Todo mundo já sabe, ou pelo menos deveria saber, que o mundo do futebol, especialmente o brasileiro, não conhece nem de longe o significado da palavra ética. Desde o jogador até a diretoria, sem deixar de fora a comissão técnica e a torcida. São muitos os exemplos. E olha que é melhor nem comentar sobre os interesses da imprensa, sejam legítimos ou ilegítimos.
É jogador que inventa contusão ou problemas particulares para ser dispensado de um clube para poder assinar com outro sem pagar a multa rescisória. É treinador que indica fulano porque o procurador dos dois (jogador e técnico) é o mesmo, ou porque vai receber uma gratificação. É diretoria que dispensa tal jogador porque ele atrapalha a escalação do apadrinhado. É torcedor que vaia seu próprio time, na esperança de prejudicar outro. E por aí vai.
Aqui mesmo em Natal, no Frasqueirão, em 2007, a torcida do Abc entoou "é campeão" para saudar o Bragantino na esperança de que os jogadores deste não se empenhassem em vencer o seu time.
Coisas escabrosas acontecem. Mas o que esperar de um esporte em que é preciso estabelecer premiação para a vitória, sob pena de os jogadores não se dedicarem o suficiente pelo salário que já recebem?
A ética é um aspecto essencial na vida em sociedade. Mas isto não parece ser importante no Brasil. Rodadas decisivas são marcadas em horários diferentes, mesmo com times ainda disputando posições. Veja-se o que aconteceu na última rodada do Estadual do RN deste ano. O América jogou às 15h30, proporcionando ao Abc poupar titulares às 20h30 em caso de derrota daquele.
Os torcedores nem percebem que eles são as maiores vítimas, uma vez que pagam por um espetáculo cujo resultado já foi definido antes mesmo da bola rolar. Em 2009, por exemplo, eram anunciadas as derrotas do América em virtude de conflito entre supervisor de futebol, comissão técnica e jogadores, que "aparentemente" faziam corpo mole.
Mas, no último sábado, Fortaleza e CRB deram um show no aspecto falta de ética. As câmeras registraram as negociatas dentro de campo. Veja os vídeos (dos quais tomei conhecimento através do Blog de Marcos Lopes - http://blog.tribunadonorte.com.br/marcoslopes ):
Taí duas coisas que não combinam: Ética e futebol. É exatamente assim do jeitinho que vc escreveu. só quem se lasca somos nós torcedores (palhaços), que ainda torcemos por essas pestes.
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