Em reportagem da BBC Brasil (O dilema de ser sede) , a psicóloga da seleção brasileira feminina de handebol Alessandra Dutra afirmou que o brasileiro tem muito mais dificuldade de lidar com a pressão do favoritismo do que outros nacionais.
A psicóloga teve que enfrentar duro trabalho para "blindar" as jogadoras de handebol depois de duas grandes frustações: a eliminação nas quartas-de-finais do mundial de 2011 e na olimpíada de 2012. O trabalho mostrou-se acertado no ano passado com a inédita conquista do título mundial.
Segundo ela, "atleta brasileiro não sabe lidar com favoritismo. Para o brasileiro, pesa muito, ao invés de trazer força, traz responsabilidade e pressão maior. (...) Isso ativa mais a ansiedade de corresponder a expectativa do país. A responsabilidade de responder a essa torcida é uma coisa que o brasileiro precisa modificar para trazer esse favoritismo a favor dele."
Alessandra diz que Felipão "tem que fazer com que esse grupo se dirija para aproveitar o que a torcida vai trazer de melhor, e não transformar numa pressão negativa. O favoritismo tira muito a concentração."
Apesar de longe em número de conquistas mundiais, a grande rival Argentina já conquistou algo com que o Brasil sonha desde 1950: um título em casa. Segundo o craque argentino Mario Kempes, o segredo é esquecer o lado de fora do campo. "Você entra em campo, vê a torcida, o estádio lotado, mas uma vez que o árbitro apita, aí você você não vê mais nada do que está fora, começa a ver somente o que acontece dentro do retângulo (...) É muita concentração, pode ser 90 minutos ou 120 com a prorrogação, mas, você tem que dar 100%."
Segundo Neymar, não há pressão quando se trata de copa do mundo porque é um sonho de criança.
Será?
Será?