Imagem: Canindé Pereira/América
O técnico do América Ney da Matta falou sobre a decisão contra o Confiança e o trabalho neste início de Série D.
Nova formação
Mas eu acho que não é uma formação diferente, não. Qual que é diferente? Nós vamos repetir o mesmo time que jogou contra o jogo da nossa estreia contra o Confiança lá. Não vamos mexer em nada. A gente só fez a mexida lá contra o Imperatriz porque alguns jogadores estavam cansados. Tinha que poupar alguns jogadores, inclusive Hudson nem participou do treino. E a gente sentiu que o Cascata mais o Wandinho, a gente tinha a necessidade de deixar eles mais para esse jogo aqui agora, na decisão da gente. Mas a ideia é sempre de não mexer muita na estrutura do time, sempre dando confiança e credibilidade para eles para a gente poder jogar, e sempre fazendo o melhor.
Mais ofensivo em casa
Eu nunca gostei de jogar assim com 4 por dentro. Eu sempre joguei, por todo lugar onde eu já passei, nós sempre jogamos com 3 jogadores de frente - 2 de beirada e 1 centralizado. Aqui a gente está se conhecendo ainda, os jogadores estão se soltando ainda. É uma pena que nós estamos fazendo 20 e poucos dias que nós estamos no comando do clube e essa sequência de jogos, ela acaba atrapalhando naquilo que você pretende. E os jogadores estão ritmando dentro da competição. Nós tivemos pouco tempo de pré-temporada e a gente sabe disso. Então a gente espera que a gente consiga manter isso aí. Wandinho é um jogador inteligente, jogou comigo já. Um jogador que flutua bem, um jogador que está identificando muito com os jogadores. Tomara que a gente consiga fazer um grande jogo amanhã e buscar essa classificação porque ela é importante para nós.
Correções em campo
O primeiro jogo nós fizemos contra o Confiança e prevaleceu muito a vontade e a determinação dos jogadores. Os jogadores tiveram esse ponto positivo. E tiveram erros naturais de quem está começando, quem está iniciando uma competição. A gente não fez uma pré-temporada longa. Trocaram-se os jogadores, chegaram outros, tem que ajustar dentro da competição. Agora, é um time que, se continuar trabalhando como operário, se for um time operário, as coisas vão dificultar para o adversário. Se os jogadores se juntarem, se abraçarem, como estão fazendo, e forem obedientes na parte tática, a gente muda muito o sistema de jogo dentro do jogo mesmo. Os jogadores estão entendendo isso. Tomara que as coisas deem certo. Agora, foi um desgaste muito grande das viagens. As viagens que nós fizemos foram muito grandes, desgastaram muito. Além do jogo de semana, tem que viajar de madrugada. Mas agora sim a gente procurou segurar algumas coisas, ajustar algumas coisas para que os jogadores cheguem amanhã e possam realmente dar alegria para o torcedor, que é importante para nós.
Adversário
Ah, um time que tem um desenho interessante. Faz 2 linhas de 4. Eles realmente são inteligentes, o treinador inteligente, os jogadores que jogam têm essa inteligência. Nós temos que saber jogar aqui amanhã. Tem que saber ter paciência para esperar. Não ficar defendendo porque não é a característica nossa, não por estar jogando dentro de casa, mas o adversário é que consegue trazer a gente para o campo dele para poder usar o contra-ataque. Ele tem jogadores com essa característica. Se a gente for obediente taticamente amanhã, a gente tem grandes chances de fazer um grande jogo e buscar a classificação.
Competição diferente, mesma postura
Eu acho que a gente não pode mudar a postura nossa. Eu acho que é uma competição diferente, mas a postura tem que ser a mesma que o futebol pede. Agora, nós estamos cientes, conscientes da responsabilidade do jogo, não só de amanhã, mas principalmente amanhã, porque a gente sabe que ajuda muito os cofres do clube, ajuda muito a dar sequência nesse trabalho também. Mas o adversário também tem o mesmo objetivo da gente. O adversário vem aqui para poder buscar a vitória, também a classificação. Mas eu confio muito. Eu estou muito confiante, estou muito satisfeito com o trabalho que está sendo realizado. Tenho certeza de que Deus está com a mão sobre nós. Se continuar pavimentando esse caminho, a gente tem tudo para ter sucesso aqui.
Pênaltis: sorte ou competência
Eu acho que é competência, cara. Pena que é jogado numa bola só. Mas eu acho que é competência. Você tem que trabalhar para isso. Muito se fala de sorte. Eu acho que a sorte é aliada de quem trabalha. Se trabalha, as coisas dão certo.