E eu inocentemente achando que o ABC havia trocado o local de seu mando de campo para derrubar uma tal maldição. Que nada! A CBF informou desde 26/08 que a modificação do local dos jogos que têm o ABC como mandante para a Arena das Dunas se deu por "indisponibilidade de utilização do Estádio Frasqueirão devido ao atendimento de exigências e adaptações de alambrados, acomodações e equipamentos da Polícia Militar."
Interessante é que no início deste ano o Frasqueirão já estava interditado por causa de outras exigências de MP e Corpo de Bombeiros. Ou a reforma foi mal feita, ou a PM encontrou novos problemas.
Só que ninguém ouviu falar de reforma alguma no Maria Lamas Farache nos últimos dias! Há reforma? Melhor, há dinheiro para tanto?
Parece que o Frasqueirão ficará indefinidamente em segundo plano pela falta de manutenção, o que constitui grave risco a qualquer patrimônio.
Não deu certo um América mais defensivo no 1.° tempo contra o Cuiabá. Não pelo gramado, que é de Copa do Mundo. Não pelo clima, porque São Pedro providenciou que tudo estivesse dentro dos conformes. O grande problema foram as ausências de Judson e Thiago Potiguar.
E por que Cascata não fez falta? Porque, como esperado, Bruno Farias atuou bem quando Bob resolveu colocá-lo no jogo.
Além disso, vamos combinar que essa história de jogar atrás não combina nem com o América, nem com Bob.
De todo jeito, o Cuiabá conseguiu seus gols em falhas do América, o que serve de alerta para que tais erros não se repitam daqui para frente.
Como sempre, Max foi decisivo. Esse pontinho foi de fundamental importância na caminhada para a classificação, principalmente porque enfrentará seus adversários diretos nessa luta pela vaga (Confiança e Botafogo). Mas não custa nada torcer para Fortaleza hoje e Vila Nova na próxima quinta. Ambos jogam contra o Confiança.
Acho que isso sempre existiu. No entanto, nestes tempos modernos de redes sociais, acredito que houve considerável piora. Refiro-me à crítica pela crítica.
Sim, há pessoas que não enxergam nada de bom em coisa alguma, especialmente se de outras pessoas. Nada presta, nada está certo, nada evolui. Há um quê de maldade insuportável em tal comportamento. Para mim, uma verdadeira extensão do bullying.
Vou dar um exemplo. Tenho horror ao estilo musical da Banda Calypso. Acho a voz de Joelma extremamente irritante. Criei verdadeira repulsa às idéias retrógradas da cantora após ela querer doutrinar gays. Mas achei um absurdo uma postagem que vi no Facebook malhando de seus atributos físicos, comparando-a a um animal exótico. Eu me pergunto o que leva alguém a ter prazer em espezinhar publicamente os outros por estarem fora do padrão de beleza tido como normal.
Gosto é algo extremamente pessoal. Ouvi uma vez de alguém com quem trabalhei que o estilo de música que eu gostava (embora ele nem soubesse que eu gostava daquele estilo) causava uma irritação nele. Fiquei surpresa por finalmente ouvir o outro lado. É que estamos acostumados a nos cercar de pessoas que gostam mais ou menos das mesmas coisas que gostamos e assim é espantoso quando alguém discorda. Normalmente, eu sou a do contra, mas já me acostumei a ouvir som alto, forró, Grafith, etc. sem dar um piu. Respeito todos os gostos e me controlo para não ser desagradável. Pena que esta não seja a regra.
Às vezes também penso que tal comportamento depreciativo esconde uma certa inveja. Num bate-papo com alunos, discutíamos sobre os grandes atrativos de cada cidade. Sobre Macaíba, foi citado o instituto mundialmente famoso de Miguel Nicolelis. Daí para o grande momento de abertura da Copa 2014, em que um exoesqueleto controlado por impulsos cerebrais permitiu a um paraplégico dar um passo, foi um pulo. Falamos das críticas que surgiram à transmissão por quase perder esse momento genial. Por fim, eles lembraram que houve jornalista no Brasil (salvo engano, um colunista da Veja) que criticou o experimento em si. Gente, parafraseando Neil Armstrong, aquilo foi sim um pequeno, talvez minúsculo, passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade. Como diminuir um experimento tão importante? É certo que não veremos exoesqueletos daqueles acessíveis em pouco tempo à população em geral. Mas o desenvolvimento ao longo dos anos proporcionará sua produção em menor tamanho com materiais mais eficientes, mais leves e mais baratos. Aquilo foi só, sem trocadilho, o pontapé inicial. Não reconhecer tal feito parece mesmo inveja ou pequenez com o sucesso alheio.
No mesmo bate-papo, um aluno diagnosticou o problema. É que com as redes sociais todo mundo agora tem opinião. Eu diria mais: agora todo mundo quer mostrar que tem opinião. E parece que soa mais culto demonstrar defeitos a aplaudir qualidades.
Não prego que as pessoas sejam chapas brancas. Nem poderia. Alguém com o espírito crítico como o meu soaria hipócrita se assim o fizesse. É preciso sim ter opinião! Mas será que não há um espaçozinho para elogiar, sugerir ou recomendar boas atitudes? Não sobra nem um minutinho de autocrítica antes do disparo de depreciações que soarão sem sentido ou, pior, cruéis?
Vou mais longe e, para encerrar, vou falar de amor como tenho feito nos últimos domingos. Os mais antigos lembrarão da clássica coleção de figurinhas Amar é... Pois bem. Amar é ter que ouvir Paula Fernandes, aquela que canta trincando os dentes, e gostar do que ouviu. A música abaixo, por exemplo, é lindíssima.
Confiança (4-3-3): Rafael Sandes, Ney Maruim, João Paulo, Valdo, Pedrinho; Elielton, Richardson, Everton; Rômulo, Robinho, Diego Ceará. Técnico: Betinho.
Árbitro: Igor Júnio Benevenuto (MG)
Assistentes: Rogério de Oliveira Braga (PI) e Francisco Nurisman Machado Gaspar (PI)
Destaques do Fortaleza
Everton - bom na movimentação.
Maranhão - bom na movimentação e na finalização
Destaques do Confiança
Richardson - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Everton - bom na movimentação.
Prognóstico: o Fortaleza (1.º) segue firme rumo à classificação. O Confiança (6.º) vem de 2 vitórias seguidas. Vitória do Fortaleza.
Local: Estádio do Café (transmissão ao vivo para todo o Brasil pela TV Brasil)
Londrina (4-4-2): Vitor, Rhuan, Silvio, Matheus, Paulinho; Diogo Roque, Germano, Rafael Gava, Zé Rafael; Edmar, Bruno Batata. Técnico: Cláudio Tencati.
Caxias (4-5-1): Marcelo Pitol, Bebeto, Jean, Dener, Matheus Leoni; Baiano, Jean Carlo, Léo, Douglas Packer, Diego Torres; Edson. Técnico: Beto Campos.
Árbitro: Vanderlei Soares de Macedo (DF)
Assistentes: Helton Nunes (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC)
Destaques do Londrina
Diogo Roque - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Rafael Gava - bom na movimentação.
Destaques do Caxias
Marcelo Pitol - experiente.
Douglas Packer - bom na movimentação e na finalização.
Prognóstico: o Londrina (2.º) perdeu pela 2.ª vez na competição na rodada anterior para o quase rebaixado Guaratinguetá. O Caxias (10.º) espera o impossível. Vitória do Londrina.
Águia de Marabá (4-4-2): Maycki, Ari, Negretti, Bernardo, Ednaldo; Fred, Flamel, Esdras, Júnior Timbó; Daniel Santos, Geovane. Técnico: João Galvão.
Icasa (4-3-3): Léo, Dogulas Santos, Paulo Maranhão, Jucélio, Victor Souza; Guídio, Da Silva, Sandrinho; Vinícius, Rosivaldo, Danilo Lins. Técnico: Maurílio Silva.
Árbitro: Paulo Sérgio Santos Moreira (MA)
Assistentes: Cícero Romão Batista Silva (MA) e Carlos André Pereira Sousa (MA)
Destaques do Águia
Flamel - bom na movimentação.
Júnior Timbó - bom na movimentação e na finalização.
Destaques do Icasa
Sandrinho - bom na movimentação.
Danilo Lins - esperança de gols.
Prognóstico: o Águia de Marabá (9.º) e Icasa (10.º) fazem um verdadeiro clássico do rebaixamento. Ambos torcem para que o América vença o Cuiabá para não serem antecipadamente rebaixados. Vitória do Águia de Marabá.
Juventude (4-3-3): Elias, Helder, Pereira, Diogão, Heverton; Vacaria, Fabrício, Wallacer; Kelvy, Jô, Zulu. Técnico: Antonio Carlos Zago.
Tupi (4-4-2): Glaysson, Osmar, Sidimar, Lula, Bruno Ré; Genalvo, Rafael Jataí, Vinícius Kiss, Gabriel Dias; Felipe Augusto, Bruno Aquino. Técnico: Leston Júnior.
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE)
Assistentes: José Roberto Larroyd (SC) e Eli Alves Sviderski (SC)
Destaques do Juventude
Vacaria - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Wallacer - bom na movimentação e na finalização.
Destaques do Tupi
Bruno Ré - boa opção ofensiva.
Vinícius Kiss - bom na movimentação.
Prognóstico: o Juventude (5.º) ainda sonha com a classificação e aposta no mando de campo para superar o quase imbatível Tupi (1.º). Empate.
14 jogos seguidos sem vitória. Nenhuma vitória como mandante em 25 rodadas da Série B, algo inédito na história dos pontos corridos. Esse é o histórico do ABC até aqui. É claro que ainda faltam 13 rodadas e, portanto, 39 pontos em disputa que podem livrá-lo com folga do rebaixamento. No entanto, negar que o alvinegro caminha a passos largos para a Série C é tentar encaixar um quadrado num círculo.
Ninguém passa impune com um histórico assim. No ano passado, por exemplo, eu dizia o mesmo do América com a sequência de 10 jogos sem vitória. Lá como aqui, o diagnóstico deve ser igual: omissão de diretoria. Jogador de futebol é bicho danado. Sem o olho de quem manda nos porcos por perto, ambienta-se a casa de mãe Joana. Adeus, coletividade. No caso do ABC, a coisa é bem pior: há tempos que não é o presidente quem dá as cartas no clube. A crise aberta com a saída de Marcelo Abdon esclareceu qualquer dúvida a respeito. Deixando o futebol de lado, alguém já viu algum negócio prosperar sem a presença do dono dos porcos?
O que começa errado tem mesmo enormes chances de dar errado. A temporada começou com a manutenção de Roberto Fonseca. O fato de ter livrado o ABC do rebaixamento parecia característica fundamental para o planejamento. Foi demitido invicto tanto no estadual como na Copa do Brasil. De lá para cá, até o fraquíssimo Toninho Cecílio foi contratado, mas ninguém enxergava a necessidade de reforçar o elenco. Os comentaristas da terra, por exemplo, só falavam em péssimas escalações dos treinadores. Nem piu a respeito de jogadores. Só depois da vaca muito encaminhada para o brejo é que surgiram os primeiros reconhecimentos a respeito de que o grupo de jogadores seria fraco, assim como o melhor técnico do Potiguar 2015 Josué Teixeira alegara ainda antes da grande final do Centenário.
Agora, como virou moda todo mundo repetir Muricy Ramalho, diz-se que a bola pune. E alguns torcedores do América não perdem a chance de lembrar que o ABC não vence como mandante na Série B desde que escalou o sub-17 para jogar contra o Bragantino ainda pela Série B 2014 apenas para rebaixar o rival alvirrubro. O castigo teria vindo a galope, dizem.
O empate contra o CRB pelo menos livrou o time da lanterna. Quer dizer, do 20.º ou último lugar, como sempre enxerga a imprensa potiguar quando tal situação atinge o alvinegro. Nem os vários desfalques do CRB, nem a superioridade numérica do ABC no fim da partida foram suficientes para quebrar a verdadeira maldição em pleno ano do centenário que se abateu sobre o alvinegro. Nada parece interromper sua caminhada a passos largos rumo ao rebaixamento.