terça-feira, 8 de setembro de 2020

Desperdício

Acabou de chegar ao catálogo da Netflix o filme de 2017 Flatliners. É um remake e conta com um ator do original - Kiefer Sutherland.
Não assisti ao original. Mas qualquer filme que conte com Ellen Page ganha minha atenção de cara porque ela é atriz que normalmente se envolve com bons projetos.

Também gostei do enredo: estudantes de medicina que resolvem fazer experimentos neles mesmos sobre o que ocorre no momento da morte.

Em suma, o filme conta com ótimo enredo, uma excelente atriz e outros bons atores, mas esbarrou numa tomada de decisão de fazer pena ao tirar a estória do suspense/supense psicológico/drama para levá-la ao terror.

Uma pena! As cenas de terror, além de desnecessárias (pode adiantar porque não farão a menor falta), tomaram um tempo precioso do que dava para desenvolver na linha psicológica do filme.

Dá até raiva de ver um enredo tão promissor ser desperdiçado desta forma. Vale pelo menos conferir o que poderia ter sido, com o conselho de acelerar as cenas inúteis, na minha opinião, de terror.

Confiança



Jogadores do ABC tirando onda com os jogadores do América. No vídeo mais longo eles confessam que já vinham comemorando o título do estadual antes do jogo. Isso é que é confiança! 

Quem gosta de observar tabela já destacou que é possível um novo encontro ainda neste ano entre América e ABC em fase decisiva da Série D.


 

Nota do Governo do RN sobre aulas

O retorno das aulas presenciais na rede pública do RN só ocorrerá em 2021.

Ouvindo o nosso Comitê Científico que aponta um retorno para o dia 5 de outubro com a necessidade de um retorno com condições sanitárias seguras, ouvindo também as entidades que fazem o Comitê Setorial da Educação, em especial a SEEC-RN e a Undime RN, ciente de que a pandemia não acabou nem no Estado, nem no Brasil e nem no mundo, e visto que o Governo Federal ainda não disponibilizou recursos financeiros complementares, necessários e urgentes, para atender às demandas dos protocolos de biossegurança nas escolas públicas, informo que no próximo Decreto autorizaremos a Rede de Educação Pública do RN a só retornar as atividades presenciais em 2021. 

A decisão é referente à rede pública. As escolas privadas seguem com a perspectiva de voltar no dia 05. 

A última pesquisa do IBOPE que aponta que 72% dos brasileiros não retornariam às atividades presenciais enquanto não existir uma vacina contra o Coronavírus. 

Uma enquete realizada pela Intertv, no RN, sinaliza que 78% são contrários ao retorno às aulas presenciais e a enquete realizada pela SEEC-RN e UNDIME demonstrou que 79% da comunidade escolar optou pelo não retorno às atividades escolares presenciais.

Repito: as aulas presenciais da rede pública somente voltarão em 2021, contudo, em 2020 as escolas darão continuidade às atividades não presenciais aplicando, um plano de recuperação das aprendizagens com os estudantes concluintes, intensificando aulões, cursinhos, aulas online preparatórias para os exames do IFRN Oficial e ENEM, por meio televisivo, plataformas digitais, materiais impressos, entre outras.

O plano de retomada das atividades dos Sistemas Estadual e Municipais, priorizará a preparação das estruturas pedagógicas, físicas e de pessoal das escolas, para  atender aos protocolos normativo-pedagógico e de biossegurança, assegurando a aprendizagem, a segurança e a proteção dos estudantes e dos profissionais da educação, articulando os anos de 2020 e 2021 na organização curricular.

Fonte: Governo do RN

Saiu

Ontem, o promotor Luiz Eduardo Marinho, ainda por ocasião da conquista do estadual pelo ABC, anunciou no Twitter sua saída da promotoria de defesa do Estatuto do Torcedor.

Manchetes do dia (8/9)

A manchete do bem: Futebol feminino do Brasil corre atrás de futuro promissor.

As outras: Atividade econômica de nenhum país voltou a nível pré-pandemia, Roland Garros amuncia esquema para receber público e Mbappé recebe.diagnóstico de Covid-19 e é retirado da seleção francesa.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (9/8)

The headline for good: Jacob Blake, rare survivor at center of police protests, starts telling his own story.

The others: Trump emerges as inspiration to Germany's far right, Belarus protest leader vanishes amid reports of masked abductors, and Aleksei Navalny out of a coma and responsive, German doctors say.

Good morning.

Source: The New York Times

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Sem parâmetro

Lembrando aqui rapidamente acessos e conquistas nacionais do América que eu acompanhei e o resultado obtido no estadual na mesma temporada, a única exceção se deu em 1996, quando o América foi campeão estadual - ganhou o 2.° turno  para chegar à final e conquistar o título - e subiu para a Série A como vice campeão da B, apesar de ter a melhor campanha.

Em 1997, conquistou a permanência na A, mas não o estadual. Em 1998, foi campeão do Nordeste, mas não foi campeão estadual.

Em 2005, subiu para a B como vice campeão e não foi campeão estadual. Em 2006, subiu para a Série A e não foi campeão estadual. 

Em 2011, último acesso conquistado, dessa feita para a Série B, mais uma vez o acesso chegou sem que o América fosse campeão estadual. 

Se existe melhor prova de que olhar muito para o estadual do RN como parâmetro é focar errado, me avisem, por favor.

A mão que afaga...

... é a mesma que apedreja. Lembram de todas as loas a Caio Max e à esdrúxula decisão da comissão de arbitragem de repetir sua escalação no clássico que decidiria o 2.° turno? Caio Max hoje caiu em desgraça na imprensa do RN.

Falta de aviso é que não foi. Não se repete arbitragem em jogos em sequência da mesma equipe. Agora imagine de duas equipes e ainda mais um clássico.

Caio Max também teve que "correr" do fim de Atlético-GO 1x1 Grêmio, ontem por volta das 21h em Goiânia, para o início da decisão de hoje às 16h em Natal. Menos de 24h entre uma atuação e outra. E já vai voltar para Goiânia para apitar na quarta.

O pessoal que elogiou toda essa falta de bom senso da comissão de arbitragem não teve a menor pena na hora de criticar a atuação de Caio Max, exatamente como eu havia alertado aqui neste blog.

Alertei que era de uma crueldade impressionante com Caio Max, para dizer o mínimo. Falta de aviso é que não foi.

Lições urgentes

Já são 4 temporadas do América na Série D e eu espero sinceramente que a deste esquisito 2020 seja a última, mas por um bom motivo: o acesso para a Série C.

Porém, não posso deixar passar o fato de que nestes 4 anos vivemos a repetição de um padrão contra o qual eu me insurjo há muito tempo: o engasgo com o estadual da FNF.

Com raras exceções, estaduais Brasil afora não contribuem tecnicamente com coisa alguma para os outros campeonatos de muito maior nível. Pelo contrário, afundam clubes, elencos e treinadores numa roda viva que cobra sua conta tanto tecnicamente, quanto taticamente, e, por óbvio, financeiramente.

O América não conseguiu ainda romper com essa roda viva. Entra ano e sai ano e o clube tem de 2 a 3 treinadores numa competição falida e absolutamente desinteressante, desperdiçando um tempo valioso para montar um jeito de jogar e equilibrar seu elenco por tropeços em clássicos contra o seu maior rival. 

Só na troca de Waguinho Dias, atual campeão da Série D, por Roberto Fernandes, campeão estadual em 2012 e 2015, mais de 20 jogadores foram contratados. Não há entrosamento que chegue desse jeito.

Imagino que a cota de contratações esteja esgotada para Paulinho Kobayashi, pelo menos de início. Ele também vai começar a única competição que de fato resta no ano já tendo uma partida oficial antes, algo que ameniza o baque. 

Sobre Paulinho, o time já foi outro na construção das jogadas, o que aumenta a esperança de um destino diferente das temporadas anteriores, quando todos os técnicos só queriam mesmo saber de retranca e contra-ataque, algo que não costuma funcionar com adversários sem a menor obrigação de vencer. 

Só que o tal estadual, prioridade para um calendário melhor, não veio. E não veio porque o América afundou-se na D e o Globo já rondou a C, o que lhe deu uma melhor posição no ranking 2020. Afinal ABC perder para América e América perder para ABC são coisas normais de uma rivalidade centenária.

Logo, o América precisar tirar lições urgentes da decepção de um calendário menos atrativo em 2021, pela ausência da Copa do Nordeste. Estadual é prejuízo sempre, ganhando ou perdendo, e a única prioridade possível é subir de divisão. Seja em 2020, em 2021, em 2022... Esteja na D, na C, na B, na A (sim, permanecer numa B, por exemplo, é como subir da C todo ano; vale mais até, segundo o ranking da CBF).

Portanto, o foco, não só agora, tem que ser no Campeonato Brasileiro. E que Kobayashi, que conhece bem esse caminho, inclusive com a camisa do América, consiga tornar essa verdade mais clara para todo mundo.

Deu o esperado

ABC foi campeão estadual de 2020. Nem há o que discutir: o time de Diá não sofreu uma única derrota em todo o campeonato.

Sobre o jogo em si, o empate foi injusto. O América foi o time que quis vencer do início ao fim, exatamente o contrário do ABC, que não deu um único chute a gol no 1.° tempo e seu único gol chegou numa falta inexistente no 2.° tempo. Fora isso, só me lembro de uma defesa de Ewerton

Sobre a arbitragem, eu prefiro nem comentar. A ideia de colocar um árbitro para trabalhar duas vezes em menos de 24 horas talvez explique o pênalti que Caio Max não viu num lance absurdamente claro cometido por Richardson ao meter a mão na bola, o que revoltou reservas e comissão técnica do América. O título do ABC pelo menos nos salvou da situação vergonhosa de termos um mesmo árbitro apitando 4 jogos na sequência entre as mesmas equipes.

Sobre a transmissão, acabou a tortura. Mas não sem piada: a FNF publicou no Twitter que tinha uma equipe monitorando a transmissão e ela transcorria normalmente...

Sobre o pênalti perdido, não dá para um jogador profissional fazer uma cobrança totalmente fora do gol como aquela. Ali estava a chance do América ter um calendário melhor em 2021 e ela voou para fora da meta.

Restam os louros ao ABC. Para o América, é hora de lamber as feridas. Para ambos agora, a Série D é logo ali.