quarta-feira, 12 de junho de 2013

O estado de espírito Barretão

Já havia prometido que não frequentaria mais o Barretão. Mas doentes podem prometer uma coisa dessa? Último jogo antes da parada da Copa das Confederações, horário sem sustos para mim... Na hora h, lá estou eu quebrando a promessa.

Levei 49 minutos para chegar. Menos mal para quem levou 1h30 da vez anterior. Cai num buraco na estrada, mas até não vi maiores consequências.


 Entrar no estádio(?) Barretão é entrar em outro estado de espírito. Basta descer do carro para que a lembrança de uma vaquejada venha à mente. E tome areia típica de parques de vaquejada no estacionamento (?). 

Ontem ainda lembrei do Nogueirão em dia de chuva. Uma nuvem de mariposas  e outros insetos atacavam a tudo e a todos. Levei umas duas pedradas (esta era a sensação quando os insetos me acertavam).

Entro no estádio e procuro um banheiro. Só há químicos. E os femininos? São frequentados pelos homens sem a menor cerimônia. De positivo, um espelhinho na porta, mas quem vai se olhar naquela escuridão?

Subo para a arquibancada e, pelo menos desta vez, não vou ficar tonta com um alambrado verde empatando a visão. Subi mais (havia bastante espaço) e assisti ao jogo em pé, como de praxe.

Mas não é que o recente, moderno, supimpa Barretão já tem uma enorme rachadura na arquibancada? Um primor de segurança! Veja as fotos abaixo. Detalhe para os soldados do Corpo de Bombeiros bem do lado da dita cuja fazendo vistas grossas.



O jogo em si foi triste! O América é um time sem velocidade, que insiste em jogadores em fase ruim, como Norberto e Fabinho, e em jogadores que não servem mais na posição, como Renatinho na ala esquerda. Estiveram acima da média Andrey, Jerson e Alex. E só. Ou mudam-se as alas ou adeus Série B.

Acaba o jogo e a PM determina que a torcida do América só saia do estádio no outro dia. 20 minutos de espera viraram 30. Tenho doença gástrica e não posso ficar mais de 3 horas sem comer. Procuro um alimento nessa parada e... nada. Não há comida no Barretão. Um absurdo! Nunca vi faltar comida nem em Goianinha! 

Mas a pérola do Barretão estava por vir. Na hora de permitir a saída da torcida americana, acharam por bem só abrir um portão. Sabem qual? O que tem catracas, para obrigar a todos ou a pularem-nas ou a passar por debaixo delas. Lógico que a fila(?) não andava! Com muita pancada num portão de segurança, este foi aberto e alguns torcedores puderam sair sem a humilhante situação da catraca. Um horror!

Enquanto esperava me libertarem daquele suplício, pude ver a tal escada de madeira da imprensa. Nem um vernizinho passaram. Nestas chuvas, ela apodrece já. Mas e daí? O dono do estádio não a usa mesmo!

Outro suplício para chegar ao carro,(atacado pelos insetos), sair do estacionamento(?) do Barretão e seguir o  cortejo fúnebre até o gancho de Igapó. Fui dormir às 2h de hoje.

Por tudo isso, digo que ir ao Barretão, para mim, é entrar em outro estado de espírito. Sinto-me ultrajada como consumidora em todo e qualquer aspecto. E não posso seguir negando a minha essência e os meus valores. Dei uma outra chance a aquele local só para me sentir mais uma vez num buraco.

Assim, enquanto o América brincar de estádio em Ceará-Mirim, eu brinco de torcedora no Pfc. Pelo menos na minha casa nem sou atacada por insetos, nem corro o risco de passar mal por falta de comida, nem sofro com falta de banheiro, nem preciso mandar lavar o carro a cada jogo do América, nem corro o risco de ser esmagada na saída.

Enquanto isso, me lembro das vozes que se juntaram ao dono do estádio para dizer que teríamos trem em todos os jogos a R$ 0,50 e ônibus em Ceará-Mirim a R$ 1. Lembro também da afirmação de Padang de que as arquibancadas móveis em Goianinha seriam instaladas em 20 dias porque o América jogaria lá a Série B. Também lembro de quantas vezes a torcida do América chamou o Frasqueirão do Abc de parque de vaquejada.

É. Talvez este seja o melhor exemplo de que boca falou, boca pagou. E eu sigo dizendo: Barretão nunca mais!


 (Ataque dos insetos - cortesia de João Ferreira)


domingo, 9 de junho de 2013

Ufa! Brasil quebra tabu

Ô tabu chato! 21 anos sem vencer a França no futebol masculino. Não me lembro de ter visto uma vitória brasileira antes disso. Mas eis que a contestada seleção de Felipão conseguiu. Brasil 3x0 França, com bonitos gols de Oscar e Hernanes e um pênalti convertido por Lucas.

Agora, nada mais de ouvir aquela contagem chatíssima em francês: un, deux, trois a zéro. Contentem-se com um, dois, três a zero, franceses!

Vitória para dar ânimo para a Copa das Confederações.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Brasil atrás de Gana

Altamente batida a informação de que o Brasil é o 22.° no ranking da Fifa. Mas hoje tomei um susto ao conferir os países que estão na nossa frente. Acredite! Gana está em 21.°. Outras pérolas: Colômbia, Croácia, Portugal,Equador, Costa do Marfim, Rússia, Bélgica... Quem diria que o futebol 5 vezes campeão do mundo passaria por tamanho vexame? Confira:
1.° Espanha
2.° Alemanha
3.° Argentina (que raiva, hein?)
4.° Croácia
5.° Holanda
6.° Portugal
7.° Colômbia
8.° Itália
9.° Inglaterra
10.° Equador
11.° Rússia
12.° Bélgica
13.° Costa do Marfim
14.° Suíça
15.° Bósnia-Herzegovina
16.° Grécia
17.° México
18.° França
19.° Uruguai
20.° Dinamarca
21.° Gana
22.° Brasil

Prepara!

Se não ouviu ainda falar em Anitta, é melhor ir se acostumando. A moça está em todo lugar. A música Show das Poderosas é mais grudenta do que Amor de Chocolate de Naldo. É a nova versão do Funk brasileiro, mais light e na linha do pop americano. Não ouviu ainda? Então, prepara!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Piche no carro

Lembrei-me de Sandra Annenberg: que desagradável! Foi logo o que me veio à cabeça quando vi que meu carro, além dos sujos habituais, estava todo manchado de piche. Fazer o que para tirar as manchas horrorosas?

Bem, devido à minha crônica falta de tempo e de vontade de lavar o carro, algo só foi feito nesta segunda-feira (as manchas surgiram na quarta-feira da semana passada). Mandei lavar no Via Direta. Paguei até para lavarem embaixo do carro. Uma hora e 30 minutos depois, carro limpinho, mas ainda todo manchado. 

Claro que reclamei! Mas ouvi atentamente a explicação a respeito de como a água não remove piche, etc., etc.. Recebi a informação de que teria que procurar o lava-jato do Shopping Cidade Jardim, já que este teria o produto adequado para a remoção do piche. Hmpf! Depois dos R$ 30, gastar com outra lavagem? No way!

Procurei o tal produto no pai dos burros da atualidade: o Google. Descobri um teste de qualidade da Quatro Rodas que indicava um produto da Starret (M1). Nota dez do especialista e da usuária. Mas onde achar o produto aqui em Natal? Talvez Extra ou Carrefour...

Mas não sou mulher de ficar rodando sem ter certeza de para onde vou. Logo, fui ao pai dos burros novamente em busca do procedimento em si para remover o piche. Eis que descubro que o velho querosene cairia como uma luva.

Hoje, quarta-feira, no finzinho da tarde para que o sol não causasse manchas piores na pintura, muni-me de um pano velho e macio, uma garrafa de querosene e disposição para o esfrega-esfrega. Que alegria ver as manchas sumirem à medida que esfregava o querosene nelas! Passei mais um paninho com água depois para retirar os restos do querosene e pronto! Xô, piche!

Então, se você também sofre com o respingo de piche proveniente das chuvas e do recapeamento asfáltico em Natal, saiba que o querosene é o seu melhor amigo.

P.S.: o querosene também remove aquela cola nojenta que adesivos velhos deixam no carro.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Frases de Dilma em Natal

"Rosalba tem sido uma grande parceira."
Sobre Rosalba Cialirni (DEM), governadora do Rio Grande do Norte

"O presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves foi um incansável em defesa do RN."
Sobre o deputado do PMDB.

"Garibaldi, um grande ministro."
Sobre o Ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho (PMDB).

*Agora durma-se com um barulho desses!

domingo, 2 de junho de 2013

Felipão fala aos brasileiros

Muito bom o projeto Abril na Copa da Editora Abril. Nesta semana, a revista Veja trouxe a 6.ª edição especial da revista com 26 grandes brasileiros falando sobre futebol e a Copa no Brasil. É daquelas edições que você lê de um fôlego só. A revista já começa (páginas 6 e 7) com uma carta aberta de Felipão, técnico da seleção brasileira de futebol, a todos os brasileiros. Com o título "Você está convocado!", reproduzo abaixo as palavras do gaúcho do penta:

"Em 2001, quando assumi a seleção brasileira pela primeira vez, também havia uma desconfiança muito grande. A campanha nas Eliminatórias não ajudava e o torcedor não acreditava no título. Alguns duvidavam até da classificação para a Copa. Mas ela veio com a participação dos torcedores nos três jogos em casa. Durante a Copa na Coreia e no Japão, recebi imagens dos torcedores no Brasil assistindo e acompanhando a os jogos, que ocorreram de madrugada no horário brasileiro. Foi muito importante para nós, que estávamos do outro lado do planeta disputando uma Copa do Mundo. Foi muito bom ver que nas capitais, no interior e até os índios estavam vendo e apoiando a seleção naqueles horários fora do habitual. Nós, da comissão técnica, ficamos emocionados com essa torcida. E também os jogadores, pois utilizei essas imagens e as mostrei em algumas preleções. Elas nos ajudaram a conquistar o título de pentacampeão.

Agora estou de volta à seleção brasileira, que anda distante do torcedor. Desta vez não vamos jogar do outro lado do planeta. Vamos jogar em nossa casa. Aqui no Brasil! Sei que o Brasil tem jogado muitas partidas fora do nosso país. Sei que ainda não estamos jogando aquilo que o torcedor deseja ver. Mas até a Copa, no ano que vem, a equipe estará pronta e jogando em busca de mais um título. Para isso, a participação dos torcedores de todo o Brasil deve ser grande. Vibrando e cantando pela seleção brasileira. Vestindo a camisa do Brasil, estarão jogadores brasileiros e não de clubes ou do exterior. Quem vestir a camisa, quem for escalado e quem ficar no banco, todos nós estaremos representando nosso país. Queremos novamente seu apoio. Você está convocado para nossa seleção."



sábado, 1 de junho de 2013

Tempo de Ontem: jazz dos bons

Responda rápido: qual foi a última vez que você viu um show de jazz aqui em Natal? Não me surpreenderia se a resposta fosse nunca. E se acrescentarmos o adjetivo bom ao show?  E se eliminarmos a possibilidade de um show de jazz só instrumental? Difícil...

Nem tanto. Descobri por acaso um talento do jazz aqui em Natal: Dudu Galvão, integrante dos Clowns de Shakespeare. O seu show Tempo de Ontem tem todos os elementos de um verdadeiro espetáculo: cenário intimista e sofisticado e grandes pitadas de interpretação de um verdadeiro ator. Junte-se a isso um impressionante potencial vocal. Pronto! Eis um show para ficar na memória.

Passeando entre clássicos como Georgia on my Mind, músicas autorais como Tempo de Ontem, que dá nome ao show, e releituras de sucessos da MPB e do pop internacional, como Just The Way You Are (Bruno Mars), Dudu Galvão proporciona uma demonstração de puro talento e de apurado rigor nos aspectos cênicos. Perfeito nos mínimos detalhes.

E não se preocupe com as finanças! Você pode averiguar tudo isso in loco por apenas R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia). 

Vá neste domingo, 20h, ao Barracão dos Clowns, na Av. Amintas Barros e comprove. Vendas antecipadas no Pittsburg Prudente. Imperdível!


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Falhas evidentes

Entrosamento tem que melhorar. Essa é a falha número um. Mas Roberto Fernandes também pode deixar de lado um pouco de sua insistência com quem não vem dando certo há muito tempo. Renatinho é um deles. Há um certo tempo escrevi por aqui que o jogador não é mais ala, e sim meia. Qualquer leigo percebe isso. 

Renatinho não se apresenta uma única vez pela lateral esquerda como opção. Sempre busca o meio de campo. Cruzamento? Só se for de bola parada. Partir para o ataque pela ala? Nem com muita promessa da torcida. 

Índio é mais um. Fez mais partidas ruins do que boas. Inexplicavelmente permanece como titular. Roberto Fernandes foi extremamente corajoso para escalar um menino na zaga (Thiago), mas recuou quanto a retirar Índio do time. Índio é um bom reserva e olhe lá.

E o mistério do gol... No ano passado, o América ficou 14 rodadas no G4 tendo Dida como titular. Aí Dida falhou contra o Crb e Roberto Fernandes deu uma entrevista reprovável dizendo que tinha chegado a hora de Gallato jogar. Botou pressão no jovem goleiro, que desandou a falhar, mas que foi mantido no time. Criou uma cisma da torcida com o goleiro e depois teve que se render a ele.

Neste ano, Dida fez um estadual excelente. Falhou num único lance - o que custou o título. Roberto Fernandes deu entrevista e disse que o jovem goleiro não merecia aquilo. De novo, falou uma coisa e fez outra. Por causa de uma falha, sacou Dida e colocou Rodrigão. O que acontecerá agora, já que Rodrigão já falhou duas vezes, o que custou pelo menos 3 pontos ao América?

Nem vou falar de Fabinho, cujo futebol anda desaparecido. Sem laterais que funcionem como opção, o meio de campo fica sobrecarregado e tudo estoura no ataque.

Ontem, pelo pouco que vi, a entrada de Arnaldo já deu um alento de que o time vai voltar a buscar jogo pela direita, o que até já trouxe uma melhora a Fabinho. Mas pela esquerda é preciso que Roberto Fernandes escale o tal Pedro Henrique, porque Renatinho é meia, não ala, sob pena de o time se manter capenga, como ocorre desde o início do ano.

Que tal Dida, Arnaldo, Zé Antonio, Edvânio, Pedro Henrique; Ricardo Baiano, Márcio Passos, Fabinho, Cascata; Kattê e Júnior Negão? Aí no segundo tempo, Bob, você mexe no que der errado ou substitui os cansados. Só não dá para insistir no que não vem dando certo há muito tempo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Figueirense 3x2 América: defeitos e esperança

Não vi o jogo todo. Liguei o rádio e ouvi o placar marcando Figueirense 0x1 América. Nem deu tempo de me animar: o Figueirense empatou. Cheguei em casa e corri para ligar a TV. Em poucos minutos, outra decepção: o Figueirense virou. 

Nem vou mais dizer o resto. Vou analisar pelo que vi. O América parecia desorientado em campo. Também pudera! Foram seis alterações no time titular (Dida, Norberto, Edson Rocha, Ricardo Baiano, Índio Oliveira e Tiago Adam) - mais da metade do time. Mas também deu esperança de que pode melhorar. Vamos à análise!

Rodrigão - não passou um pingo de segurança, coitado. Talvez por ser estreia, talvez por estar há algum tempo sem jogar. Além de ter falhado num dos gols, houve um lance no fim do 1.º tempo em que ele e um dos zagueiros quase entregam de vez o jogo por falta de comunicação. A bola passou raspando. Na minha modesta opinião, Dida não merecia ter sido sacado por uma ÚNICA falha. 

Ruy Cabeção - como lateral, é um bom volante ou meia. É esforçado, mas sem velocidade fica difícil.

Índio - por que continua titular após tantas e seguidas falhas? É essa falta de critério de Roberto Fernandes que me irrita. Dida falha uma vez e sai. Índio é responsável por vários gols tomados nos últimos jogos e continua como titular.

Thiago - do pouco que vi, tremeu, mas pareceu melhor no segundo tempo. Tem futuro.

Renatinho - quando será sacado da ala esquerda? Nem marca, nem ataca, e permite muitas roubadas de bola do time adversário. Só cruza em bolas paradas. Deve ser deslocado para o meio e aguardar sua vez na escalação.

Márcio Passos - quando foi deslocado para a zaga mostrou o futebol encantador do ano passado.

Fabinho - oscila muito, talvez pela ausência da tradicional jogada com Norberto.

Daniel - apenas regular.

Cascata - é imoral como este é um jogador próprio da Série B. Pode dar 10 passes errados, mas num lance, define o jogo, seja deixando alguém na cara do gol, seja ele mesmo marcando, como neste jogo.

Kattê - marcou muito e só.

Júnior Negão - gosto de seu estilo, mas, sem alas, torna-se um peso morto no time.

Vaninho - entrou bem. Movimentou-se e chamou a responsabilidade.

Ebinho - foi fundamental no gol de Cascata e mostrou exatamente neste lance que entende do riscado, vez que rolou para o camisa 10 e imediatamente correu para o lado, tanto para abrir espaço para o chute, como para se tornar opção de passe para Cascata e/ou aproveitar um rebote do goleiro.

Índio Oliveira - estilo Fabinho, ainda oscila muito.

Marcar dois gols fora de casa e contra o Figueirense, apesar da derrota, é um bom indício de que as coisas podem melhorar e muito no América. É esperar que Roberto Fernandes ajeite a escalação e a marcação, especialmente pelas alas. Hora de ver Arnaldo e Pedro Henrique, ainda que Norberto seja titular contra o Icasa se o DM deixar.

P.S.: Andrey seria sim uma ótima contratação.