Podcast: Chegou a Série C

Toda a expectativa da Série C e a estreia do RN com o clássico América x ABC.
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Série C 2016: Cuiabá x Remo às 19h

Local: Arena Pantanal (transmissão ao vivo para todo o Brasil em HD pelo EI MAXX e sem HD pela TV Brasil)

Cuiabá (4-4-2): Henal, Chiquinho, Joílson, Alisson, Julinho; Carlão, Léo Salino, Oliveira, Rubinho; Jeferson, Tito. Técnico: Flávio Araújo.

Remo (4-4-2): Fernando Henrique, Murilo, Brinner, Henrique, Fabiano; Lucas Garcia, Michel Schmöller, Eduardo Ramos, Allan Dias; Fernandinho, Ciro. Técnico: Marcelo Veiga.

Árbitro: Wanderson Alves de Sousa (MG)

Assistentes: Luiz Antonio Barbosa (MG) e Ricardo Junio de Souza (MG)

Destaques do Cuiabá 

Léo Salino - bom na marcação.
Rubinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Remo

Eduardo Ramos - bom na movimentação e na finalização.
Ciro - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: confronto de dois ex-técnicos americanos que têm linhas bem definidas de trabalho. O Cuiabá conta com sua torcida para superar o entrosamento do Remo. Empate.

Seminário sobre novo CPC

Hoje participei do Seminário sobre o novo Código de Processo Civil realizado no Teatro Riachuelo. Mais um bom evento da lavra do Professor Bento Herculano. Processualistas renomados aqui estiveram e teceram críticas e loas ao novo código de processo civil brasileiro.

Luiz Guilherme Marinoni falou sobre os precedentes obrigatórios, passo mais definitivo do Brasil rumo ao Common Law e afastando-se do aparentemente saturado, pelo menos em termos processuais, do Civil Law. Também fez uma dura crítica ao apego brasileiro a modelos ultrapassados como o italiano, o português e o espanhol.

Luiz Alberto Gurgel de Farias falou sobre recurso especial e sua admissibilidade, pontuando sobre alguma especificidades do STJ e da nova realidade de que vícios formais passam a ser sanáveis em geral.

Fernando Garjadoni falou sobre o dever de fundamentação das decisões. Ele abordou o aspecto teórico, mas não deixou de lado a realidade de que, se não houver sucesso na direção do processo brasileiro rumo ao Common Law, o Poder Judiciário ou ficará travado de vez, ou o novo CPC será letra morta nesta parte.

Marcus Aurélio Barros falou sobre execução e cumprimento de sentença, ressaltando que não houve grandes alterações na busca de real efetividade na tutela executiva.

Cássio Scarpinella Bueno falou sobre tutela provisória, que piorou com a nova codificação, mas abordou o caminho legislativo do novo código e denunciou que sua redação padece de vício formal de constitucionalidade.

Misael Montenegro falou sobre as provas, que também não sofreram significativa mudança, exceto pelo fato de que não cabe mais agravo da decisão que indeferir determinada prova, mas apelação, e apenas quando sair a sentença.

Rodrigo da Cunha Lima Freire falou sobre o sistema recursal e abordou interessante inovação a respeito da apelação do vencedor.

Fredie Didier falou sobre as principais alterações, ressaltando 4 grandes diretrizes que nortearam o novo código, inclusive quanto à tutela coletiva.

Enfim, foi um seminário enxuto, mas muito produtivo e de enorme valia para os operadores do Direito. Que venham mais eventos desse naipe para Natal.

Quem disputa o quê

O site Futebol Interior fez análise da Série C.  Devem subir 3 clubes do grupo A e 1 do grupo B. 

Sobre os clubes do RN:

"Historicamente o Grupo A costuma ser mais bem disputado. Com partidas mais atraentes e com nível técnico melhor do que os confrontos do Grupo B. Até por isso na primeira chave temos mais clubes candidatos ao acesso, caso de Fortaleza, ABC e Remo. Do trio, apenas o Remo não foi campeão estadual, mas promete investir e contar com o apoio do seu torcedor para retornar à Série B.

(...) Não devem brigar pelo acesso, mas também ficam longe de um eventual susto contra o rebaixamento no Grupo A: ASA e América-RN. O ASA vive grande crise financeira. No primeiro semestre sofreu para pagar os salários de seu elenco e durante a Série C não deve ser diferente. O América, apesar da tradição, é muito instável. A desorganização pode ser crucial nas suas pretensões de classificação."

A análise dos dois grupos ficou assim:

Grupo A

• Favoritos: ABC, Fortaleza e Remo
• Zebras: Botafogo, Cuiabá e Salgueiro 
• Nem sobem, nem descem: ASA e América
• Risco de rebaixamento: Confiança e River

Grupo B

• Favorito: Juventude 
• Zebra: Guarani 
• Nem sobem, nem descem: Botafogo-SP, Mogi Mirim e Ypiranga
• Risco de rebaixamento: Boa, Guaratinguetá, Macaé, Portuguesa e Tombense

Sobre essas aanálises tão precisas só digo uma coisa: já vi esse filme...

Enfim

Depois de muito choro e ranger de dentes, numa linguagem bíblica bastante utilizada, finalmente o América entrará em campo em 2016 sem a presença dos laterais Gabriel e Alex Cazumba. Ambos foram dispensados nesta semana. 

Não deixarão saudades. Pode-se até dizer que a saída representa reforço da equipe.

Aliás, o time que estreia na Série C contra o ABC será muito diferente do que perdeu de 4x0 para esse mesmo ABC há duas semanas. Naquela ocasião, o América foi de Pantera, Gabriel (Pedro Ivo), Flávio Boaventura, Gustavo, Alex Cazumba; Bruno Renan, Felipe Macena, Alan Silva (Mateusinho, Bruno), Cascata; Thiago Potiguar, Luiz Eduardo.

Agora não estão  mais no América Gabriel, Flávio Boaventura, Alex Cazumba, Alan Silva e Cascata. Bruno Renan está fora por contusão. Mateusinho não parece fazer parte dos planos do treinador. Tudo indica que Pantera, Pedro Ivo e Felipe Macena vão dar lugar a Daniel, Memo e Bruno Formigoni.

Talvez apenas Gustavo, Thiago Potiguar e Luiz Eduardo sejam repetidos. Talvez.

Definitivamente, é um novo América.

Líderes foram embora

Flávio Boaventura, Cascata e Júlio Terceiro. Os líderes do elenco que disputou Copa do Nordeste e estadual foram embora. Se a podridão a que o presidente se referiu passava pelos jogadores, certamente a saída das lideranças do elenco encaminha grande resolução do problema.

Abriu-se espaço para novas lideranças. Algumas nem tão novas assim, como Lúcio. Mas o pessoal que chegou trouxe uma desejada renovação. É esperar que em campo também haja mudança, particularmente quanto à vontade.

Clebão tem vaga

Segundo o Vermelho de Paixão, o empresário do zagueiro Cléber afirmou que estava tudo acertado entre ele e o América para retorno do jogador, mas o clube teria desistido. No entanto, o diretor Yuri Bagadão negou o acerto e disse que houve apenas sondagem.

Só digo uma coisa: Clebão é titular absoluto em qualquer time das Séries B e C.

"Quero subir para a Série B"

Pelo menos no discurso os novos jogadores do América têm mostrado seriedade e ambição. Agora foi o goleiro Daniel que deixou boa impressão em sua entrevista coletiva:

"Sou um jogador aguerrido, trabalhador, honesto, ajudo o grupo. Vim aqui [n]o ano passado (...) É um cidade boa. Tem torcida. Torcida do América [é] muito bonita. Vim em 2014 jogar contra o América aqui na Arena das Dunas, foi uma torcida maravilhosa. E é isso: é trabalho, muito trabalho para ajudar o América a subir. (...) Eu quero subir para a Série B. Eu vim aqui para subir. O América é um time grande e eu tô aqui para trabalhar para ajudar o América a chegar no lugar mais alto."

Elogios ao treinador e à torcida

Bruno Formigoni acabou de chegar ao América, mas já gostou da postura do treinador Sérgio China.

Em entrevista publicada pelo Globoesporte.com, o volante se definiu como volante moderno, que chega como fator surpresa no ataque. E elogiou tanto Sérgio China como a torcida americana.

"Estou aqui para ajudar e, conversando com o professor, na função que ele optar, eu vou sempre estar disponível. Ele perguntou como eu estava me sentindo. Desde que saí do Batatais, foram duas semanas de treinos particulares. Com o Raphael, ele perguntou em qual posição poderia jogar melhor. São coisas legais de se ver, essa conversa bem aberta com o professor e, na função que ele optar, todos os jogadores estarão disponíveis. (...) A torcida do América é muito fanática, é fantástica, e vou trabalhar e me empenhar ao máximo, e a minha resposta será dentro de campo."

Parece que o América vai encontrando um rumo no meio de tanta desgraça.

Já podemos imaginar

Pela sequência de jogos sem vitória (7) e pelo tempo sem vencer (52 dias até hoje), já podemos imaginar que quem descer do avião com condição de aguentar pelo menos um tempo vai para o jogo de domingo. É que o tempo urge e a necessidade de mudanças no time do América é para ontem.

Pelos anúncios e acreditando em regularização rápida, o time deve ter algo como Daniel, Ewerton, Zé Antonio, Gustavo, Alex Cazumba; Memo, Bruno Formigoni, Raphael Toledo, João Gabriel; Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Se Cazumba for mesmo embora, Bruno deve ter sua chance, a menos que Sérgio China prefira utilizar Raphael Toledo na posição em que iniciou sua carreira e tente algo diferente no meio - até mesmo Bruno.

O desentrosamento certamente pesará, mas não adianta apostar no entrosamento da equipe atual, que mal se arrasta em campo. E quanto mais cedo houver mudanças, mais rápido elas se consolidarão.