7.º dia de viagem, 4.º dia em Orlando. Para vir para cá e não ter surpresas, é bom se acostumar a seguir a previsão do tempo. Hoje, por exemplo, a previsão era de tempestades (chuva com raios). A chuva foi fininha, mas insistente o dia inteiro. Melhor adiar os parques e antecipar as compras. Mesmo não estando frio (a coisa ficou nos 16º), é chato acompanhar o abre e fecha da montanha russa por causa da chuva. E se tenho medo de altura, juntar isso a raios já é demais.
Começamos o dia um pouco mais tarde e fomos à Perfumeland, uma loja de brasileiros bem conceituada por aqui. Havia algumas boas promoções. Algumas. Os clássicos estavam todos com preço normal de perfume. Para quem gosta dos importados (basta um pingo para o cheiro tomar conta) sempre vale a pena comprá-los por aqui, independente do dólar. É que se sobe em dólar, o preço sobe no Brasil também (são importados). Ainda estou imaginando quantas vidas Janaina terá para usar todos que adquiriu...
Em seguida, fomos para o Pointe Orlando, shopping que fica bem pertinho da Orlando Eye. O estacionamento é pago por períodos (2 em 2 horas). Não aceita dinheiro, só cartão de crédito porque os guichês de recebimento são automáticos. Paguei $6 por ficar entre 2 e 4 horas.
No Pointe Orlando, o meu interesse era um só: Tommy Hilfiger Clearance, a loja dos encalhes da TH. Mas se há dois anos achei blusa de $7, short de $4 e calça de $10, tive que me contentar com $13 como o menor preço. Em compensação, o atendimento melhorou demais. Bati até papo com uma das funcionárias de lá, que inclusive me ajudou a decidir sobre algumas roupas. Também tive mais paciência e provei quase tudo. Não quero ficar com blusas super largas por falta de prova. Aliás, esta é a regra número um daqui: não confie no olho, nem na etiqueta. Prove as roupas! Daí a dificuldade em presentear com roupas.
Também havia esquecido que esta loja Tommy não aceita qualquer outro cupom de desconto. Eu queria usar um e-mail, mas não pude. Guardei para a loja do Orlando Premium, outro shopping.
Na saída, resolvi conferir a Victoria's Secret. Nunca havia entrado pra valer numa. Terminei comentando isso com a vendedora Rosie. Para quê? Viramos cobaias num treinamento da Victoria's Secret. Fomos paparicadas por uma ruma de mulheres, provamos n sutiãs e fomos atendidas diretamente por Olga, a responsável pelo treinamento da Victoria's Secret em todos os Estados Unidos. Ela fez questão de nos dizer que este era o nosso lucky day, pela coincidência de ser nossa primeira vez lá e ela estar em Orlando e naquela loja realizando o treinamento com as meninas. Tivemos uma aula sobre sutiãs. Fomos tratadas como superstars. Ficamos tanto tempo à disposição delas (éramos 5 mulheres num provador, embora tenham entrado ali muitas mais!), que no fim, ganhamos cada uma um desconto de $20 para comprarmos produtos Victoria's Secret. Saímos de lá com sutiãs (m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s) e cremes hidratantes. A brincadeira nos custou em torno de $180, mas valeu cada centavo. Tiramos uma selfie com Rosie (essa que aparece na frente tirando a foto) e algumas das meninas. Esquecemos de chamar Olga para a foto...
E lá fomos nós ao Burger King para almoçar. Começar a fazer compras sempre dá uma depressão pela rapidez com que o dinheiro vai embora, mas é preciso lembrar o tempo de economia para que chegássemos até aqui. Demos uma espanada na depressão e tomamos o rumo do Orlando Premium. Como chegamos à tarde, o local estava lotado (o povo só faz compras à tarde). Rodei muito para achar uma vaguinha no enorme estacionamento. Quem vem a Orlando precisa se acostumar com o fato de que o padrão de shopping aqui está mais para o CCAB do que para o Midway Mall. Não há primeiro andar; tudo se espalha por milhares de metros quadrados. Às vezes há ruas dividindo o shopping. Então nem pense que você vai aguentar rodar de loja em loja com suas compras. Pegue um mapa, compre seu livro de descontos (coupon book) por $5, marque o que deseja mesmo ver e onde quer comprar e siga seu trajeto. O mapa é essencial. Eu, por exemplo, sempre me perco. E hoje, para variar, tomei mais chuva porque achei que ia numa direção e estava seguindo para o lado oposto.
Fui logo à Tommy Hilfiger. Depois de muitas compras, saquei meu celular para usar meu e-mail com desconto e...descubri que só tinha 1% de carga e a fila estava enorme. Deixei Janaina na fila e corri para comprar o livro. O desconto do e-mail era bem melhor, mas não podia correr o risco de chegar a hora de pagar e o celular ter dado o último suspiro. Livro comprado, voltei para a fila e, na hora de pagar, o celular já era. Mostrei ao caixa e perguntei se era suficiente eu passar para ele o código do desconto. Ele me disse que tinha que ver o e-mail. Quase morri. Perdi uns $40 por isso, mesmo usando o desconto do livro. Vocês já podem imaginar a cara de "eu avisei" de Janaina por ter me dito um milhão de vezes para trocar meu celular ultramoderno quem nem o botão físico de liga/desliga funciona mais. Só me recolhi à minha insignificância. Vou passar para um velhinho mais enxuto em Natal.
Ainda fomos a Calvin Klein. Assim que compramos na TH, recebemos 10% para usar na CK, fora outros descontos para outras lojas. É assim que os americanos fazem a roda das compras girar num shopping enorme. E esses descontos só valem para o mesmo dia. Aquilo fica martelando na sua cabeça. Por isso digo que é preciso traçar um plano para começar as compras por aqui e não perder a cabeça e torrar todo o dinheiro.
Finalizamos na rainha dos preços baixos: a Gap. Achei blusa até de $ 5.99. Só não dá para escolher muito. Quando achamos a cor, não achamos o tamanho. E vice-versa. E se achamos os dois, na maioria dos casos o preço é bem maior.
Já noite em Orlando entramos no carro. E tome engarrafamento na Sand Lake Road! Orlando não tinha muito isso não. No entanto, desde que aqui cheguei todos os dias vi engarrafamentos grotescos. Acho que por isso estão duplicando várias estradas na Flórida e algumas vias aqui. Mas assim que passamos no teste da paciência da Sand Lake Road, num pulinho chegamos ao hotel. Tiramos o resto da noite para organizarmos as malas, já que as compras acabaram. E eu aproveito sempre o finzinho de noite para atualizar o blog.
Amanhã a previsão é de chuva com raios, tudo mais intenso. Como adiantamos muito as compras, provavelmente vamos ficar pelo hotel mesmo, só saindo para comer. Dou detalhes amanhã.
P.S.: Já ia esquecendo de avisar como ligar para o Brasil sem o wifi. Uma opção barata é achar um telefone público (cada vez mais raros) e ligar 1-800-745-55-21. Esse é o número do Brasil Direto da Embratel. Escolha 1 para português e 1 novamente para ligar a cobrar sem necessidade de atendente. Pronto! Basta discar o código da cidade e o número do telefone que você quer acessar. É assim que falo com quem não usa internet.