Em busca de algo bem diferente para me distrair da realidade atual, terminei encontrando na Netflix a série Warrior Nun, que estreou em 2020.
Com um título desse (Freira Guerreira), eu imaginei logo algo bem grotesco de terror, mas recebi muito mais do que esperava.
Primeiro, não é terror. A estória, que tem um enredo bem doido à primeira vista, cativa pela paciência em ser contada, num ritmo igual ao de quem adora sobremesa e come bem devagarinho com pena de acabar logo. Fiz questão de observar a quem cabia a direção do tanto que me agradou: Sarah Walker.
Uma órfã adolescente tetraplégica morre e é ressuscitada por um artefato que lhe dá superpoderes para lutar contra demônios, eis o mote. Mas essa transformação da realidade em fantasia não é encurtada em nenhum momento da 1.ª temporada, o que deixa toda essa loucura de freiras ninjas muito mais plausível e empolgante de acompanhar.
Há uma mistura nostálgica que lembra as séries de artes marciais dos anos 80, uma pitada de Buffy, a Caça-Vampiros dos anos 90 e o suspense intrigante e cheio de ação de O Código Da Vinci e, principalmente, Anjos e Demônios dos anos 2000.
A personagem principal, Ava Silva, é interpretada por uma atriz com traços tão parte do nosso dia a dia que corri para buscar mais informações sobre ela. Terminei descobrindo que Alba Baptista é luso brasileira, ou seja, é nascida em Lisboa com pai brasileiro, daí a dupla cidadania. A fera fala 5 línguas fluentemente.
E tudo isso se passa em cenários lindíssimos da Europa, a maior parte na Espanha, especificamente em Málaga.
Enfim, recebi mesmo muito mais do que esperava, maratonei tudo em 2 dias e agora aguardo ansiosamente pela 2.ª temporada do tanto de coisas a serem explicadas, embora com um receio enorme de que a sequência se perca depois de uma temporada de estreia absolutamente perfeita.