surpreendido. Agora se os jogadores continuarem com esse foco, determinação e fazendo funcionar o coletivo... Hoje eu vi de novo um time operário. Se esse time continuar operário, ele tem grandes chances de ter sucesso na competição.

Tradição nacional do América
Todos os treinadores que passaram aqui nesse clube, eles também têm a mesma intenção que a gente de poder colocar um clube de uma grandeza dessa, de uma torcida apaixonada, de uma camisa pesada, numa divisão especial, que seja pelo menos uma Série B de Campeonato Brasileiro porque o estádio que nós temos lá, o clube como é o América não pode ficar disputando uma competição como é a Série D. Agora tem que ter tranquilidade, tem que ter equilíbrio, não fazer besteira, não desesperar no primeiro resultado negativo que acontecer. Acho que o caminho está sendo feito desse jeito. Vamos pedir a Deus que continue nos abençoando.


Nada apropriado

Não vou discutir motivos, mas não me pareceu nada apropriado o tom da manifestação do presidente do América a respeito do protesto de parte da torcida em relação aos salgados ingressos avulsos da Pré-Copa do Nordeste e da Série D.

Com uso de palavrão, o presidente termina pondo por terra seus bons argumentos ao lhes dar um tom de confronto, o que não me parece a tática adequada para convencer a torcida da necessidade da majoração.

Ouvi o áudio em publicação de Mallyk Nagib. Segue a transcrição.

Um torcedor que diz que R$ 30 é caro... Esse é o preço do ingresso. Porque basta ele fazer a casadinha que ele vai pagar R$ 30. Aquele que não quiser, que é estudante, vai pagar R$ 30 também por um ingresso único. Vai lá e compra o ingresso no dia do jogo. Até as 15h do dia jogo, a gente vai manter o preço. E aquele que evidentemente não quiser comprar a casadinha, até porque nós nos obrigamos a vender a casadinha, ele vai comprar a R$ 60 até as 15h. Acha caro? Aí fica pregando público zero essa torcida Máfia não sei o quê? Que isso não é torcedor, isso são uns vândalos. Deram um prejuízo ao clube de mais de R$ 100 mil, essa é que é a realidade. Não vê que o clube não tem receita de nada praticamente, que os patrocínios são ínfimos. Nós pegamos o clube na pior fase do ponto de vista de receita. Nem o presidente que passou pegou uma receita tão fraca. E nós estamos fazendo das tripas corações e mantendo as coisas em dia. Aí ninguém vê isso? Quer dizer, o América está a cada dia mais difícil realmente. Muito difícil, me perdoem o desabafo, mas está muito complicado dirigir o América. Se o cara não pode pagar 30 mil réis, com respeito à dificuldade de quem está desempregado, de quem está sem receita, porque eu sei que isso existe. Eu sou advogado e tem várias empresas que saíram do estado, inclusive eu perdi contratos porque elas não estão mais aqui. O estado da gente é um estado falido, infelizmente. Um governo que não paga nem o salário dos funcionários. Um estado que vive de funcionalismo público. Um estado que a última empresa, fábrica que se montou nesse estado, foi há 14 anos. Quer dizer, é um estado que não tem liderança. Infelizmente, mas quando forem votar agora, votam nos mesmos. Mas é problema de cada um, não quero me meter em política, não. Eu tenho é que tomar conta do América porque eu fui eleito para isso e vou ficar até o último dia. Agora realmente está complicado porque é só reclamação. Sujeito reclama porque não pode pagar R$ 30 de sócio torcedor. E como é que não pode pagar R$ 30 para ir para um jogo de futebol? Ele realmente está numa situação dificílima. Eu lamento, mas não é o América que vai resolver isso, não. A gente tem que pagar a folha no final do mês. Estamos numa c... de uma Série D que só tem 3 jogos em casa garantidos. Eu não tenho bola de cristal para saber se a gente vai passar. Montamos um time na cabeça da gente que vai passar de grupo, vai para o mata-mata. Queira Deus que não fique em nenhum mata-mata, consiga subir. Temos um jogo de vida ou morte, jogo que dará uma receita ao clube o próximo ano, mas dará, para a gente ter tranquilidade, um pouco de tranquilidade. Não é isso que vai resolver também, mas ajuda muito. Esse ano foi uma perda lamentável não ter essa receita. E aí fica público zero, público zero... Qual é o incentivo? Qual é a, digamos assim, a gente como dirigente, como é que a gente se sente, não é? Público zero, um c...! Torcedor que é americano tem que estar lá no estádio, essa é que é a verdade. Me perdoe o desabafo, mas é muito difícil hoje dirigir o América.