sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

"Foi um jogo positivo"

Canindé Pereira, assessor de imprensa do América, também conversou com o zagueiro/lateral esquerdo Rômulo.

Retrô 0x1 América
Eu tenho uma avaliação positiva do jogo que a gente fez contra o Retrô [em Pernambuco]. A gente pode tirar um parâmetro legal de jogo. É uma equipe que já estava treinando, se eu não me engano, há 2 ou 3 meses, e a gente chegou lá e fisicamente conseguiu disputar de igual para igual. Mas no jogo que a gente tinha como o nosso primeiro da pré-temporada, a gente conseguiu se adaptar bem fisicamente e tecnicamente também. E a gente conseguiu sair de lá com a vitória, eu acho que isso é importante num amistoso de preparação visando a competição que está para começar. Então foi um jogo positivo.

Gol intencional ou não
Para ser sincero, eu acabei olhando para a área e vi Ítalo se movimentando e eu falei: "Não, vou cruzar a bola na cabeça dele". E eu tive a felicidade de a bola entrar. Então eu fico feliz pelo gol também. Sem querer, mas foi gol. 

Pré-Copa do Nordeste
O América chega forte. A gente está tendo uma preparação muito positiva visando a estreia, então a gente espera fazer uma boa partida e, consequentemente, brigar pela vaga na Copa do Nordeste porque a gente já colocou na cabeça que é importante o América estar na competição.

Apoio da torcida
Essa temporada mostrou isso, nos jogos, a gente teve o apoio da torcida. O jogo do acesso mesmo você vê que foi um jogo que não tem explicação. Então a torcida chega junto e a gente com certeza dentro de campo vai dar a vida para conseguir os resultados.

A apresentação do elenco

O América publicou vídeo com os melhores momentos da apresentação do elenco 2023 na sua sede social.

"Um passo de cada vez"

O zagueiro Edson Silva conversou com o assessor de imprensa Canindé Pereira.

(Imagem: Canindé Pereira, América FC)

Pré-temporada
A avaliação é muito positiva, o elenco está muito qualificado, o empenho de todos no treinamento junto com a comissão técnica está sendo muito positivo. Creio que esta pré-temporada está sendo muito boa para que a gente comece o ano de 2023 com o pé direito, se Deus quiser. Começar bem logo no primeiro jogo contra o Moto, pensar em fazer um jogo bom, de igual para igual para conseguir a vitória.

Base mantida
No futebol a gente sabe que tem pensar jogo a jogo, mas a gente começa com o pensamento positivo, com grande otimismo para que a gente possa conseguir logo no início do ano começar bem o ano nas quatro primeiras partidas na Pré-Copa do Nordeste e no estadual. Então eu creio que a gente tem tudo para fazer um grande ano por se tratar de uma equipe que manteve a maioria dos jogadores, a base que veio jogando neste ano. Então eu tenho certeza de que tem tudo para a gente conseguir um começo de ano maravilhoso.

Copa do Nordeste
Acho que se falando em Copa do Nordeste, competição que a cada ano vem crescendo, acho que estão todos bem engajados, todos os jogadores do elenco estão bem informados e sabem a importância que é entrar na fase de grupos. Mas a gente sabe que é jogo a jogo, pezinho no chão, trabalhando, pensando nos momentos decisivos que vão acontecer na partida. É um passo de cada vez. No primeiro momento, a gente pensa no Moto Club. Passando de fase, se Deus quiser, vamos dar sequência para a gente brigar por essa fase de grupos. (...) É a minha primeira Copa do Nordeste e eu estou muito otimista para fazer uma grande competição.

Acesso exclusivo

O América encerra as atividades do ano 2022 com um amistoso hoje, às 15h, na Arena América, contra o Retrô, adversário que já enfrentou na semana passada em Pernambuco e venceu por 1x0, gol do zagueiro/lateral esquerdo Rômulo.

Somente pessoas que sejam sócias, conselheiras ou proprietárias de camarote do América poderão acompanhar o amistoso, que não terá transmissão.

Tem tradução

São muitos anos de Só Futebol? Não! e vez por outra eu recebo uma reclamação a respeito das postagens em inglês, já que nem todo mundo que acompanha o que escrevo por aqui domina a língua inglesa. Sempre respondi que essas postagens são uma forma de compensar os muitos acessos internacionais, principalmente dos EUA, que o blog tem.

No emtanto, adoro pensar em pequenas formas de melhorar as coisas por aqui e resolvi retirar os botões de compartilhamento de conteúdo (hoje todo mundo tem condições de copiar o link para compartilhar ou mesmo acionar o compartilhamento do Google).

Aproveitei também para, pela primeira vez, acrescentar o Google Tradutor, que permite a qualquer pessoa acessar  todo o conteúdo do Só Futebol? Não! no idioma que bem entender, seja ele inglês, português, espanhol, tailandês, ou qualquer outro disponibilizado, sempre com a opção de voltar à exibição original da página.

Quem já foi minha aluna ou meu aluno sabe o quanto critico essas ferramentas de tradução, mas é inegável que elas evoluíram muito ao longo dos anos e que permitem algum tipo de acesso a algo intransponível para quem não fala uma outra língua fluentemente.



A partir de agora então, está todo mundo contemplado. Basta procurar na parte superior direita do blog, logo acima da pesquisa de conteúdo, escolher o idioma que preferir (inclusive, obviamente, português) e todas as barreiras de idioma são derrubadas.

Manchetes do dia (30/12)

A manchete do bem: 
  • São Paulo deverá ter mais de 650 ônibus elétricos nas ruas em 2023
As outras: 
  • Pelé, que fez do Brasil o país do futebol, morre aos 82
  • Lula tem recorde de ministras, mas mulheres ainda são menos de 1/3 da Esplanada
  • Homem com registro de CAC é morto com a própria arma em tentativa de roubo
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (12/30)

The headline for good: 
  • Now you can legally buy recreational cannabis in New York
The others: 
  • Pelé, the global face of soccer, dies at 82
  • White men charged in attack of Black teenagers at pool in South Africa
  • What's gone at Twitter? A data center, janitors, some toilet paper.
Good morning.

Source: The New York Times 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Sinônimo de Pelé

Pelé existiu no mundo muito antes de eu pensar em existir. Muito antes até do futebol existir para mim. E este texto é sobre isso.

Na minha inocência da primeira infância nos anos 80, lembro de uma musiquinha que eu e minhas e meus colegas de jardim de infância cantávamos com a maior diversão para a época: "Criança feliz/ Quebrou o nariz/ Foi para o hospital/ Tomar Sonrisal/ Se eu fosse Pelé/ Tomava café/ Se eu fosse rainha/ Tirava a calcinha...". Mesmo com versos tão horrorosos, foi aí que Pelé se impregnou na minha memória afetiva.

Era ligar a TV para ver Os Trapalhões e achar - domingo sim, domingo não - uma referência a Pelé como rei do futebol.  Em outros programas, lá estava ele exaltado como celebridade máxima do futebol.

Eu já gostava dele de graça, sem nem saber a realidade de seu talento.

Para que se tenha uma ideia do que o futebol representava para mim em tão tenra idade lembro também que sempre que me perguntavam por que time eu torcia eu nem entendia a pergunta. Houve ocasião em que respondi que torcia para Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense - isso tudo numa mesma resposta e sem ter ideia de onde esses times eram. Eu nem gostava do horário chato do sábado à tarde na Globo em que era só gente correndo num gramado com outras tantas pessoas gritando num estádio, prova definitiva que Pelé existiu mesmo para mim muito antes do conceito de futebol. 

Havia uma revistinha em quadrinhos que trazia o Pelezinho como personagem e chegava às minhas pequeninas mãos vez por outra e ajudou muito na associação de Pelé com o futebol.

Pelé também foi o namorado de Xuxa, uma das maiores referências da infância da minha geração. Para o resto do mundo, era Xuxa que era a namorada de Pelé.

À essa altura, Pelé já era sinônimo de talento em qualquer área e passou também a indicar o talento para driblar/levar qualquer pessoa na conversa. "Fulano é um Pelé" apontava um elogio e ao mesmo tempo um alerta para não ser feito de besta.

Fui crescendo e tomando consciência do por quê da idolatria por ele. Os mil gols, na verdade o milésimo gol repetido vez por outra na TV e a homenagem aos pobres e às crianças contribuíam para minha admiração. Depois vieram os gols na copas, os lances, a comemoração característica.

Chegou a torcida pela seleção brasileira masculina nas copas do mundo e América. Novos nomes foram surgindo (Taffarel, Branco, Romário, Careca, Dunga, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes). E sempre a referência (e também a reverência) do mundo para o futebol era Pelé. 

Já na adolescência, prestes a pisar nos EUA pela primeira vez e ainda mais num ano de copa, me obriguei a entender de vez o que era o futebol. O mundo todo imagina que toda brasileira e todo brasileiro ama o futebol e eu não poderia perder essa oportunidade de integração no novo país (eu gostava mesmo era de basquete). Naquela máxima de que não gostamos do que não entendemos, bastou dominar a regra da tal linha do impedimento para enfim virar uma brasileira completa no conceito que o mundo tinha.

Essa copa (1994) foi a que trouxe Pelé como comentarista da Globo. Era criticado por seus comentários. O rei terminou eternizado na linda imagem em que aparece pulando e chorando abraçado a um Galvão Bueno enlouquecido pela conquista da copa e que gritava "É tetra! É tetra!". Esteve em campo nas três conquistas anteriores e 24 anos depois comemorou no estádio, na área reservada à imprensa, a quarta conquista brasileira contra a Itália de outros pesadelos.

Pelé era o rosto de várias propagandas no Brasil e no mundo. Era o rei, exaltado nos quatro cantos do planeta Terra. Futebol era e é Pelé, como foi para mim desde o início. 

Usou sua influência para permitir a libertação dos jogadores brasileiros de um sistema que os transformava em mercadoria de compra e venda. Daí nunca ter recebido dos cartolas tupiniquins a dimensão que lhe cabia. Vejam que o Santos, seu único clube no Brasil, nunca aposentou a camisa 10 que virou sinônimo de craque do time, justamente pelo rei ali formado.

Há também detalhes não tão louváveis em sua vida, como a pendenga para reconhecer uma filha, embora esse reconhecimento enfim tenha saído. Existe ainda um certo ressentimento por não ter levantado mais a bandeira antirracista. Talvez a época tenha sido uma barreira intransponível para ele. Cada pessoa sabe de suas próprias circunstâncias. De todo jeito, fez o mundo inteiro reverenciar um preto com seu talento inquestionável e isso não deixa de ser uma forma de quebrar barreiras.

Edson Arantes do Nascimento morreu hoje; Pelé não. Ele seguirá como sinônimo de futebol, de talento, de celebridade exaltada pelo mundo por tantas décadas, de pessoa preta que brilhou diante do racismo e por isso tudo jamais deixará o imaginário coletivo. Afinal, a genialidade sempre eterniza.

Manchetes do dia (29/12)

A manchete do bem: 
  • Gleisi definirá comando de Caixa e BB; quatro mulheres são cotadas
As outras: 
  • Interesse por carros elétricos ganha força, mas futuro com eles não está tão próximo
  • Elon Musk diz que não se identifica com homem cisgênero
  • SUS estende a adolescentes método de prevenção ao HIV
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (12/29)

The headline for good: 
  • U.S. Virgin Islands sues JPMorgan over Epstein sex-trafficking scheme
The others: 
  • China's easing of travel rules met with joy, and some anxiety
  • Former Pope Benedict XVI is 'very ill,' Francis says
  • After retiring at 25, Ashleigh Barty is comfortable in a life outside tennis
Good morning.

Source: The New York Times