terça-feira, 20 de dezembro de 2016

De olho no futuro

Confira o bom trabalho da TV Mecão, que trouxe os jogadores das bases do América que se juntaram ao elenco profissional nesta pré-temporada 2017.

Amistoso Brasil x Colômbia

A CBF anunciou que o amistoso envolvendo Brasil e Colômbia com renda destinada às famílias das vítimas (jogadores e membros da comissão técnica) do voo da Chapecoense ocorrerá no dia 25 de janeiro, às 21h45, no estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro. Os ingressos serão vendidos a partir de 9 de janeiro.

Tite, que completa hoje 180 dias à frente do comando da Seleção Brasileira masculina de futebol, convocará apenas jogadores que atuam no Brasil, já que a data não é reservada pela FIFA para amistosos. "Vamos aproveitar para observar mais de perto alguns jogadores que não tiveram oportunidade em outras convocações. Será um bom laboratório para tirarmos dúvidas", afirmou.

Velório no Frasqueirão

O massagista Furão, que trabalhou de 1972 a 2009 no ABC e em seguida passou por Potiguar de Mossoró e Santa Cruz de Natal, falecido no domingo passado em Fortaleza, está sendo velado desde as 9h desta terça no estádio Frasqueirão. 

Não consegui informações sobre o enterro, que provavelmente deve ocorrer  à tarde, o que propicia tempo para os que desejam prestar as últimas homenagens de corpo presente ao conhecido massagista do futebol potiguar e solidariedade nesta hora difícil aos familiares.

Deixo aqui meus pêsames a todos os familiares de Furão.

"Precisamos de sócios"

Parece que o acesso à Série B 2017 não foi suficiente para o ABC aliviar o caixa. O alvinegro, que já fez adiantamento de parte das cotas junto à CBF, anunciou que tem uma dívida de R$ 1 milhão referente às folhas salariais de novembro e dezembro.

Para piorar, as rescisões realizadas após a Série C 2016 perfazem outros R$ 300 mil, que foram parcelados em 3 vezes, a primeira começando em janeiro/17. 

O presidente Judas Tadeu está hoje na Tribuna do Norte anunciando que a folha salarial de 2017 será de R$ 1,1 milhão/mês, mas apenas R4 500 mil são destinados ao futebol profissional.

Judas também fez um apelo para que proprietários de cadeiras e camarotes antecipem o valor da anuidade de 2017. Quem fizer isso até hoje (20/12), tem desconto de 5%; até o dia 30, é mantido o valor atual do salário mínimo. A partir de janeiro, vale o novo mínimo.

Segundo o presidente alvinegro, "o valor das cadeiras e dos camarotes não dá para cobrir o valor de R$ 1 milhão, mas já ajuda". Ele ainda ressaltou a importância dos torcedores se tornarem sócios do clube: "Precisamos muito da ajuda do nosso torcedor. Esse ano conseguimos o título estadual, o acesso para a Série B do Brasileiro, mas infelizmente isso não refletiu no nosso quadro de sócio torcedor e precisamos que todos se associem, até porque os sócios adimplentes vão poder votar nas eleições de 2018. Foi um pedido da torcida, atendemos. Mas precisamos de sócios".

Manchetes do dia (20/12)

Primeiro, a manchete do bem: Verão começa com chuvas bem distribuídas no interior do RN.

Agora as outras: Fuga do PEP foi anunciada e Sejuc apura facilitação, STF cassa liminar que mandava governo fazer repasses em dia e "Um Presente de Natal" começa nesta quarta.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Evento na Arena

O América acabou de anunciar no Facebook o evento especial de apresentação do elenco, lançamento do programa de sócios 2017 e da nova parceria entre o clube e a Arena das Dunas.

Das 16h às 20h desta terça-feira, 20/12, o torcedor terá acesso pelo portão E1 Sul (Salgado Filho), com direito a estacionamento no mesmo local.

Pelas informações da postagem, pode-se depreender que a entrada será gratuita, mas não há afirmação expressa a respeito. Logo, cada um vá por sua conta e risco. Nas palavras do clube: "Se você ainda não é Sócio, te esperamos para adesão e um tour especial pela Arena. Garantimos que não se arrependerá."

Atualização - O América anunciou em seu site que o acesso ao evento será gratuito.

Do you know what it feels like for a girl?

This title is not original. It is one of the verses of Madonna's song What it feels like for a girl. If the song wasn't straight enough about the sexist world we live in, Madonna's acceptance speech of Bilboard's Woman of Year 2016 prize is. Take some time to listen to her. And do think about what it feels like for a girl.


Now listen to her song live abd officially remixed.





O adeus de Formiga

Única jogadora de futebol feminino a participar de todas as edições (foram 6) da modalidade nos jogos olímpicos. Entre os atletas de esportes coletivos, ela coleciona o maior número de participações olímpicas, juntamente com o espanhol Manuel Estiarte do pólo aquático e a russa Evgeniya Artomonova Estes do vôlei. Logicamente, também é a brasileira com o maior número de participações olímpicas (Fofão do vôlei vem em 2.°, com 5 participações).

Também coleciona o maior número de participações em copas do mundo (6) juntamente com a japonesa Homare Sawa. É a jogadora de mais idade (37 anos) a marcar numa Copa do Mundo. Até hoje, não há uma única competição da Seleção Brasileira feminina de futebol que tenha acontecido sem ela em campo. São 22 anos com a amarelinha!

Foi também a primeira mulher a receber uma Bola de Prata, premiação da ESPN para jogadores de futebol.

Formiga despediu-se ontem de vez da Seleção Brasileira. Mas o fez novamente em grande estilo. Além de conquistar o título do torneio internacional Caixa de futebol feminino em cima da Itália (5x3), Formiga bateu mais um recorde: atingiu 160 partidas pela Seleção Brasileira, um novo recorde em esporte coletivo, seja masculino ou feminino.

A baiana disse que era hora de abrir espaço para as novatas porque já não aguentava mais o ritmo forte de treinamentos e jogos. Se ela já dava show assim, imaginem se aguentasse esse ritmo!

Não veremos mais Formiga com a camisa da Seleção Brasileira, mas sua carreira continua em clubes. Em 2011, deu aos potiguares a honra de vê-la disputar o estadual daqui e ao América o orgulho de vê-la com o manto alvirrubro.  Jamais esquecerei isso.

Que Formiga possa abrilhantar o Campeonato Brasileiro feminino do próximo ano!

Today's headlines (12/19)

Let's start with the headline for the good: All this talk of voter fraud? Across U.S., officials found next to none.

The others: Hungry, thirsty and bloodied in battle to retake Mosul from ISIS, Polar bears' path to decline run through Alaskan Village and Sylvester Stallone suggests he would decline Trump arts role.

Good morning to everyone!

Source: The New York Times

domingo, 18 de dezembro de 2016

PSOL na Veja

Aos que não conseguem ler algo e extrair sua própria opinião, revistas como Veja e Carta Capital são endemonizadas. Seriam panfletárias, uma mais à direita, outra mais à esquerda. Nunca tive grandes problemas com isso. Leio tudo, sem preconceitos. 

A esse respeito, quase deixei passar algo que quebra certos paradigmas na edição de Veja de 23/11: um agradável texto de autoria do deputado federal Chico Alencar. Chico é do PSOL do Rio e tomou duas páginas inteiras da Veja. Nem sabia que também era professor de história e escritor. Aposto que direitistas quiseram rasgar a revista e esquerdistas devem querer excomungar o deputado por ter vendido a alma ao diabo. 

Exageros à parte, compartilho o texto a seguir. Vale a leitura.

Sequestro e resgate
Em vez de barricada do interesse público, a Política foi encarcerada pelo interesse privado, como prova a Lava-Jato - e a forma de libertá-la do cativeiro está nas nossas mãos

"Nenhum homem nesta terra é república, nem vela nem trata do bem comum, senão cada um do seu particular."
Frei Vicente do Salvador (1627)

A POLÍTICA é uma senhora virtuosa que tem a idade da humanidade. Concebida desde Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) como provedora do bem comum, ela, entre nós, segue aprisionada pelos que a reduzem a seus interesses privados. No Brasil deste século XXI, escancarou-se a condição da Política como refém de um certo "Senhor Propina", que se nutre de dinheiro empresarial ilícito, ou "lavado", arrecadado por agentes públicos. Em seu cárcere privado, vigiada pela hipocrisia, a Política emagrece. Irreconhecível, há quem só a veja como politicagem. A juventude, que ao longo da história sempre a cortejou, dela se afasta, temendo que possa ser portadora de doença contagiosa. Falecendo, a Política não merecerá choro nem vela: assim indicam o absenteísmo ou os votos nulos e em branco nos últimos pleitos.

O sequestro da Política, findo o autoritarismo extremo inaugurado pelo golpe civil-militar de 1964, tem uma singularidade: seus carcereiros deixam-na sair a cada dois anos, para caminhar pelos pleitos eleitorais, tutelada pelos partidos. Mas esses passeios bienais revelam também que a Política, anêmica, não recebe a transfusão do sangue do livre debate de ideias que a revigoraria. Em vez da cidadania, energético imprescindível, a Política é alimentada pelo voto comprado. O doping que a põe de pé e a faz caminhar - um tanto trôpega - é o financiamento milionário de partidos e campanhas.

A Política, colonizada pela economia, viciada na competitividade de mercado, localizada por seus algozes, deixou de ser veículo de programas voltados para a construção de um projeto de nação, com mais democracia participativa, desenvolvimento ecológica e socialmente equilibrado e paulatina superação da desigualdade.

Nossos partidos, com raras exceções, são marcas de fantasia e aglomerados de interesses obscuros. Legendas ditas grandes, acometidas de nanismo moral, se colocam com as de aluguel. As bancadas daí geradas são as do cimento, do banco, da bala, do boi, da Bíblia (fundamentalista), do clientelismo. Muitos mandatos se originam do poder dissolvente do dinheiro, e não do ideário da social-democracia, do socialismo, do trabalhismo, do liberal-conservadorismo. A política vigente - com "p" minúsculo mesmo - passa ao largo dos direitos sociais, do cuidado ambiental, da superação das impressões. Degenerada, poluída e viciada pelas altas somas, na boca de todos os caixas, a Política torna-se a negação de si mesma, mentira institucionalizada, farsa pragmática para reprodução do establishment. Refém do sistema que determina que governar é fazer negócios.

Há uma novidade, porém, e ela deriva da Operação Lava-Jato. Por óbvio, não se pode considerar uma ação judicial e policial, por mais profunda que seja, como "salvação da pátria". Entendê-la assim seria, inclusive, sacralizá-la e dar poder ilimitado a seus operadores. Leis penais, ainda que bem aplicadas, não modificam, por si mesmas, um sistema decrépito, nem instituem ética na dinâmica partidária e nas atividades econômicas. Mas é de destacar que, pela primeira vez, os dutos sujos da Política estão sendo identificados com eficácia. O conluio público-privado, que parecia inexpugnável, está sendo revelado. O modelo partidário e do butim ao orçamento público, que aprisiona a Política, tem seus gerentes e negociatas expostos à luz do dia.

Identificado o sequestro da Política, é premente libertá-la: un dos passos importantes é uma reforma política radical, que envolva o conjunto da cidadania. Promover mudanças tópicos a partir do atual Congresso será mais do mesmo e terá, subjacente, a busca da sobrevivência dos de sempre. A delação da Odebrecht atingirá todas as grandes legendas. Por isso querem mitigá-la.

O condomínio do poder - com seus atuais e antigos moradores - já se movimenta, com a ânsia mal disfarçada por um acordo de leniência que beneficiária empreiteiras que corromperam, deixando tudo ser acertado apenas entre Executivo e direções empresariais. O Ministério Público e o Tribunal de Contas ficariam excluídos. A proposta é do próprio líder do governo, André Moura, do PSC de Sergipe, réu no Supremo Tribunal Federal.

O condomínio do poder - com seus antigos e atuais condôminos - já age pela desejada anistia ao caixa dois, cujo montante milionário aparece em sucessivas delações. O pulo do gato (ou do rato) é criminalizar duramente a partir de agora, para que absolutamente tudo o que se praticou, até a véspera, caia no limbo do esquecimento. Inclusive o fato de que caixa dois já é crime punível com prisão de cinco anos e multa, como define o artigo 350 do Código Eleitoral: "É crime omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais". O fato de nunca ter sido aplicada não torna uma norma legal existente. Forjar documentos de contabilidade eleitoral é também falsidade ideológica.

A nova tipificação do crime do caixa dois, atendimento de justa demanda da iniciativa popular de lei das "dez medidas contra a corrupção", pretende responsabilizar objetivamente os partidos políticos, que fazem sempre "cara de paisagem" quando as suas figuras públicas, mesmo grandes caciques, são flagradas.

Poderá, no entanto, se tornar um remédio com efeitos venenosos, usado pelas competentes bancas de advogados de ricos clientes - partidos e figuras públicas - para "zerar" tudo. "A tipificação de agora não pode retroagir para prejudicar", dirão. O que passou, passou. No popular: "Quem comeu, comeu. Quem não comeu não come mais..." Trata-se, como está no diálogo do agora novo líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, com Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, do efetivo "estancamento da sangria, (...) um grande acordo nacional para parar tudo, delimitar tudo onde está".

As anistias para as empresas, para os partidos e para os diretores e figuras públicas envolvidos seriam o corolário desse grande e disfarçado "perdão nacional". Aplaude-se o trabalho da Lava-Jato, faz-se o alarido final sobre a "corrupção do PT" (como se fosse a única, originadora de tudo), fecham-se as cortinas, termina o espetáculo. Quem já cumpre pena vai, pacientemente, esperar que os dias passem e a liberdade venha. Mãos à obra, que a crise é grande: empresas envolvidas, jurando conversão, voltarão aos negócios de sempre. E os políticos maculados, redimidos, disputarão eleições para voltar à vida pública. "Nós braços do povo", como o Vargas da história. Nossa "Operação Mãos Limpas" será um Pilatos lavando as mãos na bacia do continuísmo.

Insistamos nos valores republicanos, afirmando que só a cidadania, mobilizada e consciente, é capaz de resgatar a Política na direção do que a justifica: a prevalência do interesse público. E constituamos representações que não acolham essas manobras, tão antigas quanto abomináveis.