segunda-feira, 5 de junho de 2023

Manchetes do dia (5/6)

A manchete do bem: 
  • Ilha na Dinamarca produz mais energia limpa do que consome e vira modelo internacional
As outras: 
  • Feira itinerante Miau-Dota volta ao Nordeste com adoção de gatos
  • Álcool e redes sociais podem influenciar queda na frequência sexual de jovens
  • Latam suspende venda de passagens a Hurb e cobra dívida de R$ 13,6 milhões na Justiça
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/5)

The headline for good: 
  • Rectal cancer patients could be spared the brutal effects of radiation
The others: 
  • With rainbow flags, 2 students test China's shrinking L.G.B.T.Q. space
  • U.N. body condemns torture of Guantánamo prisoner awaiting capital trial
  • First drought, then flood. Can the West learn to live between extremes?
Good morning.

Source: The New York Times 

domingo, 4 de junho de 2023

Desafiadora e esclarecedora

Duas coisas me chamaram a atenção para a série da Amazon Prime Video Gêmeas - Mórbida Semelhança, lançada em abril: trata-se de releitura do filme do fim dos anos 80 - início dos anos 90 com Jeremy Irons nos dois papéis principais e a presença da atriz com atuações cada vez mais desafiadoras Rachel Weisz. Fui fisgada.


Na nova obra, temos irmãs gêmeas que são ginecologistas e obstetras que trabalham juntas e planejam abrir um centro revolucionário de saúde para a mulher.

Infelizmente não tenho como comparar com a obra original, mas a decisão de transformar o filme em minissérie de 6 longos episódios (por volta de 1 hora cada) me pareceu bem acertada, ainda que não me tenha sido possível maratonar. Aliás, inicialmente, só consegui assistir ao episódios de forma quebrada, por sua carga emocional e a quantidade de cenas em ambientes escuros (acredito que a decisão aqui foi para dar muito mais veracidade à montagem necessária para que Rachel Weisz contracenasse com ela mesma).

A obra trata daquela ligação existente entre pessoas gêmeas, especialmente as idênticas, que nós jamais entenderemos por completo. Até onde vai esse laço? Quais são as consequências dele? É possível rompê-lo de forma saudável? 

As irmãs Mantle (Beverly e Elliot, nomes da obra original), magnificamente interpretadas em suas nuances por Rachel Weisz, têm uma relação muito peculiar e que se vê muito ameaçada quando Beverly se interessa por uma atriz que a procura como paciente. Só esse mote já dá uma pequena ideia de todas as questões éticas que serão abordadas, inclusive ao termos a dona de uma farmacêutica envolvida na crise dos opióides (essa aconteceu mesmo) que abalou os Estados Unidos querendo investir no centro de Beverly e Elliot. 

Muito além do que já vimos por aqui com Ruth e Raquel, por exemplo, a relação delas entre si e com todas as pessoas no entorno vai sendo revelada sem pressa e sem qualquer ideia de didatismo, mas chegamos ao fim da minissérie com um bom entendimento de tudo que se passou.

A obra também ganha muitos pontos ao abordar claramente as dificuldades da maternidade, especialmente desde a gestação até o período pós-parto, o que é um bônus num mundo que fantasia sobre super mães guerreiras que tudo sabem e de nada duvidam como se elas fossem a mais absoluta realidade.

Na Amazon Prime Video, esta minissérie é classificada como terror, mas não é. É o que se chama thriller psicológico, mas as coisas mais brutais são mais ditas do que mostradas, embora os partos em geral sejam bem cruentos. Não há sustos, isso posso garantir. O que de mais mau gosto vamos ver será o que se convencionou chamar de excentricidade das famílias ricas.

No mais, vale muito assistir ao pouquinhos e aguentar a escuridão de suas cenas porque é um excelente trabalho de Rachel Weisz e é uma obra ao mesmo desafiadora e - por que não? - esclarecedora.

25 anos

Há 25 anos, em 4 de junho de 1998, Natal e o Rio Grande do Norte se pintavam de vermelho para uma conquista impensável até então.

Com um Machadão entupido, o América ofensivo do irrequieto técnico Arthurzinho meteu um 3x1 no Vitória de Petkovic e cia. para reverter a  vantagem adversária de 2x1 obtida no jogo em Salvador e levantar a belíssima taça da Copa do Nordeste, competição que ousou alçar os clubes nordestinos a outros voos. 

E ali o RN conheceu sua primeira e única participação em competição oficial da Conmebol, a confederação que cuida do futebol sul-americano. Na época, a própria competição era chamada de Conmebol; hoje lhe chamam Taça Sul-americana. 

Já devo ter relatado inúmeras vezes aos longo destes 25 anos a minha luta para chegar até o Machadão. Primeiro que eu dava aula na época recém-saída da adolescência e ainda universitária até às 20h30 daquela quarta-feira na Cidade Alta, ou centro da cidade, e o jogo começava às 20h30. Foi minha chefe, também americana, sem que eu pedisse, que me autorizou a combinar com os alunos para sair às 20h15 e compensar esses 15 minutos mais cedo na aula seguinte.

O táxi ficou preso no enorme engarrafamento dos arredores do estádio. Uma multidão se fazia presente. O taxista deve ter xingado até a quinta geração da minha família por termos o deixado ali para seguirmos a pé. Paguei, pedi desculpas, mas era o jogo mais importante da minha vida e eu queria ver pelo menos um bom pedaço do 1.° tempo. 

Era um encanto ver a arquibancada e ver o time em campo. Nem percebi que a zaga era absolutamente improvisada com dois meninos, Lima, que era volante da base, e André, que jogara o estadual pelo Parnamirim. Os titulares, muito mais experientes, estavam de fora por contusão/cartão.

Moura, Carioca e Biro-Biro deram cara àquela final. Acho que a demolição do Machadão começou ali de tanta gente se espremendo na arquibancada e fazendo o estádio tremer do início ao fim do jogo.

No apito final, nós e uma galera queríamos chegar ao gramado pelo portão dos árbitros. O funcionário Ricardo avisou que o olímpico estava aberto, que não poderia nos deixar passar por ali. A futura advogada desconfiou na hora e a galera que já partia para o portão indicado voltou. A cara dele de desespero terminou me convencendo de que era verdade. E assim a multidão foi para o portão olímpico e a festa ganhou um tom inesquecível.

Acho que eu e Janaina éramos as únicas mulheres no gramado. Lembro de Wanderley, meu primeiro artilheiro favorito e que Chico Inácio apelidou de "o artilheiro de Deus" por conta do título estadual de 96 (depois eu conto essa história), todo envergonhado por estar só de cueca (a torcida levou todo o resto) e dar de cara com a gente lá. 

Era tanta alegria espontânea. Todo mundo sorria para o nada. De repente, um grito na multidão: "Professora". "Não é possível", pensei. De novo: "Professora". Por fim, o golpe fatal: "Teacher". Era um aluno que o tempo levou de minha memória o nome, mas não o rosto, que estava em cima da cobertura do banco de reservas do América comemorando aquela conquista. Lembrou-se a tempo que eu cobrava de meus alunos de inglês que me chamassem de Raissa mesmo, ou de teacher, mas jamais de professora (praticar é preciso).

Também já devo ter relatado inúmeras vezes a nossa subida (eu, Janaina e Fernando) no carro de bombeiros com os jogadores. O supervisor César queria nos retirar de lá, mas quando o craque e dono do time Moura viu a cena, interrompeu na hora: "Deixe minhas amigas aí que elas vão conosco". Ele nos conhecia desde a Pousada do Atleta. Sempre foi um craque dentro e fora de campo. Enfim, um amor de pessoa. 

Do Machadão até a sede social, foi só diversão mesmo com muita chuva caindo. A Prudente de Morais ficou entupida de gente, carros, motos. Lembro até de Wanderley aperreando Paloma com umas paqueras num buggy que vinha quase emparelhado com o carro de bombeiros. 

Chegando à sede não tive coragem de entrar. Era muita gente desde a rua. Tudo lotado. Pegamos um táxi de volta, extasiados com tanta felicidade.

Ainda tenho aquela camisa, a única Kappa branca do América, que foi utilizada na final. Foi só para a Copa do Nordeste. Na Série A do ano anterior, Kronos; daquele ano, Penalty. Ficou marcada na memória de quem viveu aquele ano mágico de tantas goleadas e vitórias inimagináveis.

Há 25 anos éramos felizes e sabíamos. 

Manchetes do dia (4/6)

A manchete do bem: 
  • Especialistas defendem integração da América do Sul durante debate
As outras: 
  • Passageiro já paga R$ 15 por água em voos nas Américas
  • Tempo de tela de crianças e adolescentes deve ser controlado em casa e na escola
  • 'Não se faz jornalismo jogando para a plateia', diz Adriana Araújo
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/4)

The headline for good: 
  • In Los Angeles, an Indian Chinese feast celebrating female founders
The others: 
  • No shame. No sorrow. Divorce means it's party time in Mauritania.
  • Judge finds Tennessee law aimed at restricting drag shows unconstitutional
  • Iceland is a magnet for tourists. Its First Lady has some advice for them.
Good morning.

Source: The New York Times 

sábado, 3 de junho de 2023

Respiro

Não posso opinar quase nada sobre América 1x0 Operário porque vi pouquíssimos relances do jogo logo no seu início e nada mais.

Escalação segue errada (Frank, 2 laterais esquerdos, Allef fora) e agora repetindo o que se via em 2007 com atleta descendo do avião e virando titular. 

A boa notícia é que Thiago Carvalho parece mesmo ter entendido que seu amontoado tem que pelo menos se posicionar de forma mais defensiva para não tomar gols. Ontem, num dos relances do início do jogo, o Nosso Futebol apresentou os números de posse de bola: Operário com mais de 60% e o América com pouco mais de 30%. 
 
E a ótima notícia é que o América enfim venceu, o que dá um respiro. Foram necessárias 6 rodadas com anteriores 3 derrotas e 2 empates para que o Mecão deixasse de ter a pior defesa da competição e pelo menos ontem subisse 2 posições, embora ainda na zona de rebaixamento e com 2.° pior saldo de gols, fruto do esquema kamikaze de Thiago Carvalho nas primeiras rodadas.

O ruim é que só houve o jogo do América até agora na rodada e esses números infelizmente ainda podem piorar, inclusive com nova queda na classificação, mas uma vitória é sempre bem-vinda para aumentar a confiança e dar ânimo para a direção correta em termos de esportividade.

Manchetes do dia (3/6)

A manchete do bem: 
  • Colorado abre as portas da percepção pública sobre psicodélicos
As outras: 
  • Projeto para big techs pagarem empresas de jornalismo por conteúdo avança na Califórnia
  • Polícia encontra 45 sacos com restos humanos no oeste do México
  • Ex de Thiago Wild diz que não se incomoda com sucesso de tenista: 'O Brasil abraça agressor'
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (6/3)

The headline for good: 
  • Tina Turner left her abusive marriage, so they could too
The others: 
  • U.S. job growth remains strong despite economic clouds
  • Three 'forever chemicals' makers settle public water lawsuits
  • It's the end of computer programming as we know it. (And I feel fine.)
Good morning.

Source: The New York Times 

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Fisiologista e atacante

Hoje o América anunciou o fisiologista Felipe Irala e o atacante Paulinho, de 20 anos.

Segundo o clube, o atacante é um velocista.