Em tese, é um instituto lindo, absolutamente democrático. Um governante se esforça para prestar bons serviços à população e, em troca, recebe mais 4 anos de mandato. Na prática, a realidade é outra.
No Brasil, a reeleição tem se prestado a perpetuar todo tipo de falcatrua e mamata às custas do dinheiro público (o meu, o seu,o nosso). Um governante faz mágicas com os números do orçamento durante 8 anos e empurra o abacaxi para o outro, que fará grande maquiagem para esconder o problema se for aliado; se for oposição, o pânico tomará conta dos que têm algum tipo de verba a receber do erário.
Melhor exemplo disso ocorre agora no RN. O segundo mandato de Wilma transcorreu sob denúncias de que o orçamento estourara o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (ainda no governo FHC) várias vezes. Nesse último ano, os maiores malabarismos foram noticiados na ânsia de pagar tudo até 31/12/10. Até o calendário de pagamentos foi alterado na última semana de 2010 para permitir o pagamento de servidores de determinadas secretarias em prioridade.
Agora, Rosalba assume e anuncia que a situação é calamitosa (confira a reportagem da edição de hoje, 04/01, da Tribuna do Norte). Hoje (terça-feira) é dia de repasse de ICMS às prefeituras no montante de R$ 24 milhões e o estado só tem R$ 600 mil em caixa!!! Além disso, ainda há o repasse de R$ 14,4 milhões do FUNDEB e uma parcela de R$ 10 milhões de uma dívida de longo prazo vencida desde ontem. Sem recursos, o estado não quita esses valores e perde também repasses da União enquanto não regularizar sua situação e fica proibido de realizar contratos e novos empréstimos.
Até o dinheiro que os servidores pegam através de empréstimo consignado, cujo pagamento é realizado por desconto em folha, o estado gastou em dezembro sem realizar a quitação. São R$ 18 mihões, minha gente!
Pelo bem do povo brasileiro e do meu dinheiro, do seu dinheiro e do nosso dinheiro, vamos exterminar essa praga da reeleição!!! Nem precisa lei para tanto: assuma o compromisso de não votar em quem quer que seja que queira se reeleger. Atualmente o compromisso seria não votar em Micarla, Rosalba ou Dilma.