domingo, 2 de agosto de 2020

Today's headlines (8/2)

The headline for good: Under pressure, Brazil's Bolsonaro is forced to fight deforestation.

The others: Body bags and enemy lists: How far-right police officers and ex-soldiers planned for 'Day X', More games postponed with 4 more coronavirus cases for Cardinals, and After plummeting, the virus soars back in the Midwest.

Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 1 de agosto de 2020

Podcast: Atrasando o envelhecimento

Cientistas estão a um passo de atrasar o envelhecimento. 



Listen to "Atrasando o envelhecimento - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Manchetes do dia (1/8)

A manchete do bem: Febre das reformas em casa amplia faturamento do setor de construção.

As outras: Documentos inéditos revelam pedidos de conspiradores a João Goulart, Bolsonaro incentivou a anticidadania a sair do armário e 'Umbrella Academy 2' tem propósito social, diz Ellen Page.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (8/1)

The headline for good: Despite historic plunge, Europe's economy flashes signs of recovery.

The others: As school reopens, and the coronavirus creeps in, In Indonesia, false virus cures pushed by those who should know better, and Microsoft said to be in talks to buy TikTok, as Trump weighs curtailing app.

Good morning.

Source: The New York Times

sexta-feira, 31 de julho de 2020

A boca revela a alma

O último dia do I Congresso Digital da OAB começou com a conferência magna da historiadora Mary Del Priore com tema "Resiliência e violência contra a mulher na história do Brasil".

Antes da palestra começar, no entanto, fui presenteada - se é que isso pode ser chamado de presente - com um exemplo de como a violência contra a mulher sempre esteve normalizada entre nós.

Há 3 praças na rua em que moro que estão em processo de limpeza pelos funcionários da Prefeitura de Natal, uma delas bem em frente à minha casa

Logo cedo, dois desses funcionários entraram numa certa discussão a respeito do trabalho de um deles. Para quem não sabe, o Mirassol é de um silêncio tão reinante, pelo menos na minha rua, que qualquer barulho de carro passando chama a atenção, imagine vozes exaltadas.

O destaque ficou para quando um deles, provavelmente o que estava tendo sua atenção chamada, falou: "Ei, não venha gritar comigo porque eu não sou sua rapariga, não!". Não sei se devo pedir desculpas pelo termo utilizado para se referir a uma mulher porque, na verdade, originalmente ele nunca foi um termo ofensivo. Tanto é verdade que ele é utilizado corriqueiramente pelo povo português como feminino de rapaz. 

Também não foi o uso do termo aqui ofensivo que me chamou a atenção. Passei longe disso. É que a linguagem utilizada revela o que trazemos na nossa alma como sociedade. No afã de afastar o tom de voz que lhe parecia humilhante, o trabalhador em questão, sem pensar, apenas reagindo, delineou que somente uma situação seria normal para aquilo acontecer: se o outro homem estivesse a gritar com sua mulher. 

Leva algum tempo para percebermos o mal que palavras podem causar, daí a luta  crescente para que termos sejam aposentados e outros sejam incorporados em busca de uma sociedade menos apegada a preconceitos e mais aberta à inclusão e à representatividade de absolutamente todos e cada um de seus componentes, tão bonitos que somos em nossas individualidades e diferenças. 

Não, não é aceitável que um homem grite com a mulher com quem se relaciona. A humilhação não é aceitável qualquer que seja a justificativa, pior ainda se apoiada numa questão de gênero num país que vive uma verdadeira epidemia de violência doméstica. 

O deslize do trabalhador humilhado apenas ressalta o tamanho da luta que temos como sociedade para expurgar os estereótipos que impedem nossa evolução. 

Há pouco mais de uma semana escrevi sobre como tratamos as mulheres vítimas de violência na hora em que elas denunciam os crimes. 

Para quem acha tudo isso exagero, dê uma olhada ao seu redor. Aliás, se trocássemos os trabalhadores da discussão por trabalhadoras, quanto tempo levaria para que alguém apontasse a falta de sexo como causa daquela "histeria"? 

Sim, a boca revela a alma. Façamos uma reflexão das nossas palavras para não reforçarmos o que queremos extirpar.

Manchetes do dia (31/7)

A manchete do bem: Doação de alimentos por programa do Sesc cresce 41%.

As outras: Sem acordo assinado com Oxford, Bolsonaro ironiza vacina chinesa contra Covid, Se CPMF fosse bom, seria adotada pela França, não pelo Paquistão, diz Amoêdo e Magazine Luiza compra Hubsales, que faz indústrias venderem direto ao consumidor.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (7/31)

The headline for good: John Lewis: Together, you can redeem the soul of our nation.

The others: Polish towns that declared themselves 'L.G.B.T. free' are denied E.U. funds, FIFA president Gianni Infantino faces criminal investigation, and Trump attacks an election he is at risk of losing.

Good morning.

Source: The New York Times

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Desde pequenininho

Numa excelente contratação do América, especialmente pelo potencial mostrado na base, o centroavante Zé Eduardo deu entrevista hoje na chegada ao clube e revelou que foi no Orgulho do RN que foi formado. 

(Imagem: Canindé Pereira, América)

Formação
Eu cheguei no América com 5 anos de idade, na escolinha. Fiz a escolinha toda no América. Fiz Sub-17, saí no Sub-19 para jogar pelo Visão Celeste a Copinha. Aí fiz uma boa Copinha e fui contratado pelo Cruzeiro.

Transição para o profissional
Foi bastante tranquilo. Achei que ia ser um pouco mais difícil, mas consegui me adaptar muito bem. 

Volta ao América
Hoje sou um Zé Eduardo diferente, muito diferente. Um pouco mais de rodagem. Até porque dá para ver a diferença de base para o profissional. E vamos trabalhar para fazer uma boa campanha no América. 

Nada de pesadão
Eu gosto de jogar como um 9, centroavante, mas sou um jogador que não é aquele jogador pesadão, que fica no meio da área. Saio, movimento e é nessa posição que eu gosto de jogar.

O que a torcida pode esperar
Pode esperar um Zé Eduardo aguerrido, com muita raça e, se Deus quiser, muitos gols.

Moendo reputações

Muito boa, mas de revirar o estômago, a palestra de Felipe Neto agora à noite no I Congresso Digital da OAB.

Felipe falou sobre fake news e deu uma verdadeira aula de como funciona a máquina de moer reputações implantada no Brasil com mais força a partir de 2018 utilizando-se de milhares de grupos de WhatsApp, majoritariamente, e Telegram, todos organizados em estruturas que lembram pirâmides. Apontou dados e mostrou exemplos da comunicação criminosa que infesta o dia a dia do povo brasileiro.

Eu, você e todo mundo conhece alguém ou tem alguém na família que vive a mandar esses vídeos e notícias de coisas odiosas ou mentiras deslavadas nos grupos de família/amigos.

Eu já estou cansada de dizer a quem eu possa que a função das fake news é causar ódio. Logo, se você recebeu um vídeo ou mensagem com fato que lhe fez ficar bufando de ódio, não compartilhe. Há 99,99% de chance de ser um fato completamente fabricado para fazer o mal unicamente. Confira se um veículo tradicional de imprensa publicou algo a respeito. Veículos tradicionais têm CNPJ e endereço. Publicar notícias falsas os torna alvos de ações judiciais que costumam doer muito no bolso, ao contrário da realidade de perfis falsos nas redes.

Se essas estruturas funcionam, muito se deve a quem consome esse tipo de coisa sem o menor senso crítico de pelo menos buscar a credibilidade de quem produziu aquilo antes de sair compartilhando a mentira fabricada com intenção criminosa.

Lembro ainda criança de um boato que se alastrou pelo país de que o presidente (à época, Fernando Collor) e a cantora Fafá de Belém estavam com Aids. Na época, só o boca a boca transmitia boatos, os avós das fake news. Ainda assim, uma mentira desse tipo rodou o Brasil e levou até a cantora ao programa de Faustão na Globo para desmentir o que tanto se comentava.

Dá até saudades de uma coisa assim, uma mentira perdida na memória de décadas atrás. A produção atual dá conta de muitas - sabe-se lá quantas - por dia. Talvez até por hora. E com uma capacidade de disseminação que também leva apenas horas, talvez minutos, para atingir o mundo todo. 

Eu me pergunto quando atingiremos a maturidade no uso digital. Considerando que a internet está entre nós, no dia a dia, desde a década de 90, me parece  absolutamente assustador estarmos em pleno 2020 e ainda não termos adquirido o mínimo de civilidade ou mesmo de sabedoria para não virarmos marionetes ou seres desprezíveis. 

Aqui do lado

Ontem tive a oportunidade de acompanhar um painel sobre Direito Desportivo no congresso da OAB em que uma das pessoas chamadas a debater era a advogada Michelle Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol.

Não a conhecia e fiquei encantada com sua clareza de ideias. Falou claramente sobre posicionamento da CBF que não permitiria que uma federação numa canetada reconhecesse um campeão sem terminar o campeonato ou mesmo que impedisse rebaixamento. Tudo teria que passar por unanimidade dos filiados. E como sabia que não haveria unanimidade para o último assunto, por exemplo, nem levou a discussão adiante.

A Paraíba hoje tem transmissão online e de TV para os jogos do campeonato, um esforço da presidente da FPF para levar as partes ao entendimento da situação nova de não haver público nos estádios, o que eliminou uma das rendas dos clubes. Convenceu os clubes de que seria mais valioso para todos a negociação coletiva.

Ela até defendeu que a abertura de shoppings traz o questionamento a respeito da abertura fracionada dos estádios, vez que é um ambiente ao ar livre e que poderia ter 2 mil pessoas devidamente separadas onde antes caberiam 20 mil. 

Sobre a rigidez dos protocolos, disse que chegou a proibir prefeito que queria assistir a jogo de entrar no estádio nesta reabertura.

Michelle foi eleita em 2018 e em 2019 a final do campeonato feminino já estava na TV Tambaú para toda a Paraíba.

Enfim, a Paraíba fica aqui do lado, mas parece estar do outro lado do mundo.