quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Manchetes do dia (29/10)

A manchete do bem: Bolsonaro quer 5G seguro e teles terão de abrir redes para garantir velocidades.

As outras: Brasil piora posição no ranking de impunidade em homicídios de jornalistas, EUA se opõem a nigeriana para dirigir OMC e irritam países membros e Moradores do Ceará enfrentam  12h de fila por auxílio.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/29)

The headline for good: Classrooms without walls, and hopefully Covid.

The others: France and Germany lock down as second coronavirus wave grows, Polish women lead strike over abortion ruling amid threats of crackdown, and Supreme Court allows longer deadlines for absentee ballots in Pennsylvania and North Carolina.

Good morning.

Source: The New York Times

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Sobre marcas e registros

Recebi ontem questionamento no Twitter de Rodrigo Freire a respeito de notícia revelando que o América-RJ efetivou o registro do nome "América Football Club" e do símbolo "AFC" e querendo saber se isso forçaria os outros Américas do Brasil a efetuarem modificações em seus escudos.

Bem, registro de marcas não é a minha praia. A última vez que vi isso efetivamente na vida foi há mais de 20 anos na faculdade de Direito. Ainda assim, me atrevi a fuçar pelo menos superficialmente o assunto.

Para a minha sorte, a lei que regula direitos e obrigações de propriedade industrial ainda é a 9.279/96, com pouquíssimas modificações. No caso dos clubes de futebol, ainda é preciso considerar a Lei Pelé, que é a 9.615/98, modificada umas trocentas vezes.

Como estamos tratando de futebol, comecemos pelo que diz a Lei Pelé a este respeito. É no art. 87 que está o mais claro regramento no que se refere aos clubes (ou entidades de prática desportiva, como a lei prefere denominar):

Art. 87. A denominação e os símbolos de entidade de administração do desporto ou prática desportiva, bem como o nome ou apelido desportivo do atleta profissional, são de propriedade exclusiva dos mesmos, contando com a proteção legal, válida para todo o território nacional, por tempo indeterminado, sem necessidade de registro ou averbação no órgão competente.

Pronto. Todo mundo protegido por prazo indeterminado tanto quanto aos seus nomes como quanto aos seus símbolos desde que existam como clubes. Fim da história.

E no caso do registro da marca? Aí o prazo da proteção já não é a perder de vista - são 10 anos, prorrogáveis sempre que forem atendidos os requisitos previstos na lei. Também pode o registro vir a ser anulado ou até caducar (neste último caso, por falta de uso).

Em geral, o que se busca ao registrar uma marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial é proteção do Estado contra o uso não autorizado, leia-se especialmente pirataria. No caso da atividade comercial, quem não registra sua marca não pode se levantar contra o uso dela por terceiro em verdadeira concorrência desleal. O registro traz essa proteção.

No caso do futebol, me parece que essa proteção já existe com a Lei Pelé. Acredito que os clubes estejam imbuídos de se resguardarem mais claramente em relação a outros ramos além do futebol, como a possibilidade de alguém inaugurar um bar chamado América Football Club e com o símbolo do América-RJ. Isso pode vir a ser um passo olhando mais à frente, com uma possível onda de clubes virando empresas, com acionistas e tudo mais, quando enfim teríamos entidades com donos de fato (esses já existem) e de direito.

Ainda correndo o risco do estudo superficial de quem não milita na área, e me voltando especificamente à pergunta de Rodrigo sobre se os Américas de todo o Brasil estariam agora forçados a mudar seus escudos, respondo categoricamente: não. Além do que já diz a Lei Pelé e do fato do escudo do América-RN já ter sofrido há décadas modificação que o deixou exclusivo, não me parece plausível que um registro novo possa mexer em situações já consolidadas no tempo (e bote tempo nisso!). E se formos em busca de símbolos semelhantes ou nomes parecidos, não sei nem dizer quantos clubes passariam incólumes Brasil afora, não sendo nada louco imaginar que nenhum sobraria sem modificações. 

É possível que isso tenha alguma consequência em relação a novos registros no INPI. Talvez tenha sido essa a motivação para a grande mudança que o antigo Atlético-PR, hoje Athletico-PR implantou em seu nome, seu escudo, sua mascote e que quase alterou também as cores do clube. Ser exclusivo pode ser de grande valia para um mundo cada vez mais voltado para o marketing. E a atualização de marcas e símbolos é processo corriqueiro também no futebol, ainda que seja para acrescentar estrelas (cá para nós, acho isso tão ultrapassado...) no escudo.

De um jeito ou de outro, o futebol brasileiro vai sendo empurrado à fina força para um mundo em que o esporte é cada vez mais sinônimo de negócios fora das quatro linhas.


Sem o diretor jurídico

O diretor jurídico do América Diogo Pignataro fez questão de esclarecer em postagem no Twitter que não teve qualquer participação na elaboração do anteprojeto de estatuto do clube.




Democracia Alvirrubra

O movimento Democracia Alvirrubra publicou nota no Twitter sobre a mudança do estatuto do América.









Chegou a hora

Enfim, o presidente do Conselho Deliberativo do América anunciou um anteprojeto de mudança do estatuto do clube. Segundo ele, esse anteprojeto será enviado por email a cada um(a) dos(as) conselheiros(as), que terão 10 dias a contar do recebimento desse email para propor alterações.

Se temos conselheiras e conselheiros empenhados em colocar o América no devido lugar, este é o momento de agir. Dar também a quem é Sócio Mecão o direito-dever de escolher quem comanda a diretoria executiva do clube dentro de critérios razoáveis é no mínimo garantir renda em tempos difíceis para o Mecão. E trazer os gostosos ventos da democracia para arejar um clube muito maior do que as famílias que se revezam em sua administração conseguem enxergar é resgatar o Orgulho do RN de um passado distante para encaminhá-lo para o futuro que lhe cabe.

Conselheiras e conselheiros, chegou a hora! Como bem disse a Imperatriz Leopoldina quando exortou D. Pedro I a tornar o Brasil independente em 1822: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".

Manchetes do dia (28/10)

A manchete do bem: Globo resgata vozes de líderes no Dia da Consciência Negra.

As outras: Justiça proíbe Católicas pelo Direito de Decidir de usar 'católicas' no nome, Rejeição feminina barra tática de Trump para atrair eleitoras brancas de classe média e Juan Guaidó denuncia desaparecimento de jornalista na Venezuela.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (10/28)

The headline for good: Recession's silver lining: American households are doing better than expected.

The others: Hospitals are reeling under a 46 percent spike in Covid-19 patients, Justice Dept. blocked in bid to shield Trump from rape defamation suit, and Kavanaugh's opinion in Winsconsin voting case raises alarms among Democrats.

Good morning.

Source: The New York Times

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Deu no The New York Times e na Time

Newsletter de saúde da revista americana Time trouxe em destaque matéria do maior jornal do mundo, The New York Times, sobre como os presidentes Trump e Bolsonaro prejudicaram as possibilidades de defesa da América Latina em relação à Covid-19.

As 3 medidas do caos: tiraram 10 mil médicos(as) e enfermeiros(as) cubanos da região, quase quebraram financeiramente a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e empurraram goela abaixo a hidroxicloroquina como tratamento da Covid-19 sem evidências científicas.



"Foi um jogo difícil"

Logo após Guarany 1x3 América, o técnico Paulinho Kobayashi analisou o desempenho de sua equipe na partida e no campeonato.

Eu vejo que foi um jogo difícil, principalmente no começo pelo calor, pelo gramado, mas nossa equipe conseguiu logo no início do jogo fazer o gol. Isso daí facilitou bastante para que a gente pudesse ter a tranquilidade, apesar da dificuldade do gramado, muito quente... Quando nós sofremos o gol, acho que dificultou um pouquinho para a gente, mas nós tivemos a tranquilidade de continuar buscando o resultado. Quando nós fizemos 2x1, voltamos novamente a administrar o jogo. Eu acho que isso nos deu o resultado, buscando até mesmo o 3.° gol. Voltamos do intervalo administrando o jogo. Tivemos um pouquinho da dificuldade no 2.° tempo, principalmente depois dos 25-30 minutos, porque o adversário baixou mais as linhas, jogou mais em cima da nossa equipe. Fechamos um pouquinho as linhas e acabamos recuando um pouco. Demos a oportunidade para o adversário crescer, mas acho que o importante de tudo isso é administrar o resultado. Nós temos que pensar, na realidade, nos 3 pontos. O América consegue mais uma vitória importantíssima aqui. É uma equipe que mudou muito o Guarany, melhorou bastante. A gente sabia que ia encontrar dificuldade. E agora nós estamos com a liderança novamente nas nossas mãos. Eu tenho certeza de que o trabalho que foi feito, todos os atletas estão acreditando e, conseguindo bons resultado, já praticamente nos dá 99% da classificação, que é o objetivo. E continuar em busca para que a gente possa terminar em 1.° ou até mesmo em 2.° para decidir dentro de casa. Quem sabe, quando começar o mata-mata, já tenha torcida? E aí a gente vai ter o apoio do torcedor que eu sei o que é isso, eu sei a importância do torcedor próximo da nossa equipe, principalmente nesse momento. A gente vai ganhar muito com isso decidindo em casa. Então, esse é o nosso objetivo. E agora ter a tranquilidade para montar a equipe para o próximo jogo. Tem a volta dos outros jogadores, a gente vai ver a recuperação deles. E quando chegar em Natal, aí sim a gente vai ver se eles vão estar aptos para jogar o próximo jogo e a gente vai ver a melhor equipe para que a gente possa conseguir novamente o objetivo maior, que é ratificar a nossa classificação.