terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Orlando - Tampa - Orlando

Esqueci de falar de três coisas curiosíssimas nesta viagem: há poucos brasileiros por aqui em relação ao número de americanos (normalmente a coisa fica 50-50 ou até 60-40 para os brasileiros), o número de vezes que ouvi sirenes de bombeiros e policiais e o número de ultrapassagens que já levei tanto na viagem de Miami a Orlando, como na de Orlando para Tampa e na volta para Orlando. 

Sobre o número de brasileiros, o motivo é óbvio: quem não pegou uma oferta muito boa (meu caso) não vem. O inglês voltou a ser extremamente dominante por aqui. Mas há uma ruma de gente de olhinho puxado. Até na Orlando Eye 4 restaurantes são de orientais. 

Sobre as ultrapassagens, estou acostumada a empreendê-las em viagens. Mas por aqui devo realizar uma ou duas a cada cem que levo. É humilhante como só eu ando no limite de velocidade. Bem, os outros não têm ideia do que é uma multa multiplicada por 4,20...

Sobre as sirenes, o coração dispara. Não é fácil estar nos Estados Unidos e não lembrar de ataques terroristas e de todo tipo de louco que já matou gente por aqui.

Hoje o sol deu o ar da graça e já senti calor, mesmo com a mínima partindo de 17º.  É que aqui não há muito vento e o clima é um tanto quanto seco. Assim, fomos ao Busch Gardens, que fica em Tampa. São muitas montanhas russas com loopings de todos os estilos e tamanhos. Destaque para Kumba, que já foi a maior do mundo com seus 8 loopings, e Sheikra, com sua paradinha "sem graça" antes da descida. Mas há também Cheetah Hunt com suas subidas furiosas e as ótimas atrações de sair encharcada, como Congo River Rapids, e encharcada depois de descidas radicais, como Stanley Falls e Tidal Wave. Nada de casacos! Hoje foi dia de camisa do Mecão e capa de chuva para as atrações molhadas. 

Em 1h mais ou menos se chega a Tampa. A maior parte do trecho é a 70 mph. O problema foi que hoje todos os engarrafamentos do mundo resolveram se formar. O bom de estrada privada é ter os avisos nos letreiros bem antes de chegar ao problema (normalmente 3 milhas antes). Aliás, as estradas daqui dão um sono danado. Não há buracos e é tudo uma reta sem fim. Por isso nem coloco o cruise control.

Fui ouvindo rádio. Vou dizer uma coisa: pode até ter gente que goste de Justin Bieber e Adele como os americanos, mas não há quem os supere. Já ouvi Hello umas vinte vezes desde que comecei a dirigir por aqui (22/01) e Justin Bieber parece até comercial - qualquer música sua toca praticamente a cada duas canções. Por mais que seja repetitivo, é muito melhor que certas músicas que infestam as rádios brasileiras. Nem me irrito com a repetição; acho graça.

No Busch Gardens, o estacionamento também aumentou para $18. Em seguida, pegamos um trenzinho para chegar até a entrada. E aí começa um dia de extensas caminhadas num ambiente com bichos para todos os gostos. Para onde olhamos, há flamingos, orangotangos, tigres, aves, répteis e muito verde. Dessa vez, deixei tudo num locker (armário cofre) perto de Stanley Falls ($0.50 por uso), coloquei a capa de chuva e fui para as atrações molhadas. No caminho para a última, resolvi passar logo por Kumba. Até um garotinho me perguntou se Kumba era uma atração molhada por me ver de capa de chuva. Respondi que não; na verdade, já estava pronta para a próxima. Como esperado, Kumba secou rapidinho minha capa. Por falar nisso, no acesso a Kumba, pois não é que um brasileiro reconheceu a camisa do América por baixo da capa de chuva molhada? Incrível! Devia ser torcedor também.

Aí resolvi fazer logo tudo de capa de chuva (comprei no Walmart com o mesmo preço da última viagem: $ 2.97). No fim, usei o locker só uma vez. Mais econômico e seguro, uma vez que não corri risco nem de molhar as coisas nas atrações em que eu podia entrar com itens soltos. Guardei as capas (nada como uma montanha russa para secar uma capa de chuva!) e me dirigi ao Dragon Fire Grill para almoçar e assistir a um show de dança. Esse restaurante fica em frente ao Falcon's Fury - a mais nova atração do Busch Gardens para doidos varridos. Nela, a pessoa sobe mais de 100 metros, apenas para ter sua cadeira virada de rosto para baixo no ponto mais alto e então descer com tudo, como se fosse um falcão em plena caçada. Não fui. É praticamente suicídio para quem tem medo de altura como eu e já enfrentara Manta no dia anterior, e Sheikra no mesmo dia.

Comi as melhores costelas bovinas da minha vida. Um prato de costelas com batatas fritas e um cookie condimentado e uma Heineken de garrafa de alumínio saíram por $ 26.73 (com imposto). A garrafa segue para coleção. Em seguida houve um interessante show de dança no restaurante. Deu para relaxar. Assim que acabou, comecei a peregrinação para sair do parque (o Busch Gardens é enorme).

Na mesma rua do parque, parei para abastecer. Novamente $10 encheram meio tanque do Corolla. O galão saiu a $ 1.77. 

Na chegada a Orlando, tomei um banho, mas repeti a camisa do Mecão. Resolvi voltar à Orlando Eye e descobri que há muitos bares e atrações por ali agora. Não resisti e tomei um sorvete: só americano mesmo para inventar um sabor com brownie e caramelo salgado (sim, salgado!). 

Outro grupo de brasileiros reconheceu a camisa do América. Ah, quase esqueço de dizer que vi uma camisa do Flamengo e outra do Corinthians no Busch Gardens. Ou seja, o América detinha o maior número de camisas do futebol brasileiro hoje no Busch Gardens.

Voltando à Orlando Eye, eis o novo point do momento. O local é super agradável. Até estacionamento com valet existe. E é um desfile de carros esportivos aguardando esse tipo de estacionamento. Eu nem preciso. Atravesso a rua a pé mesmo. Alguns bares estavam bem cheios (numa terça à noite). Tem restaurante japonês, mexicano, espanhol, italiano... Tem Outback. Tem sorveteria. Tem Walgreens (farmácia). Tem burburinho.

Amanhã e quinta têm previsão de chuvas e trovoadas. Vejamos o que dá para fazer.

Potiguar 2016: Globo x ABC às 19h

Local: Estádio Barrettão (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pels canais EI MAXX2 e Esporte Interativo)

Globo (4-4-2): Rafael, Alexsandro, Jemerson, Alex, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo Oliveira, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

ABC (4-3-3): Vaná, Filipe Souza, Gustavo Bastos, Gabriel, Hugo; Márcio Passos, Gomes, Erivelton; Amoroso, Nando, Alvinho. Técnico: Narciso.

Árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira (CBF)
Assistentes: Luís Carlos de França Costa (CBF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Destaques do ABC
Márcio Passos - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Alvinho - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Globo (4.°) vem bem mais entrosado do que o ABC (2.°). Vitória do Globo.

Miami - Orlando

O 2.º dia em Miami (3.º da viagem) começou com o café da manhã no Burger King. 1 small coffee ($1) é grande o suficiente para 2 ou até 3 pessoas. Aliás, quase tudo dito small por aqui quando se trata de comida não é pequeno. A small soda ($2.09) do mesmo Burger King tem quase 500ml e direito a refil. Além do small coffee, small hash brown (digamos que é uma batata frita que parece um nugget - também $1), croissan'wich (um sanduíche feito croissant com ovos, queijo e hamburguer de linguiça ou bacon - há um combo de 2 por $4).

Do Burger King segui para o Sedano's, um supermercado na rua do hotel (3 quarteirões). Encontrei um homem em seus 30-40 anos falando sozinho quase na porta do supermercado. Imediatamente lembrei de São Paulo. Nunca vi tanta gente falando sozinha nas ruas como em Sampa. Mas Miami entrou forte na disputa pelo primeiro lugar neste ano. No Sedano's, comprei 24 garrafinhas d'água purificada (uma concorrente da mineral) por $ 2.99. Na noite anterior, eu precisei comprar no hotel e paguei $ 1.65 por apenas 1! Compro água mineral principalmente por causa dos parques. É que aqui nos Estados Unidos podemos beber água da torneira sem qualquer risco de morrermos de cólera ou qualquer coisa assemelhada. A água é tratadíssima e chega a ter gosto mais forte do que a de Natal. No Sedano's também encontrei batatas fritas por $2. Todas por aqui são boas; não precisa ser Ruffles. E Waffers Sedano's de chocolate e doce de leite saíram por $ 0.79 cada.

Aí chegou a hora de visitar o Vizcaya Museum. No caminho, uma rajada de vento balançou o carro como se fosse terremoto. Deu medo. O vento estava tão forte (chegou a 35 mph nesse dia) que eu precisava corrigir a rota do carro para esquerda a quase todo instante. O caminho por Coral Gables e Coconut Grove mostra as mais belas e agradáveis áreas de Miami. Na chegada ao Vizcaya, ninguém na porta. Entro ou não entro de carro? Na dúvida, encostei de lado. Logo levei uma buzinada (coisa típica por aqui): um funcionário parou para reclamar que eu estava bloqueando a entrada (eu não estava, mas eles não passam com outro carro aparentemente na vez) e eu aproveitei para perguntar se podia entrar com o carro. "Claro", respondeu. Entrei e lá dentro descobri que o estacionamento estava lotado e eu tinha que seguir para o outro lado da rua para deixar o carro no estacionamento extra. Ou seja, entrei para sair. Nada que atrapalhasse a beleza do Vizcaya. Nunca havia visto uma propriedade assim. Recomendo demais a visita a este belo museu que já foi residência de inverno de um milionário. A entrada custa $ 16.

Na volta, um combo no Burger King (5 for $4). Banho tomado, hora de dirigir até a American Airlines Arena para ver o novo show de Madonna. Só que Miami, como Natal, tem sempre vento, mas no sábado 23/01, ligaram um tufão na cidade. Isso, junto a uma onda de frio, fez com que a sensação térmica despencasse para próximo de 0º. A Arena só abriria as portas às 19h, mas às 18h era precisa achar um lugar para estacionar até porque a cidade já se preparava para a Maratona de Miami no dia seguinte, com vários bloqueios de rua. A 2 quarteirões da Arena estacionei a $25. Quase chorei, mas quem manda meu país ter uma moeda se desfazendo igual a castelo de areia na beira-mar? 

A vista da espera na frente da Arena é linda. A American Airlines Arena fica do lado do Bayside Market Place, ambos à beira da Miamarina e de frente para a Freedom Tower e o famoso Skyline de Miami. O problema era o frio e o vento. Lembrei da espera no frio congelante do Magic Kingdom em 2014 e do Lago Negro de Gramado em 2010 (ou 2011?). A única vantagem aqui era saber que a tortura acabaria com a abertura das portas da Arena. 

1 cachorro quente para não ficar muito tempo em jejum custa $7 no ponto mais barato da Arena. Havia de $10. E como todo cachorro quente americano, uma delícia!

Madonna arrasou. Ela tem uma relação bem íntima com a cidade (morou em Miami até 1996, salvo engano). Para completar, ainda era aniversário de 10 anos de sua filha Mercy Jones. Com fôlego naturalmente diminuindo com o avançar da idade, a Rainha do Pop agora mostra natural talento para a comédia. Brincou com o público o show inteiro. Intercalou bem mais músicas lentas e flashbacks, alguns até sem ela estar no palco, como se fossem performances de seus dançarinos. E daí? O show foi superlativo. O que assisti no Morumbi não amarrou nem o chinelo da Rebel Heart Tour. 10!

Aliás, que povo abençoado o de Miami! Dois dias seguidos de Madonna, e ainda Plácido Domingo na mesma semana. Achou pouco? Tem Rihanna em 15/03 e Adele (sim, Adele!) nos dias 25 e 26 de outubro. Enquanto isso em Natal...

O show acabou mais de 1h da manhã e a saída foi congelante. Valeu a pena ter deixado o carro a dois quarteirões. Escapei da parte totalmente parada do congestionamento. Até conseguir chegar ao hotel, tomar banho e dormir, já eram 3h30. Resultado: nada de podcast no domingo.

Acordei já quase na hora de ouvir Marcos Lopes pelo Tune In narrando Alecrim 0x4 América. Já ouvi o finzinho do jogo tomando banho. Corri para fazer check-out (às 11h encerra a diária), tomar café no BK e partir para Orlando. 224 milhas, com trechos a 40, 55 e (a maior parte) 70 mph. Parei quase na última plaza para abastecer. Outra buzinada por seguir o limite de velocidade. Foi a primeira vez na minha vida que banquei a frentista. É que essa profissão quase nem existe mais nos Estados Unidos. Paguei $ 10 dentro da loja de conveniência. O galão custava $1.83. Deu meio tanque no Corolla. Onde abastecemos meio tanque com menos de R$ 50 no Brasil?

A viagem é quase uma reta só, sem buracos e sem sustos. Nem acertei o cruise control porque fiquei com medo até de dormir dirigindo. Aqui já não usamos o pé esquerdo nem a mão direita. Se não precisasse controlar a velocidade e usar o pé direito corria o risco de dormir mesmo ante o cansaço da noite anterior.

E nessa história de não usar pés e mãos, vi um cara viajando a 70 mph e lendo e digitando no celular! Só acredito porque vi pelo retrovisor e o acompanhei por uns 10 minutos.

Em Orlando, o trânsito é menos selvagem do que em Miami apesar de que tudo é praticamente uma viagem. Mas viagem mesmo eu fiz ao entrar no quarto do La Quinta: viajei no tempo. O quarto tem decoração muito semelhante com a que vi na primeira vez que vim aos Estados Unidos, isso há 22 anos! 

Outra coisa: foi a primeira vez na vida que passei mais frio em Miami do que em Orlando. 

Os preços do BK são os mesmos de Miami, com a vantagem de que aqui em Orlando o imposto é mais baixo (6.5% contra 7%). Fui logo ao Walmart, uma verdadeira tentação para qualquer brasileiro. Uma dica: o Walmart é vendedor oficial dos produtos Disney. Lá você compra qualquer artigo bem mais barato do que dentro dos parques. E a sessão de chocolates? Impossível não se abestalhar!

Hoje foi dia de Sea World. O estacionamento agora custa $18. Mas Shamu voltou! O show One Ocean continua encantando como sempre. Manta é sempre um capítulo à parte e que sempre merece bis. Descobri que ela não segue a lógica das outras montanhas russas: ir na frente é moleza; fogo é ir na última fila. O armário para guardar tudo (em Manta, não se pode ter nada nos bolsos porque sai voando!) custa $1/hora. A fila era de apenas 10 minutos. Fui 2 vezes e não excedi os 60 minutos.

Na volta ao hotel, resolvi conhecer (depois do BK, claro) a famosa e recém inaugurada Orlando Eye - uma roda GIGANTE mesmo - de onde se vê Orlando e cidades vizinhas. Fui a pé, afinal era só atravessar a rua. São 23 minutos numa volta panorâmica. Fui à noite. O pessoal do controle deve ter se acabado de rir com o meu medo de altura, finalmente também sentido por Janaina. Eu fiquei praticamente imóvel, sentada no banquinho e agarrada no ferro central, com medo até de respirar e assim balançar aquele negócio, que poderia despencar (de acordo com o meu medo). Cheguei a ver os fogos do Magic Kingdom que fica numa cidade vizinha (Lake Buena Vista). 

Comprei o ingresso que dava acesso ao Madame Tussauds - museu dos bonecos de cera mais reais do mundo. Um show! Orlando Eye + Madame Tussauds para duas pessoas com imposto ficou por $83.08. Mas quem está na chuva é para se molhar, né? Aí comprei umas fotos com livro + ímã e chaveiro da visita ao Madame Tussauds. Outros $ 37.28 (snif, snif) foram embora.

Esses foram os dias 3, 4 e 5 da viagem.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Potiguar 2016: ASSU x Baraúnas às 17h

Local: Estádio Edgarzão

ASSU (4-4-2): Elias, Sandro, Romeu, Gilmar, Rogerinho; Lano, Jair, Marcelo Assú, Léo Silva; Tiago Souza, Ila. Técnico: Reginaldo Souza.

Baraúnas (4-4-2): Érico, Batata, Nildo, Cláudio Baiano, Deivinho; Henrique, Fabrício, Romário, Murilo; Fabinho Cambalhota, Charlerson. Técnico: Givanildo Sales.

Árbitro: Zandick Gondim Alves Júnior (CBF)
Assistentes: Ruan Neres Souza de Queirós (CBF) e Alex Batista da Silva (FNF)

Destaques do ASSU
Marcelo Assú - bom na movimentação e na finalização.
Tiago Souza - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Baraúnas
Érico - líder.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o ASSU vem em melhor ritmo da fase de preparação. O Baraúnas ainda precisa de muitos ajustes. Vitória do ASSU.

Potiguar 2016: Alecrim x América às 9h30

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo EI MAXX2)

Alecrim (4-4-2): Messi, Albert, Geilson, Charles Paraíba, Cleiton Paraíba; Santiago, Diego Mipibu, Joan, Ronaldinho; Felipe Potengi, Carlos Henrique, Técnico: Fernando Tonet.

América (4-3-3): Pantera, Gabriel, Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Cascata; Reis, Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Técnico: Aluísio Moraes.

Árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira (CBF)
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (CBF) e Francisco Jailson da Silva (CBF)

Destaques do Alecrim
Messi - versátil.
Ronaldinho - bom na movimentação e na finalização

Destaques do Mecão
Alex Cazumba - bom nos cruzamentos e cobranças de falta e escanteios.
Cascata - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o América é o franco favorito na busca do tricampeonato, especialmente por ter mantido a base do time do ano passado. O Alecrim ainda é uma incógnita. Vitória do Mecão.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Potiguar 2016: Potiguar x Globo às 17h

Local: Estádio Nogueirão

Potiguar (4-4-2): Santos, Marinho, Ramon, Anselmo; Magno, Jozicley, Dunga, Radames, Ciel; João Manoel e Carlos Alberto. Técnico: Bira Lopes.

Globo (4-4-2): Rafael, Alexsandro, Jemerson, Alex, Renatinho Carioca; Leomir, Pablo Oliveira, Rivaldo, Renatinho Potiguar; Romarinho, Vavá. Técnico: Higor César.

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: Vinícius Melo de Lima (CBF) e Belchior Ferreira Neto (FNF)

Destaques do Potiguar
Anselmo - experiente.
Jozicley - experiente, bom na marcação e no apoio ofensivo.

Destaques do Globo
Renatinho Potiguar - bom na movimentação e na finalização.
Vavá - atacante que não perdoa.

Prognóstico: ambas as equipes já se preparam há algum tempo, O Potiguar reuniu uma base que foi campeã em 2013 e o Globo vem mantendo uma base desde 2014. Vitória do Globo.

Potiguar 2016: ABC x Palmeira às 16h

Local: Estádio Maria Lamas Farache (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo EI MAXX2)

ABC (4-3-3): Vaná, Filipe, Jérferson, Gustavo, Hugo; Márcio Passos, Bida, Chiclete; Bruno Furlan, Amoroso, Nando. Técnico: Narciso.

Palmeira (4-4-2): Yuri, Augusto, Rafael, Lucas Carioca, Guilherme; Oliveira, Tiago Bispo, João Luka, Moisés; Romário, Santa Cruz.  Técnico: Marcos Ferrari.

Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros (CBF)
Assistentes: Francisco de Assis da Hora (CBF) e José Givanilson dos Santos (FNF)

Destaques do ABC
Bida - bom na movimentação.
Chiclete - bom na movimentação.

Destaques do Palmeira
Guilherme - bom no apoio ofensivo.
Moisés - bom na movimentação.

Prognóstico: é o embate de duas incógnitas. O ABC por sua tradição, seu maior poder de investimento e por jogar em casa é o franco favorito. Vitória do ABC.

Natal - Recife - Miami

Acho até uma vergonha, mas ainda não conheço o novo aeroporto de Natal. Desde que foi inaugurado, não consegui fazer uma só viagem a partir dele. O motivo é o mais óbvio possível: dinheiro. Todas as viagens que fiz desde então teriam o valor da passagem praticamente dobrado se eu decidesse largar João Pessoa e/ou Recife para sair da Praieira dos Meus Amores.

Não foi diferente agora. Vir para os Estados Unidos partindo de Recife saiu quase 60% do preço de chegar ao mesmo destino partindo de Natal. E olha que eu já me preparava para pagar as indigestas diárias do estacionamento de Recife, mas Mariza e Fabrício, duas criaturas sem juízo e que moram no meu coração, decidiram por cima de pau e pedra que nos deixariam em Recife e nos pegariam lá na nossa volta.

Alguém ainda pode dizer que viajar de carro para Recife seria desgastante. Gente, desgastante é passar por dois pousos e duas decolagens e ainda ter que ficar de molho em dois aeroportos, transformando uma viagem mediana (8h) em uma maratona de resistência (quase 24h)! 

O aeroporto de Recife tem boa variedade quanto à alimentação. Não pensei duas vezes, fui ao São Braz Coffee Shop. Os preços são os mesmos de Natal. Um espresso (com s mesmo; é italiano) médio e 2 pastéis de forno bem suculentos saíram R$ 25,70. A água eu levei de Natal mesmo.

Sobre o voo, foi a primeira vez que voei com uma companhia americana (American Airlines). E só isso já dá ideia dos requififes por que temos que passar. A melhor foi a verdadeira entrevista sobre o que iria fazer em Miami e Orlando, além do que faço em Natal, onde trabalho, perto de quê... E nem adianta argumentar que você não está só na viagem - a entrevista é absolutamente individual. O funcionário simpaticíssimo que me atendeu em Recife era português. Me senti uma estrangeira no Brasil. E digo a vocês: nem na hora de entrar nos Estados Unidos respondemos a tantas perguntas!

Ao contrário das outras companhias, a American entrega logo aqui no Brasil a declaração da alfândega, que nas outras preenchemos durante o voo. Fiquei alerta apenas para a data da declaração, já que eu só a entregaria no dia seguinte.

A American Airlines divide o embarque por grupos (eram 6 ou 7), o que me pareceu bastante inteligente e confortável para todos. O que não era muito confortável era o espaço da classe econômica. Viva a TAM e seu voos para Miami. Tem filme, joguinho, etc., tudo individual. A American ainda está na fase dos fones de ouvido, embora, ponto para ela, eles sejam extremamente anatômicos. O que faltou no espaço e na ergonomia das poltronas sobrou na tranquilidade do voo. Nunca havia voado, especialmente para os Estados Unidos, com quase nenhuma turbulência ou mesmo desconforto nos ouvidos pela diferença de pressão. Até consegui cochilar - uma vitória para quem sempre passa sem pregar os olhos nem um minutinho sequer. Tudo saiu tão bem que o voo chegou uma hora antes do previsto - parece até uma certa companhia - e eu matei um pouco do cansaço aguardando sentadinha a hora do aluguel do carro chegar.

Sobre o aluguel do carro, há alguns detalhes. O cartão de crédito a ser apresentado para as últimas despesas (seguro completo no lugar do básico, tanque de gasolina antecipado, cobrança automática de pedágios e que praticamente dobram o valor já pago por causa da cotação do dólar!) tem que ser no nome de quem vai dirigir o veículo. Ainda bem que lembrei de trazer um. O vendedor ainda insiste para trocar a categoria do carro alegando que não vai caber tudo. Não troquei. O Corolla (carro intermediário) tinha indicação para uma mala grande e uma pequena. Deu folgado uma grande, uma média e uma pequena. E certamente aguentará pelo menos mais uma, que devo comprar no Walmart, em virtude de uma das minhas guerreiras.

Em Miami, escapei de um alerta de tornado, mas não da chuva. O trânsito, que já não é uma das boas características da cidade, virou um caos com as fortes chuvas e rajadas de vento e as inúmeras batidas bloqueando faixas de importantes vias. Levei umas boas buzinadas por aqui, me lembrando educamente que posso dobrar à direita se o sinal está fechado e não vem carro nem pedestre. Aliás, o motorista de Miami é tão desatento quanto o brasileiro. Dirige olhando celular, não tá nem aí para limite de velocidade e adora buzinar. Mas não dá nem para se irritar. É mania por aqui mesmo e é assim que as coisas funcionam. No entanto, por aqui ninguém estaciona onde não pode, especialmente em vagas especiais. Nós, brasileiros, ainda precisamos evoluir nesse quesito. Eu até já subi uma pontinha de calçada numa conversão proibida (ah, o GPS...) e estou rezando para não ter tomado uma multa.

As chuvas me empurraram para dar uma volta de carro mesmo por aqui. Cheguei ao hotel às 8h e meu check-in só aconteceria às 15h. Deixei as malas e, por causa das chuvas, terminei trocando o agradável Bayside pelo Dolphin Mall. Apesar de bem mais distante e de não ter a privilegiada vista de Miami e da Miamarina que o Bayside tem, o Dolphin tem algumas vantagens: estacionamento gratuito. muitas lojas de fábrica e saldão e melhores opções de alimentação. E ainda tem um passaporte (gratuito) com descontos para viajantes. Descobri uma lanchonete chamada Johnny Rock. Atendimento simpático e eficiente, decoração a la anos 60, música boa de todas as décadas e um tal de sanduíche Texas Pork BBQ (ou seria Texas BBQ Pork?). Morri. Uma delícia que valeu cada centavo dos seus nada baratos $ 8.95. Recomendo. Dividi uma Diet Coke com Janaina de $ 2.98. Tinha direito a refil, mas se já era grande o suficiente para dividir... Lembrando que aqui os famosos 10% que pagamos por serviço no Brasil viram no mínimo 15%. Saiu tudo com desconto, imposto e gorjeta por $ 22.40. Ah, o piso da parte interna é hiper escorregadio. Não sei como aquelas garotas andam com tanta agilidade por ali. Em seguida, matei o cansaço da andança e do voo com uma invenção diabólica: milk shake Häagen-Dazs Dulce de Leche. Custa $ 7.25, mas consegui um desconto de 15%. É para tomar chorando de tão gostoso. Com o imposto (em Miami, 7%), dois saíram por $ 13.19. E essa foi a minha alimentação paga no 1.º dia: algo em torno de $ 40 para duas pessoas.

Sobre lojas e preços do Dolphin, a Tommy Hilfiger tem várias unidades, inclusive uma clearance (liquidação do que encalhou). Produtos a $ 14.99. Mas não achei nada interessante. A normal era de enlouquecer de tanta coisa linda, mas não comprei nada. Vou ficar com a de Orlando mesmo. Afinal, o imposto lá é um pouco menor e as vendas, maiores. Calvin Klein, Armani Exchange, DKNY, Gap, Masharlls, Ross... a lista é enorme. Peguei o mapa e tive que marcar de caneta o que queria ver para não me perder e não perder tempo. A Levi's tinha calças a $ 25 em média. Achei até uma de $ 12, mas não deu. A Puma tinha as meias que adoro. O pacote com 6 pares com o desconto do passaporte saiu a $ 6.12 (sem o imposto). Uma blusinha ficou $ 10.63 (sem o imposto). Tênis casual a partir de $ 34.99 (com desconto e sem imposto, saiu por $ 29.74). Calculo uma média aproximada do preço rapidamente de cabeça multiplicando por 4. Ah, e roupas têm que ser provadas. O tamanho varia muito.

Não pude deixar de lembrar de Mariza e Kelly no Dolphin. Vi aquele ferro que engoma através do vapor feito pelo sal em água em ebulição. E também fui cobaia na demonstração de outros produtos (bem mais caros do que aquele kit das unhas) que levam o sal do Mar Morto de Israel. O rapaz judeu, muito simpático, até seus sapatos me ofereceu de brinde para ver se me convencia a comprar no momento. Uma diversão! Saí de lá com um voucher de desconto garantido em caso de retorno.

E como tudo por aqui acontece 2 horas mais tarde do que em Natal, fiquei com sono logo no início da noite!

Hoje eu deveria correr a Tropical 5k, um sonho antigo. Mas ganhei uma suspeita de fratura por estresse no pé na última semana da preparação. Preferi não arriscar o resto do passeio, já que tanto em Miami como em Orlando (nesta principalmente) se anda muito e se anda sempre e para todo lugar. E não posso nem sonhar com um gesso agora. Quem sabe em outra oportunidade eu realize esse desejo, né?

Se não chover (a previsão diz que hoje a temperatura cai bruscamente, mas não chove), quero ver o Vizcaya Museum. Conto por aqui. E hoje é dia de Madonna, bebê! A diferença de horário para o Brasil deve me deixar sonolenta, mas nada que The Queen of Pop não contorne lá na American Airlines Arena, casa do Miami Heat.

Sobre idioma, o apego de Miami ao espanhol (70% da população é composta de latinos) faz com que todo mundo tente o primeiro contato em espanhol. Às vezes, até os funcionários da imigração do aeroporto. Como não tenho a menor habilidade na língua, respondo logo em inglês para que troquemos de língua e a conversa evolua adequadamente.

Por falar em imigração, aqui você sai do avião e não pega as malas: passa direto para a enorme, mas até rápida (para a quantidade de gente) fila da imigração, onde mostrará passaporte e visto e vai tirar foto e impressões digitais. Também mostra a declaração de entrada da alfândega. Dessa vez, o oficial tava meio com preguiça de falar, mas não deixou de ser cordial. Só depois vamos em busca das malas, que normalmente já estão fora de uma das esteiras (são muitas, o MIA é enorme). Cheguei no exato momento de pegar a última na esteira (viajei na fila 13, por isso desembarquei logo). Daí, passamos por outra oficial para declarar novamente quantos dias vamos ficar, quanto de dinheiro trazemos e entregarmos a folhinha da declaração conferida pelo primeiro oficial. Se viajar em grupo, somente a primeira pessoa demora um pouco mais. Em seguida, descemos uma rampa, pegamos o elevador para o nível 3, entramos no MIA Mover (um metrô de superficie) para chegar até o centro de locação de veículos. De lá, descemos para o piso 1 e escolhemos qualquer carro da fila indicada (todos estão abertos e com a chave na ignição). Hora de se familiarizar com o câmbio automático do veículo, pegar a saída e escolher North ou South dependendo de sua direção (geografia ajuda até o GPS se achar; Downtown Miami é South, por exemplo).

Como havia prometido aos amigos, vou dando detalhes dessa viagem por aqui para uma melhor noção de quem quiser programar a sua. Esses foram os dias 1 (voo) e 2.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"Não fale com estranhos!"

Não importa quanto tempo passe. Filhos serão sempre crianças para seus pais. A preocupação também é infinita e as recomendações, sem fim.

Hoje mamãe completa mais um ano de vida. Devo muito a ela. As lições, sobre tudo que se possa imaginar, ajudaram a moldar o meu caráter. Seu amor incondicional me tornou mais segura de mim. E o bem maior que me foi dado - a vida - me veio às custas de muito sofrimento ante um parto natural sem qualquer tipo de anestesia.

Cresci ouvindo "você não é todo mundo", "isso que você quer é supérfluo", "não converse com estranhos", "não aceite nem refrigerante que não seja aberto na sua frente" e por aí vai.

E hoje em seu aniversário ela nem quis uma festa só porque eu viajo amanhã. Mas saímos para um café da manhã numa padaria que ela queria conhecer e almoçamos o prato que ela adora. Providenciamos um bolo minúsculo (ela é diabética) só para colocar as velinhas e cantarmos parabéns.

Ainda aguardando o almoço, ela olhou para mim e soltou essa pérola sobre a minha viagem: "Olhe! Você não dê cabimento a quem quer que seja, homem ou mulher. Nada de falar com estranhos!". Voltei aos meus 5 anos de idade em segundos. Caí numa gargalhada e garanti que isso não seria problema. 

Foi aí que percebi que não importa a nossa idade. Nossos pais, especialmente as mães, sempre nos verão como crianças indefesas, ainda que sejam eles agora os mais fragilizados pelo passar dos anos.

Se antes essas recomendações me chateavam, hoje me sinto lisonjeada com tanta preocupação. É que finalmente percebi que elas não se referiam a um possível entendimento de mamãe de que eu não teria discernimento para a vida. São apenas reflexo do amor incondicional de quem gerou uma vida e tem zelo por sua criação.  Foi preciso que muitos anos se passassem para que enfim eu compreendesse isso. Demorou, mas eu cheguei lá.

Para nossos pais, somos Peter Pan - não envelhecemos jamais!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Um passo para a frente, dois para trás

Quem advoga há um certo tempo sabe bem o que vou dizer. A luta contra a burocracia do Poder Judiciário é grande, diária e interminável. 

Com uma, digamos, produção setorizada, os órgãos judiciais possuem funcionários que se especializam em apenas uma etapa do serviço. E como o andamento desse serviço sofre se um funcionário está de licença ou de férias!

Com a virtualização da justiça, a esperança é de um trâmite mais célere, vez que não é mais necessário carregar volumes enormes de documentos de um lado para outro. A internet e um computador resolvem o problema.

Só que, a exemplo de quase tudo neste país, parece que damos 1 passo à frente apenas para logo em seguida recuarmos 2 passos. Essa é a situação de alvarás. Quem pegou o sistema antigo sabe o quanto era sofrida a expedição de alvarás. O dinheiro de um processo lá no banco já, escutando a conversa, e sua liberação dependendo de um funcionário que adoeceu ou viajou. Muitas idas e vindas à vara e muita reza para que enfim o alvará fosse expedido. Mas aí começava a reza para que não houvesse nem uma virgulazinha fora do lugar, sob pena de o banco não pagar e termos que rezar para que houvesse a expedição de novo alvará.

Pois bem. Com a virtualização, não precisamos mais nos deslocar até a secretaria da vara para recebermos o alvará. Mas se tivermos que receber mais de um alvará no mesmo processo... O PJE tem um sistema que determina que um alvará somente seja expedido se o anterior já houver sido assinado pelo juiz. Ou seja, se forem 5 alvarás, os 5 não ficarão prontos no mesmo momento, como ocorria antes. Agora vamos de um em um. 

E o que isso quer dizer? Que autores e advogados num mesmo processo vão receber os valores que lhes cabem com um intervalo que pode chegar a meses! Por quê? Porque normalmente só há um funcionário que prepara alvarás e isso num único dia da semana. Depois de confeccionados, o juiz assina. E como um só pode ser feito depois do outro ter sido assinado... 

É o fim da picada! A economia de tempo que o litisconsórcio (a grosso modo, quando reunimos num só processo vários autores contra um ou vários réus e vice-versa) proporciona ao Brasil termina recebendo um tratamento punitivo no fim das contas. Se fossem vários os processos, os alvarás poderiam ser todos confeccionados no mesmo dia. Como se trata de um só processo com vários autores, estes entram numa fila entre si.

Pior que isso é saber que é o advogado que carrega nas costas a conta por qualquer demora do processo, como se estivéssemos dificultando sua tramitação para ficarmos em vantagem. Só queria saber que vantagem seria essa se o trabalho só se acumula...