quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Parece besta

A Netflix praticamente me empurrou goela abaixo a série australiana Heartbreak High, que é um remake de uma série dos anos 80.


Apesar da enorme vibe anos 80, não é nada fácil superar seus primeiros 3-4 episódios. Há uma dificuldade de centrar o enredo (Vai ser sobre uma personagem? Duas? Mais?) e, fora a questão de foco, também há uma dificuldade de desenvolvê-lo apropriadamente. A impressão é de que a série não passa de um completo besteirol adolescente.

Superados esses episódios iniciais, a série enfim pega no tranco e leva a um desenrolar dramático muitíssimo interessante. Tanto agradou que a Netflix mal lançou Heartbreak High e a 2.ª temporada já está confirmada e devidamente anunciada no próprio streaming.

Antes de começar a boa série, é bom lembrar que seus 8 episódios de pouco menos de 1h de duração cada têm censura 18 anos. No mais, força para superar os episódios iniciais porque o restante compensa e muito.

Lembrei do Machadão

Jogo do Brasil na equívoca copa masculina no Catar e eu ainda sigo resistindo até onde aguentar. 

Hoje, Janaina deu um jeitinho de me colocar de frente à TV no começo do jogo: cafezinho na cozinha com a TV "casualmente" ligada na Globo. Acusei logo a manipulação, que ela segue jurando que foi pura coincidência.

Terminado o cafezinho, fomos para a caminhada do dia no campus. Um silêncio do jeito que eu adoro. Logo, logo começamos a ouvir gritos da torcida aqui e ali. "Será que foi gol?", Janaina me perguntava, ao que eu respondia que quando fosse gol do Brasil não teríamos a menor dúvida.

E assim foi. Os gritos se espalhavam do Mirassol para o campus, e eu me lembrei do Machadão quando eu chegava atrasada aos jogos do América. De fora, o grito da torcida no gol era de entusiasmar até quem não torcia. Fogos espocavam em vários pontos. 

Corri para checar o Twitter - enquanto este ainda sobrevive - para conferir o dono da alegria brasileira: Richarlison. 

Mais à frente, nova explosão de alegria. Nova conferência no Twitter: mais um gol de Richarlison. Desta feita, geral comentando que foi um golaço. Aliás, um não, "O" golaço da copa. 

Chegamos em casa ainda em tempo de Janaina conferir os últimos 12 minutos de jogo. Eu fui lavar a louça, ainda resistindo enquanto posso ao Catar. Nos lances pós-jogo, fiquei ainda mais feliz de saber que os dois gols tiveram participação de Vini Jr.

O repórter lembrou que a última vez que o Brasil venceu numa estreia de copa com dois gols de atacante foi justamente em 2002, ano do pentacampeonato. 

E que atacante, né? Richarlison é quase uma válvula de escape num ambiente que trouxe muita decepção nos últimos anos.

Não bastasse tudo isso, o povo brasileiro, a torcida brasileira, todas as pessoas vão resgatando seus símbolos nacionais usurpados pelo fascismo. 

O verde e o amarelo, a quase sagrada (para o mundo todo) camisa de futebol do Brasil, a bandeira nacional merecem um tratamento digno. Que nunca mais sejam utilizadas para a mais baixa forma de bandidagem politiqueira e golpista.

Eu vou resistindo ao Catar até onde der, mas Richarlison e Vini Jr. vão tornando minha tarefa cada vez mais difícil. 

Manchetes do dia (24/11)

A manchete do bem: 
  • Dinamarca se posiciona contra reeleição de Infantino após veto a braçadeira LGBT
As outras: 
  • Agência Espacial Europeia nomeia primeiro astronauta deficiente do mundo
  • 'Mundo Estranho', da Disney, tem herói gay em busca do seu final feliz
  • Dado que Valdemar diz não ter após relatório golpista do PL pode ser obtido em 1 min
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (11/24)

The headline for good: 
  • Americans aren't letting inflation interrupt their Thanksgiving
The others: 
  • Flu and R.S.V. hit the holidays, heightening demand for antibiotics or antivirus
  • U.S. blocks Dominican Republic sugar imports, citing forced labor
  • Hebe de Bonafini, 93, who rallied mothers of 'the disappeared', dies 
Good morning.

Source: The New York Times 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Manchetes do dia (23/11)

A manchete do bem: 
  • PT consegue barrar indicados por Bolsonaro para embaixadas da Argentina, Itália e Vaticano
As outras: 
  • Mulher com câncer tenta obter na justiça autorização para fazer aborto em Goiás
  • Anvisa volta a obrigar uso de máscaras em aeroportos e aviões
  • 'O gol não saiu, mas isso não tirou o brilho' , diz Renata Silveira, 1.ª mulher a narrar Copa na TV aberta
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (11/23)

The headline for good: 
  • A year after the Omicron surge, officials see a reduced Covid threat this winter
The others: 
  • Climate change is threatening Hawaii's coral reefs. So they called the insurance guy.
  • White House extends pause on student loan payments
  • New York enacts 2-year ban on some crypto-mining operations
Good morning.

Source: The New York Times 

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Novo atacante

Com a proximidade da pré-temporada, o América começa a anunciar seus reforços com mais frequência. Agora foi a vez do atacante luso-brasileiro Ítalo Carvalho, 26 anos, que foi artilheiro da Série D deste ano defendendo o Amazonas.



Novo volante

O América divulgou agora à tarde mais um contratado para a temporada 2023: o volante Rafinha, de 26 anos, que neste ano estava no Vila Nova e no ano passado foi destaque do Campinense no acesso à Série C.



Novas peneiras

O América anunciou novas datas para avaliação de novos atletas para suas categorias de base, que ocorrem em Natal, João Câmara e Lagoa Salgada, conforme as datas exibidas na imagem abaixo. 


Atletas nascidos de 2003 a 2009 precisam se apresentar trajando o material completo (chuteiras, caneleiras, meiões, calção e camisa esportiva, além de luvas para quem for goleiro) para serem avaliados.

Graças à Fifa

Os mais antigos frequentadores deste blog sabem que ele surgiu de um bolão que sempre faço com amigas e amigos por ocasião da copa masculina de futebol. Tem sido assim desde a Copa da África do Sul. O blog foi criado justamente para permitir que todas as pessoas participantes acompanhassem o bolão e outras coisas da copa.

Eis que em 2022, pela primeira vez, nada de bolão, nem de cobertura da copa. Tudo graças à Fifa, que resolveu que o dinheiro poderia passar por cima dos direitos humanos e levou seu grandioso evento para ser sediado por uma ditadura teocrática, que acredita piamente que mulheres e pessoas LGBTQIA+ são sub-raça. 

Não se pode um monte de coisa. Beber cerveja é uma delas, numa patacoada típica de federação amadora, já que a principal patrocinadora do evento é justamente uma cerveja.

Sem bolão, sem cerveja, sem direitos humanos, eu e mais um bocado de gente ficamos sem copa. Será que a Fifa aprenderá a lição ou vai tentar algo ainda pior nos próximos anos, como levar o evento, por exemplo, para a Coreia do Norte, que nem permite a transmissão de jogos ao vivo? 

O futebol não vale o apagamento dos direitos humanos. Ou vale?