sábado, 28 de julho de 2012

Sarah Menezes conquista ouro inédito

Sarah Menezes, de apenas 22 anos, conquista a primeira medalha de ouro do Brasil nos jogos olímpicos de Londres. E não é apenas isso: a piauiense conquistou o primeiro ouro feminino do judô de todos os tempos, um feito histórico.

(Foto: Agência AFP publicada em globoesporte.com)
No seu caminho para o ouro, a brasileira demonstrou frieza e concentração impressionantes para uma estreante em jogos olímpicos. Sarah venceu Ngoc Tu Van (Vietnã), Laetitia Payet (França), Shugen Wu (China), Charline van Snick (Bélgica), extremamente forte em suas defesas, e Alina Dumitri (Romênia), muito forte, mas logo sofreu com as chaves aplicadas pela brasileira, que nem precisou de Golden Score - um waza-ari no finalzinho foi determinante. Ouro histórico para o Brasil. 

Kitadai conquista bronze no judô

No dia em que completou 23 anos, o judoca Felipe Kitadai ganhou presente inesquecível: conquistou uma medalha olímpica. Após as lutas com Tumurkhuleg Davaadorj (Mongólia), Eisa Majrashi (Arábia Saudita), o brasileiro perdeu para Rishod Sobirov (Usbequistão) e jogou suas fichas na briga pelo bronze através da repescagem.

Após vencer no Golden Score Gwang-Hyeon Choi (Coreia do Sul), o brasileiro lutou com Elio Verdi (Itália) pelo bronze (categoria até 60kg) e venceu também no Golden Score.

Fonte: London2012.com

Que abertura!

Primeiro, tenho que dizer que foi uma luta rodar os canais em busca de narradores que soubessem respeitar tanto a minha inteligência quanto os momentos que exigem silêncio de uma apresentação. Não aguentei 10 segundos na Espn Brasil. Troquei para a Espn+. Mesma narração da Espn Brasil. Troquei o áudio para o inglês. Mesma narração. Record. Tome matraca. Desliguei a Cabo (HD) e liguei a Sky (normal). Sportv. Blá, blá, blá. Mas, graças a Deus, existe o Bandsports. Um show dos narradores, pelo menos quando comparados aos outros. Nada de falar enquanto o coral cantava. Nada de narrar o óbvio. Pinceladas de informações, o suficiente para não irritar o telespectador nem deixá-lo voando.

Com esse rodar todo, acompanhei a partir do sino. Que abertura! Uma exaltação à história do Reino Unido, e, por tabela, a do mundo também. História, mas nada de chatice. Partindo dos camponeses, passando aos operários da Revolução Industrial, aos músicos britânicos, ao talento de Rowan Atkinson, o insuperável Mr. Bean, durante a execução da clássica Carruagens de Fogo... É difícil enumerar o que foi melhor e o que deu mais certo. Posso dizer sem medo que, desde a épica abertura dos jogos de Barcelona em 1992, nada me impressionara tanto. Isso é o que dá trazer um cineasta para preparar a festa. Até a Rainha participou de um minifilme com James Bond, encarnado por Daniel Craig.

Os números da apresentação são impressionantes: 7.345 metros quadrados de grama e plantas verdadeiras; 7.500 voluntários de todos os continentes do mundo; 284 ensaios em dois locais em Londres e também no estádio olimpico; 34.750 botões utilizados nas fantasias; um sino olímpico de 23 toneladas; 500 altofalantes e 50 toneladas de equipamentos de som que usaram um sistema PA de um milhão de watts. 

E, claro, a emoção de ver os símbolos olímpicos incandescentes se unirem no ar numa cascata de fogos. Lindo! Confira algumas imagens abaixo. (Fonte: site oficial London2012)





















quarta-feira, 25 de julho de 2012

Quem jogou mal?

Mal, mal mesmo, só Lúcio. O vaqueiro não mostrou seus tradicionais piques e nem sequer deu um único chute a gol. Nenhum. Nem mesmo uma finalização errada. Só uma deixada estilo pivô para Isac ainda nos primeiros minutos e só. O mais interessante é que esse fato não foi suficiente para que Roberto Fernandes pensasse em melhorar a ofensividade do time substituindo Lúcio. Alguém precisa perguntar ao treinador americano o que ele pretende com Lúcio, assim como perguntaram sobre a  insistência com Isac no estadual, até para ele entender que a paciência do torcedor já está meio esgarçada com o vaqueiro tentando ser meia.

Dito isso, agora vamos ao jogo. Foi a melhor partida do América nos últimos quatro jogos. Tocou com inteligência, soube prender quando necessário, deu toques rápidos quando precisou... Norberto voltou a jogar bem. Wanderson pelo menos alternou entre 3 passes certos e 4 errados. Gustavo mostrou-se mais desenvolto. Fabinho chamou um pouco mais a responsabilidade do jogo, embora ainda esteja longe do que se espera dele. Isac fez três finalizações com qualidade ainda no primeiro tempo. Enfim, o Mecão não merecia ter perdido a partida.

Mas eis que Dida titubeou entre segurar e espalmar e a bola sobrou fraquinha, fraquinha quase na pequena área. Gol do Jec e um certo descontrole no América, mas logo contornado. Aí vieram as substituições...

Logo que chegou aqui Roberto Fernandes tinha um jeito estranho de mexer na equipe. Eu nunca concordava com suas alterações, mas o danado tinha um estrela impressionante. Colocava um jogador e l á ia ele fazer o gol da vitória do América. Isso persistiu na Série B. No entanto, há alguns jogos, parece que a estrela do pernambucano não brilha mais do mesmo jeito.

Para resumir, falemos apenas das substituições de ontem. Raphael Augusto é o camisa 10 mais próximo do que era Júnior Xuxa. Eu já o teria colocado como titular. Entrou no jogo, chamou a responsabilidade e acertou todos os passes. Entrada corretíssima. Também colocaria Max e Pingo. Mas será que Norberto, reeditando suas boas atuações, deveria ter deixado o time? E Ricardo Baiano, monstro da pegada? Cléber e Edson Rocha já tinham amarelo e ficaram muito expostos. Por que Wanderson e Lúcio são insubstituíveis? Até mesmo Fabinho? E Isac, que notadamente cansa no segundo tempo?

Outra coisa: o entrosamento do estadual foi e é maravilhoso, mas com 12 rodadas, certas convicções já podem ser alteradas, viu, Bob? O pessoal do banco está doido para mostrar serviço e merece uma oportunidade, especialmente quando o titular estiver em noite infeliz. O mundo não vai cair se Lúcio, Isac, Wanderson, Dida e Fabinho, por exemplo, derem lugar a Thiago Schmidt, Max, Soares, Pingo, Ewerton, Gustavo e outros mais, especialmente no segundo tempo, quando bate mesmo um cansaço. Até a preparação física vai agradecer o rodízio de atletas nessas maratonas de 4 jogos em 11 dias. Afinal, só se conquista algo com um ELENCO na ponta dos cascos; não apenas os titulares.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Dicas de português

Essa nova ortografia ainda vai enlouquecer muita gente... Ontem, no Facebook, alguém compartilhou uma foto de uma espécie de gráfico com dicas de português montado pela Uol Educação. Achei muito interessante e resolvi compartilhá-lo por aqui. Segue abaixo.


Férias pela metade

Estudantes da UFRN bem sabem o que é isso. Você está em férias, mas não está. Um desafio à lógica. Neste mundo atual de mutiprofissões/multiatividades, é quase impossível conciliar os diferentes períodos de férias.

Para mim, isto não é mais novidade. Desde os meus idos tempos de universidade que não sei o que são férias totais. Depois, achei de encarar duas profissões das quais uma só tem direito a 20 dias de recesso por ano. Fazer o que, né?

Mas dá para relaxar, já que os horários não são mais os mesmos. No entanto, aqueles planos de colocar coisas em dia vai sendo adiado, adiado, adiado e...puf! Recomeça a rotina e os planos vão por água abaixo.

É duríssimo vencer a preguiça natural de quem se estressa muito e adora qualquer feriado para se refrescar fazendo nada. Mas eu preciso retomar a atividade física sob pena de, daqui a alguns dias, as pessoas terem que me rolar no chão para que eu ande! 

Vejamos se hoje volto a encarar uma planilha de corrida e se amanhã volto à querida musculação depois de tanto estresse, viagem, tornozelo machucado, asma...

sábado, 21 de julho de 2012

América 2x1 Ipatinga: acho que vi outro jogo!

Sim. Eu estava no Nazarenão até antes de o jogo começar - uma vitória para mim. Mas acho que vi outro jogo. Talvez seja autista e nunca tenha sido diagnosticada. Ou seja esquizofrênica e viva numa realidade virtual, bem própria da minha imaginação. 

O fato é que vi sim o Ipatinga ser muito mais voluntarioso que o América no jogo. Também, pudera! O Mecão abriu o placar com Isac logo nos primeiros minutos da partida. Gol bonito de Isac. E o Ipatinga partiu para o desespero.

Porém, também vi os atacantes do América quererem jogo. Lúcio jogou como atacante e já demonstrou enorme melhora para o que apresentou nos últimos 3 jogos. Marcou um golaço, deu alguns piques que lhe são peculiares e até correu para marcar, não com a mesma frequência, é claro. Quem não tem o talento que Lúcio tem, compensa com garra, como ontem fez Isac. Ou seja, gostei do ataque do Mecão! E cada um deixou o seu.

O que não dá para entender é a disposição de boa parte da torcida americana em reclamar além da conta. Nada está bom. O campeonato teve 12 rodadas disputadas, o América nunca saiu da zona de classificação para a Série A (a "pior" colocação foi o 4.º lugar), tem um dos ataques mais positivos, uma das defesas menos vazadas, e ainda há dois tipos de torcedores "erva-daninha": os que insistem em não acompanhar o time no estádio e/ou se associar, e os que insistem em vaiar e xingar a tudo e a todos.

Gente, mau humor tem solução! Faça uma atividade física, tome um remedinho para o fígado e valorize mais o que você tem em vez de reclamar do que não tem. A vida passa muito rápido para que você perca tempo apenas reclamando.

Não entendi as vaias para Lúcio. Só pode ter sido por sua atuação nos jogos anteriores, o que também não aceito. O que passou, passou. Lúcio fez ontem sua melhor partida como ATACANTE na Série B. Mas ele nunca foi um primor de raça e disposição. Imaginem agora que alguns mentecaptos inventaram de o classificar de meia.! Fiquei feliz de vê-lo ontem jogar boa parte do jogo como costumávamos vê-lo em 2009: no ataque. Ainda pode melhorar e vai melhorar muito, mas quem quiser vê-lo com deus da raça é melhor nem ir a campo.

O time todo esteve bem, com exceção de Pingo e Thiago Galhardo, apenas regulares e de Wanderson, que há algumas partidas não faz absolutamente nada: nem marca, nem ataca, só reclama. O problema de Pingo foi a falta de alguém para tabelar (o mesmo aconteceu com a entrada de Michel). O de Thiago é que ele não  é meia de prender bola, função que tinha que cumprir ontem. Ele gosta mesmo é de velocidade, baixar a cabeça e partir para cima. Ou seja, o homem certo na hora errada. Mas Wanderson... O garoto parece que está em outra dimensão. Desperdiça muitas jogadas e tem sido driblado com facilidade. Compromete muito mais do que ajuda. Mas inexplicavelmente nem recebeu vaias e nem foi eleito (na verdade, deveria ter sido aclamado) o "mortinho" do jogo.Não estou defendendo que ele seja vaiado. Estou apenas demonstrando a falta de critério tanto da torcida "erva daninha", como da imprensa. Lúcio marcou um golaço (o da vitória, ressalte-se), jogou como atacante, esteve melhor do que nas 3 últimas partidas e foi vaiado e escolhido como o "mortinho" do jogo"?!?! Wanderson não acertou nem pedra na lua e... nada!?!? Vá entender!

Até Dida, ainda muito contestado, apesar de 99% das críticas serem infundadas, mostrou sorte de campeão, ao ver um bola que bateu na trave acertar suas pernas e tomar o rumo de fora da área, trajetória inversa ao que sempre se vê.

Também ressalto que pelo menos em parte do 2.º tempo, o time de Roberto Fernandes tentou segurar um pouco mais a bola. Rodou de lateral a lateral, tocando com volantes e zagueiros, evitando um desgaste físico maior contra um time que não tinha mesmo muito o que dar. O Ipatinga deste ano pertence àquela categoria de "jogamos como nunca e perdemos como sempre". E para quem tem uma pedreira na terça-feira fora de casa, sabendo que precisa vencer para permanecer no Olimpo, o Mecão ontem conseguiu mostrar, pelo menos parcialmente, que começa a ser um time um pouco mais inteligente. Nem que seja aos trancos e barrancos. E que venha o Joinville!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Roberto Fernandes, Dida, Lúcio...

Comentei anteriormente sobre a pressão que Roberto Fernandes jogara em Dida, jovem goleiro do América, após a derrota por 4x2 para o Crb. Falei sobre a via crúcis do coitado se acontecesse qualquer lance que alguém julgasse falha sua. Não deu outra. A pressão foi tanta que Dida incorporou um verdadeiro lutador dessa nova moda chamada UFC, MMA (whatever!) e deu uma senhora voadora em jogador do Ceará dentro da grande área. Pênalti, gritos de "Galatto, Galatto" na arquibancada e cartão amarelo para o arqueiro, que ainda amargou suspensão e cedeu convenientemente o lugar para o preferido de Roberto Fernandes. Dida ainda teve sorte de não ser expulso. Poucos árbitros têm peito para expulsar o goleiro numa situação dessa, mas se ele fosse zagueiro, seu destino seria outro.

Parece que a via crúcis não é apenas de Dida, não. Roberto Fernandes ontem também amargou o 3.º jogo em sequência de seu time sem vitória e sem um futebol convincente. A saída de Júnior Xuxa, que a imprensa em geral chegou a tratar como uma solução para o time americano, mostrou-se uma tremenda dor de cabeça para o treinador. Ninguém tem característica de cadenciador! Todo mundo só quer saber de velocidade. O que se viu nestes 3 últimos jogos do América foi um time sem a menor paciência para construir jogadas, dominar o adversário, tranquilizar o jogo. Parece que o mundo vai se acabar em 10 segundos.

Para piorar, Roberto Fernandes engoliu corda e deu a 10 a Lúcio. A 10! A monumental marca de maestros da cadência, como Moura, Paulinho Kobayashi e Souza. Lúcio agora só quer saber de alçar bolas na diagonal. Gol que é bom nada. A correria, tão característica do vaqueiro, agora só se manifesta em toques apressados. Enquanto havia Júnior Xuxa para equilibrar o negócio, deu certo. Sem ele, é duro o que eu vou dizer agora, mas o América parece um time de pelada. Sem qualquer uso do meio de campo, que parece uma área inexistente. Bom mesmo é ligar direto. E tome lançamentos a esmo para um atacante sem velocidade (Isac), para um meia/ala que insiste em jogar pelo meio quando aparece melhor na ponta (Wanderson), e para um ala que nem de longe demonstra o futebol de outrora (Norberto).

Todo time tem seus altos e baixos. O Mecão pode estar numa fase normal de reencontro e num período oportuno, vez que continua no G4 apesar dos 3 jogos sem vitória. Mas contra o Ipatinga, o time de Roberto Fernandes vai ter que mostrar que futebol é coletivo, que tem 90 minutos de duração e que é muito diferente de basquete. Nada de querer definições de 10 em 10 segundos.

Vou até meter o bedelho para apontar uma boa escalação ante os desfalques. O goleiro deve ser mesmo Thiago Schimdt, que é um goleiraço e ontem passou muita segurança. Nada de jogar Dida aos leões novamente. Os zagueiros, que precisam deixar um pouco de lado a mania de lançar para os atacantes, devem ser mesmo Cléber e Edson Rocha. O (falso) ala direito deve ser Pingo, de longe, o melhor atacante do Mecão. Do lado esquerdo, Wanderson, que precisa aprender a marcar e parar de buscar tanto o contato físico com o adversário. Use sua rapidez, menino, e deixe os caras na saudade!

No meio, o excelente Márcio Passos, o cão de guarda Ricardo Baiano (vamos reclamar menos?), Fabinho (ainda em busca de suas grandes atuações) e Raphael Augusto, pelo menos para iniciar o jogo. Foi o único que mostrou que prende a bola, mesmo que seja para sofrer falta. Isso acalma o time nos primeiros 45 minutos. Deixa Thiago Galhardo e sua rapidez para o segundo tempo. E NO ATAQUE, isso mesmo, no ataque, Lúcio e Isac. Nada de camisa 10 para o vaqueiro. Não é a dele. Espontaneidade é muito diferente de obrigação. Ah! Não custa nada dizer a Roberto Fernandes que Soares anda meio perdido e que talvez tenha chegado a hora de a substituição do ataque durante o jogo ser Max no lugar de Isac.

Aí vai então, já com as possíveis substituições no 2.º tempo: Thiago Schimdt, Pingo, Cléber, Edson Rocha, Wanderson; Ricardo Baiano, Márcio Passos, Fabinho e Raphael Augusto (Thiago Galhardo); Lúcio (Soares) e Isac (Max). Simples assim. Mais bola de pé em pé, Bob!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pressão sobre Dida

Inegavelmente, Roberto Fernandes colocou pressão sobre o goleiro Dida nesta semana. Primeiro, afirmou que ainda faltam algumas coisas ao jovem goleiro até mesmo por sua pouca idade. Depois, disse que Galatto tem o que falta a ele e que o experiente goleiro está pronto para fazer sua estreia.

Ainda nesta semana, Roberto Fernandes deu entrevista dizendo que Dida e Galatto são donos hoje das mesmas chances de serem escalados no gol americano. Mas mostrou pequeno recuo ao afirmar que não queria tirar Dida do gol agora para não passar a impressão de que o culpou pela derrota frente ao Crb.

Se Galatto vai jogar ou não, aí são outros quinhentos, mas que o treinador americano colocou enorme pressão sobre o jovem Dida, ah, isso ele colocou! A torcida do América já adora uma chiadeira em relação aos goleiros desde a primeira saída definitiva de Fabiano (2007). De lá para cá, ninguém viveu grandes períodos de tranquilidade no gol. Nem mesmo o próprio Fabiano. Aí vem o comandante do time alvirrubro e diz que ainda faltam algumas coisas para o atual goleiro e que chegou a hora da estreia de Gallato... Jogou ou não jogou pressão em Dida? 

Estratégia de motivação ou não, a atitude de Roberto Fernandes só traz uma certeza: qualquer deslize de Dida (se ele for titular contra o Ceará), ainda que não seja mesmo um deslize, mas que algum iluminado "treinador de goleiros" da arquibancada assim classifique, o jovem arqueiro será alvo de apupos e talvez até de gritos "Galatto, Galatto".

Precisava disso mesmo, Bob?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sobre o Esporte Fino e Galatto

Que programa de alto nível! Nunca havia ouvido um programa de entrevista/debate sobre futebol tão prazeroso e de clima tão agradável. Falo do Esporte Fino da 96 FM, com Marcos Lopes, Edmo Sinedino, Chico Inácio e Jackson Capixaba. Ontem, os entrevistados foram Ademir Fonseca, técnico do Abc, e Roberto Fernandes, técnico do América. Claro que os entrevistados deram enorme contribuição, uma vez que parecem ser pessoas de extrema gentileza e simpáticas. Porém é inegável que a pauta do programa não pretende expor seus convidados a verdadeiros interrogatórios cujo único objetivo seja constranger/humilhar os entrevistados, como já tivemos oportunidade de acompanhar em outra rádio em diversas oportunidades. Nada de tom de velório, pausas dramáticas, sotaques forçados. É muito agradável ouvir quem parece que gosta do que faz e leva seu ofício a sério.

Neste programa, os convidados falaram abertamente e deixaram escapar algumas revelações. Ademir Fonseca confirmou a lista de reforços que já vinha sendo divulgada por Marcos Lopes. Queria saber qual era a fonte do gaúcho. Sobre os foguetórios, revelou que já havia feito algo semelhante no América em 2003, mas a atitude só ficou famosa no São Caetano, porque o clube tinha um eterno clima de velório. Receia ficar com fama de folclórico por isso e não pretende repetir aqui no Abc.

Roberto Fernandes revelou que mandou o time do América aquecer no vestiário do Frasqueirão na última partida do Estadual já com o faixa de campeão no peito. Alguns jogadores ficaram com medo de colocar a faixa e ele foi enfático: "se não colocar, não joga." Corajoso o pernambucano! Eu não chegaria tão longe. Sobre reforços, afirmou que o América trabalha 2 nomes importantes e deu a entender que pelo menos um seria para a posição de Júnior Xuxa. Ele quer um meia que consiga jogar de costas para a zaga, que não é a característica de Thiago Galhardo, por exemplo.

Ao comentar a atuação do time contra o Crb e especificamente a atuação de Dida, o treinador americano comentou que ainda faltam algumas coisas a ele até por sua pouca idade, o que também é característica do time titular, e que aumentou a probabilidade de Galatto fazer sua estreia, vez que este já fez preparação forte e tem uma característica de capitão à la Dunga. Será que entendi certo? Será que Galatto entra contra o Ceará? Não sei dizer, mas confesso que os dois gols tomados por Dida entre ele e a parte da trave mais perto me deixaram com essa sensação, mas Roberto Fernandes tem uma linha muito peculiar de raciocínio, o que dificulta qualquer projeção.

E assim passou-se uma hora de programa...com aquele gostinho de quero mais. Eu, que sempre critico a imprensa do RN, não poderia deixar de fazer este elogio tão merecido.