sexta-feira, 15 de julho de 2016

Podcast: Rótulos

Podcast sobre o desabafo de Jennifer Aniston, Luana Piovanni e o esplêndido episódio sobre racismo do Chelsea Does da Netflix.
https://www.spreaker.com:443/episode/8991620


É de arrepiar!

Quem planejou o que está aí neste vídeo está de parabéns. É de arrepiar! #PraCimaMecão #ArenaVermelha

Tabu é tabu

Tá lá no Futebol Interior: quando América e Remo entrarem em campo na Arena das Dunas no próximo sábado às 16h, um tabu de 41 anos também estará em campo.

O Remo nunca arrancou um só ponto contra o América em Natal. Desde 1975 (tenho impressão que esses números são do especialista Marcos Trindade), foram 7 jogos aqui em Natal e 7 vitórias do Mecão.

Desses jogos, eu me lembro de dois especificamente: América 6x2 Remo pela Copa do Brasil em 2001 (se não me falha a memória em relação ao ano) e América 1x0 Remo pela Série C em 2005. No primeiro, show de Helinho. No segundo, quem brilhou foi Bibi, que após a entrada de Evandro (Chaveirinho), recebeu uma bola com açúcar e com afeto para fazer o gol da vitória de cabeça já nos acréscimos. Dois baixinhos e um gol de cabeça. Era tanta gente chorando na arquibancada do velho Machadão...

Eu sempre tenho um pé atrás em relação a tabus. Mas a fase do América é tão outra com Diá no comando que eu aposto que teremos mais uma bonita festa no sábado. É o reencontro da torcida com um time que sabe o que quer. O time vai. Se a torcida também for, aí não tem quem segure!

As homenagens

Quando o ABC comemorou seus 101 anos, o América publicou homenagem ao rival com uma pitada de humor inteligente. Veja:


Ontem o América comemorou 101 anos e o ABC deu o troco:


Sabe quem ganhou? Todo mundo! Os dois deram uma bela demonstração de convivência pacífica, civilizada, mas sem perder o bom humor. Típico de amigos que se amam, mas se provocam. Adorei! Parabéns aos criadores das duas homenagens! 

Mais bom humor, menos intolerância.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

É do Confiança, mas...

... não esqueceu de parabenizar o clube que faz parte de sua história.

Publicação do técnico Roberto Fernandes em sua página pessoal no Facebook (republicação do Instagram)

É um indício

A informação vem do Twitter (@MecaoeMinhaVida). Lúcio teve contrato com o América publicado pela CBF no dia de ontem (13/07). O contrato teve início em 16/06.

A saída de Lúcio, apesar do tom de aposentadoria, também tinha certos indícios de que era mais um "até breve". Primeiro, o América disse que deixava o Vaqueiro à vontade para se tratar perto de sua família, mas que as portas estavam abertas. Depois, o médico Maeterlinck Rego informou que o tratamento exigia remédios (corticóides) que apareceriam no controle de dopagem e, por isso, Lúcio seguia para tratamento longe dos campos. E José Jorge divulgou à época que o Vaqueiro renovara com o América até maio de 2017. O jogador seria da cota do presidente do Conselho Deliberativo José Rocha.

Pelo sim, pelo não, o BID é mais um indício de que a história de Lúcio no América ainda não terminou.

101 anos do Orgulho do RN

Há 101 anos surgia o clube que receberia espontaneamente do povo potiguar a alcunha de Orgulho do RN.

O América Futebol Clube foi fundado no dia 14 de julho de 1915. Inicialmente utilizava as cores azul e branca. Depois, incorporou o vermelho e o branco que embalaram muitas conquistas inéditas para o Rio Grande do Norte

O primeiro a conquistar um torneio fora do âmbito regional (Taça Almir 1973, disputada dentro do campeonato brasileiro). O primeiro a subir para a Série A (vice-campeão brasileiro da Série B 1996). O primeiro a conquistar a Copa do Nordeste (1998). O primeiro a disputar um torneio internacional oficial (Conmebol 1998, que antecedeu a atual Sulamericana). O primeiro do Brasil a conquistar dois acessos em sequência (2005 para a Série B e 2006 para a Série A). O primeiro a marcar gol na Arena de Copa do Mundo. O primeiro a ali conquistar títulos. O primeiro a ali quebrar recordes de público.

O clube das missões impossíveis: o último 5x2 que eliminou o Fluminense da Copa do Brasil 2014 em pleno Maracanã representa bem esse quesito. Hoje no Brasil, pintou virada complicada, é o América de Natal que vem à cabeça.

A torcida que definiu o que é mosaico no Brasil. Quem não lembra dos Olhos do Dragão?



Nunca um hino traduziu tão bem a história o sentimento de uma torcida por um clube: o nosso time mostra a sua raça no jogo/ é o América, América/ vai conquistando o coração do povo no jogo/ e na torcida eu sou América/ eu sou América e tenho orgulho de ser/ porque o América em tudo é o melhor/ é alegria no esporte e no futebol/ América, América/ meu coração vibra nas sua cores/ eu sou, eu sou América, América/ e uma canção que canta mil amores enfim/ cantou América, América/ vamos em frente, gente americana, mostrar/ que o nosso time entrou pra valer/ bola pra frente, quero ver jogando pra ganhar/ América, América


É isso. 101 anos do Orgulho do RN. Mecão ontem, hoje e sempre. Parabéns, América! Parabéns a todos que fazem parte dessa história!

terça-feira, 12 de julho de 2016

O lado ruim da fama




Quando se pensa em fama, logo vem à cabeça todo o glamour de ser amado e adorado por muita gente, mas muita gente mesmo. Mas pouca gente realmente sabe a dor da fama, aquele lado ruim que existe e que pode nem ser tão grande para muitos. No entanto, há certos "eleitos" que sofrem e muito com isso.

Talvez o maior exemplo tenha sido Amy Winehouse. Eu me lembro de, numa dada entrevista do Coldplay, um dos membros ter falado do quanto era doentia a perseguição que os papparazzi impunham à talentosa cantora e compositora britânica. Fotógrafos davam plantão em frente à sua casa apenas à espreita de clicar aquele momento normal em que ela, toda descabelada logo cedo, ia buscar o leite na porta de casa. Cidadãos comuns fazem isso. Eu busco meu jornal muitas vezes descabelada. Mas isso, no caso de Amy, era motivo para uma foto que seria reproduzida em muitos tabloides mundiais.

Hoje o Huffington Post (o americano) publicou um artigo da atriz, diretora e produtora americana Jennifer Aniston, aquela que fazia a Rachel de Friends. Jennifer abriu o coração sobre o que a imprensa faz com os famosos, especialmente quando se trata de publicar coisas que não são verdadeiras.  

No artigo For the record, Jennifer começa afirmando que nunca se dirigia à fofoca por não gostar de dar força à indústria da mentira, mas que resolvera escrever porque não fazia parte do mundo das mídias sociais.

E fez questão de registrar que não está grávida, e sim farta do que tem ocorrido diariamente sob a aparência de jornalismo, ou noticia de celebridades.

Em suas palavras, Jennifer Aniston diz: "Todos os dias meu marido e eu somos assediados por dúzias de fotógrafos agressivos plantados fora de nossa casa que farão qualquer coisa para obter qualquer tipo de foto, mesmo se isso significar perigo para nós ou pedestres azarados que estejam por perto." 

Segundo ela, na verdade esse "ritual insano" dos tabloides representa algo maior para todos nós. "Se eu sou algum tipo de símbolo para alguns pessoas por aí, então claramente sou um exemplo das lentes através das quais nós, como sociedade, vemos nossas mães, filhas, irmãs, esposas, amigas e colegas."

Aniston denuncia uma objetificação e um escrutínio por ela classificados como "absurdos e pertubadores" e então discorre a respeito: "A mensagem que meninas não são lindas a menos que sejam inacreditavelmente magras, que elas não merecem nossa atenção a menos que pareçam uma supermodelo ou atriz de capa de revista é algo que nós todos estamos avidamente comprando. (...) Usamos essas 'notícias de celebridades' para perpetuar essa visão desumanizadora do gênero feminino, focada somente na aparência física de alguém. que os tabloides transformam num evento esportivo de especulação. Ela está grávida? Está comendo demais? Descuidou-se? Seu casamento está passando por dificuldades por que a câmera detectou alguma 'imperfeição' física?"

E continua: "Eu costumava dizer a mim mesma que os tabloides eram como revistas em quadrinhos, não eram para serem levados a sério, seriam apenas uma novela para as pessoas acompanharem quando precisassem de uma distração. Mas eu não posso mais dizer isso a mim mesma porque a realidade é que a perseguição e a objetificação que eu experimento em primeiro grau, já há décadas, refletem a forma deturpada como calculamos o valor de uma mulher."

Jennifer bate forte na imprensa ao dizer que no último mês ela finalmente entendeu como o valor de uma mulher é definido com base em se ela é ou não mãe e se é ou não casada. A quantidade de recursos gasta até agora "pela imprensa para tentar simplesmente revelar se estou ou não grávida (pela milionésima vez... mas quem está contando?) aponta para a perpetuação dessa noção de que as mulheres são de certa forma incompletas, malsucedidas, ou infelizes se não têm filhos num casamento. Neste último ciclo de notícias entediantes sobre a minha vida pessoal, houve ataques em massa, incêndios, importantes decisões da Suprema Corte, um eleição por vir, e qualquer número de questões mais merecedoras de virarem notícia a que os 'jornalistas' poderiam dedicar seus recursos."

Segundo Aniston, mulheres são completas, tenham ou não um(a) parceiro(a), tenham ou não um(a) filho(a). A beleza de seu corpo quem decide é a própria mulher.

Ela fala da dor de se ver fotografada por um certo ângulo e a partir daí ter que lidar com dois rótulos (grávida ou gorda) e de ser parabenizada por amigos, colegas de trabalho e estranhos a respeito de uma inexistente gravidez.

Jennifer termina dizendo que sabe que os tabloides não vão mudar tão cedo - é o que sua experiência mostra -, mas que o que pode mudar é como reagimos a esse tipo de coisa. "Nós é que decidimos o quanto vamos comprar do que está sendo oferecido, e talvez algum dia os tabloides sejam forçados a ver o mundo por outras lentes diferentes, mais humanizadas, porque os consumidores pararam de comprar tamanha besteira*."

Para quem nunca viu mau nessa perseguição insana da imprensa a celebridades, vale a reflexão de quem sofre as consequências na pele.

*A atriz utilizou um palavrão 

Onde está o dinheiro?

Como prometi no Podcast de domingo (Na Pressão), publico agora os trechos da alarmante entrevista do presidente do ABC Judas Tadeu à Tribuna do Norte de domingo (10/07, página 6 do caderno Esportes). Desde então eu me pergunto onde está o dinheiro do patrocínio master do ABC, que não estaria sendo repassado por um problema contratual. Os valores que precisam ser arrecadados assustam. Confira os trechos exatamente como publicados na Tribuna:

"Como estão as finanças do ABC?
Nós terminamos de pagar os compromissos do mês de maio. Entendemos que apesar de todas as dificuldades que encontramos, incalculáveis, que a gente já esperava mesmo enfrentar e juntando essa situação a ausência do público no estádio e a ausência de patrocínio, falta saldar ainda o mês de junho, que ainda está dentro do prazo. A situação está equilibrada, mas temos ciência que a partir de julho a situação irá ficar ainda mais apertada.

Quando se diz situação apertada, a diretoria está se referindo a que?
Me refiro a possíveis travamentos aos pagamentos que vinham sendo realizados dentro das datas. Por exemplo: até o dia cinco de cada mês a gente pagava o contrato do jogador definido na carteira de trabalho e a partir do dia 10 o vencimento era completado com o pagamento dos direitos de imagem. No dia cinco pagávamos os funcionários e isso só foi possível até maio. Foram cinco meses de muito esforço para manter a situação controlada. Mas a partir de julho não posso garantir o cumprimento desse calendário, também não posso dizer que ocorrerá um atraso longo. Vendo a dificuldade surgir nós já conversamos com a diretoria de futebol, comissão técnica e pedimos paciência e um voto de confiança aos atletas, pois no futebol atual, nem sempre é possível se pagar salários rigorosamente em dia. As dificuldades são imensas, mas ainda assim considero que o ABC está equilibrado.

Quais são as fontes de recurso do ABC atualmente?
Não temos patrocínio master, tem um contrato assinado com uma empresa que estampa a sua logomarca na camisa do ABC, mas o clube não vem recebendo os repasses financeiros por causa de um problema no contrato. Receitas mesmo nós temos uma pequena participação da Ster Bom, que chega a R$ 5 mil, e uma de R$ 10 mil da Unimed. Com o projeto de sócio torcedor a média de arrecadação chega a R$ 80 mil ao mês e a Timemania tem dado uma média de R$ 150 mil ao mês. Nós atualmente temos uma arrecadação inferior a R$ 400 mil e o clube tem seus compromissos que passam de R$ 800 mil a cada mês. Essa é a verdadeira história financeira do ABC hoje.

Mas o que faz a conta do ABC chegar a R$ 800 mil ao mês?
Isso ocorre devido aos acordos do Caex, que é de R$ 70 mil, e também outros acordos firmados pela administração anterior que têm de ser cumpridos também. Só de acordos trabalhistas e judiciais existem um débito de mais de R$ 70 mil, então apenas para saldar dívidas passadas são quase R$ 150 mil. Isso apenas dentro do futebol profissional, sem incluir o pagamento a fornecedores e as obrigações sociais que estão sendo parceladas. A situação não é fácil, mas a gente sabia que iria encontrar essa dificuldade e estamos procurando administrar tudo da melhor forma possível.

O que vinha acontecendo até maio que vai deixar de acontecer agora para deixar o presidente Judas Tadeu tão pessimista?
Minha principal preocupação é que devido à dificuldade da economia e de conseguir parcerias são muito grandes. Entendemos a dificuldade do torcedor, que não está livre desse momento de crise, as arrecadações têm sido pequenas, diria que quase inexistentes. No ano, nós só tivemos uma renda considerada boa, a da final do Estadual contra o América que nos deixou R$ 180 mil. Lamento que as demais rendas só tenham dado basicamente para cobrir os custos de uma partida. Meu pessimismo se explica pelas dificuldades de se encontrar empresas interessadas em investir no futebol. Digo que essa é a nossa maior dificuldade.

Na visão da diretoria, quanto o ABC vai precisar arrecadar para terminar o ano com as contas saneadas? 
A conta do futebol vai fechar se conseguirmos arrecadar R$ 3 milhões. É uma média de R$ 500 mil para fechar a folha de pagamento, juntando o elenco profissional, estrutura administrativa e as categorias de base. A partir de julho, o ABC vai necessitar arrecadar R$ 500 mil todo mês para não escangalhar suas contas. Esse será o custo do futebol e do pessoal de apoio até o mês de novembro, quando encerra a série C e nosso poder de arrecadação atual é de R$ 300 mil/mês. A continuar dessa forma, as contas não vão fechar e iremos acabar o ano com um déficit bem razoável nas contas. Isso é apenas a despesa com o futebol, não estão relacionadas outras coisas que o clube necessita para se manter. A situação é preocupante.

(...)

Frente a essa escassez de dinheiro, com a vaga na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste de 2017 garantida, o ABC vai pedir antecipação de cotas?
Nós já pedimos a antecipação. Isso contra a minha vontade, não sou a favor de antecipação de receitas, mas o clube foi obrigado a partir para essa alternativa pedindo adiantamento de uma parte da cota de participação na Copa do Brasil. Agora estamos tratando junto com o presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), José Vanildo, da possibilidade de fazer o mesmo com a cota da Copa do Nordeste.

Essa antecipação solicitada seria de quanto presidente?
O montante pedido pelo ABC foi de R$ 400 mil. Fizemos a solicitação através do presidente José Vanildo que foi ao Rio de Janeiro e está tentando viabilizar esse acordo na CBF. Volto a destacar, sou totalmente contra esse artifício, mas hoje não temos outro caminho a não ser mexer em verbas programadas para o exercício do próximo ano. Essa antecipação será exclusivamente para fechar a folha do mês de junho e temos de fazer isso até o dia 30."

Não é preocupante?

Dupla do América no Confiança


(Foto: Jocaff Souza/Globoesporte.com)

O eterno técnico do Confiança Betinho não resistiu a mais uma derrota em Aracaju e foi demitido. Agora, quem assume o comando técnico do 9.° colocado do grupo A é o mito americano Roberto Fernandes. Para auxiliá-lo, Leandro Sena, também ex-América.

A dupla que esteve no Mecão na temporada 2015 vai reencontrar o meia Cascata, que saiu vaiado quando foi substituído no jogo Confiança 0x2 América.

Desejo à dupla toda a sorte do mundo na nova empreitada.