sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Podcast: Ainda dá tempo

É possível rejuvenescer um coração sedentário ainda que na meia idade.


Isolamento almejado

O América parece seguir a passos firmes para se afastar de vez de sua torcida. Não bastasse permanecer combatendo qualquer possibilidade de o sócio torcedor ser chamado a assumir responsabilidades nas escolhas de futuro do clube e de estar fora por sua própria incompetência de competições oficiais até 2019, agora os dirigentes americanos cismaram de bloquear comentários dos seus torcedores na conta do clube no Instagram.

Inicialmente preciso esclarecer que não frequento o Instagram. Mas torcedores que estão indignados com o comportamento do clube estão convocando todos a deixarem de seguir a conta do clube nessa rede social (clique aqui) e me provocaram a expor minha opinião a respeito.

Não é de hoje que o América não nutre bons sentimentos em relação à democracia. Não faz muito tempo eu até fui bloqueada pelo clube no Twitter. Não entendo como uma pessoa jurídica pode bloquear perfis em qualquer que seja a rede social. Como expandir sua influência? Como chegar a novos perfis de torcedores, como aqueles que não frequentam as arquibancadas, mas que são consumidores em potencial?

A postura das famílias que dominam a política do clube também dá o tom: para elas, quanto menos gente se intrometendo, melhor. Daí a enorme resistência de colocar o clube em harmonia com as práticas mais atualizadas quanto à participação efetiva na vida política da agremiação.

Não sei como se dá o bloqueio no Instagram. Imagino que o clube poderia remover apenas comentários que incidissem em crimes de calúnia, difamação, injúria ou de incitação ao ódio gratuito. Críticas à forma de administrar e aos resultados obtidos? Essas fazem parte da democracia, que é a convivência por excelência dos contrários. Essas tendências ditatoriais de inadmitir a discordância não têm a menor razão de ser em lugar algum, imaginem numa agremiação esportiva, que reúne amantes do futebol, esporte em que dois times se enfrentam em busca da vitória. Sem os contrários, como disputar uma partida? Qual a graça de um jogo com só um time em campo? Como vibrar com uma vitória se não há do outro lado um grupo disposto a também conquistá-la com unhas e dentes? 

A impressão que essas atitudes que surgiram com mais força no América a partir de 2016 passam é de que há uma campanha firme no clube para afastar completamente a torcida do clube. Aliás, não só a torcida, uma vez que há notícia de reunião do conselho deliberativo com apenas 10 conselheiros presentes. A quem interessa um clube nas mãos de poucos? Quem fiscaliza quem numa situação assim? Como ficará o patrimônio do clube sem que forasteiros (assim se denomina quem não tem o DNA) estejam atentos às decisões tomadas? Quanto dinheiro mais o América precisará pegar emprestado (ninguém doa) com abnegados? Mais: até quando o patrimônio aguenta essa rotina de abnegados decidindo errado e emprestando dinheiro ao clube para cobrir o rombo de seus próprios erros?

Sem a torcida por perto, é muito difícil romper esse ciclo que empurra o centenário América Futebol Clube rumo ao ostracismo. O exemplo do Alecrim, às voltas com esquisitos leilões trabalhistas, além de alerta, começa a parecer objetivo firme. Quando o patrimônio acabar, só restará a torcida. Ainda restará?

Noite cultural

Nesta semana, vivi uma quarta-feira quase inigualável. Saí de casa para acompanhar 2 programações culturais e acabei levando 4 de lambuja. 

As esperadas eram o 3.º Salão Dorian Gray de Arte Potiguar, que começaria às 18h30 no Museu Café Filho, e o show Eu e a Máquina, de Yrahn Barreto, às 20h no Sesc. Estacionamos o carro próximo ao Sesc e fomos a pé até o Museu Café Filho, que fica na Rua da Conceição, por trás da Assembleia Legislativa do RN. 200 obras de 100 artistas potiguares me esperavam. O que eu não esperava era que essa noite fosse tão concorrida. O espaço ficou absurdamente lotado. Muita gente aparentemente não tinha ideia do que é apreciar um quadro. Selfies irritantes e gente escorada nas próprias obras (isso mesmo!) quase me fizeram infartar de estresse. Também não houve ar-condicionado que desse conta daquela ocupação.

 Museu Café Filho
Imagem minha

Apesar dos pesares, consegui conferir uma boa parte dos trabalhos. Não sei se meu senso ficou muito contaminado pelo ambiente inóspito, mas acho que apenas umas 7 ou 8 obras me agradaram de fato. 2 tinham até potencial para adornar as paredes daqui de casa, uma mais do que a outra. No tumulto, só lembro o sobrenome do pintor: Neves.

Como a mostra segue até setembro, vou tentar visitá-la mais uma vez - queira Deus sem esse tumulto inicial para que possa entender melhor o que se passa.

Saímos dali de volta ao Sesc. Como ficou show a praça construída e bem iluminada na frente da Secretaria Municipal de Tributação (ainda é?)! Local agradabilíssimo. Até reencontramos o flanelinha do tempo em que fazíamos musculação no Sesc.

Já no Sesc, fomos encaminhadas a uma outra exposição, ou vernissage, dessa feita, do artista Lucas MDS: A estrada é longa, que também fica em cartaz até setembro. Adorei! Todos os quadros são retratos impactantes, vivos. Há ainda alguns MP3 players com headphones para apreciarmos poesia nordestina. Todas nós preferimos essa exposição àquela.



Nós n'A Estrada é Longa no Sesc
Imagens minhas

No lado de fora, uma banda tocava num clima "música de rua". Ainda deu tempo de conferirmos a execução de Anunciação, de Alceu Valença, muito empolgantemente acompanhada pelas vozes de todos que prestigiavam a banda - infelizmente não peguei o nome.

Também fiquei impressionada com a nova estrutura da academia do Sesc, nem de longe a mesma dos nossos tempos de musculação.

Por fim, vibramos com Yrahn Barreto (postagem própria abaixo) e fomos acompanhadas até o carro pelo antigo jovem flanelinha.

Foi uma senhora noite cultural. Vai demorar a se repetir com tanta maestria e dificilmente sairá de nossas memórias. E sabem quanto custou? 0, zero, nada. Tudo gratuito. Quem disse que é preciso gastar muito para se ter uma boa programação?

Avassalador

Já disse que quando estou de férias me atrevo a desbravar novas atividades culturais. Foi assim que terminei muito curiosa tanto com a reportagem que saiu no caderno Viver da Tribuna do Norte como com sugestão do Facebook - muitas coisas têm surgido a partir dessas sugestões advindas da já comum invasão de privacidade das redes sociais e do Facebook em especial - a respeito do cantor, compositor e instrumentista potiguar que resolveu gravar músicas a partir da conexão de instrumentos a um iPhone. Como assim? Pronto. Eu tinha que conferir com meus próprios olhos e ouvidos.

O artista em questão é Yrahn Barreto, ilustre desconhecido até então para mim. Seu show ocorreria no auditório do Sesc da Cidade Alta de forma gratuita na quarta-feira à noite. Não bastasse a minha curiosidade aguçada por um projeto tão diferente, ainda vi que Jubileu Filho, talentoso artista potiguar, estava envolvido. Pois fui lá conferir.

Na entrada do auditório, CDs à venda. Janaina perguntou logo se eu não iria comprar. Respondi que aguardaria para ver se valia à pena após o show.

Com certo atraso, o show começou. E logo nos primeiro minutos fomos avassaladoramente surpreendidas com Yrahn Barreto. Que versos! Que produção! Que arranjos! Que voz! Que estilo! Como o Brasil não descobriu (ainda) esse artista? Eu queria dizer que Yrahn é uma mistura de Ednardo, Chico César e Jorge Vercillo, mas Yrahn é ele mesmo, sem qualquer imitação. No início, falaram em rock, como se ele fosse roqueiro. Yrahn é mais. É totalmente eclético, inquieto, porém tranquilamente confortável em qualquer estilo musical, pelos quais desfilou em seu impressionante show absolutamente autoral e que esteve sempre no tom certo nos mínimos detalhes, seja no cenário, na iluminação, no som.



Imagens minhas

Sou extremamente ranzinza com certas falhas nos shows musicais, entretanto, até os pequeníssimos lapsos técnicos se renderam ao que os privilegiados daquele auditório puderam experimentar ao vivo. Yrahn Barreto ganhou uma fã. Aliás, 3, porque até mamãe adorou o que viu e ouviu.

A minha impressão quando o show acabou era a subida de tom que Jorge Vercillo enfrentará já neste sábado tendo que se apresentar apenas 3 dias após termos tido tamanha experiência. E olha que batemos ponto nas apresentações do carioca aqui em Natal.

Corremos para comprar o CD após a apresentação. O coração até descompassou quando não vi mais sua exposição. Falamos com a produtora, já que não sairíamos de lá sem essa aquisição devidamente autografada. Logo eu, que não espero autógrafo de seu ninguém do ramo musical, aguardei pacientemente Yrahn assinar suar obra. Valeu a pena. O CD já partiu de lá direto para o som do carro, de onde ainda não saiu.

Se você ainda não viu, acompanhe a agenda dele para não perder a chance de entender ao vivo o que eu estou dizendo numa próxima apresentação em Natal. E se não aguenta esperar, confira o CD Eu e a Máquina no YouTube (abaixo), no canal onde também encontramos os anteriores, e já vá tendo uma pequena ideia desse verdadeiro talento potiguar. Você não vai se arrepender.

Manchetes do dia (03/08)

A manchete do bem: Papa declara pena de morte inadmissível.

As outras: Velhos negócios, como locadora de vídeo e loja de discos, se adaptam com charme, Em três anos, dobram casos de HIV entre jovens do RN e Reserva hídrica atinge 29% da capacidade.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/03)

The headline for good: Pope Francis declares death penalty unacceptable in all cases.

The others: Trump administration unveils its plan to relax car pollution rules, Apple's $1 trillion milestone reflects rise of powerful megacompanies and A Hemingway war story sees print for the first time.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Manchetes do dia (02/08)

A manchete do bem: Adepol lança campanha para ouvir prioridades da população.

As outras: Patrimônio dos terreiros é tema de seminário, Obra da duplicação da BR-101 custou mais de R$ 214 milhões, mas dá sinais de má execução e Em julho, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,277 bilhões.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/02)

The headline for good: 'God, come to our aid': survivors describe Mexico plane crash.

The others: Fields Medals awarded to 4 mathematicians, Tesla reports another big loss, but sees only profit ahead and Subway ridership dropped again in New York as passengers flee to Uber.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Manchetes do dia (01/08)

A manchete do bem: Abertura do 3.° Salão Dorian Gray de Artes Visuais é hoje, às 18h30, no Museu Café Filho, reunindo cerca de 200 obras de 100 artistas.

As outras: Mercado de trabalho do turismo encolhe no Brasil e no RN, Desemprego cai, mas informalidade aumenta e Desembargadores condenados mantêm aposentadorias.

Um bom agosto a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (08/01)

The headline for good: Facebook identifies an active political influence campaign using fake accounts.

The others: A migrant boy rejoins his mother, but he's not the same, Trump promotes political gains, but North Korea continues building missiles and They stole a shark in a baby stroller and briefly got away with it.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times