quarta-feira, 17 de julho de 2019

Today's headlines (7/17)

The headline for good: House condemns Trump's attack on four Congresswomen as racist.

The others: Eric Garner's death will not lead to federal charges for N.Y.P.D. officer, A prosperous China now says 'men preferred', and women lose, and Elon Musk's company takes baby steps to wiring brains to the internet.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 16 de julho de 2019

Esperado

Pesquisa do portal Yahoo comprovou o que todo mundo já sabe: o poder da internet na hora em que alguém decide adquirir um produto, no caso, um veículo. Vamos aos dados:

  • 95% utiliza recursos online para obter informações sobre a compra
  • 67% pesquisa e compara preços e modelos na internet
  • 44% leem avaliações e opiniões publicadas na rede mundial
  • 36% visitam sites de carros/marcas
  • 28% pegam informações/cotações de seguro veicular
  • 21% fazem configurações nos sites no carro que desejam 
  • 20% agendam pela internet um test drive

Foram mais de mil participantes, todos adultos, escolhidos dentre os que mais acessavam notícias automotivas.

Video replay for medicine in soccer

Leitura obrigatória

Mal sentei nos bancos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o professor de Introdução à Ciência do Direito nos apresentou uma lista de livros de leitura obrigatória para aquele semestre. O primeiro deles: O Caso dos Exploradores de Cavernas, de Lon Fuller.

Não o comprei, mas contei com a gentileza de um amigo de sala que me emprestou para a leitura, coisa que fiz com a devida celeridade. Bem sei da dor que é emprestar um livro. Já houve caso, confesso, que preferi presentear quem me pediu com um outro exemplar para não correr o risco de ter meu dileto livro maltratado. Alguém assim certamente leria sem nem impor um ângulo amplo de abertura do exemplar, hábito que conservo até com revistas.

Bem, nesse domingo, topei com artigo de Marcelo Alves Dias de Souza, membro da PGR e doutor em Direito pelo King's College London e Mestre em Direito pela PUC/SP, abordando justamente o livrinho (em tamanho, não em importância) que deveria ser de leitura obrigatória para todo(a) aluno(a) de Direito. 

Descobri, por exemplo, que Fuller foi professor de Ronald Dworkin, idolatrado no Direito Constitucional.

Seguem abaixo alguns trechos do valioso artigo publicado na página 4 do caderno Natal, mas desde já recomendo a leitura do artigo completo no jornal ou no site da Tribuna do Norte, e, claro, do próprio livro, mesmo para quem não é da área.

(...)
Embora parcialmente inspirado em casos reais - U.S. v. Holmes (1842) e Regina v. Dudley & Stephnes (1884), com naufrágios em alto-mar e homicídio/canibalismo nos respectivos botes salva-vidas -, "O caso dos exploradores de cavernas" é uma obra de ficção.

O ano é 4300. E a coisa se passa na (fictícia) Suprema Corte de Newgarth, que julga um recurso de apelação dos réus contra a condenação, à morte por enforcamento, pelo Tribunal de Primeira Instância do Condado de Stowfield. Cinco exploradores de uma tal Sociedade Espeleológica ficaram presos em uma caverna após um grande deslizamento de terra. São resgatados, mas apenas quatro deles, após trinta e dois dias ali presos. O custo financeiro e humano do resgate,  com dez operários mortos, é enorme. Descobre-se em seguida que os exploradores firmaram um contrato entre si, para que um deles fosse sorteado e sacrificado para servir de comida aos demais, evitando assim a morte de todo o grupo por inanição. O pacto foi sugerido por um tal Roger Whetmore, o que veio a ser morto (e comido), mesmo tendo proposto, posteriormente, a anulação do pacto. Segundo a letra da lei do país, está-se diante de um homicídio, com previsão de pena de morte. Assim decidiu o júri de primeira instância. Pede-se clemência ao chefe do Poder Executivo. Apela-se à corte superior. Cinco magistrados - o presidente Truepenny e os seus colegas juízes Foster, Tatting, Keen e Handy - são encarregados de revisar o caso.

Antropofagia ou canibalismo não é um tipo penal autônomo no direito brasileiro. Todavia, nada mais repugnante ao homem (civilizado, aqui suponho), talvez até mais que o homicídio em si, do que esse "estranho" comportamento de alimentar-se da carne do seu semelhante. (...)

Entretanto, em "O caso dos exploradores de cavernas", para a aplicação do direito ao caso concreto, a coisa não parece assim tão preto no branco. O homicídio seguido do canibalismo é temperado pelo estado de necessidade e a falta de esperança dos envolvidos. A escolha da vítima contratualmente e pela sorte dá um toque a mais ao caso. A desistência contratual é válida? Qual o peso da simpatia para com os réus e da comoção popular em tais casos? A condenação pelo júri tem sempre um quê de discricionaridade. Qual a lei aplicável? Qual o precedente aplicável? O perdão cai bem no caso? E tudo isso é analisado levando em consideração as muitas escolas da filosofia do direito - o jusnaturalismo, o positivismo, o historicismo, o consequencialismo e por aí vai -, o que empresta ao caso as mais diversas nuances.

É-nos apresentado, enfim, um caso em que diferentes vereditos se mostram possíveis. Essa diversidade de julgamentos escancara ao leitor a amplitude do direito e a dificuldade da sua aplicação. O nosso próprio "julgamento" sucessivamente posto à prova toda vez que nos vemos diante de distintas interpretações dos fatos e de diferentes soluções para o caso, todas porém convincentes, constantes dos votos proferidos pelos cinco juízes da Corte Suprema.

E aí, acredito, está a lição deste livrinho: no direito, assim como na vida, existem meias verdades e verdades e meia. Ambas têm os seus pecados. Uma lição que deve ser aprendida pelos "donos do direito" de hoje. Aqueles com títulos, que fazem um uso indevido dos poderes do Estado. E, também, pelos chamados "idiotas da aldeia". Eles que vivem canibalizando a opinião diferente, jurídica ou não, dos outros.

Mais uma renovação

A informação e a imagem abaixo são de autoria de Canindé Pereira, assessor de imprensa do América.


A diretoria alvirrubra acertou a renovação contratual de mais um atleta para a temporada 2020. O volante César Sampaio, contratado durante o "mata-mata" do Campeonato Brasileiro, é o sexto jogador a confirmar a permanência no clube para as disputas das Copa do Nordeste e do Brasil, além dos Campeonatos Potiguar e Brasileiro.  

"Já está tudo acertado. Falta, apenas, o jogador acertar pequenos detalhes com seu empresário que se encontra em Portugal", disse o Diretor Comercial, Ricardo Valério.

Delegada pelo presidente Eduardo Rocha, a comissão formada por Leonardo Bezerra, Ricardo Bezerra e o próprio Ricardo Valério segue conduzindo as renovações dos jogadores para a próxima temporada.

Ainda esta semana, o Diretor Financeiro, Walmir Nunes, e o executivo do futebol, Goeber Maia, estão concluindo as determinações do mandatário rubro para os devidos acertos com os atletas que estão sendo liberados, tudo devidamente acertado e documentados, assegurando todas as formalidades legais, situação que mantém o clube sem queixas trabalhistas registradas da atual gestão.

"Alguns jogadores que estão sendo liberados deixam as portas abertas e podem ter seus retornos confirmados assim que o processo eleitoral for realizado, no mês de outubro. Estamos fazendo um planejamento adequado, garantindo uma base de cerca de 60% do time titular. Já temos, anunciados, o Ewerton, Adriano Alves, Allison Brand, Geninho, Leandro Melo e hoje anunciado mais Cesar Sampaio, que se juntarão aos demais com contrato em andamento como o Murici, o goleiro Lucas, Judson, Juninho e Everaldo, que subiu das bases recentemente. Trata-se de um planejamento prévio para os trabalhos de 2020, um avanço considerável em relação à temporada deste ano, que tivemos que partir do zero", finalizou Valério.

Nota de pesar

O América acabou de divulgar nota de pesar pelo falecimento do repórter Francisco Inácio, o Pank (assim mesmo, com "a", como ele gostava de ressaltar), que marcou época no rádio potiguar, especialmente quando foi setorista do América na antiga Rádio Cabugi.

É com imensa tristeza que lamentamos o falecimento do cronista esportivo Francisco Inácio Sobrinho, carinhosamente conhecido como Chico Inácio, o "Pank".

O profissional, que recentemente defendeu a bandeira da 98FM, cobriu o dia-a-dia do América Futebol Clube como poucos.

Nos últimos meses, estava afastado das funções em razão da diabetes e na noite da última segunda, não resistiu a uma parada cardíaca.

O velório acontece neste momento, no Centro de Velório Vila Flor, em Morro Branco, zona sul de Natal.

O América Futebol Clube se entristece com a perda e deseja força a amigos e familiares neste momento de dor.

Curtinhas do RN (16/7)

Em Martins, Governo do RN reforça efetivo policial durante Festival Gastronômico
Restaurantes de todo o RN, vinícola, cervejaria, pinacoteca, livraria, artesanato e apresentações culturais de teatro, dança e música, estavam na programação do festival.

Idema implanta emissão de licença ambiental eletrônica
Com a medida, será possível desburocratizar a última etapa do licenciamento.

Emater-RN e Governo Cidadão finalizam primeira jornada de manejo de pragas
Participaram cerca de 80 pessoas entre agricultores familiares do Rio do Fogo, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros e São Gonçalo.

Governo instala terceira Câmara Setorial: Pesca e Aquicultura do RN
O comitê visa apoiar o desenvolvimento do setor e de cadeias produtivas identificando os principais problemas da área.

Governo inicia implantação do projeto PlanificaSUS no Seridó
O projeto conta com a parceria da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein e fortalece a Atenção Primária à Saúde.

Estado regulariza situação de 5,6 mil motocicletas em um mês de vigência da lei
Os veículos que estavam irregulares devido a atrasos no IPVA e licenciamento foram regularizados com lei que entrou em vigor no dia de junho.

Fonte: Assecom/RN

Manchetes do dia (16/7)

A manchete do bem: Bloco sul-americano deve eliminar tarifa de roaming.

As outras: Deltan pede passagem e hotel para férias da família no Beach Park, Record News é obrigada a exibir programas sobre religiões afro e Reação de Bolsonaro às críticas por indicação do filho reaviva comparação com Dilma.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (7/16)

The headline for good: An epic Wimbledon final gives way to plans for a grand future.

The others: After Trump accuses four Democratic Congresswomen of hating U.S., they fire back, Ebola outbreak reaches major city in Congo, renewing calls for emergency order, and 62 border agents belonged to offensive Facebook group, investigation finds.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Descobrimento foi aqui

A tese não é nova e já corre com certa força pelo Brasil: o descobrimento empreendido por Pedro Álvares Cabral se deu em terras potiguares, não na Bahia.

Abaixo, artigo da historiadora e sócia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte Tânia Maria da F. Teixeira, publicado na Tribuna do Norte de domingo (página 6 do caderno TN Família) aborda o assunto com mais detalhes.

Normalmente eu corrijo aqui os erros que encontro. Porém, neste caso, corro o risco de alterar a ideia original; logo, vamos de "sic" mesmo e alguns colchetes.

Evidências do Descobrimento do Brasil no RN

Diante das evidências apresentadas por cascudo e Lenine Pinto, surgiram pesquisadores aderindo à teoria de que a Esquadra Portuguesa comandada por Cabral não teria condições, nem tempo, de chegar ao Sul da Bahia sem passar na costa do potiguar. (sic)

Essa corrente é a [Gulf] Stream, sentido Sul/Norte na costa da África, na altura do Golfo da Guiné. Faz a curva em direção ao Brasil, nas proximidades do Cabo de São Roque, se bifurca, ora segue para o Norte contorna o continente Sul-americano, formando a Corrente das Guianas; hora dessa até o limite de São Paulo e Paraná, onde completa sua curva até a Costa da África. Essa corrente foi a responsável pela navegação rumo ao Oriente.

Lenine Pinto em "Reinvenção do Descobrimento do Brasil", 1998, evidencia que: Segundo a Carta de Caminha, o tempo gasto pela esquadra de Cabral na travessia entre o arquipélago de Cabo Verde até Porto Seguro, foi de 30 dias, de acordo com a Tabela de Lizard, utilizada hoje na navegação à vela. (sic) Com esse tempo, as quadras só pode ter chegado à costa potiguar.  Para chegar ao sul da Bahia seria necessário 45 dias. (sic)

Caminha se refere ao abastecimento de água em abundância, de boa qualidade e de fácil acesso. A costa de Touros é rica em Alagoas e como era a época de chuvas, a abundância e a qualidade era melhor. (sic) No Sul da Bahia o abastecimento seria em rios, onde a pressão do mar é muito grande e só se consegue água boa a 6 km. Evidencia-se a importância das aguadas, por estarem assinaladas em diversos mapas.

Lenine admite que o Pico do Cabugi seja o monte descrito por Caminha. Nesse quesito eu discordo. Hoje é possível avistar o Pico do Cabugi da nossa costa desmatada. Porém à época do descobrimento, árvores de mais de 20 metros ver qualquer elevação seria impossível. (sic) Acredito que, na Costa de Touros podia ter uma elevação, hoje transformada num grande parque de duna, em razão do desmatamento e dos ventos fortes e constantes. (sic)

Mapa de Cantino, 1502, a mais antiga carta em que aparece o Brasil e a linha do Tratado de Tordesilhas, está assinalado em manuscrito "Cabo de São Jorge" (seu dia é 23/04) e tem uma bandeira com as quinas de Portugal, denotando lugar importante. Lenine pergunta se essa denominação não poderia ter sido dada por alguém que participou da frota de Cabral e que estava nessa data na costa do Brasil". Depois, o Cabo de São Jorge seria denominado de Cabo de São Roque pela 1.a Expedição Exploratória de 1501, que por ali passou  em 17/08, (dia do referido santo). (sic) Essa expedição tinha a incumbência de nomear os acidentes geográficos.

O Marco de Touros é um Padrão de Posse, usada para assinalar a pertença daquelas terras a Portugal. Desde meados do século XV foram colocados diversos padrões na costa da África. Lenine indaga: "Como é que Cabral, qual encargo de estabelecer uma cabeça de ponte no Brasil, relaxaria a inclusão de padrões nos equipamentos da frota, um procedimento tão corriqueiro que até o usineiro Gabriel Soares o reconhece?". Nesse ponto não há dúvida, Portugal oficializou a posse do Brasil quando chantou o Padrão de Posse na Praia do Marco.