Falar mal da administração (?) de Micarla é chover no molhado. Difícil é encontrar alguém para defendê-la atualmente. Atualmente, porque há 4 anos, a realidade era outra.
Há 4 anos, Micarla fazia campanha dizendo que faria questão de levar seu sucessor a um dos postos de saúde da capital para mostrar seu bom funcionamento.Faltam menos de 110 dias para o fim do seu mandato e ela só conseguirá cumprir essa promessa se promover uma verdadeira revolução nos serviços de saúde do município, o que, convenhamos, não vai acontecer.
Além dessa baboseira, há 4 anos, Micarla repetia um mantra em cada aparição pública: "eu sou mulher, eu sou mãe". Taí a grande proposta: ser mulher e ser mãe. Todo mundo entendia bem o recado. Ela tentava impingir que os outros candidatos, especialmente a do PT (Fátima Bezerra), não teria tais qualidades. Faria mesmo tanto diferença assim ser mulher e ser mãe para governar Natal?
A maior parte dos eleitores desta cidade achou que sim, faria. Era melhor ter uma mulher-mãe do que uma, coitada, que não tinha muitos dotes para a televisão e que as más línguas da cidade insistiam em ressaltar um possível homossexualismo. Faria mesmo diferença saber sobre as preferências sexuais de cada um?
Faria. Tanto que Micarla foi eleita logo no primeiro turno. Sem qualquer proposta concreta. Apenas um sotaque falso, um sorriso próprio de quem trabalhou por muitos anos na TV, e a grande proposta de ser mãe e mulher.
Agora, essa mesma Micarla é dona de um dos piores índices de rejeição. Postos de saúde não funcionam e as ruas (?) de Natal estão entregues aos buracos e ao lixo. E não se encontra mais uma só pessoa que votou na dita cuja. E aí? De quem é mesmo a culpa pelos buracos de Natal?
E o seu candidato nesta eleição? Tem proposta ou você vai escolhê-lo porque é bonito, charmoso, pai, tem um sotaque bonito ou seus adversários são feios ou talvez homossexuais? Será que isso faz diferença? Veremos daqui a 4 anos.