sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Manchetes do dia (17/08)

A manchete do bem: Fotógrafo Alex Régis mostra em exposição individual um Paço da Pátria diferente.

As outras: Sequestrador era envolvido em dois casos de latrocínio, Justiça manda Facebook excluir posts ofensivos e 27 milhões de pessoas estão sem trabalho.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/17)

The headline for good: Vatican calls abuses by Pennsylvania priests 'criminal and morally reprehensible'.

The others: Google employees protest secret work on censored search engine for China, Melting ice uncovers 1946 wreckage of U.S. plane in Swiss glacier and Aretha Franklin had power. Did we truly respect it?

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Ainda no mundo da lua

No Podcast de domingo, falei, dentre outras coisas, sobre a entrevista do presidente da FNF à Tribuna do Norte analisando o momento do futebol potiguar e como parecia que José Vanildo está no mundo da lua. Quem quiser conferir, clique aqui.

Mas terminei deixando passar a lamentação de José Vanildo a respeito da falta de investimento do poder público no futebol. Oi? Dinheiro público no futebol? O presidente da FNF parece mesmo estar no mundo da lua. Não estaria ele acompanhando a dificuldade orçamentária da prefeitura de Natal, do governo do RN e do governo federal para manter contas em dia, pagar funcionalismo e investir em serviços públicos que de fato funcionem?

De onde sairia o dinheiro? Se formos atrás, vamos descobrir muitos críticos do gasto público com "esmolas" como o Bolsa Família defendendo subsídios empresariais, patrocínios para o futebol profissional e assemelhados. Sabem como é, né? Não é incoerência, é que dinheiro público dado aos outros não presta, mas para mim é investimento.

Eita, Brasil sem jeito!

O rosto da ilogicidade

As eleições deste ano estão cheias de candidatos - alguns muito doidos - e ainda assim muita gente não se sente representada. É compreensível. Afinal, quanta gente não acreditou que a questão era colocar o partido certo ou a pessoa certa em determinado cargo e então estaríamos livres da corrupção? Talvez um dia consigamos entender que os políticos nada mais são do que reflexo do que somos como sociedade. Será que de fato evoluímos para não gostarmos mesmo do que vemos no espelho da política?

Ontem, por ocasião de um aniversário na família, dei de cara com o rosto da ilogicidade. Não esperava vê-la assim, tão materializada na minha frente. Vi. Não sabia nem como reagir, mas aí sempre apelo para o meu lado educado. Sempre.

Acredito que todas as famílias tenham suas divisões ideológicas. Há os progressistas, os conservadores e até os reacionários. Mas ontem encontrei uma pessoa declaradamente eleitor de Lula, mas que apoia as ideias de Bolsonaro - o que indicaria seu voto em outubro - dentre elas a absurda tese de que mulher tem mesmo que ganhar menos do que homem por causa da licença maternidade. Estou acostumada a lidar com eleitores de Lula que demonizavam Bolsonaro e eleitores de Bolsonaro que demonizam Lula. A versão híbrida me chocou. Como conciliar duas visões aparentemente opostas de sociedade? Só mesmo a identificação com o populismo, essa chaga que traz a ilusão de que um líder messiânico é capaz de trazer prosperidade a um país, pode explicar.

O pior é ver como esse tipo de pensamento a respeito das mulheres revela o tratamento que esse pessoal acha que nos cabe. A mulher é proibida de abortar (afinal, somos todos a favor da vida, porém a favor da pena de morte. Se não entendeu, não se preocupe, eu também quero entender), mas é um estorvo porque tem que amamentar (embora a "conta" seja do INSS). De repente, viramos uma sub-categoria. Devemos ficar socadas em casa, no trabalho doméstico, aquele que nos cabe pela natureza, que nunca tem fim, nem férias, nem 13.º salário, nem auxílio-doença e obviamente não é remunerado. Ah, esqueci que esse já nos cabe. Enfrentamos esse mais a jornada de trabalho que os homens também enfrentam. E ainda damos o peito para amamentar. Trabalhamos o dobro, o triplo, para, quem sabe, termos pelo menos a metade do reconhecimento. Isso se tivermos a chance de trabalhar, porque os empregos pertencem naturalmente aos homens. Afinal, lugar de mulher é bem caladinha, apoiando o marido defender ideias que pensávamos que há muito estariam superadas pela evolução humana, exatamente como presenciei ontem.

Se isso é feito com a maioria da população brasileira - sim, mulheres -, nem gosto de pensar o que se aplicaria  a minorias, como gays, transgêneros, nordestinos...

O choque de ontem só me mostrou o perigo que as eleições deste ano representam. O mesmo brasileiro que é fã de Lula pode votar em Bolsonaro. Votos por paixão, sem qualquer preocupação com capacidade efetiva de tirar o país da interminável crise em que ele se encontra. Pior: com grande potencial para aumentar a triste divisão nós x eles que teima em jogar o Brasil na pasmaceira. 

O que vimos a partir de 2014 foi só a ponta do iceberg. E os brasileiros que preferem não votar, (brancos, nulos e abstenções) são chamados a assumir a responsabilidade de um futuro menos sombrio do que o que vem se desenhando desde então. Há mais de uma dezena de candidatos, cada um com determinado potencial destrutivo, uns bem mais do que os outros. Se não temos a política que deveríamos ter, não adianta apelar para o bispo, o pastor ou a entidade do candomblé: nós temos que arregaçar as mangas, analisarmos os perfis postos para escolha e votarmos no que demonstre um mínimo de capacidade de arregimentar forças para que o Brasil volte a ser um país que trate sua população com respeito e dignidade em todos os setores de nossas vidas, não a selva em que estamos jogados hoje.

Uma única pessoa não vai resolver. Um único partido não vai resolver. Todos os partidos não vão resolver. As forças armadas e polícias não vão resolver. Somente a nação tem essa capacidade. A mudança tem que começar no nosso dia-a-dia. Que tal começarmos a enxergar que todos temos direitos e deveres? Que ninguém é melhor do que ninguém? Que profissão não é status? Que dinheiro não é fim, mas meio? Que a minha opinião tem o mesmo valor em essência que a sua? Que o nosso tempo está passando e o estamos desperdiçando numa corrente horrorosa de ódio explícito, gratuito, constante?

Voltando às eleições, preste atenção, mas muita atenção mesmo, no voto que vai para o Legislativo.  Pelo amor de Deus, não vá votar num candidato de um partido e escolher gente de outro partido na eleição proporcional. Não comece elegendo um(a) presidente ou um(a) governador(a) que vai ter minoria no Poder Legislativo, dando azo às negociatas tão bem reveladas por operações como a Lava-Jato.

Não sejamos nós os que vão dar rosto à ilogicidade. Vamos agir agora por um futuro iluminado, sem as trevas da Idade Média a nos atormentar. Ou aumentemos o nível dos lamentos depois.

Manchetes do dia (16/08)

A manchete do bem: Escritor do RN é semifinalista em Prêmio de Língua Portuguesa.

As outras: Vacinação contra poliomielite e sarampo tem baixa adesão no país, Filho de ex-prefeito de Lajes é morto após sequestro relâmpago e Terminal pesqueiro tem orçamento quadruplicado.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/16)

The headline for good: Christine Hallquist on her primary victory: 'It gives the transgender community hope'.

The others: 'It's really hard being a Catholic': the pain of reading the sex abuse report, Italy bridge was known to be in trouble long before collapse and 'There are no girls left': Syria's christian villages hollowed out by ISIS.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Manchetes do dia (15/08)

A manchete do bem: Natal terá 13 projetos sobre a Segunda Guerra.

As outras: Governo pede urgência para usar o que resta do Funfir, Rodovias federais que cruzam o RN melhoraram e FGTS vai dividir R$ 6,2 bilhões de lucro entre trabalhadores.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/15)

The headline for good: Groundbreaking night for women and diversity, while a Trump critic falls.

The others: 'They hid it all': Catholic priests abused 1,000 children in Pennsylvania, report says, Italy bridge collapse leaves 37 dead and London driver held in terrorism inquiry after car crash near Parliament.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Como planejado

Conforme o presidente Eduardo Rocha antecipou na semana passada, o América realizou hoje jogos amistosos sub-17 e sub-20 contra o Botafogo-PB.

Segundo Canindé Pereira, o sub-17 ficou no 0x0 no campo 1 do CT. Na Arena América, o sub-20 terminou com vitória alvirrubra por 1x0, gol do zagueiro Matheus (vídeo abaixo).

A volta dos amistosos em João Pessoa ainda será marcada.

Um basta

Eleições chegando e já vamos encontrando discursos antigos a respeito do valor do voto. "Não vou perder meu voto; vou votar em quem estiver liderando" ou "Meu voto não muda nada" são alguns dos mais repetidos por gente sem noção - desculpem a sinceridade.

Cada voto importa. Pesquisa não ganha eleição. E você tem que votar em quem você acha que menos prejuízos causará aos nossos combalidos nação e país.

A melhor prova que cada voto importa saiu hoje na coluna Notas & Comentários da Tribuna do Norte. Confiram:

Um voto
A vereadora Ione Fortunato teve apenas um voto, no município de Alexandria. Ela estava na suplência, mas assumiu após a morte do titular que faleceu no dia 29 de junho. Ione disse que teve apenas o próprio voto e afirmou que não chegou a fazer campanha nas eleições de 2016.

Nem a família votou nesta criatura. Aliás, nem sabemos se ela mesma votou em si própria, já que o voto é secreto e pode ter sido obra de outro eleitor. Lembro de uma anedota que meu pai contava de um candidato que encontrou outro na fila de votação e comentou que estava constrangido de votar nele próprio. O outro confidenciou que também se sentia constrangido com a situação. Aí o primeiro disse: "Então, vamos fazer o seguinte; eu voto em você e você vota em mim". "Ótima ideia!", o outro comentou. Terminada a votação, chegou a apuração. Nela, o primeiro candidato tivera 2 votos e o segundo, nenhum. Quando se encontraram, o segundo reclamou com o primeiro que votara nele, mas não tivera um voto, ao que o outro respondeu: "Rapaz, só se anularam o meu voto porque eu votei em você". Sei, sei...

De todo jeito, eis um caso em que um único voto foi suficiente para colocar uma candidata num cargo eletivo. Melhor analisar direitinho quem serão os seus escolhidos para deputado estadual, deputado federal, senadores, governador e presidente da república.