segunda-feira, 16 de julho de 2018

Manchetes do dia (16/07)

A manchete do bem: Irlanda será o 1.° país a deixar de investir em combustíveis fósseis.

As outras: Com obra sobre escravidão, brasileiro concorre a maior prêmio dos quadrinhos, Inflação de supermercados em junho é a maior desde 2000 e Mortalidade infantil tem primeiro aumento desde 1990.

Bom dia a todos!

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (07/16)

The headline for good: Warren is preparing for 2020. So are Biden, Booker, Harris and Sanders.

The others: White House orders direct Taliban talks to jump-start Afghan negotiations, With a Wimbledon win, Novak Djokovic reclaims a place at the top and France, a world cup champion that stood above it all in Russia.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

domingo, 15 de julho de 2018

O melhor

E numa copa quase sem brilho individual a escolha de melhor jogador do torneio recaiu em Modrić. Perfeito. Brilhou a regularidade de um atleta extremamente cerebral e que dá mais do que tem no aspecto físico.

Sem firula, sem frescura, e muito empenho pelo conjunto. 

Acertou a Fifa.

A cara da Copa 2018

Imagem: SAPO Desporto

Nem Messi, nem Cristiano Ronaldo (e olha que ele abalou na primeira fase), nem Neymar, nem Hazard, nem Mbappé, nem Modrić. Nem o VAR. A personalidade da Copa 2018 para mim foi a presidente da Croácia Kolinda Grabar-Kitarović.

Nem sei sobre sua ideologia, mas ela esbanjou noção de cidadania ao pagar do próprio bolso as despesas de sua viagem para acompanhar os jogos da seleção de seu país. Imaginem aí em quantas passagens, diárias e etc. um político brasileiro na mesma posição não se esbaldaria, hein?

E simpatia? Todas as vezes em que eu vi a câmera focalizar seu rosto, ele sempre estampava um sorriso.

Para terminar, nada de frescurite de protocolo. Sempre trajou a camisa da Croácia (ela já jogou futebol), esbaldou-se na chuva com o presidente francês Emmanuel Macron, outro doce de simpatia, na hora da entrega dos prêmios e deixou o frufru das sombrinhas para o onipresente mandachuva russo Vladimir Putin. 

Foi ela que atrasou a fila e tascou um abraço em cada um dos jogadores, fossem eles de sua seleção ou da seleção francesa, no que foi prontamente acompanhada por Macron. 

Um exemplo marcante para mim em todos esses anos acompanhando copas do mundo, sem sombra de dúvida.

Numa edição sem destaques individuais, cheia de zebras, de retrancas assumidas sem culpa, do #NeymarChallenge envergonhando os brasileiros e do VAR evitando erros históricos, vem de fora de campo o fato mais marcante.

Seria sonhar muito querer que o mundo seguisse esse exemplo de cidadania e simpatia?

Detalhe que importa

O jornal Tribuna do Norte tem 2 colunistas que se revezam diariamente (exceto na segunda-feira porque, inexplicavelmente, não há edição nesse dia) no cadernos de esportes.

O América completou 103 anos de fundação nesse 14 de julho. Nenhuma linha saiu na coluna de ontem. Somente hoje, dia em que Marcos Lopes é o responsável por ela, é que o fato foi destacado. 

Detalhe que não pode passar despercebido.


Menos mal que a Tribuna deu uma matéria de cantinho ontem. 


Uma instituição chegar aos 103 anos é sempre motivo de muito orgulho para a cidade onde ela se encontra. Mesmo que seja um clube de futebol em crise e que não tenha as nossas cores favoritas. #FicaADica

Chilique só para um lado

Futebol é muito passional e isso às vezes torna o uso da razão um exercício de muita dificuldade. Entretanto, tal realidade não pode servir de justificativa para que os que formam a imprensa esportiva se entreguem de corpo e alma à torcida puramente.

Não faz muito tempo, o ABC recebeu em seu estádio o Sampaio Corrêa para decidir a vaga na final da Copa do Nordeste deste ano, cujo troféu ficou mesmo nas mãos maranhenses. Naquele jogo, uma torcida enfurecida, de uma hora para a outra, resolveu depredar o estádio, invadir o campo, agredir o goleiro do time maranhense com um tapa e um dos auxiliares da arbitragem atirando-lhe várias pedras de gelo. É bem verdade que um pênalti fora marcado, mas essa bestial reação chegou muito tempo depois.

Só no outro dia descobri o motivo após relatos no Twitter e uma entrevista de um dirigente do ABC: um comentarista e um comentarista de arbitragem de uma das rádios de Natal teriam dado chilique com o pênalti (bem marcado, como as imagens do Esporte Interativo mostraram para todo o Brasil), afirmando categoricamente que a falta teria ocorrido fora da área. Dizem que o chilique foi grande, mas aí eu nem posso dizer se foi mesmo porque não ouvi diretamente, apenas por ouvir dizer.

Na 14.ª rodada da Série C, o ABC recebeu o Confiança no mesmo Frasqueirão. Imagino que as equipes das rádios tenham sido as mesmas, já que, em Natal, apenas o ABC se mantém em atividade profissional. O mesmo Esporte Interativo transmitiu por seu aplicativo a partida, que foi disputada ontem. A exemplo, do jogo contra o Sampaio, o placar ainda marcava 0x0 quando o árbitro resolveu  marcar um pênalti exatamente na mesma grande área do pênalti relatado acima.

Mas muitas coisas foram diferentes. Primeiro, este foi a favor do ABC. Segundo, o atacante alvinegro Luan não foi tocado por pessoa alguma de carne e osso ao seu redor quando desabou na área. Ou seja, o pênalti foi daqueles tipo Mandrake, personagem que fazia mágica nos quadrinhos nos anos 80.  Ou ainda um fantasma, ou alma, ou espírito ou entidade, a depender da crença de cada um, tenha nos pregado uma peça, derrubando o jogador abecedista sem que imagem alguma captasse a obra. Terceiro, não se ouviu "piu" a respeito do flagrante erro da arbitragem. Nenhum chilique do pessoal da imprensa daqui. Logicamente, não esperaria que a torcida do ABC fosse quebrar o estádio por um erro da arbitragem que lhe favoreceu. Não é do feitio do futebol brasileiro (na verdade, é uma questão de nação mesmo, mas isso fica para outras análises) celebrar o fair play. Afinal, por aqui, malandro é malandro e mané é mané.

Desde o triste episódio do jogo contra o Sampaio que eu me pergunto se essas pessoas que incitaram gratuitamente a violência em nome de torcer por um time de futebol dormem direito à noite. Um  dos envolvidos talvez até durma porque escreveu em momento posterior que mantinha sua posição de que o pênalti daquela noite não existira, num comportamento típico dos que sofrem de absoluta ausência de humildade. Errar é humano. Todos erramos. Muito. Diariamente. O que fazemos a partir do erro é que traça a diferença entre sábios, aqueles que em tudo aprendem algo, e tolos, os que têm certeza de que são imunes ao erro. Assim é a vida.

Que fique claro que não defendo o chilique. Profissional algum, seja de qual for a área, pode se entregar a um passionalismo doentio no exercício de seu ofício. Devemos sim fazer tudo por e com amor, porém dentro do que a razão apreendeu/apreende. Entretanto, se o chilique foi desencadeado pelo tal erro da arbitragem - que não ocorreu -, era de se esperar que uma nova crise tivesse ocorrido por ocasião do jogo de ontem, com uma evidente injustiça ocorrida em campo.

Mas vai que o pessoal aprendeu com o erro! É possível. Daqui para a frente, nada de chiliques, somente análises racionais. Neste caso, como explicar o silêncio sepulcral em relação ao pênalti autoinflingido de Luan?

Quem souber, por favor, me responda.

Podcast: O que fica

O verdadeiro legado da Copa 2018, um retrato da Série C e a experiência de Jocian Bento.


Santa Cruz 1x1 Globo

Série D 18: Semifinais - ida

Domingo
17h - Estádio Frei Epifânio - Imperatriz x Treze (transmissão ao vivo pelo Esporte Interativo)

Segunda-feira
20h - Arena Castelão - Ferroviário x São José 

Copa 2018: Jogo de 15/07

Final
12h - Luzhniki Stadium - França x Croácia