Não sei se Leandro Campos permanecerá no América. Dizem que o ABC o quer de volta, mas ele fez juras de amor ao América na entrevista pós-jogo. Se não ficar, que os dirigentes americanos percam essa tara por trazer jogadores/treinador identificados com o principal rival. Aqui do lado, por exemplo, tinha um que era cria do América e subiu com um time pra lá de desfalcado. Só que, no Globo, Luizinho teve mais de um ano para preparar o acesso.
Se Leandro Campos ficar, é o caso de se fechar questão com ele aconteça o que acontecer no início da temporada. Até porque ele mostrou muita dificuldade em conhecer seu elenco e isso foi definitivo na queda crucial. Enfiar mil atacantes no time e não enxergar que era de mais um meia que o time precisava (só viu no 2.° tempo do jogo deste domingo e terminou castigado com a contusão de Geovani) deixou o América extremamente apequenado e improdutivo.
No jogo fora de casa, a insistência com jogadores pendurados, e até com quem teve muita dificuldade fora de casa em campo ruins, como Cascata, deu à Juazeirense a liberdade de que ela precisava.
No jogo em casa, se era para entrar com Richardson na lateral, mantivesse Marcos Júnior por ali, que é por onde ele menos prejudicou nesta Série D, vez que esteve muito abaixo do que se esperava dele, e tivesse escalado o que faltava: Geovani. Até Juninho Potiguar cairia bem no meio, ao lado de Cascata.
Outra coisa: há tempos cantei a bola de que não havia espaço para Uederson e Tadeu juntos no ataque americano. Aparentemente, Leandro não tem a mesma opinião que eu, porque manteve os dois em campo sem o menor sinal de produtividade.
Enfim, para um elenco montado em 25 dias, nem dá para reclamar muito. Foram quase 3 meses de disputa, mas ainda pouco tempo para que o treinador soubesse o que fazer com seu elenco. Então, que fiquem as lições desta Série D. Se Leandro Campos ficar, que ele conheça antecipadamente o elenco de 2018 para que não desperdice mais talentos por não saber rodar o elenco.