Mal, mal mesmo, só Lúcio. O vaqueiro não mostrou seus tradicionais piques e nem sequer deu um único chute a gol. Nenhum. Nem mesmo uma finalização errada. Só uma deixada estilo pivô para Isac ainda nos primeiros minutos e só. O mais interessante é que esse fato não foi suficiente para que Roberto Fernandes pensasse em melhorar a ofensividade do time substituindo Lúcio. Alguém precisa perguntar ao treinador americano o que ele pretende com Lúcio, assim como perguntaram sobre a insistência com Isac no estadual, até para ele entender que a paciência do torcedor já está meio esgarçada com o vaqueiro tentando ser meia.
Dito isso, agora vamos ao jogo. Foi a melhor partida do América nos últimos quatro jogos. Tocou com inteligência, soube prender quando necessário, deu toques rápidos quando precisou... Norberto voltou a jogar bem. Wanderson pelo menos alternou entre 3 passes certos e 4 errados. Gustavo mostrou-se mais desenvolto. Fabinho chamou um pouco mais a responsabilidade do jogo, embora ainda esteja longe do que se espera dele. Isac fez três finalizações com qualidade ainda no primeiro tempo. Enfim, o Mecão não merecia ter perdido a partida.
Mas eis que Dida titubeou entre segurar e espalmar e a bola sobrou fraquinha, fraquinha quase na pequena área. Gol do Jec e um certo descontrole no América, mas logo contornado. Aí vieram as substituições...
Logo que chegou aqui Roberto Fernandes tinha um jeito estranho de mexer na equipe. Eu nunca concordava com suas alterações, mas o danado tinha um estrela impressionante. Colocava um jogador e l á ia ele fazer o gol da vitória do América. Isso persistiu na Série B. No entanto, há alguns jogos, parece que a estrela do pernambucano não brilha mais do mesmo jeito.
Para resumir, falemos apenas das substituições de ontem. Raphael Augusto é o camisa 10 mais próximo do que era Júnior Xuxa. Eu já o teria colocado como titular. Entrou no jogo, chamou a responsabilidade e acertou todos os passes. Entrada corretíssima. Também colocaria Max e Pingo. Mas será que Norberto, reeditando suas boas atuações, deveria ter deixado o time? E Ricardo Baiano, monstro da pegada? Cléber e Edson Rocha já tinham amarelo e ficaram muito expostos. Por que Wanderson e Lúcio são insubstituíveis? Até mesmo Fabinho? E Isac, que notadamente cansa no segundo tempo?
Outra coisa: o entrosamento do estadual foi e é maravilhoso, mas com 12 rodadas, certas convicções já podem ser alteradas, viu, Bob? O pessoal do banco está doido para mostrar serviço e merece uma oportunidade, especialmente quando o titular estiver em noite infeliz. O mundo não vai cair se Lúcio, Isac, Wanderson, Dida e Fabinho, por exemplo, derem lugar a Thiago Schmidt, Max, Soares, Pingo, Ewerton, Gustavo e outros mais, especialmente no segundo tempo, quando bate mesmo um cansaço. Até a preparação física vai agradecer o rodízio de atletas nessas maratonas de 4 jogos em 11 dias. Afinal, só se conquista algo com um ELENCO na ponta dos cascos; não apenas os titulares.