domingo, 18 de fevereiro de 2018

É preciso reconhecer

Nessa semana conturbada que se encerrou ontem, eu preciso destacar algo: o trabalho de Canindé Pereira. 

Assim que o América anunciou Pachequinho como técnico, Eduardo bem me lembrou no Twitter que, antigamente, as rádios daqui corriam a telefonar para o novo treinador para conseguir suas primeiras palavras. Nem preciso dizer que a cobertura mudou totalmente. Hoje tudo passa pela internet e pelas redes sociais. Mas a cobertura que o América tem da imprensa daqui deve-se quase que exclusivamente ao dedicado trabalho de Canindé Pereira. Não fosse isso, 90% da programação seria resumida à leitura em voz alta do conteúdo dos blogs...

Canindé se desdobra produzindo vídeos, sonoras, material escrito de apoio e envia tudo a todos que de alguma maneira noticiam o América. Até eu, que passo muito longe (mas muito longe mesmo!) de ser imprensa, recebo - com muita alegria, diga-se de passagem - quase que diariamente o seu trabalho, que, afirmo sem medo, está muito acima da capacidade de valorização do futebol do RN, tanto em reconhecimento como em salário mesmo. Um trabalho sem hora para começar ou terminar em sua jornada diária, já que perdi as contas de quantas vezes tirei dúvidas com ele em feriados. E até agorinha mesmo, num domingo, saíram o anúncio da contratação de Paulo Victor, competente analista de desempenho, e a disponibilização da sonora da entrevista coletiva de Júlio Terceiro.

Não precisa olhar muito longe para ver trabalhos de assessoria que já começam tropeçando na língua portuguesa - essa misteriosa nossa de cada dia - ou que são meros control+c, control+v em sucessão. Canindé, portanto, está a anos-luz de seus pares e merece ter seu trabalho anunciado, reconhecido e aplaudido.

E é melhor nem falar na TV Mecão. Ali Canindé só não faz chover, mas ainda prepara o tempo.

Se você leu ou ouviu alguma coisa relacionada ao América na imprensa, caro(a) torcedor(a) americano(a),  agradeça ao trabalho de Canindé. Ele ou proporcionou a sua realização, ou meteu a mão na massa mesmo para que o Orgulho do RN tenha o devido destaque na mídia.

"Tudo para o americano é mais difícil"

O auxiliar técnico permanente do América Júlio Terceiro deu entrevista coletiva ontem após América 2x1 Globo.

Vitória de virada
Nós tomamos o gol muito rápido, muito cedo, na hora em que a gente começou a se ajustar dentro de campo, porque nós mudamos a formação tática, a maneira de jogar. E assim que entramos em campo, tomamos um gol bobo, um gol que foi displicência nossa. E eu acho que a gente dominou o jogo, tivemos posse de bola, tivemos oportunidades de gol, e eu acho que seria injusto a gente sair com um resultado negativo aqui hoje. Mérito de todos os atletas. Entenderam, correram, lutaram e foram guerreiros, leões dentro de campo. Isso mostra o que é América. Eles entenderam o que é América. O América é assim: é na raça, na vontade. Tudo para o americano é mais difícil.

4-3-3
Eu deixei só um volante dentro de campo. Me chamaram até de meio doido, mas era uma hora que eu tinha que por o time um pouco para frente, ajustar um pouco, porque eu tinha que arriscar. Campeão ou não, a gente tinha que conseguir esses 3 pontos dentro da nossa casa. 

Desempenho no campeonato
Na semana passada, foi uma fatalidade diante do Santa Cruz. Nós pecamos. Foi um jogo atípico. Acho que esse campeonato não admite erro. É claro que o ABC, se ele se consagrar campeão porque ainda está tendo o jogo lá, aquele 7x0 decidiu o campeonato. Se fosse 1x0 ou 2x0, seria normal. Mas é uma pena. Vamos trabalhar. Nós temos que buscar esse 2.º turno porque nós temos que dar calendário para o América no ano que vem. (...) A gente tomou 4 gols no campeonato. Então, mostra os guerreiros que nós temos. É claro que precisamos sempre de alguns ajustes, mas a gente estava liderando até a semana passada. A gente não tinha tomado gol nenhum no campeonato. Mas é ajustar, ver, agora tem o Pachequinho que chegou aí, ver a filosofia dele para ele implantar aqui nos atletas, o que os atletas vão assimilar, para que a gente possa vencer esse 2.º turno.


"Vou trabalhar forte e pesado"

Sei que já publiquei parte da entrevista coletiva do técnico Pachequinho que me foi gentilmente enviada por Canindé Pereira. Mas hoje a Tribuna do Norte trouxe a entrevista completa e gostaria de destacar 3 respostas e 1 pergunta. As respostas mostram um pouco do que pensa o treinador. A pergunta revela-se de natureza capciosa, o que não deixa de demonstrar o ambiente que o espera na imprensa norte-rio-grandense. Mas ele se saiu bem.

Sobre substituir um treinador com 70% de aproveitamento
Chego sabendo que os torcedores do América exigem muito. Isso é natural, pois eles querem ver o seu time ganhar, ver o melhor futebol e viemos pensando em fazer justamente isso: procurar fazer o clube apresentar um bom futebol e vencer. É claro que no futebol, em alguns momentos, as equipes têm de aprender a sofrer porque hoje um clube dificilmente consegue ter o controle da partida em sua totalidade. Cito como exemplo o próprio Corinthians, que foi campeão brasileiro em 2017 sofrendo. Passeou no 1.º turno e sofreu bastante no 2.º. Nordestino gosta de ver o time jogando para frente, ofensivo e o futebol de hoje pede que uma equipe tenha equilíbrio, que saiba defender e atacar com a mesma intensidade.

O que viu no América em partidas em vídeo
Notei pontos muito interessantes no time, como os 2 laterais que apresentam muita facilidade de atacar, a mobilidade do Adriano Pardal na frente, que às vezes aparece por dentro, outras pelas extremas. Algumas coisas você identifica como erro. Pode até nem ser provocado por falha no sistema, mas apenas um erro individual. Tudo isso será discutido com o grupo. 

A pergunta e a resposta
Quando o Pachequinho assume uma equipe num cenário em que se troca muito de treinadores, pensa primeiro em manter seu emprego através dos resultados ou se preocupa apenas em fazer sua equipe jogar o futebol da forma como você pensa?
Não estou pensando no meu emprego. Penso no trabalho de forma geral. Tenho minhas convicções, minha forma de trabalhar. Agora, se elas vão dar certo aqui ou dar errado, não tenho como antecipar isso a ninguém. Agora eu quero e exijo que os atletas façam em campo aquilo que foi determinado e trabalhado nos treinamentos. Só assim poderemos atingir os resultados. Disse e repito: cheguei ao América com objetivos de obter conquistas e vou trabalhar forte e pesado atrás desse objetivo.

De volta

A notícia abaixo é de Canindé Pereira.

"América repatria analista de desempenho para o seguimento de 2018
Paulo Víctor já passou pelo Mecão e inicia trabalhos já neste domingo (18) junto aos demais membros da Comissão Técnica."

Mais uma decisão a ser aplaudida no América.

Drenagem

Se antes era muito elogiada, a drenagem do Frasqueirão falhou feio ontem. O que teria acontecido? Mudaram o sistema quando ocorreu a Copa do Mundo? Qual o sistema utilizado? Como anda a manutenção?

Como esta reportagem do Globoesporte.com aponta, e explica, os sistemas utilizados no Brasil (gravitacional ou a vácuo), aguardo uma explicação mais detalhada do que ocorreu com o gramado do estádio do ABC.

Podcast: Surpreendendo

A drenagem ineficiente do Frasqueirão, a manutenção de um sistema improdutivo no América, a conquista do ABC, a artilharia do campeonato, os números das torcidas de ABC e América e a expectativa para o 2.º turno.


ABC 1x0 ASSU

O gol de Fessin deu ao ABC a conquista do 1.° turno do Campeonato Potiguar 18.

América 2x1 Globo

Apenas os gols do América. Mas que golaço de Lopeu!

Manchetes do dia (18/02)

A manchete do bem: General avalia que segurança no Rio pode ser recuperada.

As outras: Cresce o número de testemunhas sob proteção federal no RN, Partidos políticos receberam mais de R$ 62 milhões em janeiro e Juiz corregedor considera "falsa" estatística sobre presos no RN.

Bom domingo, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (02/18)

The headline for good: Brazil looks to crack down on fake news ahead of bitter election.

The others: To stir discord in 2016,  Russians turned most often to Facebook, When calling an Uber can pay off for cities and states and In wake of Florida massacre, gun-control advocates look to Connecticut.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times