quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Paraguaio milionário

Ontem, Marcos Lopes divulgou na Rádio Globo Natal os valores envolvendo o paraguaio Echeverría. 

Segundo uma fonte abecedista, o jogador chegou ao clube ganhando R$ 12 mil. Com o início da Série C, esse valor passou a R$ 15 mil + auxílio moradia.

Na hora da negociação de uma possível (ou seria impossível?) renovação, o agente do jogador elevou a proposta: R$ 35 mil de salário + R$ 500 mil de luvas. Isso mesmo: R$ 500 mil!

Nas contas feitas pelo clube (13 salários + 1/3 de férias + luvas), Echeverría levaria, segundo os valores divulgados, R$ 966.666,66 para jogar 2017 pelo ABC. Quase um milhão de reais!

O clube agradeceu os serviços prestados pelo paraguaio.

Manchetes do dia (17/11)

Começando com a manchete do bem: Filhos de pais com mais escolaridade têm renda maior, diz IBGE. Ou seja, estudem. Pelo seu bem e o das próximas gerações.

Outras manchetes: Relator vai propor 'volta' de artes e educação física, Polícia Federal prende Anthony Garotinho por crime eleitoral e Brasil lidera ranking de juros na América Latina.

Bom dia, minha gente!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Os 8 misteriosos

Depois daquele anúncio dos 9 jogadores que renovaram com o América, a saber, o goleiro Ewerton, os zagueiros Lucas Bahia e Maracás, os laterais Everton e Danilo, o volante Richardson, o meia Jussimar e os atacantes Raul e Luiz Eduardo, o presidente do América Beto Santos confirmou que o clube contratara mais 8 jogadores, mas que não revelaria os nomes ainda.

Muita especulação para lá e para cá, e aos poucos os nomes foram sendo revelados. O meia-atacante Dija Baiano e o volante/lateral Michel Benhami, por exemplo, foram confirmados pelo treinador Felipe Surian.

Restam 6 misteriosos da lista inicial. Mas dá para reunir especulações a respeito, algumas com fontes conhecidas como o Vermelho de Paixão e Marcos Lopes: goleiros Glaysson (Tupi) e Maringá (Gama), zagueiros Cléber (América) e Gladstone (Mogi Mirim), volante/lateral Pio (Fortaleza), volante/meia Marcos Júnior (Volta Redonda), atacantes Augusto (Parnahyba) e Max, o Homem de Pedra. Neste caso, diria que os zagueiros e o atacante Augusto correm por fora nessa lista.

Ainda restam de 9 a 13 nomes, considerando o limite de 26-30, imposto por Surian. Dentre eles, jogadores da base. 

O mistério vai sendo revelado. Afinal faltam 19 dias para a apresentação oficial do elenco para a pré-temporada 2017.

Péricles Chamusca, o breve

A memória é boa, mas às vezes trai. Tinha certeza de que Péricles Chamusca havia treinado o América em 1997, mas sabia que Ferdinando Teixeira tinha comandado o clube durante todo o estadual, disputado no terrível Juvenal Lamartine em virtude de obras no finado Machadão para receber a Série A. 

Também sabia que o América havia sido comandado desde o início daquela 1.a Divisão pelo carioca Júlio César Leal, ex-Fluminense, que manteve o Mecão na elite nacional (17.° dentre 26 clubes, tendo disputado uma vaga entre os oito classificados para o mata-mata - sim, a Série A tinha finais - até umas 3 rodadas para o final). Naquele ano, só o São Paulo venceu o América no Machadão - uma campanha inesquecível!

Nos sites de estatística, o América aparecia no currículo de Péricles em 1998. Não batia com minha memória. Em 1998, o América foi campeão da Copa do Nordeste num jogo inesquecível no Machadão contra o Vitória de Fábio Costa, Agnaldo e Petkovic, todos no auge da carreira. E viveu uma Conmebol (atual Sul-Americana) e uma 1.a Divisão cheias de percalços. Mas eu não lembrava de Chamusca num jogo.

Aí achei a nota abaixo. É da Folha de São Paulo. O caderno de esportes da Folha de 05 de junho noticiou a contratação em cima da hora do novo integrante da elite do futebol brasileiro. Então entendi tudo. Péricles foi contratado para a Série A de 1997, como eu lembrava, mas nunca estreou. Foi demitido antes nas circunstâncias que relatei na postagem anterior.

Percebam que a nota foi redigida em 03/06/97, a quase um mês do Bradileirão, mas antes da virada de mesa daquele ano, que manteve Fluminense e Atlético-PR na 1.a Divisão, aumentando o número de participantes para 26.

Mas como adoro história, segue a reprodução completa da nota a respeito desse momento quase apagado da memória coletiva:

América-RN quer supresa no Brasileiro
Fábio Victor
Da reportagem local
Catorze anos depois de disputar o seu útimo Campeonato Brasileiro da primeira divisão, o time do América, de Natal (RN), desponta com a grande incógnita do torneio deste ano -programado para começar em 5 de julho.
O América volta à divisão de elite do futebol nacional por ter sido vice-campeão da Série B (segunda divisão) do ano passado. O campeão foi o União São João (SP).
Mas, seguindo uma prática comum no futebol nacional, deixou para aprontar o time às vésperas da competição, optando por contratar jogadores de outros Estados só para disputar o torneio.
A primeira providência da diretoria foi trocar o técnico. Ferdinando Teixeira, que levou ao time ao vice da Série B, foi substituído por Péricles Chamusca, contratado junto ao Mirassol (SP).
Chamusca fez uma lista com cerca de 15 jogadores -a maioria do interior paulista-, que o clube ainda está tentando negociar.
"Está em cima, mas vamos correr atrás do prejuízo. É o jeito", afirma o presidente do América, Eduardo Rocha.
Moura, um veterano de 32 anos que se destacou no Sport, transferindo-se depois para o Cerezo Osaka (Japão) vê com naturalidade a contratação tardia de reforços, mas admite que a preparação poderia ter sido melhor planejada.
"O ideal era que todo mundo estivesse treinando junto desde o início do ano", diz.
Com pretensões assumidamente modestas, o América aposta no desdém dos adversários para alcançar sua meta: ficar entre os 15 primeiros colocados do Brasileiro (24 clubes disputam a primeira divisão do torneio).
A expectativa de ser visto como "saco de pancadas" não desencoraja os jogadores do América -pelo contrário.
"Sabemos que isso vai existir, mas temos que ver o lado positivo da coisa. Correndo por fora, podemos surpreender a cada rodada", diz o goleador Vanderlei. 

Abrir o olho

Outro detalhe que me chamou a atenção na entrevista de Surian à 98 FM foi a defesa de seu projeto de profissionalismo. Ele vai cobrar tal característica de praticamente todos dentro do América: da cozinheira a Moura, executivo de futebol.

Surian deve abrir o olho. Sua fala me fez lembrar imediatamente 1997, o América na Série A. Na ocasião, o treinador era Péricles Chamusca. Sim, ele é irmão de Marcelo Chamusca, atual técnico do Guarani. Péricles chegou para dar treino na antiga Pousada do Atleta - onde hoje temos o Hiper Ponta Negra - e o vestiário estava fechado. Jogadores e comissão técnica esperando e nada do roupeiro chegar. Péricles determinou o arrombamento da porta para acesso ao material de treino. Mexeu num vespeiro. Começou ali a assinar sua demissão. Nem estreou na Série A. 

Guilherme Macuglia em 1999 também caiu por seu nível de exigência. Não queria jogador na cozinha fora de hora. Teria arrancado uma coxa de frango da mão de um jogador. As cozinheiras o detestevam. Adeus, Macuglia.

Se me perguntarem, os treinadores estavam certos. Talvez Macuglia não devesse ter sido tão bruto. Mas no América nem sempre estar certo é o correto. Os bastidores fritam muita gente. É preciso ter jogo de cintura.  A menos que a gestão do presidente Beto Santos tenha resolvido seguir com Felipe Surian nesse novo rumo de profissionalismo, o que eu acharia fenomenal. 

Mesmo assim, a força dos bastidores é fator para deixar qualquer um de olho bem aberto.

P.S.: provocada por Ronaldo Rezende a respeito da época em que Péricles Chamusca esteve aqui, revirei a internet para achar uma notícia a respeito da brevíssima passagem do técnico pelo América. Achei nota da Folha de São Paulo. É tão interessante que vou transcrevê-la na próxima postagem.

30

Em longa entrevista à Rádio 98 FM, o técnico do América Felipe Surian já elevou o número máximo de atletas com quem pretende trabalhar. Até então, Surian falava em 28 no máximo; ontem, falou em 30 jogadores como máximo admitido.

Como os atletas da base estão incluídos no número, Felipe Surian pode já ter achado o número de atletas profissionais em número muito próximo a 26-28. E deve ter recebido indicação do América de há na base talvez 2-4 atletas em condição de atuar profissionalmente.

Today's Headlines (11/16)

Headline for the good: Professor predicted Trump win, now says he will be impeached (that's exactly what I think).

Now other headlines: Secret back door in some U.S. phones sent data to China, analysts say, Visiting Europe, Obama warns against rise of  'crude sort of nationalism' and Leaked 'Brexit' Memo says U.K. is unsure how to proceed.

Have a good day, everyone.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Há limite para a mente criminosa?

A cada reportagem que sai na imprensa sobre todo tipo de fraude no ENEM a minha capacidade de me surpreender vai sendo testada. Haveria um limite para a mente criminosa?

Percebam que nem estou abordando outros tipos de crimes, mais ou menos violentos do que as fraudes do ENEM. Certamente a surpresa seria maior. A angústia também. Mas só neste último caso do ENEM já temos coisa suficiente para o questionamento.

Vejam vocês que nas investigações da Polícia Federal sobre a edição deste ano há indícios de que a prova vazou mesmo, pois os bandidos já sabiam do gabarito. Mas não está aqui o que me levou ao questionamento do título.

O que me fez ficar estupefata foi a revelação trazida pela Tribuna do Norte de hoje que o inquérito da PF menciona a estudante de enfermagem Késia Rayane Pimenta. Segundo a PF, ela precisou extrair um seio para se tratar de um câncer de mama. Terrível. Pois bem, ela mandou implantar um aparelho eletrônico no lugar onde deveria ser colocada uma prótese, no intuito de fraudar o ENEM.

É ou não é de se perguntar sobre se há limite para a mente criminosa?

Apesar do flagrante, Késia teve sua prisão relaxada por sua condição de saúde - coisa com a qual ela nem se importou na hora da fraude.

Parem o mundo porque eu quero descer.

Técnica faz primeira convocação

A técnica Emily Lima, que acabou de assumir a Seleção Brasileira de Futebol, realizou sua primeira convocação de atletas. A Seleção vai participar do 8.° Torneio Internacional Caixa de Futebol Feminino, sempre realizado no Brasil, desta feita em Manaus. No ano passado, esse mesmo torneio foi disputado na Arena das Dunas em Natal.

Mas Emily terá que se virar sem Marta, Cristiane e Érika, as duas últimas não liberadas pelo Paris Saint-Germain, da França, e a 10, por que esta já havia solicitado dispensa deste torneio ainda quando Vadão era o treinador, o que foi acatado pela nova técnica. Vamos à lista:

Goleiras - Bárbara (CBF), Letícia (Audax/Corinthians) e Vivianne (São José)
Zagueiras - Rafaelle (Changchun Volkswagen-China), Mônica (Adelaide United-Austrália), Bruna Benites (Avaldsnes Idrettslag-Noruega) e Ana Alice (Kyriat Gat-Israel)
Laterais - Camila (Audax/Corinthians), Tamires (Fortuna Hjorring-Dinamarca), Fabiana (Dalian Quanjian-China) e Poliana (Houston Dash-Estados Unidos)
Meio-campistas - Formiga (CBF), Thaisa (Audax/Corinthians), Andressinha (Houston Dash-Estados Unidos), Gabi Ceará (Braga-Portugal), Debinha (Dalian Quanjian-China), Rosana (São José), Gabi Zanotti (Dalian Quanjian-China)
Atacantes - Rafaela (Francana), Nenê (Audax/Corinthians), Millene (Rio Preto), Bia Zaneratto (Hyundai Steel Red Angels-Coreia do Sul), Chu Santos (Audax/Corinthians).

O Torneio Internacional Caixa de Futebol Feminino reunirá Brasil, Itália, Rússia e Costa Rica. As partidas serão sempre realizadas em rodadas duplas nos dias 07, 11, 14 e 18 de dezembro na Arena da Amazônia em Manaus. A última rodada trará na partida principal as duas seleções com mais pontos para a disputa do título do torneio. Não há ainda confirmação sobre transmissão pela TV. No ano passado, Band e BandSports transmitiram o torneio em Natal.

Sinal dos tempos

Tentei achar algo sobre a superlua em 1948, mas não consegui. Queria saber a reação da população. Meus pais não tinham nascido ainda. Meus avós, que poderiam me dar mais informações a respeito, já morreram todos. Lembrei do cometa Harley em 1986. Dormi na noite de sua passagem. E até onde sei, ninguém conseguiu vê-lo no bairro onde moro.

Mas vivemos outros tempos. Internet na palma da mão, celulares com câmeras prontas a dar o flagra em foto ou vídeo, redes sociais para nos gabarmos de tais conquistas. 

No Podcast de sexta eu sugeri Ponta Negra para quem quisesse acompanhar o fenômeno. Agora me sinto culpada, embora eu também tenha sugerido a singela atitude de apenas ir para a calçada de casa. Quem seguiu meu conselho viveu um verdadeiro inferno para chegar a Ponta Negra. Saí da casa de Fernando, aniversariante do dia e que mora nas imediações da Ponta Negra Automóveis e o congestionamento chegava à igreja de Santo Agostinho por volta das 21h! Pobre de quem mora por ali.

É que a humanidade age mesmo como rebanho: aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Natal em peso se deslocou para a orla para ver o bonito fenômeno, que já ocorrera em 16 de outubro e vai se repetir em 14 de dezembro, como se fosse o último dia de suas vidas. Tudo em nome de fotos de certas manchas no céu que seriam a prova do fenômeno. Gente, vocês não aprenderam ainda que somente câmeras ultraprofissionais conseguem captar a lua em todo o seu esplendor?  O belo fenômeno era para ser visto, não compartilhado pelas redes sociais. 

Fazer o que, né? Nem mesmo a superlua consegue colocar na cabeça desse povo que o que vale é viver, não postar fotos do que se vive nas redes sociais. 

Aguardemos 14 de dezembro.