terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Copa do Nordeste 2015: Botafogo x River às 21h45

Local: Estádio Almeidão (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo Esporte Interativo Nordeste)

Botafogo (4-5-1): Genivaldo, Toty, Mauro, Roberto Dias, Alex Cazumba; Zaquel, Guto, Chapinha, Fábio Gama, Bismarck; Rafael Oliveira. Técnico: Marcelo Vilar.

River (4-4-2): Naylson, Tote, Índio, Paulo Paraíba, Hugo;  Rogério, Amarildo, Júnior Xuxa, Esquerdinha; Eduardo, Warley. Técnico: Flávio Araújo.

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Assistentes: Luís Carlos Câmara Bezerra (RN) e Ubiratan Bruno Viana (RN)

Destaques do Botafogo
Alex Cazumba - o homem das cobranças de falta e de escanteio.
Rafael Oliveira - bom na finalização.

Destaques do River
Júnior Xuxa - tenta reeencontrar o bom futebol sob o comando de Flávio Araújo.
Warley - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Botafogo tem, para este início, uma equipe mais consistente. O River quer chegar mais longe e conta com a sabedoria de Flávio Araújo. Vitória do Botafogo.

A identidade de um nome

Não sei se todo mundo passa pela mesma coisa, mas acho engraçado como é formada a identidade de alguém pela menção ao nome. Parece até um arquivo de computador - com o nome, acessamos todas as propriedades conhecidas de alguém.

Quando criança, eu pensava que meu nome completo era Raissa. Na verdade, ficava muito surpresa quando me perguntavam qual era o meu nome completo. Ora, era Raissa! Assim mesmo, sem acento. Qual parte estava faltando para que tal pergunta fosse feita? Intrigada com aquilo, lá fui eu interrogar mamãe o porquê de me perguntarem meu nome completo. Nossa, foi um choque saber que eu tinha mais nomes do que imaginava. O tal nome completo era Raissa Silva Rodrigues. Uau!

Primeiro dia de aula na 1.ª série da Escola Doméstica, tia Da Paz faz a chamada para conhecer as novas alunas. Nem me lembro se ela me chamou Raissa Silva ou Raissa Rodrigues. O fato é que não houve resposta. Para mim, ou me chamavam Raissa ou Raissa Silva Rodrigues. Qualquer outra coisa não era eu.

Assim seguiu minha vida até o advento da internet para pobres mortais. Primeiro foi o tal do e-mail, que também era username, depois conhecido como nome de usuário. No Yahoo, até consegui ser raissasilvarodrigues. No resto, que decepção! Minha primeira conta paga de acesso à internet (lembram da Diginet?) não tinha a opção raissasilvarodrigues. Muito grande. Tentei raissarodrigues. Ainda grande. Contentei-me com raissasilva. E foi aí que surgiu uma nova identidade para mim.

Hoje, mesmo com a ampla publicidade de Raissa Silva, confesso que de vez em quando ainda estranho. Só me sinto plenamente identificada se chamada apenas Raissa ou Raissa Silva Rodrigues. No entanto, tive que me contentar com uma única identidade virtual. Meus irmãos, por exemplo, preferem Rodrigues nos contatos deles. Eu tive que me acostumar com apenas Silva, bravo nome do povo brasileiro, fruto de herança de meu avô materno. 

Ah, e não sou apenas eu na família que sinto isso. Ao se divorciar de meu pai, minha mãe fez questão de manter o Rodrigues. Como eu, ela não conseguia mais imaginar Silva sem Rodrigues. E, adivinhem, ela, como os outros da família, prefere o Rodrigues.

Vejam que não tenho rejeição ao Silva, como alguns esnobes bestas. É que, desde que o descobri, eu adoro meu nome completo: Raissa Silva Rodrigues. Pena que a vida moderna nos reduza a ferro e fogo, mas não me permita ser apenas Raissa. Eis a louca realidade do mundo virtual.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Quem sabe, sabe

"Quem sabe, sabe/ conhece bem..." Esta marchinha de carnaval não sai da minha cabeça ao pensar em América 2x0 Potiguar. Claro que me refiro a Cascata. 

Em forma, sem contusões, Cascatinha enche os olhos de qualquer pessoa que goste de futebol. Nada de passes mirabolantes ou muitas firulas. Ele joga simples. Mas não se engane! Jogar simples é coisa de craque. Afinal, como em quase tudo na vida, simplicidade é luxo.

Na primeira pancada que tomou de um zagueiro, quase que meu coração se despedaça. "Foi só um tapa no rosto". Ufa! O futebol merece uma temporada de um Cascata inteiraço. 

A Arena das Dunas e seu gramado de copa do mundo se oferecem aos artistas da bola. No ano passado, Arthur Maia (mais um cujo DM tirou o brilho) marcou um golaço no estadual. Ontem Cascata quase fez chover por lá. Foi premiado com um gol de sinuca - aquele em que a bola entra num espaço relativamente proporcional a uma caçapa e segue como se houvesse sido tocada por um taco de sinuca, ante a trajetória rasteira e certeira rumo ao chuá da rede.

A marchinha também pode ser aplicada a Wálber. Quando ele começou no América, Norberto era seu reserva. Perdia para este na capacidade de driblar e cruzar. Mas em velocidade no ataque e chute para o gol, Wálber é muito superior. E tem estrela. Basta especularem que vem alguém para o seu lugar que ele marca um gol desmancha-pressão.

Talvez ela também fique bem aplicada a Roberto Fernandes. Bob sabe dar à torcida do América o que ela quer. E é especialista em desfazer ranços desta com jogadores. Lembram de Isac em 2012? Parece que Flávio Boaventura será encaminhado do mesmo jeitinho. 

Além disso, o grupo está na sua mão. Em qualquer entrevista de jogador é possível identificar o discurso de Roberto Fernandes.

Foi uma grande estreia e um grande reencontro do América com o futebol, a Arena e a sua torcida. 

Se a primeira impressão é a que fica, eu sigo cantando " quem sabe, sabe/ conhece bem...".

Sem empates

O campeonato potiguar de 2015 começou sem muito lero-lero: 4 jogos e nenhum empate. Foram duas vitórias dos mandantes e duas dos visitantes.

O Alecrim nem se importou com a ruma de desfalques por falta de regularização (apenas 8 profissionais aptos a jogar) e, mesmo com juvenis recheando o time, venceu o Corintians de virada (2x1), com direito a 2 gols do artilheiro Felipe Moreira.

O América definiu o jogo (2x0) logo no 1.° tempo contra o Potiguar de Mossoró.

Santa Cruz e Globo surpreenderam como visitantes e derrotaram Palmeira de Goianinha (3x1, 2 gols de Cristiano Sergipano) e Baraúnas (1x0).

Vejamos se Força e Luz x Abc  na quarta-feira confirmam uma rodada sem empates.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Potiguar 2015: América x Potiguar às 18h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelos canais Esporte Interativo e Esporte Interativo Nordeste)

América (4-4-2): Busatto, Wálber, Flávio Boaventura, Zé Antonio Potiguar, Arthur Henrique; Judson, Thiago Dutra, Zé Antonio, Cascata; Alfredo, Max. Técnico: Roberto Fernandes.

Potiguar (4-4-2): Roberto, Rafinha, Erivaldo, Alexandre Henrique, Alexandre Gonçalves; Ricardo Baiano, Lima, Pedro Ivo, Jean Alisson; Cleiton Júnior, Adriano. Técnico: Wassil Mendes.

Árbitro: Suelson Diógenes Medeiros (CBF)
Assistentes: Aldeilma Luzia da Silva (CBF) e Ruan Neres Souza de Queirós (CEAF)

Destaques do América
Cascata - bom na movimentação e na finalização.
Max - bom na finalização.

Destaques do Potiguar
Ricardo Baiano - duro na marcação.
Pedro Ivo - bom na movimentação.

Prognóstico: esse deve ser o jogo mais duro da rodada. O América entra para defender o título no ano do centenário e com laterais ainda fora de forma. O Potiguar deve explorar os contra-ataques em velocidade e com bom toque de bola, características dos times de Wassil Mendes. Vitória do América.

Potiguar 2015: Alecrim x Corintians às 17h

Local: Estádio Iberezão

Alecrim (4-4-2): Danilo, John Elvis, Geilson, Diogenys, Vanderval; Rodrigo da Lua, Dieguinho, Arez, Felipe Moreira; Douglas, Quirino. Técnico: Anthoni Santoro.

Corintians (4-4-2): Bel, Kaíque, Júlio Palmeira, Caíque Silva, Jean; Coruja, Diego, Bodinho, Leleu; Édipo, Rosivaldo. Técnico: Rogério Oliveira.

Árbitro: Zandick Gondim Alves Júnior (CBF)
Assistentes:  Leandro Lincoln Santos Neves (CBF) e Luís Carlos de França Costa (CBF)

Destaques do Alecrim
Danilo - experiente.
Felipe Moreira - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Corintians
Édipo - grande esperança de gols.
Rosivaldo - oportunista.

Prognóstico: o Alecrim teve mais tempo de preparação do que o Corintians, porém só conseguiu regularizar 8 jogadores. Vitória do Corintians.

Potiguar 2015: Palmeira x Santa Cruz às 17h

Local: Estádio Nazarenão

Palmeira (3-6-1): Daylon, Thiago, Jonatas, Cleyton; Sandro, Rafael Potiguar, Daniel, Franklin, George, Fabinho, Emerson. Técnico: Roderlei Pachani.

Santa Cruz (4-4-2): Marcelo Galvão, Anselmo, Jefferson, Paulo, Renatinho Carioca; Parral, Pablo, Macaíba, Denis; Eduardo Rato, Val Paraíba. Técnico: Higor César.

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (CBF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (CEAF)

Destaques do Palmeira
Franklin - bom na marcação e na movimentação.
Fabinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Santa Cruz
Marcelo Galvão - seguro.
Renatinho Carioca - experiente.

Prognóstico: as duas equipes são incógnitas frente à quase ausência de amistosos com equipes profissionais. Empate.

Potiguar 2015: Baraúnas x Globo às 17h

Local: Estádio Walter Bichão

Baraúnas (4-4-2): Érico, Everaldo, Nildo, Emerson, Dayvid; Lano, Sorato, Adham, Fabinho Cambalhota; André Tavares, Adriano Cabelinho. Técnico: Paulo Moroni.

Globo (4-4-2): Rafael, Glaubinho, Marcelo, Robson, Nininho; Ramon, Jozicley, Miller, Renatinho Potiguar; Romarinho, Marcel. Técnico: Leandro Sena.

Árbitro: Emanoel Eduardo Marinho (CEAF)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (CBF) e Alex Batista da Silva (CEAF)

Destaques do Baraúnas
Érico - ídolo da torcida.
Fabinho Cambalhota - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Globo
Jozicley - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Romarinho - esperança de gols.

Prognóstico: o Baraúnas enfrenta muitas adversidades neste início de temporada, dentre elas, ter que jogar em Macau. Já o Globo tem mais de dois meses de preparação. Vitória do Globo.

sábado, 31 de janeiro de 2015

O campeonato do centenário

Estadual já foi muito desejado. Depois passou a ser algo menor na vida dos clubes. Tanto que os licenciamentos proliferaram em tempos passados. Porém, de uns tempos para cá, o Estadual voltou a ter importância na vida dos clubes. Vaga na Copa do Nordeste, na Copa do Brasil, no Brasileiro (para quem não está nas 3 séries principais), pontuação no ranking da CBF e até prêmios. Tudo isso transformou o estadual em algo que interessa a todo mundo.

Neste ano, surge um detalhe que o torna a cereja do bolo: o centenário dos mais antigos clubes do RN. América, Abc e Alecrim sonham com essa conquista que terá um sabor diferente, ante o marco histórico que trará. Daqui a mais 100 anos, pessoas vão exaltar o campeão do 1.° centenário. Pena que muito provavelmente (mas muito mesmo!) não estaremos mais vivos para acompanhar.

América entra um passinho à frente por ter participado de todas as finais de 2011 para cá e ser o atual campeão. O Abc tenta voltar às finais, que não disputa e não vence desde 2011. Para o Alecrim, o buraco é mais embaixo: o último título é de 1986.

Os outros clubes, especialmente Globo e Potiguar, estão doidos para colocar água no chope dos grandes da capital. E como o campeonato é quase de pontos corridos (ainda há a besta divisão em 1.° e 2.° turnos, com uma final entre eles), toda rodada será emocionante e cada partida, fudamental.

Vai começar a peleja do século!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ah, o serviço público...

Quem será que inventou o serviço público? Na verdade, o que quero saber é quem teria inventado o serviço público como um favor dos deuses prestado a reles mortais.

Qualquer um que já tenha sido atendido em alguma repartição pública, especialmente aquelas infestadas por gente em vias de se aposentar e cujo ingresso na folha de pagamento de algum ente estatal se deu via favor político nas priscas eras anteriores à Constituição de 1988 sabe bem do que estou falando.

Pensei que nada pudesse ser pior do que o atendimento numa certa vara do Fórum Seabra Fagundes no fim de expediente (isso quando havia atendimento ao público nesse horário; agora é só até 14h30). Éramos obrigados a aguardar a contemplação do pôr do sol. Como pude ser tão inocente! Isso era fichinha perto do que vi hoje na Central do Cidadão do Via Direta.

Como minha família e eu vamos precisar de carteiras de identidade recentes (menos de 10 anos) para uma viagem, lá fomos nós ao referido local para uma 2.a via. Só para obter a primeira informação, tive que esperar o desabafo de uma funcionária da recepção para outra a respeito do atendimento de um tal de Luan. Para variar, quando recebi atenção, a funcionária não sabia e me mandou fazer a pergunta a outros dois funcionários do guichê do ITEP.

Contrariada lá vou eu. Uma multidão na frente do guichê. Um dos dois funcionários indicados se propõe a verificar se as carteiras poderiam ser feitas ali, embora minha pergunta fosse outra. Se tem uma coisa que aprendi na vida é que não se deve ousar perguntar mais de uma coisa de uma só vez, especialmente a quem é adepto da burocracia. Enquanto espero a verificação, acompanho o trabalho de outras funcionárias atendendo a multidão. O clima é de piada para cá e piada para lá. Mas eficiência que é bom...

Uma chega a perguntar se uma criança de 4 anos vai assinar o documento! Talvez chateada por ter que pegar a tinta de carimbo para colher a impressão digital, ela se senta e passa a olhar para o tempo, mesmo vendo que uma família aguardava a entrega das carteiras (quase prontas). A outra nem se prontificou, apesar do pedido do funcionário que iria fazer a verificação para mim, e dos apelos da família que aguardava os documentos que já estavam ali sobre o balcão. Ou seja, as duas queriam ficar olhando para o tempo às 11 da manhã, enquanto o outro preenchia algo no computador e atendia outras pessoas. No fim, somente o RG de mamãe poderia ser feito ali; o resto só no Alecrim. Bufando de ódio pelo culto a ineficiência que é o serviço público inoperantemente burocrático brasileiro, fui até a Central do Cidadão do Alecrim.

O problema já começa de onde estacionar a @##$%& do carro. Dei sorte. Arranjei uma vaga a um quarteirão na sombra. Chego lá e já dou de cara com uma folha A4 escrita a hidrocor: "O Itep encerrou. 29/01". Não são nem 11h30 e ninguém consegue mais RG naquela desgraça. Pelo menos dessa vez, o atendimento da recepcionista é digno. Ela nos informa que o atendimento ocorre das 7h às 9h30 e que há gente que dorme na fila! 

Gente, estamos no século XXI! Qualquer carroceiro tem celular. Por que não realizar agendamento por telefone, coisa já ultrapassada, porém muita mais conveniente do que a infame distribuição de fichas? Agendamento pela internet, então, seria um sonho!

Considerando o meu nível de transparência quanto às emoções, devo ter feito uma enorme cara de nojo, porque é o que sinto quando deparo com esse tipo de prestação de serviço.

Agradeci as informações. Vou tentar novamente na segunda. Desta feita, vou tentar chegar no horário de abertura do local. Se não conseguir, nem vou mais me estressar: vamos todas tirar novos passaportes. Mais caro, é verdade. Porém mais digno. A Polícia Federal consegue (ou pelo menos conseguia há 5 anos) tratar o cidadão como cliente, não como um mendicante de favores impossíveis, como o ITEP e outros órgãos municipais, estaduais e federais.

Fico me perguntando se algum governante, seja ele o prefeito, o governador ou mesmo a presidente, terá coragem um dia de obrigar essas cabeças de dinossauro a entender que quem não faz parte da casta na verdade é quem lhe paga o salário. Portanto, merece mais respeito, independente da roupa, da cor da pele ou mesmo do valor do serviço prestado. Mas aí me lembro só quer saber de algumas coisas, sendo a primeira delas como se manter no poder. Quem terá coragem de mexer no vespeiro do funcionalismo público, que tem tantos votos quantos são os apadrinhados?

Pobres de nós!