quarta-feira, 11 de maio de 2016

A ironia

Hoje de manhã, alguém retweetou um comentário de Felipe Moura Brasil (@BlogDoPim) que chamou minha atenção.  

"Como escrevi em abril de 2014 (e alguns comentaristas insistem em provar): 'A ironia no Brasil precisa de prefácio explicativo."

Não sei a que se referia especificamente - imagino que seja alguma crítica ao PT ante a conhecida posição do autor do tweet. No entanto, achei o comentário sobre a ironia pertinente.

Sou muito apegada à língua portuguesa. Acho que foi meu pai que me passou tal zelo. Cresci com extrema preocupação de usar bem o vocabulário adquirido, deixando as palavras mais informais para os ambientes informais e as formais para onde caberiam.  

Obviamente cometo erros. Diariamente.  Nossa língua revela-se um saboroso mistério a cada dia. Só para ilustrar, descobri numa reportagem que "mussarela" não se gravava assim, mas "muçarela". Um choque ainda sendo digerido. 

Lembro que estava na luta para obter título de Especialista em Direito Constitucional junto à  UFRN, quando tive uma aula sobre a dissertação da monografia final. Dentre muitas coisas interessantes, uma ficou em minha memória. Segundo a professora, não há necessidade de colocar um termo aplicado com ironia ou com outro sentido entre aspas. Quem ler o texto terá capacidade de entender que o termo foi aplicado de outra forma. Por exemplo, se eu digo que fulano voou até uma sala, não preciso colocar "voou" entre aspas porque todo mundo é capaz de compreender que o termo foi usado com outro sentido, já que não é dado ao ser humano voar sem ajuda de equipamentos.

Levo essa lição comigo. Não ponho mais aspas quando uso termos com sentido diverso do original. Mas a percepção de que a compreensão de leitura anda em baixa no Brasil é desanimadora. Primeiro, porque ler nunca foi prioridade da maioria dos brasileiros. Segundo, porque português também nunca foi a matéria predileta dos brasileiros na escola. Terceiro, talvez este seja até o motivo fundamental, porque quase ninguém mais se dá ao trabalho de ler algo com mais de 140 caracteres com a devida atenção.

Assim, morre a comunicação e, por tabela, morre a ironia. Como expor sarcasticamente uma opinião sem que algum descuidado compreenda exatamente o contrário? A fina ironia é recurso que torna um texto agradável, posto que usa um humor inteligente para expor uma crítica. Perde-se a graça se precisamos explicar didaticamente a ironia.

Ressalte-se que nem só de ironia podemos viver. Quem só se comunica irônica ou sarcasticamente passa um menosprezo grande aos interlocutores. Termina por não ser bem compreendido quando enfim não esteja sendo irônico ou sarcástico. Vira um chato de galocha.

Por um mundo com ironias na dose certa e bem compreendidas. Sem prefácio explicativo.

Muitos nomes

Ante a necessidade de reformulação drástica do elenco americano, pipocam nomes de possíveis reforços para a equipe.

Só de goleiro, surgiram 3 nomes: Dida (Campinense), Érico (Baraúnas) e Rafael Sandes (Confiança). Mas também há zagueiro (Alysson do Fluminense-BA), lateral direito (Everton do Guarani-CE), volantes (Moreilândia do Salgueiro-PE e Pablo Oliveira do Globo-RN), meia (Moisés do Macaé) e um misterioso Júnior Chiclete, do Flamengo-BA. Outros muitos são sugeridos nas redes sociais.

Mas uma coisa é certa: a maioria não poderá mais atuar pela Copa do Brasil por já ter jogado por seus clubes de origem. Pelo menos foi o que o presidente Beto Santos afirmou. O América segue na linha de que a prioridade é o acesso à Série B e não vai deixar de trazer um jogador por empecilho em outra competição.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Pinguim não gosta de ópera

Agora sabemos: pinguim não gosta de ópera. Basta conferir a reação dos bichinhos no vídeo do cantor de ópera inglês Nick Allen.

Votação da FNF com exclusões

Segundo Ítalo Anderson e Dionísio Outeda, os profissionais da TV União e da 98 FM não foram chamados a escolher os craques do Potiguar 2016.

Com a palavra a FNF.

Numa das finais pelo Brasil

Fim de semana de muitas finais no Brasil. Aí chegou até mim um disse-me-disse engraçado, naquela linha "conto o milagre, mas não conto o santo".

Pois bem. Numa dessas finais pelo Brasil, um torcedor estranhou ver o presidente de uma das agremiações na arquibancada e não numa cabine (hoje tudo virou camarote) do estádio. "Não vai para o camarote, não?", perguntou o torcedor, ao que o presidente respondeu "Não me misturo com m...". Podem imaginar uma palavrinha bem feia para completar a frase. 

Na referida cabine estariam, além de muitas outras pessoas, um treinador e um ex-presidente de uma das agremiações.

Os bastidores do futebol têm sua graça. São muitas estórias e histórias para contar.

Não é por nada...

...mas a tara americana por ex-ABC continua. Falando só de quem chegou neste ano: Camilo, Gabriel, Neto Potiguar, Sérgio China e possivelmente o meia Moisés. 

É de impressionar!

Compromisso inadiável

Hoje à noite o novo técnico do América tem um compromisso importantíssimo: assistir ao jogo do adversário de sábado pela Copa do Brasil. O Gama enfrenta hoje em casa o Paysandu pela final da Copa Verde e precisa de 3 gols de vantagem para ser campeão.

Sérgio China certamente estará ligado ou no EI MAXX ou no Esporte Interativo a partir das 20h para obter o máximo de informações que puder a respeito do adversário, uma vez que nem seu próprio grupo o treinador conhece muito ainda.

"Forças externas"

Em entrevista à TV VP ontem, o presidente do América refutou qualquer possibilidade de que os 4x0 impostos pelo ABC ao América na final do Potiguar 2016 fosse fruto exclusivamente da ausência de um técnico definitivo no comando da equipe.

Segundo o presidente, "forças externas" atuaram no Frasqueirão e era possível sentir "o cheiro de podridão no vestiário do América" ainda no intervalo.

Beto disse que os bastidores da decisão ficarão mais evidentes com as notícias dos próximos dias.

O presidente não quis ser mais direto sobre que forças externas seriam essas, o que dá margem a todo tipo de interpretação.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Mais uma vez...

Mais uma vez o América aguarda um treinador que não vem. Em 2010, Ruy Scarpino nem telefone atendeu para fugir do compromisso. Em 2016, a história foi um pouco diferente. Desde o primeiro momento, Francisco Diá informou que cumpriria a palavra dada ao Campinense e ficaria até o final do agora suspenso campeonato paraibano. E Diá disse o que tinha de dizer pessoalmente.

Louve-se a atitude de Diá, que anda em falta no futebol brasileiro.

E mais uma vez a torcida do América vai dormir com um treinador e acorda com outro. No fim de 2015, foi dormir com Flávio Araújo, que chegou a ser procurado agora, e acordou com Aloísio Guerreiro. Agora foi dormir com Diá e acordou com Sérgio China.



Sérgio China virou treinador de verdade no ano passado. Antes dirigira o Náutico como interino por duas partidas em 2014. Foi em 2015 que assumiu o Salgueiro. Em 42 partidas, 11 vitórias, segundo o site O Gol. Foi vice-campeão de Pernambuco. Na Série C, caiu na 1.a fase, mas já chegou sem chances à última rodada. O Salgueiro foi o 8.° colocado do grupo A com apenas 4 vitórias - 3 em casa - em 18 partidas (7 empates e 7 derrotas).



Ainda em 2015, voltou ao ABC, onde fora campeão em 1993 como jogador. Dirigiu o time em 8 partidas da Série B. Ganhou 2.

Na atual temporada, foi 4.° lugar no Pernambucano, classificou-se para a 2.a fase da Copa do Nordeste  e caiu na 1.a fase da Copa do Brasil para a Ferroviária com uma derrota (fora) e um empate (casa). Foram 23 partidas e 11 vitórias.

Não sei qual foi a grande conquista de Sérgio China na Série C que o torne um treinador com cara de Série C, uma vez que o presidente do América afirmava que essa era a característica fundamental do novo técnico. Sérgio China só disputou uma Série C e ficou mais perto do rebaixamento do que da classificação para a 2.a fase.

Mais uma vez, parece que o América parte para o desespero de um plano B impensado. Pode dar certo. Sérgio parece um cara trabalhador. Mas que essa solução tem todos os ingredientes para dar errado, tem. Mais uma vez.

Diá em Natal e lista de reforços

O blog Vermelho de Paixão divulgou foto de Diá em Natal ontem reunido numa pizzaria com Walmir Nunes, Ricardo Bezerra e Paulinho Freire.

Nessa reunião, saiu uma lista de reforços para o América: Dida (goleiro, ex-América e atual Campinense), Alisson (Fluminense-BA), Moreilândia (volante, Salgueiro), Moisés (meia, ex-base do ABC, esteve no Palmeira e no Macaé agora em 2016) e Júnior Chiclete (não encontrei informação sobre ele). Por aqui, já vi Dida, Moisés e Moreilândia. A partir destes, imagino que os outros também sejam bons jogadores para a disputa da Série C 2016.

 Alisson
 Moreilândia 
 Dida
Moisés

Se de fato os nomes forem confirmados, o América começa a acertar o passo. A lista de reforços certamente aumentará. Mas é preciso apressar a vinda de Diá, já que qualquer ponto desperdiçado em casa pode significar frustração no fim da primeira fase, a exemplo do que ocorreu no ano passado.