quinta-feira, 13 de março de 2014

Que foi estranho, foi!

Perder faz parte do jogo. Na casa do adversário, então, nem se fala. Ainda mais quando se trata de um clássico e tendo o adversário um time bastante veloz. 4x0 não é em si o problema. Mas a forma como tudo aconteceu é que deixou toda a torcida com a pulga atrás da orelha.

O time não esboçou uma única reação, em momento algum. Nem atacou, nem defendeu. Há quem diga que o problema foi o esquema de Leandro Sena. Não acredito apenas nisso. Já disse desde a vitória contra o Vitória em Salvador que o América nunca conquistou nada com 3 zagueiros. Não que eu seja contra o 3-5-2. Não sou. É bem mais ofensivo que o 4-4-2, ou deveria ser. O problema é ter um 3-5-2 com 3 zagueiros. É preciso um líbero que realmente entenda de saída de bola. Márcio Passos, por exemplo, consegue exercer bem essa função. Mas aqui no Brasil o negócio termina descambando para o 5-3-2. Por isso, prefiro o 4-4-2 por ser mais equilibrado: 2 zagueiros, 2 laterais, 2 volantes, 2 meias, 2 atacantes. É mais fácil de ser entendido pelo jogador brasileiro.

Ultimamente, prefiro que o time jogue com 3 volantes e 1 meia. É que ninguém mais quer ser meia. Todo mundo quer ser volante. Marca um pouco e tem um passe um pouco melhor... pronto! Volante. Menos cobrança do que o meia, pobre meia...

Ontem, o América jogou com 3 zagueiros e 3 volantes. Falaram em retranca. Retranca? Com uma zaga em linha e volantes que só cercam? E alas que fingem que marcam, especialmente Rai? Isso mais parece uma arapuca armada contra si próprio. E de mal a pior ninguém jogou bem. Só Dida, pobre coitado, que parecia estar sozinho de um lado contra 11 do outro. Pura covardia.

Dava pena ver o esforço hercúleo de Edson Rocha, Cléber e Adalberto, sempre enfileirados e sem encostar individualmente em ninguém, tentando superar a velocidade do ataque do Ceará. Juro que havia momentos do jogo que eu me lembrava do bom e velho totó: aquele joguinho dos jogadores de ferro encaixados numa barra que só se movem todos juntos para um lado e para outro para evitar o gol do adversário. Foi assim que a defesa americana jogou contra o Ceará - no velho estilo totó. Ou axé music: "todo mundo pro lado de lá, todo mundo pro lado de cá." E os jogadores do Ceará entrando pelos lados, pelo meio...

Como bem disse Cléber, o Clebão da zaga alvirrubra, "nós estamos deixando os zagueiros deles trabalharem no meio de campo." Pois é, Clebão, não havia muita disposição para marcação no América. O isolado e baixo Adriano Pardal não marcava a saída de bola. Fabinho e Márcio Passos estavam solitários nas tentativas. O resto só olhava, exatamente como Thiago Dutra fez com Magno Alves no 1.º gol. Deve ter achado bonito ficar fora da área vendo o atacante que surgiu para o futebol brasileiro no Criciúma quando o América jogou sua primeira Série A (isso mesmo, em 1997!) entrar sozinho na grande área e ficar esperando um passe na marca do pênalti para abrir o placar no comecinho do jogo.

Aliás, dentre a mediocridade de TODOS (exceto Dida), Thiago Dutra e Rubinho foram os mestres do disfarce. Disfarçaram tanto o futebol que era impossível saber o que estavam fazendo ali. Seriam volantes? Não marcavam ninguém. Meias? Não acertaram nem 10% dos passes. Atacantes? Um único chute a gol de Rubinho. 

Desculpem-me, amigos gentis que leem o que aqui escrevo de vez em quando, mas o que vi no jogo Ceará 4x0 América foi muito esquisito. Até o sempre acima da média Fabinho sumiu. É fato que o Ceará tem bom nível técnico. No entanto, a partida parecia envolver um time da Série A contra os amigos da pelada do bairro. Uma lástima! Ainda mais se considerarmos que os dois detinham campanhas semelhantes.

Em determinado momento, até Leandro Sena parecia rir do que estava vendo. Não deve ser fácil ser treinador e ver uma apresentação ridícula como aquela. Certamente, assim como nós torcedores, Sena também torceu para que aquela agonia terminasse logo, já que parecia sem fim.

Não vivo os bastidores de verdade do futebol, que envolvem vestiários, até por motivos óbvios. Conheço dirigentes do América, gente boa da imprensa, conselheiros de América e Abc... Para ficar em 1998, bati muito papo com gente de dentro daquele título, como o treinador Arthurzinho, Gomes (goleiro ex-Cruzeiro), o grande Carlos Mota, Carioca e os craques Moura e Biro-Biro. Futebol envolve muita coisa, como todo ambiente de trabalho. Mas aprendi a desconfiar de jogos como o de quarta-feira. Como disse, perder é normal. Mas sem esboçar uma leve reação que fosse? Sintoma grave de falta de motivação ou entendimento do que é para ser feito. Sim, porque o América em momento algum mostrou a que viera. Só olhou e olhou...

Leandro Sena caiu. Não sei se era o certo, mas era esperado. Começou a cair quando mandou um time reserva para Mossoró para enfrentar o Baraúnas. Conseguiu tirar leite de pedra sem chiar muito. Mas não conseguia evitar certos apagões dessa equipe. Foi assim contra o Coríntians, o Crb lá e nos primeiros 30 minutos aqui e contra o Ceará. Falo dos jogos que vi. Talvez não se fizesse mais entender. Talvez não percebesse onde estava o defeito. Talvez não soubesse a solução. Talvez lhe falte experiência até para não cair em certos cantos de sereia. Talvez. Mas fez um bom trabalho no geral.

E o que houve contra o Ceará? Acho que nunca saberemos. Mas que foi estranho, foi!

Agora resta a esses jogadores suarem sangue na Arena das Dunas no jogo da volta, com transmissão para todo Brasil, para apagar a péssima impressão deixada. A distância entre o inferno e o céu pode ser percorrida em 90 minutos. Será? Missão impossível só se conquista se todos assim quiserem. O que querem os jogadores? De minha parte, fica a torcida para que Oliveira Canindé faça aqui o que fez no Campinense: derrube os favoritos e levante a Copa do Nordeste. De novo. 


Faltam 91 dias para a Copa 2014

Chuva torrencial em Natal e, como sempre, o caos se instalou na Cidade do Sol - assim chamada porque não pode nem pensar em chuva. A falta de drenagem adequada em vários pontos da cidade somada à enorme quantidade de interdições no trânsito em virtude das tardias obras de mobilidade (?) para a Copa 2014 tiraram dos natalenses precioso tempo nesta tarde. 

No meu caso, por exemplo, um trajeto feito em apenas 5 minutos levou 40! Isto porque utilizo uma BR no contra-fluxo da tarde (centro-Ponta Negra). Uma verdadeira enxurrada impedia a subida de carros pelo túnel da UFRN em direção à marginal da BR 101 na altura do Posto Planalto.

Agora, quem diz sou eu: imagina na copa! É bom lembrar que essas obras não dão a menor pinta de que estarão finalizadas antes do grande evento. E para piorar o digníssimo prefeito de Natal resolveu dar ponto facultativo sempre duas horas antes das partidas nas Arenas das Dunas. Ou seja, o trânsito na hora do evento receberá um fluxo de rush hour vindo do centro da cidade. 

Deus nos salve!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Jogão na Copa do Nordeste

América e Ceará fizeram na Arena Castelão no ano passado pela Série B o melhor jogo que eu vi nos últimos tempos. Jogaço eletrizante! Deu Ceará: 2x1, mas ficou a impressão de um ótimo futebol das duas equipes. Tanto que eu passei muito longe da decepção pela derrota. Falei por aqui mesmo que esse era um jogo para ser gravado e revisto sempre que alguém quisesse ver bom futebol.

Pois bem, hoje à noite, lá pelas 22h, América e Ceará se enfrentam mais uma vez na Arena Castelão, palco da Copa do Mundo, desta feita pela Copa do Nordeste. Que me perdoem os pernambucanos, mas esta é uma final antecipada da Copa do Nordeste. São as duas melhores equipes, empatadas em quase tudo. Uma tem a melhor defesa (América); a outra, o melhor ataque (Ceará). Melhor para o Mecão que sua defesa vai completinha ao passo que o adversário tem um grande desfalque no ataque (Bill).

O jogaço será transmitido pela Intertv Cabugi e pelo Esporte Interativo Nordeste, ambos em HD, para deleite de quem gosta de bom futebol. #PraCimaMecão

Faltam 92 dias para a Copa 2014

E já não há mais ingressos para Uruguai x Itália aqui em Natal. Em apenas duas horas na nova fase de vendas, a Fifa anunciou que se esgotaram os ingressos para todos os jogos a serem disputados em São Paulo e Rio de Janeiro, além de Alemanha x Portugal em Salvador, Inglaterra x Itália em Manaus e o jogo entre a Azzurra e a Celeste na Arena das Dunas.

É bom lembrar que já não havia ingressos disponíveis nesta fase para Brasil x Croácia, as duas semifinais e a final.

A última chance para os torcedores comprarem ingressos da Fifa tem início previsto para o dia 15 de abril.

sexta-feira, 7 de março de 2014

1 pra frente, 2 pra trás

Infelizmente, é assim que caminha a humanidade. Ou a sociedade. Ou especificamente a sociedade brasileira, que é a própria de meu convívio. Século 21, ano 14 e o que vemos? Intolerância por toda a parte. Existe algo mais absurdo do que um ser humano menosprezar outro por causa da cor de sua pele? E o quanto de hipocrisia há nisso quando se observa que o Brasil é um país absolutamente mestiço, misturado mesmo, com muito sangue negro, índio e até branco europeu correndo nas veias dos brasileiros?

Pois bem. Nesta semana, parece que o Brasil enlouqueceu de vez. Jogo Alecrim x América no município de São Gonçalo do Amarante. Dida, goleiro do América que já defendeu o Alecrim, faz uma defesa e, além dos impropérios mal-educados de sempre, escuta de um torcedor "macaco". Por que Dida é um macaco? Se Dida é, todos somos, afinal, o ser humano e o macaco descendem de uma mesma linhagem, segundo o evolucionismo científico. Ridículo, ainda mais se considerarmos que, como brasileiro, o autor da imbecilidade tem o sangue tão ou mais misturado do que Dida. Ou seria ele um europeu ou asiático puro sangue? Ainda que fosse, não teria o direito de comparar quem quer que fosse a um animal, sendo ele o primeiro a ter um cérebro bestializado. Bonita foi a resposta do jogador: "quero dizer a esse idiota que eu tenho muito orgulho da minha cor." Todos temos. 

Achou pouco? Ontem, um árbitro no Rio Grande do Sul sofreu ainda mais, já que durante o jogo foi assim xingado, e após, encontrou seu carro vandalizado, inclusive com duas bananas de adereço. Chorou ao ser entrevistado. Revoltante é o mínimo que tenho para dizer.

O que dizer então do pai que resolveu que tinha que espancar o filho de 8 anos para que ele "virasse homem"? Como uma criança de apenas 8 anos pode virar homem? Ela precisa passar pela adolescência para isso. Mas o pai (?) não se referia a isso. Ele se incomodava com o fato do pequeno mossoroense Alex gostar de brincar de boneca e ter um jeito afeminado. Imbecil, ele nasceu assim! Como você pode querer que alguém deixe de ser careca na porrada? Ou que tenha cabelo liso/crespo? Ou deixe de ser ruivo? Ou deixe de ser hetero/homossexual? Essas todas são características inatas do ser humano. Nasce-se assim! A única opção ou escolha que existe a ser feita é entre ser feliz, respeitando suas características, ou viver em depressão, negando-se a natureza. 

Não sei o que incomoda tanto aos intolerantes. Por que a cor da pele do outro (que em essência é sua também, basta estudar História para saber) me irrita tanto? Por que a sexualidade do outro tanto me agride? Essas são características dos outros, não minhas. No fundo, acho que Freud explica muito bem as intolerâncias. Aliás, a filosofia também. Normalmente, a teoria do espelho e das frustrações encaixam perfeitamente nos intolerantes. Dá até para ter pena desses coitados quando pensamos um pouco.

A intolerância me causa repulsa. Não porque não tenhamos todos nós algum resquício de intolerância ante algo da vida, mas porque os intolerantes de corpo e alma devotam suas vidas a trazer infelicidade aos outros. Parece mesmo coisa de gente invejosa, que não pode ter algo e assim não tolera que ninguém mais tenha. 

Meu avô e minha mãe sempre dizem, com muita propriedade, que todo invejoso é preguiçoso. É verdade. Não consegue construir algo seu, então passa a desejar a destruição do que é dos outros. No caso do garotinho mossoroense, isso infelizmente deu um passo mais. Inveja passou a matar o alvo do sentimento. 

Como é vazia a vida de quem vive a se perturbar com a felicidade alheia! Como a sociedade brasileira deu vários passos para trás nesta semana! Até quando? Até quando?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Você se lembra? Missão impossível é com o América!

O América é dado a missões impossíveis. Em 1996, era o time de menor folha salarial, mas fez a melhor campanha da Série B e alcançou a Série A de 1997 como vice-campeão, daí conquistando a alcunha Orgulho do RN, vez que pesquisa Ibope em 1997 que perguntava aos potiguares qual era seu maior motivo de orgulho registrou o América na Série A como resposta da maioria esmagadora. 

Aquela Série B foi marcante para o atacante Zé Ivaldo, que marcou dois golaços contra o Náutico, aqui e lá. Chegaram a dizer que o gol que Zé Ivaldo marcara aqui era um gol espírita, porque em 100 anos ele não faria de novo. Meteu um parecido lá nos Aflitos. Para uma pessoa supersticiosa como eu, o que pensar ao dar de cara com Zé Ivaldo numa semana decisiva como esta? Meu celular quebrou e, ao deixá-lo na assistência, lá está o calmo Zé Ivaldo também em busca de um produto seu. Mais uma vez o parabenizei por um gol tão bonito e importante. Porque não é fácil fazer gol bonito. Nem importante. Os dois juntos então...

Você se lembra? 

Em 1998, só o salário do meia atacante Petkovic do Vitória pagava toda a folha do Orgulho do RN, mesmo na Série A. Pois não é que o alvirrubro natalense reverteu a vantagem do time baiano no Machadão? O Vitória vencera em casa por 2x1 e em Natal, o Machadão explodiu de alegria com os 2x0 (Biro-biro e Paulinho Kobayashi) ainda no 1.º tempo. Fácil, né? Que nada! O Vitória marcou um gol com o zagueiro Flávio no 2.º tempo. 2x1, resultado que levava o jogo para os pênaltis. Só que a massa empurrou o time e o 3.º gol salvador surgiu dos pés de Carioca, cobrando pênalti. América, campeão do Nordeste em 1998, maior título do futebol do RN, já que garantiu um time do RN na Copa Conmebol, atual Copa Sul-Americana. Ou seja, o América é o único do RN a disputar uma competição internacional. Aliás, a mesma vaga que a Copa do Nordeste atual garante. Coincidência?

Você se lembra? 

Mas é em 2000 que surge a missão impossível mais semelhante com a atual diante do Crb. Copa do Brasil. Uma chuva desgraçada em Belém. Campo encharcado. O Remo faz 2x0 no técnico time americano. A classificação só viria para o Orgulho do RN se este fizesse 3 gols e não tomasse nenhum no Machadão. 2x0 levaria o jogo para os pênaltis. O árbitro era o que depois ficaria conhecido como o maior ladrão do apito: Edilson Pereira. Péssimo prenúncio. Mais ou menos como agora, uma vez que o América não costuma ter vida fácil com árbitros pernambucanos.

1.º tempo. Falta para o América. Ricardo, o rei da perfeição na bola parada e péssimo lateral direito, abre o placar para o Mecão. Aos 30 minutos, Edilson deixa de ver pênalti em Helinho. Vida sofrida para o torcedor, né? Logo em seguida, falha da defesa americana e Robinho empata para o Remo. E agora? O Mecão tinha que marcar mais 3 gols para se classificar.

Missão impossível... para os outros, não para o América. No finzinho do 1.º tempo, Ciro, atacante que não caíra nas graças da torcida, marcou o 2.º gol alvirrubro. Ainda faltavam 2 gols.

Intervalo. Expectativa. Mesmas equipes. Aos 3 minutos, Ademir, zagueiro, acha o 3.º gol do Mecão. 3x1 ainda classificava o Remo. Faltava 1 gol. Jogo nervoso. Edilson, sempre ele, marca pênalti para o Remo. E de novo Robinho marca. 3x2. 

Desgraça. Agora o Mecão tinha que marcar mais 3 gols. Missão pra lá de impossível faltando menos de um tempo para o fim de jogo. Impossível para os outros, não para o América. Pênalti para o Mecão e Ricardo, o rei da bola parada, converteu. 4x2, faltando menos de 30 minutos para o fim do jogo. Para piorar, Ciro foi expulso. Mecão com um a menos e precisando de mais 2 gols. Aí surge o craque: Moura manda a bomba e faz o 5.º gol americano.

"Não vai dar". Será que alguém pensou isso? Não no América; não na torcida. Aos 39 minutos, Helinho marcou o gol da classificação. 6x2, o placar exato para que o América chegasse a uma inédita fase de oitavas-de-finais da Copa do Brasil. 

Você se lembra? 

Confira reportagens e imagens dessa missão impossível:










Faltam 106 dias para a Copa 2014

Revoltante. É o mínimo que se pode dizer das camisas comemorativas da Copa 2014 vendidas pela Adidas, patrocinadora do evento, através de seu site nos Estados Unidos. As camisetas traziam imagens de uma mulher e de um bumbum com fio dental em forma de coração (I love Brazil)  e faziam trocadilhos sobre marcar gols e arranjar garotas por aqui (Lookin' to score Brazil). 

Após o repúdio tanto do governo brasileiro como de consumidores (estes através das redes sociais), a Adidas suspendeu as vendas e afirmou que "acompanha de perto a opinião de seus consumidores e parceiros.

Este já é o segundo problema de vinculação da copa do mundo no Brasil a turismo sexual em 10 dias. O primeiro ocorreu com um encarte turístico do jornal Diário Catarinense que era direcionado a estrangeiros e trazia mulheres seminuas. Após contato da Embratur, o jornal se retratou. Um absurdo, se pensarmos que o jornal é feito por compatriotas.

A presidenta Dilma Roussef aproveitou pronunciamento no Twitter a respeito dessas revoltantes associações de nosso país ao turismo sexual para divulgar o Disque 100 para "denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes."

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Deu a lógica

O favoritismo do Abc não foi suficiente para quebrar o tabu de 10 partidas (agora 11) sem vencer o América e a invencibilidade americana na nova casa do futebol do RN, a Arena das Dunas.

A vitória americana começou nas arquibancadas. Em bem maior número, os torcedores do América preencheram seus espaços (havia gente em pé no setor leste) e ainda levantaram um lindo mosaico com as cores do clube da Rodrigues Alves e o seu ano de fundação (1915). A torcida abecedista fez exatamente o contrário: passou longe de lotar seus espaços e mostrou uma espécie de mosaico enaltecendo uma torcida e que correspondia talvez a 1/8 do mosaico americano. 

Dentro de campo, Leandro Sena pôs em prática velhos princípios do clássico A Arte da Guerra. Só é possível ganhar uma guerra conhecendo o seu inimigo e, principalmente, a si mesmo. E o treinador americano absorveu o impacto das três derrotas seguidas e partiu para duas coisas: corrigir seus defeitos e bloquear as qualidades do adversário.

Foram 3 mexidas importantíssimas, fundamentais para a mudança de comportamento do time: a saída de Rafael Robalo para a entrada de Dida, a saída de Rai para a entrada de Tiago Dutra, e a saída de Rubinho para a entrada de Arthur Maia. Dida e Tiago Dutra mostraram-se seguros durante todo o tempo em que estiveram em campo e isso propiciou a tranquilidade a todos os outros membros da equipe. Além disso, Arthur Maia arrebentou! Não é do meu feitio criticar ou elogiar com apenas uma partida, mas é impossível não perceber que o novo camisa 10 americano é craque. Finta bem e tem ótima visão de jogo, melhor até mesmo que Régis (mais fominha, no bom sentido). Até quando não toca na bola, ele faz grande jogada.

Novo goleiro, 3 zagueiros e 3 volantes já demonstravam claramente que o treinador americano entendia como grave o problema de marcação - e era mesmo. Mas não se engane pensando que o América foi pura retranca. Nem é do estilo do treinador, nem do Orgulho do RN.

O primeiro tempo foi de domínio quase absoluto do América. Um domínio tranquilo, sem afobações, sem muitos toques errados. O Abc pouco ameaçou o domínio alvirrubro. O 1x0 marcado por Pardal foi pouco para o tanto que o time americano ficou à vontade em campo.

No segundo tempo, o Abc achou um gol num escanteio com Suéliton. Não me entendam mal, não estou menosprezando o gol alvinegro, até porque entendo que há treinamento para aquilo. Falo que o Abc achou o gol porque foi um minuto de desatenção da defesa americana que proporcionou o chute de primeira do jogador abecedista. É um lance que pode se repetir, mas isso não é provável.

Menos mal que Arthur Maia também achou o gol do América logo em seguida. Pronto, estava reestabelecida a verdade do jogo. Se Rafinha, Adriano Pardal e Val estivessem um pouco mais ligados, a goleada se confirmaria. A superioridade americana era tamanha nos minutos finais que mais parecia que havia um jogador a mais para o Mecão. Mas Rafinha marcou na segunda chance que teve. E novamente a defesa americana permitiu que Gilmar saísse livre para tocar para o atacante Lúcio Flávio, que mais parece lutador de MMA pelo tanto de pancada que distribui durante o jogo, fazer o último gol da partida.

3x2, tabu e invencibilidade mantidos. Apesar de a parte abecedista da imprensa insistir em analisar como o alvinegro perdeu para o América, eu prefiro enaltecer o óbvio: os acertos de Leandro Sena, que desceu do telhado e deixou Roberto Fernandes por lá.

Faltam 107 dias para a Copa 2014

Depois da Fifa ameaçar tirar Recife da Copa 2014 por falta da Fan Fest, a prefeitura de Natal recuou da tentativa de mudar o local do evento em Natal. A ideia era retirar da Praia do Forte para realizar a Fan Fest no estacionamento do Centro de Convenções. Como vontade dá e passa, hoje a prefeitura confirmou que o evento gratuito será realizado diariamente de 12/06 a 13/07 na Praia do Forte com uma ruma de atrações da Bahia.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Faltam 108 dias para a Copa 2014

E no 1.º clássico América x Abc na Arena das Dunas deu a lógica: tabu e invencibilidade do América em sua nova casa mantidos. 3x2, gols de Adriano Pardal, Arthur Maia e Rafinha para o Orgulho do RN e Suéliton e Lúcio Flávio para o Abc.

Quase 12 mil torcedores acompanharam o jogo, que foi transmitido com exclusividade pelo Esporte Interativo.