"Quero subir para a Série B"

Pelo menos no discurso os novos jogadores do América têm mostrado seriedade e ambição. Agora foi o goleiro Daniel que deixou boa impressão em sua entrevista coletiva:

"Sou um jogador aguerrido, trabalhador, honesto, ajudo o grupo. Vim aqui [n]o ano passado (...) É um cidade boa. Tem torcida. Torcida do América [é] muito bonita. Vim em 2014 jogar contra o América aqui na Arena das Dunas, foi uma torcida maravilhosa. E é isso: é trabalho, muito trabalho para ajudar o América a subir. (...) Eu quero subir para a Série B. Eu vim aqui para subir. O América é um time grande e eu tô aqui para trabalhar para ajudar o América a chegar no lugar mais alto."

Elogios ao treinador e à torcida

Bruno Formigoni acabou de chegar ao América, mas já gostou da postura do treinador Sérgio China.

Em entrevista publicada pelo Globoesporte.com, o volante se definiu como volante moderno, que chega como fator surpresa no ataque. E elogiou tanto Sérgio China como a torcida americana.

"Estou aqui para ajudar e, conversando com o professor, na função que ele optar, eu vou sempre estar disponível. Ele perguntou como eu estava me sentindo. Desde que saí do Batatais, foram duas semanas de treinos particulares. Com o Raphael, ele perguntou em qual posição poderia jogar melhor. São coisas legais de se ver, essa conversa bem aberta com o professor e, na função que ele optar, todos os jogadores estarão disponíveis. (...) A torcida do América é muito fanática, é fantástica, e vou trabalhar e me empenhar ao máximo, e a minha resposta será dentro de campo."

Parece que o América vai encontrando um rumo no meio de tanta desgraça.

Já podemos imaginar

Pela sequência de jogos sem vitória (7) e pelo tempo sem vencer (52 dias até hoje), já podemos imaginar que quem descer do avião com condição de aguentar pelo menos um tempo vai para o jogo de domingo. É que o tempo urge e a necessidade de mudanças no time do América é para ontem.

Pelos anúncios e acreditando em regularização rápida, o time deve ter algo como Daniel, Ewerton, Zé Antonio, Gustavo, Alex Cazumba; Memo, Bruno Formigoni, Raphael Toledo, João Gabriel; Thiago Potiguar, Luiz Eduardo. Se Cazumba for mesmo embora, Bruno deve ter sua chance, a menos que Sérgio China prefira utilizar Raphael Toledo na posição em que iniciou sua carreira e tente algo diferente no meio - até mesmo Bruno.

O desentrosamento certamente pesará, mas não adianta apostar no entrosamento da equipe atual, que mal se arrasta em campo. E quanto mais cedo houver mudanças, mais rápido elas se consolidarão.

Quem vai vestir a 10?

Depois de confirmada a saída de Cascata do América, os rumores de que ele já estaria acertado com o ABC aumentaram exponencialmente.

Na Rádio Globo Natal, até perguntaram a respeito ao presidente do ABC Judas Tadeu. Infelizmente não ouvi a resposta pois fiquei sem conexão bem na hora. Mas o comentário de Marcos Lopes em seguida já dava o tom de que os rumores podem mesmo ter fundamento.

E aí? Quem vai vestir a 10 no ABC: Cascata ou Lúcio Flávio?

Antes tarde do que nunca

Parece que a ficha caiu no América. As notícias de hoje começam a mostrar uma movimentação mais efetiva da diretoria na montagem de uma nova equipe para a Série C. 

Já foram anunciados Daniel (goleiro), Ewerton (lateral), Memo (volante), Bruno Formigoni (volante), Raphael Toledo (volante/meia), João Gabriel (meia).

Foram embora Flávio Boaventura (zagueiro), Gualberto (volante), Alexandre (volante), David Manteiga (volante), Cascata (meia).

Podem ir embora (nada oficial) Camilo (goleiro), Mateusinho (meia) e Alex Cazumba (lateral esquerdo). Ricardo Silva, da Rádio Globo Natal, afirmou que a direção americana fez uma proposta para Cazumba ficar.

Podem chegar (nada oficial) Elias (meia), Negretti (volante), Alysson (zagueiro), João Paulo (zagueiro), Pablo Oliveira (volante), Dida (goleiro), Danilo (lateral).

Certamente cabe bem mais gente, tanto na lista de chegadas como na de despedidas. Mas eu já me animo com os volantes contratados - de longe a maior carência do time.

Só não viu quem não quis

Segundo o Vermelho de Paixão, Cascata pediu para sair do América. Não surpreendeu a quem acompanhou pelo menos alguns dos jogos do Mecão da Série C 2015 para cá.

Aquele Cascata do primeiro semestre de 2015 sumiu desde sua renovação contratual. Seu desempenho sempre esteve abaixo do seu potencial. E neste ano a coisa piorou consideravelmente. O capitão do time no naufrágio do estadual chegou até a forçar a barra arranjando discussão com a torcida. Nunca soubemos se cobrou empenho da mesma forma de seus companheiros.

Teve suas conquistas e seus bons momentos, mas o ciclo de Cascata no América já dava claros sinais de esgotamento. Ainda bem que ele pediu para sair. Será mais feliz em outro lugar e permite ao clube rubro promover uma grande mudança nas lideranças dentro de campo.

Nunca é demais lembrar que Roberto Fernandes e Guilherme Macuglia reclamaram que esse grupo do América, publicamente liderado por Flávio Boaventura e principalmente Cascata em 2015 e 2016, tinha o grande defeito de não se cobrar dentro de campo. Exemplo maior disso foi o último gol tomado (Gama 1x0 América, Copa do Brasil). Todo mundo envolvido (Gabriel, Pantera, Zé Antonio) baixa a cabeça e sai.

Cascata tem muito potencial, mas não tinha mais gosto de jogar pelo América. Só não viu quem não quis ver.

Sobre Gama 1x0 América

Pelo pouco que vi do compacto descoberto pelo blog Vermelho de Paixão, duas coisas me chamaram a atenção: a insegurança do bom goleiro Pantera, principalmente no 1.° tempo, e o exagero na expulsão de Gabriel, logo no início do 2.° tempo.

Talvez a nova zaga formada por Zé Antonio na direita (há tempos joga pela esquerda) e Gustavo na esquerda - um certo desentrosamento - tenha provocado a insegurança em Pantera, mas alguns lances do 1.° tempo, inclusive o do gol, me fazem classificar essa partida como a pior que já vi na carreira de Pantera. Nem de longe ele parecia com ele mesmo.

No caso de Gabriel, não houve absolutamente nada no lance nem para cartão amarelo. Houve até um lance parecido no 1.° tempo em que o juiz deu apenas falta. A mudança de critério antes mesmo do 1.° minuto do 2.° tempo é exemplo da folclórica arbitragem brasileira, que entende que o critério para aplicação de cartões é sempre mais rígido no 2.° tempo. 

No mais, confirmei as impressões passadas pela narração de Marcos Lopes e até pela entrevista de Zé Antônio no intervalo: o time entrou apático. Mais uma vez. Parece que nada abala essa eterna prostração do time americano. Se bem que o spray de pimenta se mostrou eficaz no finzinho do 1.° tempo.

Sérgio China precisa descobrir um método para que esses atletas se tornem marcadores/pegadores. É preciso fazer com que o time transpire, já que inspiração tem passado longe.

E a estreia da Série C é logo ali. Ou se muda o script, ou teremos repeteco da final do estadual.

Diá pode sair do Campinense nesta semana

O técnico do Campinense Francisco Diá pode sair do time paraibano antes do fim do estadual. É que num áudio tornado público (clique aqui para ver a reportagem), Diá rasga o verbo sobre atritos com o presidente do Campinense.

Mais tarde, Diá afirmou ao site paraibano que aguarda a chegada do presidente do Campinense (que está viajando) para definir sua situação e não quis confirmar se continua até a final do estadual.

Silas quer Márcio Passos

O técnico Silas pediu à direção do Avaí a contratação de dois volantes: Márcio Passos (ABC) e Ferdinando (Portuguesa). 

Em entrevista após a estreia na Série B, Silas afirmou que espera Márcio Passos já para o próximo jogo, no dia 21, em casa, às 16h, contra o Sampaio Corrêa.

Preocupação para o ABC na semana de estreia na Série C.

Dá uma inveja...

Ontem a Série B começou. Vi Vila Nova 3x1 Bragantino e gostei. Vi Tupi 0x1 Goiás e detestei. Foi quase um antifutebol em campo.

Mas tenho que confessar que dá uma inveja ver a Série B começando...  São muitos anos acompanhando a competição e ver uma edição sem América e ABC porque ambos estão abaixo dela é deprimente.

Pior é que a pindaíba financeira em que os times do RN estão envoltos me faz temer uma nova realidade: a de que os centenários clubes do RN sejam definitivamente clubes de Série C.

Um terror.