sábado, 25 de abril de 2015

Potiguar 2015: Santa Cruz x Potiguar às 16h

Local: Estádio Iberê Ferreira de Souza

Santa Cruz (4-4-2): Marcello Galvão, Klebson, Jonatha, Carioca, Renatinho Carioca; Júnior Recife, Gleidson, Iure Telles, Ila; Cristiano Sergipano, Eduardo Rato. Técnico: Wassil Mendes.

Potiguar (3-5-2): Roberto, Célio Lima, Marinho, Alexandre; Bruno Paraíba, Fernandes, Jefferson, Ciel, Samuel; Dudu, Sávio. Técnico: Edinho Cardoso.

Árbitro: Leandro de Sales Barchz (FNF)
Assistentes: Gilvania Dantas da Silva (FNF) e George Ítalo Antas Nogueira (FNF)

Destaques do Santa
Klebson - boa opção ofensiva.
Cristiano Sergipano - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Potiguar
Bruno Paraíba - boa opção ofensiva.
Ciel - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: nenhum dos dois almeja mais coisa alguma na competição. Vitória do Santa Cruz.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Roberto Fernandes e as rádios de Natal

Cada dia mais atarefada, quase não tenho mais tempo para dedicar a programas de rádio e/ou TV sobre futebol. Nesse ponto, os programas de rádio levam pequena vantagem porque normalmente estou no trânsito no horário de 90% deles, o que me deixa a par de algumas opiniões.

Acostumada a lidar com testemunhas (aquelas pessoas que sempre lhe dizem uma coisa fora do processo e outra totalmente diferente em juízo) e mesmo com alunos (sempre com uma desculpa pronta para a atividade não realizada na data prevista), a vida me calejou a ler as entrelinhas do que qualquer pessoa diz.

A pauta mais recente, de um jeito ou de outro, tem sido Roberto Fernandes. E o ar de rancor em relação ao técnico americano ficou meio que evidente em alguns momentos nos últimos 15 dias.

Primeiro, Bob vinha reclamando de desfalques e cansaço de alguns jogadores ante o desempenho não satisfatório do time. Ok, até eu reclamei da reclamação. Mas algumas pessoas nas rádios aproveitaram a deixa para descer o sarrafo no treinador e ensinar como um treinador deveria se portar.

Depois, Bob disse que a imprensa já havia cravado o ABC como campeão do 2.° turno e não seria por ocasião do clássico que ela iria "arregar". Nossa! Houve um comentarista que negou veementemente que a imprensa desse o ABC como favoritaço à conquista do 2.° turno (uma leseira, já que era essa mesma a condição do ABC 100% invicto), mas foi justificar sua opinião e meteu que era a mesma situação do América no 1.° turno (favoritaço pela boa campanha). Então a imprensa dava mesmo o ABC como favorito, né? O rancor era tamanho que o cara acabou se contradizendo.

Um site esportivo chegou até a tirar de contexto a declaração de Bob, dizendo que ele afirmara que era o América que não iria arregar. Mas hoje o América disponibiliza suas entrevistas coletivas completas em seu site, o que evita essas edições esquisitas.

Melhor mesmo foi a tentativa de colocar os estilos de Josué Teixeira e de Roberto Fernandes como diametralmente opostos, especialmente quanto a fazer segredo sobre escalações. Passaram o tempo todo dizendo que esconder o jogo era coisa antiga e ineficiente, mas quando o mesmo comentarista soube que Josué Teixeira não pretendia fazer qualquer segredo sobre o time do ABC e os treinamentos para o clássico, bateu o desespero. Na hora, ele rebateu o repórter e disse que certamente o treinador teria algum segredo para o clássico. Ou seja, segredo era coisa do passado, mas ao saber que Bob teria seus mistérios e o técnico do ABC seria 100% transparente, a angústia tomou o mesmo comentarista de supetão e ele praticamente desautorizou o repórter ao vivo.

Ainda nessa linha, agora foi Josué Teixeira que escondeu o jogo (não tanto quanto Bob, pelo menos até agora) sobre o time a jogar contra o Globo. 99% reserva. Imagino que isso seja uma decisão inteligente - é o que devo ouvir hoje se estiver no trânsito no horário.

Mas ontem ouvi outro comentarista descer o sarrafo na decisão de Bob de jogar com time dito reserva contra o Potiguar. Ante o resultado de 3x2, o cara teceu longo comentário a respeito de que o América teria que ter usado o time titular porque Roberto Fernandes precisava definir seu estilo de jogo. Santa inocência, Batman! Bob já tem seu time. Ele quer saber é quem mais pode render como opção, ou até muito eventualmente, como titular, e, principalmente, evitar desfalques.

No entanto, o melhor ainda estava por vir. Num estilo definido como "converse mais que você se perde", o comentarista terminou por afirmar que mostrar serviço contra o fraco e desfalcado Potiguar não era mérito para ninguém e que não havia qualquer pessoa que achasse que um titular daquele jogo deveria ser titular nas finais. Então, cara pálida, por que Bob teria que submeter seus titulares a um gramado reconhecidamente péssimo e correr o risco de novas lesões para definir um tal estilo de jogo (já definido, diga-se de passagem) se o Potiguar não servia de parâmetro para definir titularidade de jogador algum? Quanta incoerência!

A impressão que salta aos olhos é que o pessoal das rádios amarga grande rancor em relação a Roberto Fernandes e fica na expectativa de um minúsculo deslize para defenestrá-lo. Ninguém é obrigado a gostar de Bob, mas torcer abertamente contra fica muito feio para quem tira seu sustento da cobertura do futebol. Parece até que o profissionalismo é inexistente. 

Será que nas faculdades de jornalismo/radialismo há disciplinas como Ética e Ética Profissional ou mesmo Marketing Pessoal? 

Enfim, o rancor corrói a alma. E a reputação também.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Júnior Timbó ganhando ritmo de jogo

Não vi Potiguar 2x3 América, mas é inegável que Júnior Timbó começa a demonstrar um desempenho crescente ao ser escalado. No jogo anterior, além de aparecer muito bem pelas pontas, ele marcou um gol depois de super jogada de Régis Potiguar. Em Mossoró, Júnior Timbó além de marcar um gol, fez o passe decisivo para o gol de Gláucio, além de outra assistência para o mesmo jogador marcar gol anulado por impedimento. Ainda bateu escanteios.

Ontem, até Gilmar desencantou no América.

Sem sombra de dúvida, tal fato chega como uma boa nova para o América e, especialmente, Roberto Fernandes, já que as perspectivas financeiras são nada animadoras para enfrentar a Série C agora em maio. 

Em forma, Gilmar e Júnior Timbó são daquelas dores de cabeça que todo treinador sonha em ter em sua equipe e que traz pesadelos aos adversários. A se confirmar, eis mais um fator a apimentar o clássico do dia 29.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Copa do Nordeste 2015: Bahia x Ceará às 22h

Local: Itaipava Arena (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo Esporte Interativo)

Bahia (4-3-3): Jean, Tony, Thales, Chicão, Patric; Pittoni, Souza, Tiago Real; Maxi Biancucchi, Léo Gamalho, Kieza. Técnico: Sérgio Soares.

Ceará (4-4-2): Luís Carlos, Samuel , Charles, Gilvan, Fernandinho; Sandro Manoel, Uillian Correia, Ricardinho, Marinho; Assisinho, Magno Alves. Técnico: Silas Pereira.

Árbitro: Pablo dos Santos Alves (PB)
Assistentes: Luís Filipe Gonçalves Corrêa (PB) e Márcio Freire Lopes (PB)

Destaques do Bahia
Jean - volta ao gol.
Kieza - artilheiro.

Destaques do Ceará
Luís Carlos - tem feito milagres.
Magno Alves - pode surpreender.

Prognóstico: o Bahia é muito forte dentro de casa e desde o início da competição tem jogado como grande favorito. O Ceará vai tentar segurar um empate. Vitória do Bahia.

Potiguar 2015: Potiguar x América às 20h

Local: Estádio Leonardo Nogueira

Potiguar (3-5-2): Roberto, Marinho, William Thuram, Alexandre; Bruno Paraíba, Jean, Jeferson, Ciel, Samuel; Dudu, Sávio. Técnico: Edinho Cardoso.

América (4-4-2): Pantera, Diogo, Cléber, Dener, Julinho; Régis, Thiago Dutra, Zé Antonio Paulista, Júnior Timbó; Gilmar, Gláucio. Técnico: Roberto Fernandes.

Árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira (CBF)
Assistentes: Alex Batista da Silva (FNF) e Allan Lopes de Oliveira (FNF)

Destaques do Potiguar
William Thuram - xerife.
Bruno Paraíba - bom na movimentação.

Destaques do América
Pantera - o bom goleiro faz sua estreia após um longo período de inatividade.
Júnior Timbó - vem melhorando o desempenho.

Prognóstico: o jogo não vale mais nada para ambas as equipes, que vão muito desfalcadas, especialmente o visitante. Vitória do Potiguar.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Arena América ganhando forma

Vejo no Blog Mecão Voz e Vez um interessantíssimo vídeo feito por drone comandado pelo Dr. Medeiros mostrando o plantio do gramado da Arena América.

Para os mais céticos como eu, uma coisa é indiscutível: a Arena América começa a ganhar forma e deve mesmo ser inaugurada ainda dentro das comemorações dos 100 anos do Orgulho do RN. 

Foco na final

Principalmente neste jogo de quarta-feira, que será no (péssimo) gramado do Nogueirão, o foco do América deve estar completamente voltado para as finais do campeonato. Nada de utilizar quem esteja lesionado ou tenha maior risco de lesão. É hora de colocar quem precisa ganhar ritmo de jogo, com exceção de Adriano Pardal, cujo histórico recente de lesões é um sinal vermelho para o estádio de Mossoró.

Também não adianta pensar em levar só gente da base porque isso pode causar enorme prejuízo em termos de imagem.

Outro detalhe fica por conta da zaga. Pelo que se tem visto, o América tem duas duplas de zagueiros: Flávio Boaventura e Zé Antonio Potiguar; Cléber e Edson Rocha. Misturá-los não dá certo. Se sair um, melhor colocar os dois reservas.

Acredito que uma boa formação, sem riscos, seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Zé Antonio Paulista (Mateus), Júnior Timbó; Gilmar, Gláucio. 

Arthur Henrique já mostraria se ainda sabe jogar como ala e seu ritmo de jogo seria aprimorado. Há a opção de Tiago Dutra, também sem ritmo de jogo. Aliás, ritmo de jogo seria fundamental para Gilmar, Júnior Timbó (que vem melhorando), Zé Antonio Paulista e Tiago Dutra, especialmente se considerarmos que ainda há um outro jogo antes das finais (Alecrim) e que eles figuram como boas opções. 

Contra o Alecrim, entraria Pardal como titular e voltariam Max e Daniel Costa. Uma boa formação seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Daniel Costa, Júnior Timbó; Adriano Pardal, Max. 

Ainda haveria a opção de tirar mais um volante e colocar Gilmar. Tudo passaria pela experiência de quarta-feira. Mas não é hora de esgarçar a musculatura de quem vem jogando sem reserva à altura. O foco tem que estar 100% voltado para os dois grandes jogos da final do estadual do centenário.

E para quem argumenta sobre a questão de jogar a segunda partida da final em casa ou fora (essa é a única condição ainda em disputa), respondo com a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil do ano passado. O América foi eliminado pelo Ceará jogando a última em casa. E eliminou Náutico, Fluminense e Atlético-PR jogando a segunda fora. Ou seja, isso é besteira. Tudo passa por jogar bem, especialmente em clássico, independentemente de onde seja a partida. Tanto é assim que neste mesmo estadual, o América empatou com o ABC no Maria Lamas Farache e perdeu na Arena das Dunas. Importante mesmo é jogar como se não houvesse amanhã nas duas partidas, o que não ocorrerá com nenhuma das duas equipes. O primeiro jogo será de maior resguardo do que o segundo, seja para o mandante, seja para o visitante.

Isto significa que os jogos anteriores à final, seja para ABC, seja para América, têm tudo para ser no estilo "pra inglês ver". Se bem que normalmente quem não vem jogando regularmente adora essa situação para mostrar que merece uma chance e colocar uma enorme dúvida na cabeça do treinador. E, principalmente, cair nas graças da torcida. 

Enfim, todo mundo agora só quer saber das finais. Hora de preparar o elenco.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sobre Julinho

Um detalhe que quase passou despercebido foi a entrevista de Roberto Fernandes ontem no pós-jogo. Perguntaram a ele sobre como os laterais do América (especialmente Julinho) "jogaram mal hoje."  Fora do microfone, mas captado pelo microfone da Rádio Globo Natal, alguém retrucou: "só hoje?"

Não sei se foi o próprio Bob que fez tal comentário, mas ele reflete o sentimento em relação a Julinho. Normalmente, laterais têm alguma característica especial: ou são muito bons na marcação ou apoiam com facilidade. Não achei ainda a de Julinho. Talvez seja um bom cruzamento, mas ele é tão lento, seja em reação, seja em velocidade mesmo, que não o vemos cruzar bola alguma.

É melhor Bob escalar um zagueiro por ali, até mesmo o lento Edson Rocha. Faria mais sentido, já que o ex-capitão consegue ser um Airton Senna perto do lateral e leva bem mais jeito na marcação.

Coisas que não consigo entender no RN

  1. Por que a imprensa insiste em chamar aqueles que são flagrados com todo tipo de artefato violento de torcedores? Gente, torcedor é aquele que veste a camisa do seu time, não de uma outra organização, e vai ao estádio exclusivamente para torcer. Quem leva rojão com cacos de vidro e prego e um taco de baseball não é torcedor, nem vai ao estádio para torcer. São, para ficar num termo leve, encrenqueiros.
  2. Por que há gente que só vai ao estádio para torcer contra? O jogo de ontem era América x ABC. Eu esperava ver torcedores do América e torcedores do ABC. Mas o que vi no setor leste foi uma ruma de gente que foi ao estádio somente para torcer contra, seja contra alguns jogadores específicos, seja contra qualquer que um que fosse do América. Certamente isso também existe do lado abecedista, mas só posso falar do que presenciei. Algumas pessoas que estavam ao meu redor não gastaram uma só gota de saliva para vaiar o adversário ou apoiar o América. Elas foram à Arena das Dunas exclusivamente para reclamar. Começou o jogo, começaram as reclamações. Os alvos principais foram Zé Antonio Potiguar, Daniel Costa e Max, mas todos os outros foram alvo de apupos desde o primeiro segundo de jogo. Isso só pode ser gente frustada ou com problema de fígado. É chato, irritante e me faz pensar seriamente até em deixar de frequentar estádio. Futebol é para ser um momento de lazer, e não hora de escutar aporrinhação de quem é mal resolvido com a vida. Ou então é gente de poucos recursos mentais ou que nunca praticou um esporte na vida. O fato é que meu ouvido não é muro de lamentações. Talvez o América devesse disponibilizar um psicológo em dia de jogo para contribuir para um mundo melhor. 
  3. Por que a torcida do ABC exalta tanto o título da Série C como o maior do clube, dizem até o maior da história do futebol do RN, mas enche a boca para gritar para a torcida americana que esta é da terceira divisão como insulto? Fiquei muito confusa: Série C é motivo de orgulho ou de vergonha? Mais coerência, por favor.
  4. Por que o locutor da Arena das Dunas se empolgou tanto com o 1.° gol do ABC? Essa é bem fácil de deduzir, né? Deve ter levado um senhor puxão de orelhas e anunciou pianinho o 2.°.
  5. Por que o América não teve qualquer paciência com Magalhães, mas Julinho é praticamente "imexível"? Melhor jogar com Edson Rocha por ali.
  6. Por que insistem tanto que o ABC quer um camisa 9 se Kayke cumpre a função com louvor?
  7. Por que os clubes do RN não enxergam que é preciso deixar a mensalidade de sócio menor que um ingresso? É preciso criar a mentalidade de associado. Só então o valor pode ser reajustado. 2 mil pagando R$ 50 não empolgam. 5 mil pagando R$ 20 impressionam e melhoram até a negociação de patrocínios. Quanto mais gente no estádio, mais valor para a marca.
  8. Por que não há uma inundação de adesivos com a marca do centenário de América e ABC? Ambos já deveriam ter feito blitzen para distribuir adesivos. O que não é visto não é  lembrado. Aliás, neste aspecto, ponto para o Esporte Interativo, que tem levado o futebol nordestino para todos os cantos do mundo, inclusive em plataforma para celular.
  9. Por que o ABC não leva o seu jogo da final para a Arena das Dunas? Palco de uma copa do mundo, a arena deixa a festa das torcidas ainda mais bonita. Um clássico centenário e de tamanha importância merece local e serviço de primeiro mundo.
  10. Por que os torcedores insistem em assistir ao jogo em pé numa arena com cadeiras ergonômicas? Será que fazem isso no cinema também se o filme for de ação?

domingo, 19 de abril de 2015

Tem dia que não é dia

Ou é. Só que não era dia do América. Era do ABC. O América foi senhor absoluto do 1.° tempo. Mas Max achou de perder 2 gols, um deles de forma incrível. Logo ele, o artilheiro do Brasil.

No intervalo, saiu Zé Antonio Potiguar. Sentiu a perna. É quem faz Flávio Boaventura jogar melhor e segura as pontas com o fraco Julinho, já que tem boa saída de bola. A entrada de Clebão parece que fez o caldo entornar de vez. Gol do ABC.

Na sequência, pênalti para o América. Max na cobrança e... Saulo defende. Não era dia do América; era dia do ABC.

Daniel Costa, em super jogada, chuta e... nova defesa de Saulo. Era dia do ABC; não era dia do América.

Bola simples para Flávio Boaventura, que fazia excelente partida até então. Ele se enrola com Cléber e... gol do ABC.

Definitivamente, não era dia do América; era dia do ABC.

Enfim, o futebol do RN terá uma final digna de suas equipes centenárias. Quem estiver em melhor dia nas duas partidas leva a taça. Simples assim.