sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Puro sangue

Segundo informou o Vermelho de Paixão, o América já tem sua chapa "puro sangue": Beto Santos, filho de Jussier Santos, como presidente, e o médico José Medeiros como vice. Dos dois, conheço Dr. Medeiros, incansável batalhador da Arena América. Como diria Hélio Câmara, um americano de quatro costados. Como chapa puro sangue, deve ser a que vai atrair o famigerado consenso.

Tudo seguindo o velho script das eleições no América. 

Série B 2015: Vitória x Paraná às 21h30

Local: Itaipava Arena

Vitória (4-4-2): Gatito Fernández, Diogo Mateus, Kanu, Ramon, Diego Renan; Amaral, Flávio, Pedro Ken, Escudeiro; Vander, Elton. Técnico: Vágner Mancini.

Paraná (4-4-2): Felipe Alves, Ricardinho, Luciano Castán, Anderson Uchoa, Rafael Carioca; Hélder, Éder, Fernandes, Rosinei; Carlinhos, Carlão. Técnico: Fernando Miguel.

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Vitor Carmona Metestaine (SP)

Destaques do Vitória
Gatito Fernández - tem dado conta do recado.
Vander - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Paraná
Rafael Carioca - boa opção ofensiva.
Carlão - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o Vitória (2.°) segue firme na disputa do título. O Paraná (13.°) quer fugir do rebaixamento o quanto antes. Vitória do Vitória.

Série B 2015: Boa x Sampaio Corrêa às 19h30

Local: Estádio Dilzon Melo

Boa (4-4-2): Douglas, Wendel, Patrick, Gabriel Dias, Léo Baiano; Jônatas Paulista, Moacir, Chapinha, Thaciano; Felipe Alves, Tadeu. Técnico: Nedo Xavier.

Sampaio Corrêa (4-4-2): Rodrigo, Daniel Damião, Plínio, Luiz Otávio, Anderson; Diones, Léo Salino, Nadson, Alex Maranhão; Charles, Jheimy. Técnico: Léo Condé.

Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Luciano Roggenbaum (PR) e Diogo Morais (PR)

Destaques do Boa
Chapinha - bom na movimentação e na finalização.
Thaciano - bom na movimentação.

Destaques do Sampaio
Nadson - bom na movimentação.
Jheimy - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Boa (19.°) conta as horas para o rebaixamento. O Sampaio Corrêa (8.°) ainda sonha com o acesso. Vitória do Sampaio Corrêa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Fim de um ciclo

Edson Rocha estreou no América em 2009. Cléber, em 2010. Ambos saíram por 1 ou 2 temporadas e depois voltaram. Formavam o que Janaina denominava zaga suicida. Deram muitas alegrias e alguns sustos à torcida americana, mas agora se despedem do clube rubro. Para mim, fica a saudade de Clebão, embora reconheça que o América mantém 2 zagueiros talentosos e jovens: Flávio Boaventura e Zé Antonio Potiguar.

Bruno Maia, que nunca jogou, também não fica. Além dos 3 zagueiros, o América já confirmou a saída de Renan Rocha (goleiro), Marcelinho (lateral direito), Rafael Estevam, (lateral esquerdo), Maguinho (lateral direito/volante), Zé Antonio Paulista (volante), Álvaro (meia) e Bruno Farias (meia). Segundo o Vermelho de Paixão, Max não fará parte do elenco na próxima temporada, mas ainda não houve o anúncio oficial.

Até agora o elenco de 2016 é o seguinte: 
Goleiro - Pantera;
Zagueiros - Flávio Boaventura e Zé Antonio Potiguar;
Volante - Judson;
Meia - Cascata;
Atacantes - Luiz Eduardo, Max e Reys.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A raposa e as uvas

Na fábula de La Fontaine e Esopo, uma raposa com fome, ao ver uvas apetitosas numa parreira, parte feliz para alcançá-las. Ela tenta de tudo, mas aquelas delícias não estão a uma altura que lhe permita devorá-las sem muito esforço. A raposa, então, esgota suas forças, mas não consegue alcançar as apetitosas uvas. Cansada e com raiva por não conseguir o que queria, a raposa resolve ir embora. No entanto, faz questão de deixar clara sua opinião sobre aquelas uvas. Segundo ela, quem quisesse que levasse as uvas, pois ela não as queria mesmo. Tinha certeza de que eram azedas. Moral da história: o desprezo às vezes reflete uma vontade frustrada.

Essa é mais ou menos a história do América sempre que é época de eleição. Já falei por aqui: é sempre um ninguém quer, ninguém sabe, ninguém viu. Mas se surgir um candidato sem as bênçãos dos mais antigos, o alvoroço é grande para tentar uma chapa de consenso ou uma candidatura puro sangue.

Na última eleição, por exemplo, Eliel Tavares foi lançado ante a total ausência de vontade do presidente de então (Alex Padang) de renovar o mandato e de outros tradicionais voltarem ao posto. Parecia até que haviam cutucado uma colmeia. O zum zum zum entre os tradicionais foi grande. Houve até quem defendesse publicamente que o América deveria ser presidido por "um dos nossos, alguém de casa". Vamos para lá e voltamos para cá, surgiu o nome de Gustavo Carvalho, 7 anos depois de dizer que não mais voltaria ao posto ante a mágoa de 2007.

Nova eleição no América e voltamos à ladainha. Aparecer um candidato é um verdadeiro parto a fórceps. São muitos os melindres para tanto. "Só vou se for consenso" é o mantra mais repetido. Deve ser trauma do que ocorreu com Clóvis Emídio, vice de Zé Maria, talvez os mais apedrejados pelo fogo amigo nos últimos tempos. A conta sobrou para o América, com o rebaixamento em 2010. 

Mas agora há um fato novo. Quer dizer, nem tão novo assim. Com a possibilidade (sim, nada é definitivo nas eleições do América) da candidatura de Eliel Tavares, já houve movimentação dos tradicionais para realmente disputar a presidência. Segundo declarou no Twitter Alex Padang, houve a declaração explícita de que se Eliel for candidato, haverá outra chapa. Até teria surgido o nome de Beto Santos, que seria filho de Jussier Santos.

Eu fico me perguntando qual o mal que Eliel teria causado ao América nesses últimos anos. Se alguém souber, ficarei grata por ser informada a respeito. Parece-me que o clube anda com as contas em dia. Neste ano, por exemplo, ele teve participação em contratações interessantes, como as de Maguinho e de Álvaro e até na do bom atacante Leandro Cearense, que terminou rompendo o pré-contrato para brilhar no Paysandu na Série B. Segundo o Vermelho de Paixão, o número de contratações por temporada vem caindo de 2013 para cá, sendo de 2015 o menor número (33), coincidentemente quando Eliel Tavares passou a atuar de alguma forma no futebol do América.

A impressão que tenho há alguns anos é que estão querendo transformar o América num clube hermeticamente fechado, com apenas poucas famílias ou grupos se revezando no poder. Os de fora são trucidados. Semelhante ao que se vê na política do estado, sem sobrenome tradicional ou apoio dos grupos mais antigos, não há esperança para os que almejam dirigir os rumos do Orgulho do RN. O destino é o fracasso ante o sistemático trabalho contra - o velho fogo amigo. E de artilharia pesada! Não me espanta que ninguém se habilite. 

Aliás, essa é a pior forma de oposição: a velada, de bastidores, que atua sorrateiramente para dar o bote na hora certa. Não costuma deixar pedra sobre pedra porque quando se vem a identificar de onde partiu o ataque, o dano já é irreversível.

Tenho opinião e costumo pagar caro por externá-la, mas não gosto de críticas veladas nem de meias palavras. Gostaria muito de ver Hermano Morais ou Alex Padang de volta ao comando do América. Ambos, especialmente Alex, pegaram a pior fase do América: na Série C e/ou sem estádio em Natal para jogar. O clube perambulou de Goianinha a Ceará Mirim numa luta terrível para fixar um mando de campo por causa da demolição do Machadão. Arquibancadas móveis caras e inúteis apenas para garantir o Nazarenão como segunda casa. Parcas rendas ante a distância de Natal. Combate aos urubus que insistiam em tentar interditar os estádios apenas pelo sadismo de ver o América agonizando. Contra tudo e contra todos, ou conquistaram acesso, sempre um feito em se tratando de RN, ainda mais nessas condições, ou mantiveram o clube onde estava, um feito ainda maior em se tratando de Série B e das condições citadas.

No entanto, infelizmente, ambos não querem mais presidir o América. Aliás, ninguém mais quer. Mas Eliel quer. E além de já saber, por seu trabalho nos últimos anos, a realidade (podre, diga-se de passagem) do futebol atual que o espera, ele representa um certo sopro de mudança no América, o que pode abrir mais as portas do clube a pessoas que até já fazem parte do conselho, mas como não têm ligações com os mais antigos, se furtam a assumir tamanha responsabilidade com medo do tal fogo amigo.

Também já digo aqui que acho um saco essas notícias sobre eleição no América. Uma ruma de balões de ensaio, intrigas e quase todo mundo sem coragem mesmo de dizer o que pensa.

Voltando à raposa e às uvas, no América a fábula ganha mais um detalhe. A raposa, além de desprezar as uvas, ainda atua para que ninguém consiga degustá-las. Igualzinho ao dono da bola nas peladas de rua: se ele não joga, acaba o jogo.

E é com esse quadro que o clube luta para aumentar o número de sócios. Missão quase impossível. Neste caso, a lição do que ocorreu nos últimos 30 anos deveria servir de alerta. Quadro social minguante. Hoje tanto América como ABC, clubes centenários, não têm nem 20% dos sócios que tinham antes. Dormiram no tempo e acordaram em pleno Século XXI ainda com pensamento do futebol no Juvenal Lamartine. E quando se tenta dar 1 passo à frente, logo em seguida são dados 2 ou 3 para trás. Triste.

Nem sei se tudo vai mudar hoje mesmo, ou amanhã, ou no dia 27/10, mas já declaro que estou na torcida (não sou conselheira) para que Eliel Tavares seja candidato e consiga a maioria dos votos do conselho para enfim presidir o América. Se não for ele, que seja outro trazido por novos ventos. Mas que seja por um América sem tradicionalismos ou picuinhas e mais voltado ao seu grande patrimônio: sua torcida. Enfim, por um América para TODOS os americanos.

sábado, 10 de outubro de 2015

Série C 2015: Brasil x Fortaleza às 16h

Local: Estádio Bento Freitas (transmissão ao vivo para todo o Brasil em HD pelo EI MAXX e sem HD pela TV Diário)

Brasil (4-4-2): Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Fernando Cardozo, Xaro; Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira, Felipe Garcia; Cleverson, Nena. Técnico: Rogério Zimmerman.

Fortaleza (4-4-2): Ricardo Berna, Tinga, Lima, Adalberto, Radar; Corrêa, Auremir, Everton, Daniel Sobralense; Maranhão, Lúcio Maranhão. Técnico: Marcelo Chamusca.

Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (SC) e Helton Nunes (SC)

Destaques do Brasil
Eduardo Martini - experiente.
Xaro - boa opção ofensiva.

Destaques do Fortaleza
Ricardo Berna - experiente.
Maranhão - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Brasil voltou a vencer na hora H. O Fortaleza enfrenta o tabu das desclassificações nesta fase. Vitória do Brasil.

Série B 2015: Vitória x Boa às 16h30

Local: Estádio Manoel Barradas

Vitória (4-4-2): Gatito Fernández, Diego Renan, Guilherme Mattos, Kanu, Euller; Amaral, Pedro Ken, Rhayner, Escudero; Vander, Elton. Técnico: Vágner Mancini.

Boa (4-4-2): Douglas, Wendel, Patrick, Everton Sena, Léo Baiano; Mardley, Moacir, Clébson, Chapinha; Thaciano, Tadeu. Técnico: Nedo Xavier.

Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Rosnei Hoffmann Scherer (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC)

Destaques do Vitória
Rhayner - bom na movimentação e na finalização.
Vander - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Boa
Clébson - bom na movimentação.
Chapinha - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Vitória (2.°) é muito forte em casa. O Boa (19.°) quer apenas que a agonia acabe logo. Vitória do Vitória.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Bob não é, mas pode voltar

Em entrevista após a reunião com a diretoria do América, Roberto Fernandes explicou que o motivo maior do encontro foi resolver pendências.

Segundo Bob, seu contrato tinha como termo o final da Série C, o que ocorreu antecipadamente, como todos sabem.

Ele ponderou que somente a nova gestão do América - o clube se encontra em processo de eleição - poderá escolher a comissão técnica responsável pelo comando da temporada 2016.

Assim, Bob já não era mais técnico do América desde o fim da 18.a rodada. Massssss.... pode voltar ao comando assim que houver a definição do próximo presidente do América - uma ladainha sempre chata de acompanhar, diga-se de passagem.

É quase um deixemos como está para ver como é que fica.

Há esperança.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O caminho agora é Leandro Sena

O Vermelho de Paixão trouxe a triste notícia de que Bob não é mais técnico do América. Ainda acrescentou que lhe foi oferecido um salário menor do que o de 2012, quando estreou por aqui. Seria mais honesto terem anunciado logo que não queriam mais o treinador. Quem danado aceita trabalhar recebendo menos do que recebia há 3 anos?

É de se ver que a pindaíba deu as caras de vez no América. Então, nada de sonhar com o único bom substituto de Bob, Flávio Araújo. Flávio também custa caro aos cofres americanos.

A realidade do América para 2016 é Leandro Sena. Ele representa o mínino de continuidade, pois já conhece o elenco no dia a dia. E certamente tem um salário compatível. Contra ele pesam a falta de experiência e o fato de ser facilmente fritado pela diretoria se a pressão aumentar com algum tropeço.

Mas o América precisa encarar a realidade de que um técnico só pode ser demitido no fim da temporada. Sem dinheiro, a continuidade pode render bons frutos no fim do ano.

Vejo Leandro Sena como um bom caminho. E já faço votos de que a diretoria aguente o tranco na primeira parte da temporada independente de resultados. Afinal, a pressão subiu alguns degraus com a saída do treinador mais identificado com o clube nos últimos tempos. Hora de calejar o habilidoso ex-meia americano.

Simplesmente sensacional!

Adoro o Estúdio i, programa diário da Globo News com Maria Beltrão que traz os mais variados assuntos e notícias sempre com bom humor. Na edição de hoje, o programa trouxe uma notícia simplesmente sensacional: um grupo de presidiários do estado de New York derrotou o famoso grupo de debates da Universidade de Harvard. Essas batalhas de debate são uma tradição nos Estados Unidos. 

O sensacional da coisa é que prisioneiros resolveram se dedicar a algo que quebra totalmente o que se espera do ambiente de uma prisão. Dedicaram-se aos estudos, mas não a qualquer estudo e não aquele atual, que inclui Google, Wikipedia e qualquer outra coisa que prometa servir de atalho, mesmo que sem credibilidade. Os presidiários da Eastern New York Correctional Facility (prisão de segurança máxima - sem internet, portanto) tiveram apenas livros e artigos físicos como material de apoio. Apenas... como se livros não fossem primordiais para quem quer aprender de verdade!

E os caras são bons mesmo! Já haviam derrotado o grupo da University of Vermont (muito bem ranqueado nacionalmente) e o grupo da U.S. Military Academy de West Point, New York. É bom ressaltar que o time de Harvard foi campeão mundial no ano passado. 

Achou pouco? Eles tiveram que defender um ponto de vista que abominam: o direito de escolas públicas nos Estados Unidos negarem matrícula a estudantes que não tenham documentos (leia-se: imigrantes). O time adversário defendeu justamente o contrário: escola pública para todos.

O clube é fruto da Bard Prison Initiative, projeto da Bard College, que possibilita educação universitária a presidiários que atingem os requisitos. Atualmente, 300 estão matriculados no estado de New York.

Falando após a vitória, Carlos Polanco, que cumpre pena por homicídio culposo, disse que todos eles foram abençoados com a oportunidade de estudar. "Eles nos fazem acreditar em nós mesmos."

O grupo de Harvard também demonstrou verdadeiro espírito de competição ao comentar a derrota. "Três membros do HCDU tiveram o privilégio de competir contra membros do programa de debate da Bard Prison Initiative. Há poucos times para os quais nós ficamos orgulhosos de perder como o fenomenalmente articulado e inteligente time que enfrentamos neste fim de semana, e ficamos incrivelmente gratos a Bard e Eastern New York Correctional Facility pelo trabalho que fazem e por organizarem este evento."

Os números do projeto são revigorantes: menos de 2% desses alunos retornam à prisão. Fora do projeto, a reincidência nos Estados Unidos atinge 68 a cada 100 apenados em até 3 anos após serem liberados. Mais da metade volta à prisão.

Simplesmente sensacional.

Carl Snyder, a prison inmate and member of the Bard Prison Initiative Debate team, speaks during a debate against Harvard College Debating Union.
(Foto: Peter Folley, Wall Street Journal)