O que houve com Roberto Fernandes? Estaria com algum problema pessoal, ou mesmo profissional, entalado na garganta, que o impede de ser "o" Roberto Fernandes da qual sou fã? Aqui de fora, parece que o pernambucano boa praça, inteligente e ótimo profissional perdeu a alegria de trabalhar e, especialmente de dar entrevistas. Isso é sim muito preocupante.
Não é de hoje que reclamo do teor das entrevistas de Roberto. Mas a frequência de problemas em relação a elas aumentou, especialmente quando os resultados do América passaram a ser mais corriqueiramente adversos.
O pobre do Dida já foi tema central dessas entrevistas algumas vezes, sempre após as derrotas. A última foi de matar. Roberto Fernandes deixou claro que havia mostrado ao jovem goleiro vídeos sobre as cobranças do Bragantino, mas Dida teria insistido em não se posicionar na parte fora da barreira. Nas palavras de RF, "se ele tivesse batido por cima da barreira, o mérito seria todo dele." Ou seja, como ele não bateu por cima da barreira, o "mérito" é de Dida.
Há quanto tempo Dida falha? Thiago Schmidt até já virara titular, tendo saído apenas por contusão, mas não foi alçado ao gol imediatamente após reunir condição de jogo porque Roberto Fernandes não quis. Mas nesse jogo contra o Bragantino, a falha de Dida não pode de jeito algum ser tomada como responsável pelo resultado. Uma mera análise das circunstâncias do jogo prova isso. O Bragantino só tinha uma vitória em casa e vinha bem a oito jogos sem vencer. Dida tomou o gol aos 5 minutos do 1.º tempo. O Bragantino teve um jogador expulso nos primeiros 15 minutos do 2.º tempo. E o América não conseguiu fazer uma jogada sequer que levasse perigo de verdade ao gol de Gilvan em 90 minutos de partida.
Pior: Roberto Fernandes errou na escalação e nada fez que pudesse alterar seu erro. Isac e Max juntos desde o início de jogo tornou o time lento demais. E o treinador não moveu uma única palha para sacar um dos dois, mesmo Isac já mostrando meio palmo de língua para fora no 2.º tempo, como sempre ocorre.
Contra o São Caetano, os erros de Roberto Fernandes tornaram-se mais gritantes. Escalou muito bem o time, tanto que o América jogava bem como não acontecia há muitos 1.ºs tempos. Mas duas coisas muito ruins aconteceram. Primeiro, Netinho se contundiu e é fato de que não há substituto com suas características no elenco americano. Mas a escolha de Roberto Fernandes por Norberto me encheu de desgosto. Ora, antes do início da partida, Roberto dera entrevista afirmando que Norberto não seria titular porque da última vez em que o jogador saíra do DM e fora imediatamente alçado ao jogo, a contusão voltara. Portanto, dessa vez, não haveria precipitações e Norberto entraria aos poucos. Isso, minha gente, se referindo à posição de ala!
Aí Netinho se contunde e Roberto Fernandes inventa de colocar um jogador que acabou de sair do DM improvisado no meio de campo. Improvisado sim porque há muito tempo Norberto não joga por ali. Mesmo tendo Thiago Galhardo, que daria mais velocidade ao time, ele preferiu inventar. A partir daí, nem preciso dizer que deu pena de Norberto. Totalmente perdido em campo, sem a menor noção de onde deveria se posicionar. E o meio de campo do time desapareceu!
Como gosta de dizer o treinador, o castigo vem a cavalo. A defesa americana, sempre tão invencível na bola aérea, errou o posicionamento e deixou Danielzinho (imagine o tamanho tendo o nome no diminutivo) abrir o placar de cabeça.
Chega o segundo tempo, e Norberto passa a ficar cada vez mais perdido, pior do que cego em tiroteio. Lá vem a 1.ª substituição. "Vai tirar Norberto, que nem está na melhor condição física", eu imagino. Que nada! Sobe a placa com o número 8, Alan Bahia. Detalhe: Max iria entrar. Mais um atacante num time que não tinha mais meio de campo. Primeiros ensaios de vaias e "burro, burro" do meu lado da arquibancada. A placa desce e troca o número de Alan Bahia pelo 5 de Ricardo Baiano. "Jesus", pensei, "agora o América vai perder de vez o meio de campo". Depois soube que o leão Baiano saíra por contusão, mas não consegui engolir a entrada de Max (sou fã do Pedra) num time sem qualquer domínio do meio de campo. De novo, o castigo veio a cavalo. São Caetano 2x0 América.
Mais uma substituição. "Agora ele vai corrigir a besteira que fez e tirar Norberto para colocar alguém no meio de campo", penso. Que nada! Sai Thiaguinho, que arrebentou no jogo, para a entrada de... mais um atacante, Soares! Dessa feita, ele mandou Norberto para a ala direita, mas o estrago já estava feito em relação ao jogador. Se perguntarem, talvez ele diga que foi uma de suas piores partidas. Talvez.
O fato é que Roberto Fernandes errou ao colocar Norberto e, para mascarar seu erro, tirou o ótimo Thiaguinho para jogar Norberto para a ala. Não conseguiu ver que o meio de campo do América sumiu. Meteu de novo 4 atacantes no time, repetindo a bisonha atuação contra o Bragantino, desta vez em casa.
Roberto Fernandes precisa recuperar sua capacidade de ver o jogo. Ultimamente, das duas uma: ou ele escala mal, ou mata o time com as substituições. A exceção foi o jogo do Guaratinguetá. E só. Além disso, ele faz com que alguns jogadores sumam até da lembrança do torcedor, como é o caso de Thiago Galhardo, o próprio Ewerton, que voltou depois de uns 20 jogos, Michel. Aliás, este último já deveria estar no lugar de Fabinho até que este reencontrasse seu ótimo futebol entrando no 2.º tempo.
Essa péssima fase de Roberto Fernandes precisa acabar, pois já se reflete no time há muito tempo e definitivamente chegou à arquibancada, que outrora vivia uma lua de mel com o pernambucano. Em 6 rodadas do 2.º turno, o América só tem 5 pontos - aproveitamento de time rebaixado. O primeiro passo é acabar com as entrevistas. Ficar entregando jogador aos lobos não faz bem ao grupo. E também se não consegue sair da ladainha de que o time de mais recursos tem que ganhar - contra o São Caetano, ao ser entrevistado por Chico Inácio da 96 FM, Roberto chegou a dizer que o América não tinha a obrigação de vencer em casa!!! - é melhor dar um tempo longe dos microfones.
O passo seguinte, e talvez o mais definitivo, é acabar com as preferências. Se tem reserva melhor que o titular, é hora de mudança, nem que seja no 2.º tempo. Assim, ele não perde a cabeça do reserva e bota fogo no titular, que vai querer recuperar a posição.
Outra coisa, Roberto: todo mundo já sabe que você é um treinador ofensivo. E dos bons. Não precisa transformar o América em time pequeno metendo 4 atacantes para deixar isso claro, não. Até porque quem entende um pouquinho de futebol sabe que bola alçada feito balão para a área não é sinal de ofensividade, mas de desespero. E o América, apesar do pífio aproveitamento do 2º turno, ainda não chegou lá, não é mesmo?
O fato é que Roberto Fernandes errou ao colocar Norberto e, para mascarar seu erro, tirou o ótimo Thiaguinho para jogar Norberto para a ala. Não conseguiu ver que o meio de campo do América sumiu. Meteu de novo 4 atacantes no time, repetindo a bisonha atuação contra o Bragantino, desta vez em casa.
Roberto Fernandes precisa recuperar sua capacidade de ver o jogo. Ultimamente, das duas uma: ou ele escala mal, ou mata o time com as substituições. A exceção foi o jogo do Guaratinguetá. E só. Além disso, ele faz com que alguns jogadores sumam até da lembrança do torcedor, como é o caso de Thiago Galhardo, o próprio Ewerton, que voltou depois de uns 20 jogos, Michel. Aliás, este último já deveria estar no lugar de Fabinho até que este reencontrasse seu ótimo futebol entrando no 2.º tempo.
Essa péssima fase de Roberto Fernandes precisa acabar, pois já se reflete no time há muito tempo e definitivamente chegou à arquibancada, que outrora vivia uma lua de mel com o pernambucano. Em 6 rodadas do 2.º turno, o América só tem 5 pontos - aproveitamento de time rebaixado. O primeiro passo é acabar com as entrevistas. Ficar entregando jogador aos lobos não faz bem ao grupo. E também se não consegue sair da ladainha de que o time de mais recursos tem que ganhar - contra o São Caetano, ao ser entrevistado por Chico Inácio da 96 FM, Roberto chegou a dizer que o América não tinha a obrigação de vencer em casa!!! - é melhor dar um tempo longe dos microfones.
O passo seguinte, e talvez o mais definitivo, é acabar com as preferências. Se tem reserva melhor que o titular, é hora de mudança, nem que seja no 2.º tempo. Assim, ele não perde a cabeça do reserva e bota fogo no titular, que vai querer recuperar a posição.
Outra coisa, Roberto: todo mundo já sabe que você é um treinador ofensivo. E dos bons. Não precisa transformar o América em time pequeno metendo 4 atacantes para deixar isso claro, não. Até porque quem entende um pouquinho de futebol sabe que bola alçada feito balão para a área não é sinal de ofensividade, mas de desespero. E o América, apesar do pífio aproveitamento do 2º turno, ainda não chegou lá, não é mesmo?