... dos que não torcem por clube algum. Segundo pesquisa Datafolha realizada em junho, no Nordeste, 25% não torcem para qualquer clube de futebol. Em 2.° aparece o Flamengo com 24% da torcida. Em 3.°, com 10%, vêm os que torcem para clubes sem expressão dentro da pesquisa, já que temos grandes nordestinos, como Abc, América, Campinense, Ceará, CRB, CSA, Fortaleza, Motoclube, Náutico, Sampaio Corrêa, Santa Cruz, Sport, Treze, dentre outros (todos juntos). O 4.° é o Corinthians com 10%. O Vasco é o 5.° com 7%. Em 6.° vem o São Paulo com 6%. O Palmeiras é o 7.° com 5%. Em 8.°, enfim, aparece o nordestino Bahia com 4%. O Vitória é o 9.° com 3%. E em 10.° aparecem Botafogo-RJ, Fluminense e Santos com apenas 1% cada.
domingo, 3 de agosto de 2014
Série B é igual a rapadura
Todo mundo já ouviu que rapadura é boa, mas não é mole, né? Pois a Série B é igualzinha.
O América vinha com a terceira melhor campanha pós-Copa 2014. Vencera Bragantino e América-MG e empatara com o Vasco em pleno estádio São Januário. Já o Santa Cruz vinha de 3 derrotas com 10 gols tomados - a pior campanha pós-Copa 2014. Vasco, Ceará e até o Vila Nova (única vitória na Série B) fizeram a festa no time pernambucano.
E qual foi o resultado? América 0x1 Santa Cruz. Mil coisas contribuíram para tanto. A saída de Marcelinho (infecção intestinal) para a entrada de Wálber, que esteve completamente desorientado em campo, talvez tenha grande parcela, já que foi um buraco na defesa do lado direito que permitiu o passeio tranquilo do ex-América Léo Gamalho até tocar a bola de cabeça para o gol.
Mas é preciso dizer que os volantes do América não vêm em fase muito boa quanto à marcação em si. Parecem muito afastados uns dos outros. No jogo em questão, deu pena ver Cléber ter que cobrir o meio, coisa que ele não vinha fazendo, porque Fabinho estava em qualquer outra parte do campo, menos na marcação à sua frente. Mas se Cléber normalmente cobre a lateral direita com Marcelinho e foi cobrir o meio, quem cobriu a lateral direita? Tchan-ran! Ninguém. É só rever o jogo e, principalmente, o lance do gol. Há um buraco triste do meio para a direita muito bem aproveitado pelos jogadores do fraco Santa Cruz.
Marcação individual causa essas coisas. O time tem que marcar por zona, individualizando a marcação dentro das divisões. E os volantes do Mecão, que são muito bons no passe, precisam saber que sua primeira função é marcar. O resto vem como consequência do jogo.
Ontem a proposta de ambos os times era marcar, mas o América marcou muito mal. Não conseguiu pressionar a saída de bola dos zagueiros do Santa Cruz como este fazia. E tome chutão para cima de Fernando Henrique. Um jogo ineficiente e chato pela repetição da burrice. E assim o fraco Santa Cruz parecia jogar em casa e o América parecia um visitante desorientado.
Acrescente-se a PÉSSIMA partida de Isac (não ganhou uma bola da defesa) e o dia ruim de Rodrigo Pimpão e Val. E o normal de Jeferson, que passa muuuuito longe de ser um camisa 10.
Por fim, é preciso lembrar que o América enfrenta o Fluminense na quarta em jogo de grande visibilidade no cenário nacional e isso mexe com a cabeça dos jogadores, que começam a temer contusões que os tirem do "jogo principal".
Ah, já ia me esquecendo da atuação ridícula do árbitro catarinense Paulo Godoy. Quase tenho um infarto logo no início do jogo com o cartão que deu a Isac. O jogo todo usou dois critérios. Claro que o mais benéfico coube ao Santa Cruz. Deu laterais que não existiram. Não deu outros que existiram. Impediu diversas vezes o uso da vantagem pelo time da casa e ainda inventou umas trezentas faltas para o visitante. Revoltante. Deu até para pensar que veio com a intenção de impedir que Joinville e Avaí perdessem posições na tabela, mas aí já seria demais, né?
Muita gente ficou chateada porque o América não chegou ao G4. Eu não. Não é hora de G4. Pode dar um relaxamento desnecessário aos jogadores, especialmente com a pedreira do Fluminense pela frente. Tem que estar no G4 na 38.a rodada. E até lá, há muito água para rolar por baixo desta ponte. Também não pode se distanciar. Mas o G4 está bem ali, a uma vitória. E ainda há 5 partidas do 1.° turno e todo o 2.° turno a ser jogado. Tudo tem seu tempo.
Minha chateação ficou mesmo com o futebol jogado e com o árbitro. No entanto, se qualquer um dos fatores citados aqui tivesse funcionado normalmente, até mesmo se o jogo contra o Fluminense não fosse nesta semana, arrisco afirmar que o Mecão não teria perdido para o fraco Santa Cruz. Mas a Série B, tal qual rapadura, é boa, mas não é mole, não.
sábado, 2 de agosto de 2014
Ceará x Boa às 21h
Local: Arena Castelão
Ceará (4-4-2): Jailson, Marcos, Diego Ivo, Sandro, Vicente; Michel, Eduardo, Ricardinho, Lulinha; Magno Alves, Bill. Técnico: Sérgio Soares.
Boa (4-4-2): João Carlos, Eric, Thiago Carvalho, Ciro Sena, Marinho Donizete; Vinícius Hess, Wellington, Clébson, Tomas; Ualisson Pikachu, Fernando Caranga. Técnico: Nedo Xavier.
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Diego Grubba Schitkovski (PR) e Rogério de Oliveira Braga (PI)
Destaques do Ceará
Magno Alves - aparece onde ninguém espera.
Vicente - boa opção pela esquerda.
Destaques do Boa
Marinho Donizete - quase todas as jogadas passam por seus pés.
Vinícius Hess - bom na marcação.
América x Santa Cruz às 16h20
Local: Arena das Dunas
América (4-4-2): Fernando Henrique, Marcelinho, Cléber, Roberto Dias, Wanderson; Márcio Passos, Val, Fabinho, Jefferson; Rodrigo Pimpão, Isac. Técnico: Oliveira Canindé.
Santa Cruz (4-4-2): Tiago Cardoso, Tony, Marllon, Everton Sena, Renatinho; Sandro Manoel, Éverton, Danilo Pires, Carlos Alberto; Pingo, Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes.
Árbitro: Paulo Godoy Bezerra (SC)
Assistentes: Helton Nunes (SC) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Destaques do Mecão
Rodrigo Pimpão - ou faz gol, ou dá assistência, ou faz os dois.
Roberto Dias - seguro na defesa e com boa saída de jogo.
Destaques do Santa Cruz
Pingo - boa movimentação em diagonal.
Léo Gamalho - não desperdiça assistências.
América-MG x Abc às 16h20
Local: Arena Independência
América-MG (4-4-2): Fernando Leal, Pablo, André, Victor Hugo, Eduardo; Leandro Guerreiro, Andrei Girotto, Tchô, Mancini; Willians, Obina. Técnico: Moacir Júnior.
Abc (3-5-2): Gilvan, Suéliton, Marlon, Diego Jussani; Renato, Fábio Bahia, Daniel Amora, Rogerinho, Luciano Amaral; Rodrigo Silva, Lúcio Flávio. Técnico: Zé Teodoro.
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: José Antônio Chaves Franco Filho (RS) e José Eduardo Calza (RS)
Destaques do América-MG
Fernando Leal - tem feito milagres.
Andrei Girotto - bom na marcação e no apoio ofensivo.
Destaques do Abc
Gilvan - tem feito milagres
Rodrigo Silva - atacante que não perdoa.
Vasco x Paraná às 16h20
Local: Estádio São Januário
Vasco (4-4-2): Martin Silva, Carlos César, Rodrigo, Douglas Silva, Diego Renan; Guiñazu, Fabrício, Dakson, Douglas; Kléber, Thalles. Técnico: Adilson Batista.
Paraná (4-4-2): Marcos, Chiquinho, Anderson Rosa, Alisson, Breno; Lucas Otávio, Marcos Serrato, Ricardinho, Lúcio Flávio; Tiago Alves, Arthur. Técnico: Claudinei Oliveira.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Janette Mara Arcanjo (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG)
Destaques do Vasco
Douglas - tem ótima visão de jogo e é bom em cobranças de falta.
Kléber - o gladiador não desiste fácil das jogadas.
Destaques do Paraná
Lúcio Flávio - tem ótima visão de jogo e é bom em cobranças de falta.
Breno - seus cruzamentos têm endereço certo.
Bragantino x Joinville às 16h20
Local: Estádio Nabi Abi Chedid
Bragantino (4-4-2): Renan, Robertinho, Guilherme Mattis, Alexandre, Bruno Recife; Tobi, Geandro, Gustavo, Magno Cruz; Léo Jaime, Nunes. Técnico: Paulo César Gusmão.
Joinville (4-4-2): Ivan, Murilo, Bruno Aguiar, Anderson Conceição, Bruno Collaço; Daniel Pereira, Washington, Éverton, Marcelo Costa; Edigar Junio, Jael. Técnico: Hemerson Maria.
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Assistentes: Luiz Antonio Muniz de Oliveira (RJ) e Jackson Massara dos Santos (RJ)
Destaques do Bragantino
Paulo César Gusmão - faz sua estreia.
Léo Jaime - bom na movimentação e na finalização.
Destaques do Joinville
Ivan - volta ao gol catarinense.
Jael - atacante que não perdoa.
Sampaio Corrêa x Ponte Preta às 16h20
Local: Estádio Castelão
Sampaio Corrêa (4-4-2): Luiz Müller, Hiltinho, Edimar, Paulo Sérgio, Willian Simões; Jonas, Uillian Corrêa, Eloir, Márcio Diogo; Edgar, William Paulista. Técnico: Lisca.
Ponte Preta (4-4-2): Roberto, Daniel Borges, Tiago Alves, Gilvan, Bryan; Adilson Goiano, Juninho, Élton, Adrianinho; Cafu, Rafael Costa. Técnico: Guto Ferreira.
Árbitro: Renan Roberto de Souza (PB)
Assistentes: Kildenn Tadeu Morais de Lucena (PB) e Luís Felipe Gonçalves Correia (PB)
Destaques do Sampaio Corrêa
Eloir - é o cérebro da equipe.
Márcio Diogo - boa movimentação.
Destaques da Ponte Preta
Roberto - muito seguro.
Adrianinho - boa movimentação.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Livros viciam
E como! Posso dizer pelo verdadeiro frenesi que sinto só de entrar numa livraria ou mesmo biblioteca. No caso das livrarias, nuitos anos passaram-se até que eu conseguisse exercer algum autocontrole para não estourar o orçamento a cada visita praticamente semanal. Uma loucura!
Feiras de livro são um desastre para minhas contas. Tenho que ir pelo menos em dois dias: um só para avaliar e planejar as compras; outro para me esbaldar. Quase ninguém da família aguenta tais passeios comigo, mas só tenho dois braços e preciso recrutar ajuda.
Lendo Nei Leandro de Castro nesta sexta na Tribuna do Norte, eis que ele narra algumas dessas paixões (ou compulsões) por livros como a minha (ou piores).
Começa com Oscar Wilde, que, preso por prática homossexual (imaginem o meliante perigoso que era!) em 1895, conseguiu ter alguns livros consigo na cadeia. Quando deixava a leitura para protestar, os carceiros já sabiam qual castigo ser-lhe-ia impiedoso: retirar da cela os livros. "O poeta definhava", nas palavras de Nei Leandro de Castro.
Nei ainda descreve como se tornou mais um viciado em livros - Capitães de Areia de Jorge Amado seria o responsável.
Fala na possível diferença entre bibliofilia e bibliomania segundo o Aurélio. A primeira diz respeito a colecionar livros que apresentam alguma condição especial. A segunda requer apenas a mania de acumular livros. Acho que me encaixo na segunda. Livros são livros, e assim já são especiais.
Nei também cita José Mindlin e sua biblioteca de 35 mil volumes. Um sonho! Não cheguei nem perto ainda do primeiro milhar (segundo Janaina, tenho 333 - parece conta de mentiroso) e já me preocupo com espaços. E já fiz muitas doações, todas acompanhadas de grande dose de arrependimento. Imagino o quanto não foi maravilhosa a vida de Mindlin. Gostaria de ter conhecido esse colega de profissão de tamanho bom gosto. Acho que choraria de tanta emoção ao conhecer sua biblioteca.
Há alguns anos, uma colega de especialização conseguiu me incutir a vontade de conhecer Lisboa em Portugal. Nada de atrações turísticas. Bastou falar da enorme biblioteca que lá existe. Pronto! Passei a analisar com carinho a possibilidade financeira de uma viagem à boa terra, pois, pois.
Livros viciam. Sentir seu cheiro, folhear-lhes, avançar em suas estórias e histórias é um caminho sem volta. Mas ao contrário das drogas ilícitas, eles não causam danos colaterais, nem levam à morte. Muito pelo contrário, ganhamos novas vidas e cores com eles. Por isso recomendo com convicção: aprecie imoderadamente!
Sobre ganhar no tapetão
Tenho uma opinião muito particular sobre ganhar no famoso tapetão e não seria porque o Abc está prestes a conseguir passar de fase assim na Copa do Brasil que eu mudaria de opinião.
Tapetão é uma vergonha? Sim, mas para quem organiza o futebol, não para o beneficiado. Afinal, há muitas regras a serem obedecidas para que um time entre em campo e TODAS elas fazem parte do jogo. Não cumprir alguma dessas regras é burlar a licitude do campeonato, o que deve ser repreendido independentemente de quem seja beneficiado e/ou prejudicado.
O que me preocupa é a incapacidade de quem lida com o futebol de evitar erros primários. Mais: a corda sempre arrebenta no lado mais fraco. Na batalha Icasa x Figueirense (este teria escalado irregularmente um jogador), deu Figueirense. Em Portuguesa x Fluminense, deu Fluminense. E agora Novo Hamburgo x Abc, tudo indica dará Abc. Qual seriam os resultados se os beneficiados fossem os prejudicados e vice-versa? Por que o Icasa não foi beneficiado e o Fluminense sim?
São questões pertinentes e que jogam os holofotes para a atuação mambembe do STJD (que brinca de tribunal ao arrepio do Direito) e a incompetência (ou má-fé?) da CBF e suas afiliadas/fiadoras.
O futebol pentacampeão em campo clama por uma urgente moralização em sua organização. Antes que seja tarde demais.
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