sábado, 16 de dezembro de 2017

Muito bom, mas...


Havia uma colega de trabalho cujo marido sempre dizia que mulheres elogiavam outras, porém, sempre com acompanhamento de um defeitinho. Algo como "ela é linda, mas tem unhas esquisitas".

Assim são os elogios para um filme baseado em livro para quem leu a obra. Piora se o leitor/espectador é fã do original.

Com isso, esclareço muita coisa a respeito Assassinato no Expresso do Oriente, um dos mais intrigantes livros da - desculpem a fã - insuperável, magnífica Agatha Christie. 

Primeiro, não dá para passar para a tela todos os pormenores - importantíssimos - do livro. O filme viraria um seriado (abre o olho, Netflix!). Entretanto, fãs de Agatha sabem o quanto essas migalhinhas jogadas aqui e ali, suavemente, são absolutamente deliciosas.

Para falar a verdade, sei bem o tamanho da dificuldade pois já precisei fazer uma adaptação de outra obra (Cartas na Mesa/Cards on the Table) para o formato de peça em inglês. Fugi dos pequenos detalhes durante a estória. Não dá para competir com a estupenda britânica. Mas guardei para o final a melhor parte.

Sobre o filme mesmo, que elenco e que atuações! Mas acho que a ambientação do público em relação ao trem e aos personagens, antes do crime, poderia ter sido mais demorada.

Em relação ao filme original, foi difícil me acostumar com a visão de outro Hercule Poirot que não os dois já vistos em filme. E a cena que mostra o assassinato foi muito mais didática no original. De resto, a nova versão foi muito bem e vale o ingresso. E como é bom rever Michelle Pfeifer em destaque!

Agora se você não correr para ler o livro de Agatha, jamais saberá o que está perdendo.


Treze 1x0 América

Na quase absoluta falta de cobertura do amistoso, encontrei um vídeo de torcedor com a conversão do pênalti. 

Manchetes do dia (16/12)

A manchete do bem: Itaú-Unicef premia escola em Major Sales.

As outras: Projeto "Olhos da Ribeira" é apresentado por grupo da UFRN, Sem verbas, Dnit lacrou todos os radares e desativou semáforos nas 7 rodovias federais que cortam o RN e Robinson e Julianne dão entrada nos papeis da separação.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (12/16)

The headline for good: Beyond Boko Haram's reach, love and feminism flourish.

The others: No wild parties, no pledging as universities crack down on fraternity excess, Peru's president faces possible ouster in corruption scandal and Uber engaged in 'illegal' spying on rivals, ex-employee says.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Podcast: Mudando a dieta, o meio ambiente e a internet

A influência de uma dieta saudável no meio ambiente e as mudanças nada agradáveis que a internet pode sofrer.


Sem transmissão

Infelizmente, a diretoria do Treze já tem histórico neste quesito. Uma lástima!


Um momento histórico

Não me recordo, pelo menos não nos últimos 20 anos, de uma posse de diretoria de um dos dois grandes clubes do Rio Grande do Norte que tenha contado com a presença da diretoria do outro.

Ontem, a posse de Eduardo Rocha e seu vice Eliel contou com a presença de Paulo Tarcísio e Tarcinildo Pegado, presidente e vice-presidente do ABC, numa enorme demonstração de civilidade de parte a parte e grande exemplo para os que insistem em se engalfinhar fora de campo. Ressalte-se que não houve qualquer apupo ao anúncio da presença dos dois dirigentes abecedistas, ainda que americanos mais radicais tenham ficado arrepiados com isso e também com a presença do presidente da FNF José Vanildo, conselheiro do ABC. 

Em seu discurso, José Vanildo chegou a dizer que abecedistas sentem ciúmes de sua grande amizade com o presidente do Conselho Deliberativo do América José Rocha.

A presença dos abecedistas foi destacada nos discursos dos americanos, que também exaltaram outras importantes presenças: vice-presidente da CBF Gustavo Feijó, presidente da Fenapaf Felipe Augusto, presidente do Sindicato de Atletas do Ceará e ex-atleta do América campeão do Nordeste Gaúcho, presidente de honra do Globo e prefeito de Ceará-Mirim Marconi Barretto, dirigentes do Alecrim, presidente do Botafogo-PB e presidente do Treze-PB.

Enfim, foi uma posse concorrida, num clima de congraçamento e com demonstração de força política do presidente Eduardo Rocha, que também assumirá a presidência da Liga do Nordeste.

Espero que a atitude de convidar os dirigentes abecedistas e a atitude destes em aceitar e efetivamente comparecer à solenidade sejam os primeiros passos das cabeças pensantes do futebol do RN definitivamente rumo a um tempo de rivalidade sem picuinhas, sem mesquinharias, sem puxadas de tapete, sem facadas nas costas, enfim, ético, e, principalmente, servindo de exemplo para um futebol sem violência fora das quatro linhas. Afinal, dirigentes, membros de comissão técnica e jogadores precisam compreender a nova realidade em que uma faísca aqui produz uma explosão de violência ali. Essa demonstração de civilidade de ambas as partes precisa ser o mote daqui para a frente para que o Rio Grande do Norte volte a demonstrar a força que já teve no Nordeste e no Brasil nos anos 1990 e 2000 e também as torcidas possam frequentar jogos em paz, inclusive clássicos, cujo público vem minguando ante a presença massacrante da violência.

Foi sim um momento histórico o de ontem.


Competência à toda prova

Que me desculpem todos os outros assessores de imprensa, mas o trabalho que Canindé Pereira desenvolve à frente da assessoria de imprensa do América está a anos-luz dos seus pares. 

Deixemos a TV Mecão de lado porque aí já seria uma diferença ainda mais abissal.

Praticamente não há um único dia que passe sem que Canindé produza material jornalístico do clube e alimente os jornalistas e até uma criatura metida a blogueira como eu. 

Quase 99% do que se publica a respeito do América neste país ou foi diretamente produzido por ele ou com com seu auxílio de alguma forma.

Ontem, a posse do América nem havia começado e Canindé já enviava a todos os áudios de entrevistas importantes, como as publicadas hoje no Só Futebol? Não!.

Só posso parabenizar tamanho empenho e torcer para que os colegas de profissão de Canindé vejam seu trabalho como meta a ser alcançada nos clubes e federações em que exercem assessoria. Um show! 

Eduardo Rocha

Antes da posse de direito (a de fato aconteceu desde sua candidatura), Eduardo Rocha foi entrevistado a respeito de voltar ao América como presidente:

Presidente de novo
Papai já foi presidente por diversas vezes. Aliás, é o atual presidente. Na qualidade de presidente do Conselho assumiu a presidência do clube. E é uma honra para qualquer americano assumir o cargo máximo do clube, de alto mandatário do clube, evidentemente que contando com a colaboração de todos, dessa vez com o meu vice Eliel, que já foi diretor de futebol junto comigo numa empreitada onde ganhamos o centenário em 2015. E dizer que a emoção é a mesma da primeira vez. Dizer também que nesse interregno de 19 anos nós nunca deixamos o América nem um dia. Estivemos em quase todas as direções, ou com cargos efetivos, ou colaborando de qualquer maneira com o clube de nosso coração. Então, nós acompanhamos essa evolução do futebol. E agora a gente volta, evidente que mais experiente, mas a paixão é a mesma pelo pavilhão alvirrubro. 

Desafios do novo mandato
Os desafios são imensos. Nós estamos pegando uma situação, como você bem colocou, de uma Série D, que é a primeira série, digamos assim, dos campeonatos nacionais. É uma série realmente muito difícil, de um regulamento que eu considero até esdrúxulo. Você há de convir que nós fomos eliminados e ainda assim terminamos em terceiro no cômputo geral. Mas não era isso que valia. Valia se tivesse passado naquele último mata-mata. Agora nós aprendemos o caminho, como é que nós vamos voltar, e, se Deus quiser, esse ano nós vamos voltar sim à Série C. Outro desafio, esse mais fácil de cumprir - quando eu digo mais fácil, porque esse depende só da gente, não tem adversário - é o término da primeira fase do nosso estádio, da Arena América, que nós pretendemos - é uma promessa, um compromisso meu de campanha, junto com meu vice Eliel - nós entregarmos esse estádio pronto, com a comissão de construção, Medeiros, Sobrinho, Cláudio Bezerra, Dr. Zé Rocha e Formiga e outros e outros que a gente não pode estar aqui dizendo para não cometer injustiça, o próprio Hermano Morais, no intuito da gente terminar a primeira fase e já jogar o segundo turno, a primeira partida ou a segunda partida do segundo turno já jogaremos, se Deus quiser, na nossa casa. É um compromisso. 

Marca da administração
A marca diria que é de esperança, que eu acredito que 2018 Nós faremos, se não o melhor ano do América, mas um dos melhores anos do América, ainda que o calendário encurtado porque a série D, ela termina já em agosto infelizmente. Mas, quem sabe, a gente terminando em agosto, a gente voltando para a C, a gente tenha tempo para se reorganizar para 2019 chegar mais forte. Então é de esperança. É pedir a ele [torcedor] que tenha um pouquinho de paciência só e que se associe, seja sócio torcedor. Porque temos um fato inédito: temos 112 mil seguidores nas redes sociais e não temos 1.500 sócios-torcedores. Então ele tem que sair de trás da tela do computador e vir aqui na sede e pagar R$ 30 por mês, que é uma quantia, a meu ver, módica, tem direito a ir a um ou dois jogos por mês, além de ter direito a uma rede de desconto em serviços, restaurantes, na própria academia do clube. Então, eu faço esse apelo, que ele venha e se associe. Costumo, dizer sendo repetitivo, que o time é do tamanho que a torcida quiser. Se ela quiser um time maior, ela tem que ter mais sócios. Se ela quiser um time menor, ela tem que ter menos sócios. Está na mão deles também.

Quando o filho é o presidente

José Rocha era só alegria na cerimônia de posse de Eduardo Rocha. Não era para menos, como presidente do Conselho e até então presidente em exercício do clube, coube a ele passar o cargo para o filho. E esse foi o assunto principal de suas palavras tanto no discurso como nas entrevistas antes mesmo da cerimônia.

Filho presidente
Na vida do homem ou da mulher, quando a gente vai ficando adulto e que nos tornamos pais ou mães, é muito difícil você não se emocionar quando você vai falar dos seus filhos. Até para as mulheres a gente bota o apelido de mãe coruja. Eu conheço uma aqui que está me entrevistando. A emoção é grande. Ele já foi presidente, já deu glórias a este clube, foi quem levou para série A, foi campeão do Nordeste. Nós nunca deixamos o clube. Das vezes que nós nos afastamos um pouco, tivemos que ser convocados às carreiras. Na trajetória minha dentro deste clube, já fui presidente quatro vezes. E dessas quatro, sempre fui presidente no vexame, na crise do clube, porque o clube entra em crise, o meu nome é lembrado. E uma vez, numa crise tão grande quanto esta que nós estamos atravessando, um cidadão chegou para mim e disse: "Você é louco? Você não sabe o que o América deve?". Eu respondi: "O América deve desde a sua fundação. E quando as dívidas são contraídas, são reconhecidas e a gente tem capacidade, administra e paga." (...) Eu vou ajudá-lo diuturnamente. Não vou sair do clube, vou ajudá-lo diuturnamente. Vou transferir para ele alguma experiência, afinal de contas, é filho. Quando ele não quiser me obedecer, eu puxo a orelha. Apesar de hoje, os meninos com 8, 9 anos... que um dia desse eu fui dar um carão no neto, e ele disse: "Vovô, não pode brigar com criança." Então a coisa hoje está dessa maneira. Mas estarei aqui ajudando o América enquanto vivo eu for. 

Arena América
Para começar aquele [estádio], eu tive que me indispor com alguns conselheiros e esses conselheiros me botaram um nome, que eu era um visionário. Se você for para o dicionário, vai ver o que é um visionário. É um louco, é um desajustado, é um não sei o quê, é um pensador, faz castelo de areia, essas coisas todas. Pois bem, a obra está saindo. Nós vamos inaugurar já a metade desta obra, se Deus quiser. Não posso confirmar o dia, mas vamos. Isso para mim é como... a cada dia que eu vejo aquela obra, eu que  já estou, segundo os malucos, na melhor idade, que eu acho que não é, eu diminuo um dia de minha vida, mas diminuo de alegria. E nós não paramos a obra. A arrecadação sumiu. Sumiu por quê? Porque o futebol é emoção. Tivemos a má sorte de fazer uma campanha boa na D, dos maiores pontos, e tivemos um acidente de um jogo. E este jogo acabou com tudo. Mas nós estamos agora reiniciando. Vamos começar a jogar o Campeonato Estadual, a Copa do Brasil e a Série D. Ficamos com o calendário mutilado. Perdemos a Copa do Nordeste e, por pouco, não perdemos de estar até fora da Série D. Mas a nossa construção não para. E não vai parar. Só para na hora em que a gente disser "já podemos agora concluir uma parte, botar para jogar e ela própria continuar a construir". Isso é um sonho e dizem que um sonho só acaba, um sonho só é feliz quando se encontra a realidade do sonho. Essa é a realidade do meu sonho.