O técnico do América Leandro Campos explicou em entrevista à assessoria do clube seu trabalho durante o recesso pós Série D 17 e o que esperar da equipe em 2018:
"Quando existe esse tipo de parada, esse recesso, para nós, treinadores, se torna fundamental para que nós possamos colocar naturalmente as ideias em dia, estudar mais, possamos assistir jogos, averiguar jogadores, trocar informações, fazer um intercâmbio maior. E eu penso que, nessa parada, eu tive essa oportunidade. Tive a oportunidade de assistir muitos jogos, de conhecer novos jogadores, de podermos naturalmente trocarmos informações e até para que nós pudéssemos ter uma melhoria com relação aos avanços naturais que o futebol apresenta diariamente. Então é muito importante para os profissionais muitas vezes nós podermos parar um pouco para refletirmos. Eu posso até citar um exemplo: o nosso maior treinador, hoje o treinador representante dos técnicos no Brasil, que é o Tite, que é o treinador da Seleção Brasileira. Ele praticamente ficou um ano parado procurando buscar informações, assistir jogos, procurando refletir, buscar outras alternativas com relação até o próprio desenvolvimento do futebol. E penso que pra ele foi muito positivo, porque ele veio naturalmente com novas ideias, com gás renovado. Então eu penso que pra mim também é dessa forma, embora o tempo tenha sido mais curto, mas deu pra realmente nós refletirmos muitas coisas que nós naturalmente queríamos melhorar e aperfeiçoar pro futuro. É lógico que conhecemos vários jogadores, estamos conversando com a direção. Não perdemos praticamente nenhum dia dentro dessa parada, sempre trocando informações, discutindo sobre os jogadores. Mas infelizmente um problema que a gente deve ressaltar é que o mercado de atletas está realmente difícil. Então nós temos que ter a coerência, entendimento. Mesmo que nós tenhamos um conhecimento grande com relação a jogadores, muitas vezes emperra essa condição de se trazer algum atleta por questão de mercado, que é um fator que nós precisamos urgentemente hoje tentarmos colocar o América numa condição mercadológica melhor, porque a Série D infelizmente não é uma condição de mercado boa para os atletas, para os profissionais. Nós temos plena consciência dessa condição. E é muito importante que a gente possa retornar pra Série [C], posteriormente para a Série B, quem sabe à Série A no futuro, para que o América volte ao nível que estava anteriormente com interesse dos profissionais, com interesse dos jogadores de voltarem a jogar no América. Hoje o atleta, ele sabe que o América é um grande clube, mas está disputando uma Série D de Brasileiro. Então ele prefere muitas vezes jogar num clube menor, mas disputar uma Série B, ou até mesmo uma Série C, do que disputar uma Série D. Então não tem nada a ver com o clube, com o América; tem a ver com o mercado. Então é muito importante, é emergente, é necessário que nós possamos o mais breve possível retornar à Série C do Brasileiro pra que a gente possa melhorar até mesmo a nossa qualificação de jogadores, embora eu tenha que ressaltar que os jogadores que nós estamos contratando, eu não tenho dúvida nenhuma que eles poderiam jogar hoje numa Série C, B sem problema algum. Na questão de contratação, isso lógico cria um grau de dificuldade principalmente na parte financeira, porque hoje o atleta, ele pede muito, pede valores que estão fora até mesmo do planejamento do América. E nós temos que entender que o América vai trabalhar com os pés no chão, não vai fazer loucura com relação a contratações. Vai procurar fazer um time eficiente, um time competitivo, mas dentro dos patamares financeiros que estão sendo posicionados pela direção do clube, pelo presidente do clube, dentro dessa condição. Então é muito importante nós fazermos esses detalhamentos pra que se haja entendimento, que o torcedor do América, ele pode ter certeza que ele não vai ter aqui um super time. Ele vai ter sim um time de guerreiros, um time competitivo, um time de jogadores que querem realmente buscar os objetivos do América dentro das competições que ele vai disputar, especificamente o campeonato estadual, a Copa do Brasil e a Série D do Brasileiro, principalmente a Série D do Brasileiro, que pra nós é o fator motivante maior, que é nós podermos brigar, lutar e não deixarmos escapar a oportunidade em 2018 de colocarmos o América na Série [C] do Brasileiro. Infelizmente em 2017 tivemos aquele jogo fatídico, onde ninguém entendeu até agora o que aconteceu, mas, de qualquer forma, foi um acidente do futebol. E infelizmente esse acidente, ele proporcionou praticamente a desclassificação e a perda da condição de acesso. Mas isso é passado e não vai nos resolver nada nesse momento falarmos sobre o passado. Mais importante agora é o futuro. E o futuro do América é promissor. Eu tenho certeza absoluta que nós todos envolvidos, todos trabalhando unidos, nós vamos fazer do América pra que o ano de 2018 seja muito positivo, que seja um ano de sucesso. E nós temos a convicção de que vai ser."