sexta-feira, 15 de março de 2019

Simples, mas objetivo

Não vi o jogo todo, mas o que dá para dizer de Sampaio Corrêa 0x1 ABC é que o time de Ranielle foi bem objetivo. Nada de dominar muito a bola, rodar pelo meio de campo, nada. Lançamentos ainda no campo defensivo em diagonal para as pontas foram a grande tônica do jogo, inclusive assim foi a jogada que terminou no gol de Rodrigo Rodrigues.

Se na marcação o alvinegro segue com problemas, a falta de pontaria dos jogadores do Sampaio Corrêa foi providencial para a manutenção do resultado no 2.º tempo.

De todo jeito, o destaque do jogo foi o lateral esquerdo Evandro. Ele foi a grande válvula de escape nos contra-ataques.

Valdemir como lateral direito apenas quebrou um galho. Aliás, ele e Henrique estiveram um tom acima no quesito violência na hora de marcar o adversário, principalmente o zagueiro, que escapou de expulsão num soco dado numa disputa de bola aérea.

Num jogo bem ruinzinho de ver, também chamou minha atenção uma discussão que durou até depois do fim da partida entre o lateral esquerdo Evandro e o meia Sagredo. A TV mostrou bem o início da animosidade, quando aquele chegou a pegar em suas próprias partes íntimas ao cobrar algo deste. Pela duração e pelo tom, a discussão revela-se preocupante.

No mais, faltando 2 jogos na rodada, o ABC está em 2.º lugar no grupo e, no máximo, pode perder 1 posição. Uma vitória no Frasqueirão contra o Vitória no dia 23 mais uma combinação de resultados e a vaga na próxima fase estará garantida.

Manchetes do dia (15/3)

A manchete do bem: Barroso libera para a 1.a instância inquérito dos Portos que investiga Temer.

As outras: Ataque transmitido pelo Facebook em mesquitas na Nova Zelândia deixa 49 mortos, Ruralistas reclamam de viés anti-China no governo Bolsonaro e Piloto do Boeing detectou problemas quase imediatamente.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (3/15)

The headline for good: A year after her execution, Marielle Franco has become a rallying cry in a polarized Brazil.

The others: New Zealand mosque shootings leave 40 dead, Senate rejects Trump's border emergency declaration, setting up first veto, and Boeing 737 Max hit trouble right away, pilot's tense radio messages show.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 14 de março de 2019

Resposta do América

O América manifestou-se agorinha sobre o contrato com a Embratex.

"Como é de conhecimento de todos, estamos enfrentando grandes problemas com a Embratex que não segue como fornecedora de material esportivo. Foram desrespeitosos em não entregar o combinado no tempo acertado.

Com isso, o contrato foi desfeito e uma nova fornecedora acertou com o clube.

Jogar de branco contra o ABC foi uma escolha, não por falta de uniforme vermelho.

Quanto a numeração, foi uma escolha dos atletas. Nada referente a falta de camisas."

Férias estranhas

Que clube no Brasil dá férias ao seu assessor de imprensa no meio de um campeonato oficial? Sim, o América.

Depois de tomar parte num jogo com transmissão nacional sem levar o assessor de imprensa para organizar a cobertura, o América inovou e resolveu que Canindé Pereira está agora de férias até o dia 14 de abril, voltando a trabalhar praticamente após o estadual.

Assim, não haverá assessoria de imprensa do América no período. E sabe-se lá se a inovação vai parar por aí.

Canindé é quem faz o trabalho no clube mais elogiado por torcedores e não-torcedores. Ou seja, responde pelo setor que não gera marketing negativo algum. 

Deus salve o América.

Suspeita confirmada

Mais do que confirmada a suspeita de que o América jogou de branco contra o ABC porque não havia uniforme vermelho sem o patrocínio exclusivo do jogo contra o Santos.

Ao visitar o Globo, que joga de branco em casa, o América foi obrigado a jogar de vermelho ontem e o uniforme tinha a estampa vista no jogo contra o Santos. 

Além disso, começa a chamar atenção a numeração desencontrada dos titulares, mais um indicativo de material insuficiente.

Eu nunca havia visto algo semelhante no América. E, pelo jeito, o clube está satisfeito com isso.

"É rodar o grupo"

O técnico do América Moacir Júnior deu entrevista ainda no estádio Barrettão.

Desfalques
Eu prefiro não creditar a isso. É óbvio que o momento que atravessa hoje o Pardal, o momento que atravessa o Adriano, o próprio Ewerton, eles atravessam um momento muito bom e não por outro motivo eles são titulares da equipe. Mas eu procuro sempre dar oportunidade a todos nos jogos e treinos. A gente não treina só 11. E a gente tem um grupo muito bom. É tanto que o Copetti não comprometeu em nada, não tivemos problemas ali. Teve uma chance clara, o Globo fez o gol e nós tivemos uma chance claríssima no 2.º tempo e não fizemos o gol. Então foi um jogo equilibrado. A valência física, nós estamos fazendo 4 jogos em 10 dias. Isso é muito forte por causa do jogo da Copa do Brasil, mas não é o momento para gente ficar atribuindo um resultado negativo a desculpas. Eu acredito que a gente precisa  rever com calma, recuperar os jogadores e fazer. Nós temos 3 jogos aí para fazer 7 pontos, 9 pontos e ser o campeão do returno. É isso que a gente vai buscar. Queríamos muito hoje brindar o torcedor que aqui esteve com mais uma vitória, mas infelizmente não foi possível. 

Globo na liderança
A gente tem um jogo a menos. A gente vai valorizar muito isso. A gente está trabalhando em cima de realmente respeitar todos os adversários. A gente vem, estava vindo numa sequência fantástica de returno e hoje quebrou. Só que no futebol você tem que ter a força para se recuperar rápido de uma grande vitória glamorosa, como foi domingo, e também se recuperar rápido de um tropeço. Então hoje foi realmente um tropeço, que pela qualidade e por jogar em casa, seria até uma condição normal o Globo conseguir seu resultado, mas pela grandeza do América e a gente sempre espera que o América venha, se imponha em qualquer campo aqui no estado do Rio Grande do Norte. Mas a gente vai trabalhar isso com muita humildade porque eu tenho certeza. O que o grupo mostrou de caráter, de força no clássico, a gente vai mostrar agora de força, de caráter também contra o Força e Luz. E depois a gente faz os dois jogos também com calma, recuperar todos os nossos atletas. Como hoje tivemos várias baixas, essas 3 mais ainda a situação que eu imaginava poder contar com outros atletas que não pudemos contar. Mas é rodar o grupo, rodar o grupo, dar oportunidade. Hoje ali o Luisinho entrou e colocou uma bola muito boa para o Jean, que deu para trás para Roger, que poderia nos ter dado o empate. Mas nos deu uma grande vitória lá também. Então é ter tranquilidade, manter a tranquilidade e convocar o torcedor para sábado ir lá nos prestigiar para que nós já recuperemos a vitória e já cheguemos aí na liderança do grupo do returno, que é muito importante e é isso que nós estamos buscando.

Saiu, dançou

Não, o título desta postagem não se refere à dificuldade histórica do América, e da maioria dos outros times de futebol, nos jogos fora de casa. Longe disso. O título desta postagem cai como uma luva para o que se viu em Globo 1x0 América. 

O jogo começou modorrento de morrer. Higor César jurou que mudou o jeito de jogar para surpreender Moacir Júnior. Que nada! Não é de hoje que o Globo tem dificuldade de jogar para cima de seus visitantes. Simplesmente acha melhor o contra-ataque. E isso é uma característica do clube, não importa quem esteja no comando técnico. E se tiver um jogador expulso, aí é que o Globo se sente à vontade para se fechar igual a um embuá e ficar esperando uma chance para a correria. Ontem só não foi assim porque o Globo não teve um jogador expulso. 

Voltando ao jogo modorrento de morrer, tínhamos em campo duas equipes que achavam um grande risco atacar. Não critico. Cada um sabe o elenco que tem ao seu dispor e o que pode tirar dele. 

Parecia aqueles desafios de quem piscar primeiro perde. No caso, quem partisse para cima se lascava. E assim o jogo seguiu até a metade do 1.º tempo. 

Só que o América resolveu que iria mudar o seu jeito de jogar que vinha dando certo até então. O nível técnico do jogo estava tão ruim que a equipe de Moacir entendeu que deveria partir para cima. Mas aí é que está. O desempenho técnico estava tão horroroso que não era muito recomendável se expor. 

É aquela coisa, o conhecimento de sua própria realidade pode fazer você ganhar uma guerra. O América fechou os olhos para isso e partiu para cima do Globo sem conseguir ser objetivo, naquele velho falso domínio. 

Bastou um domínio ruim de Max para dar ao Globo o que ele queria: um avanço rápido pela lateral. Nem preciso dizer qual foi a lateral, não é mesmo? Vale ressaltar que Max perdeu a bola no meio de campo, mas já no lado do Globo, só que ninguém conseguiu parar a jogada.

Chiclete, que não é bobo nem nada e que adora marcar um golzinho contra o América, entrou em diagonal na área e fez o que um milhão de outros jogadores, inclusive os do América (mas Roger Gaúcho fez no clássico e obrigou Edson a uma grande defesa, que virou escanteio), não fazem da mesma posição: chutou para o gol, o que é quase sempre fatal para o goleiro, ainda que defenda. 

Vale dizer que o América teve uma chance igualzinha no 2.º tempo, mas não vi quem entrou pela diagonal - acredito que foi Joazi. O que a criatura fez? Claro que não chutou para o gol! Preferiu seguir mais para cruzar...

A partir do gol de Chiclete, pronto, o jogo ficou ainda mais do jeitinho que o Globo queria: encolhidinho e buscando uma oportunidade para correr.

E o América? O América entendeu tudo errado. Saiu para o jogo e dançou. Jogadores pareciam muito abaixo do que podiam fazer. Todos correndo com 300 quilos em cada chuteira. O Globo se preparou para a velocidade de Jean Patrick. E como não havia Adriano Pardal, o destino estava selado.

Moacir também entendeu tudo errado. Desde quando Max seria necessário para jogar contra um time que não tinha a menor pretensão de atacar? Um meia rápido poderia suprir melhor a ausência (sempre muito sentida) de Adriano Pardal. Como a fase de Hiltinho é tenebrosa, Anthony poderia ter começado o jogo. Até a escalação de Hiltinho seria mais compreensível. Max só seria útil em outro momento. 

Não vou nem falar na insistência com Diego como volante até porque ele está mesmo é posicionado lá na frente, quase como atacante de beirada. Só recua na hora de armar o jogo. O efeito barata tonta levou o treinador a trocá-lo por Hiltinho, que, mais uma vez, não jogou nem pedra na lua. Já começo a repensar se Hiltinho um dia vai mostrar o que se espera dele.

Moacir anda cismando que Adenilson pode jogar como 2.º volante, um erro que Luizinho já cometera lá atrás e corrigiu, mesmo sem as peças ideias. Ele ainda achou pouco, e depois de dizer que Diego não jogaria como lateral por ter muita qualidade técnica e não ir para a linha de fundo, ele meteu Adenilson como lateral esquerdo no 2.º tempo! Poderia não ter passado essa vergonha se tivesse tido coragem de sacar Kaike para a entrada de Hiltinho, deslocando Diego para o canto que lhe cabe. Cortar para o meio também é boa característica de um lateral. Lembram de Eduardo Arroz? Como o América sofre com seus laterais, especialmente o esquerdo!

Sobre o lateral direito, até agora acho que Vinícius se pergunta por que perdeu a posição para ele se vinha melhorando a cada jogo e Joazi fez o América recuar duas casas por ali. Custava ir entrando aos poucos até tomar a posição por convencimento?

Para piorar, quando Max se encontrou no jogo, Moacir o sacou, o que também me leva a questionar a visão de jogo do treinador americano quando seu time está em desvantagem. Contra o Santos, ele colocou Murici, que não é atacante na minha opinião, para substituir um Pardal absolutamente esgotado, quando o jogo ali sim pedia um atacante pesado para segurar o ímpeto do adversário.  

Tony ainda entrou. Deveria ter entrado ao lado de Max e o América ter partido para lançamentos e cruzamentos quando a vaca já estava atolada no brejo. 

Enfim, escalou mal, mexeu na disposição tática durante o jogo equivocadamente e não acertou uma só substituição. Noite tenebrosa de Moacir também. 

Para piorar o nível do que se viu em Ceará-Mirim (o jogo melhorou uma coisinha após o gol do Globo), choveu e até alguns raios caíram. 

Na arquibancada, tive que trocar de lugar pela contumácia dos fumantes inveterados em fumar onde não podem e todo mundo fazer vistas grossas. Vivemos a época dos incomodados que se retirem. Nessa batida, vou terminar deixando de frequentar estádio de vez.

Resolvi sair um pouquinho mais cedo pela dificuldade de andar com mamãe até o charco onde o carro estava estacionado e caí na besteira de comprar um churrasquinho para comer no carro por causa da chuva. 

Que triste ideia! Do nada começou um corre-corre que veio se instalar justamente ao redor do carro, com um grupo de homens querendo espancar outro. Ficamos no meio do conflito, tendo visto um gritar "Cadê a Máfia?", outro pegar pedras, outro abrir a mala de um carro e de lá retirar uma barra de ferro. Onde estávamos era exatamente o centro da roda de conflito!

Eu gritava para mamãe, coitada, fechar a porta dela para que eu arrancasse urgentemente com o carro dali, mesmo com o risco de atropelar alguém. 

Conseguimos sair no momento exato em que tiros foram disparados bem ao nosso lado, acredito que pela polícia. Janaina quase vomitou ante o pânico que nos dominou. Nem sei como escapamos ilesas, embora fortemente abaladas.

Infelizmente saí de lá com uma certeza: não vou mais ao Barrettão. Nada contra Ceará-Mirim, muito pelo contrário. Mas o local no entorno do estádio é mal iluminado, o estacionamento é um charco, praticamente um matagal, e ontem vimos o grande risco de ficarmos no meio do fogo cruzado a partir do nada. Não foi a primeira vez que vi uma confusão do lado de fora, mas desta vez, fiquei no meio dela. Minha vida e a vida da minha família valem mais do que qualquer prazer que o futebol possa proporcionar. 

Sobre o América, Moacir usou o tropeço que tinha disponível no turno. Não pode mais pensar em não vencer se quiser chegar à final com as vantagens conhecidas. Houvesse entendido o que acontecia no jogo de ontem, o empate impediria  a ascensão do Globo e o manteria na liderança. Saiu, dançou.

Manchetes do dia (14/3)

A manchete do bem: Trajetória de Marielle inspira projetos de jovens negras de favelas.

As outras: Anac suspende voos de aeronave envolvida em acidentes na Etiópia e na Indonésia, Atirador abandonou escola por ser alvo de piadas de colegas, diz mãe e Folha antecipou resultado de concorrência da CBF para publicidade estática.

Bom dia, minha gente! 

Fonte: Folha de S.Paulo 

Today's headlines (3/14)

The headline for good: Boeing planes are grounded in the U.S. after days of pressure.

The others: U.K. lawmakers reject 'no deal' Brexit, and defy Theresa May again, Paul Manafort's sentence is nearly doubled to 7 1/2 years, and Facebook's data deals are under criminal investigation.

Good morning, everyone! 

Source: The New York Times